Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 46
Julgamento


Notas iniciais do capítulo

Olá pra todo mundo, como vão?

Muito obrigada a todos os favoritos ♥♥♥
MUITO OBRIGADA A TODOS Q ME MANDAM SUAS MENSAGENS, seja na fanfic ou no pv, MUITO, MUITO, MUITO OBRIGADA, VCS Ñ FAZEM IDEIA DE COMO ISSO ME DEIXA FELIZ ♥♥♥♥♥

Não vou me demorar muito por aqui, então vamos logo ao capítulo>>>>>>>>



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É claro que o Conselheiro Real tinha que ser o juiz. É óbvio.

Quem mais lhe detestava a tal ponto?

O diretor da Academia, é claro. Mas aparentemente ele ia ser testemunha.

Testemunha contra ela.

A filha da Malévola não duvidava nada que os dois formassem um complô contra ela.

Enquanto toda a audiência se reorganizava em seus lugares, Sakura olhou na direção dos amigos sentados no banco da frente. Ino e Kiba pareciam bem tensos por ela, já Shikamaru aparentava estar mais relaxado. Sasuke estava logo atrás deles, com Naruto ao lado e outros alunos da Academia, como Temari, Sai, Gaara, Kankuro, Chouji, Karui, Lee e Shino.

Sasuke havia tentado ir em direção a ela, mas os guardas o impediram.

Aquele lugar estava completamente cheio. Não deveria demonstrar surpresa, mas era o que sentia. Realmente aquele povo todo que nem a conheciam a odiavam tanto assim? Ou talvez fosse só um truque do conselheiro para intimidá-la como seu pai havia lhe dito antes.

Ele explicou resumidamente como era uma audiência normal em um tribunal enquanto corriam contra o tempo, não ajudou o fato dela sempre se perder no caminho. Era nova em usar as passagens da Terra, uma habilidade que somente o povo de seu pai conseguia usar. E diante de tantas tentativas fracassadas anteriormente de conseguir realizar tal feito, não se encontrava em seu melhor estado.

Sakura teria gostado de se limpar antes, sabia que sua aparência naquele momento não era das melhores. Tivera muita dificuldade de acompanhar o pai, mal havia aprendido a usar sua nova habilidade herdada dele. Então era aparecer daquele jeito toda esfarrapada, ou não aparecer e ser considerada uma foragida.

Conteve o suspiro que queria sair e manteve a cabeça erguida. Não tinha porque sentir vergonha, não devia nada aquela gente toda que só estava ali para assistir ao circo.

Mas eles iriam servir para sua demonstração. Iria mostrar ao conselheiro real que dois podiam jogar aquele jogo. Tudo o que precisava era de uma distração para adiar seu julgamento, só isso. E tendo em vista que o diretor estava ali e Izumi também... Iria matar dois coelhos em uma única cajadada. Se era um culpado que o conselheiro real queria, então era um culpado que ele teria.

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— Ela não matou ninguém – Ino comemorou a frente. Por ser a melhor amiga e a pessoa que conhecia Sakura há mais tempo, os jovens que estavam em volta acreditaram na filha da Rainha Má.

Mas para Sasuke bastava olhar para a garota de cabelos cor de rosa para saber aquilo. Não achava que ela seria a mesma garota de sempre se tivesse matado alguém, mesmo que por acidente. Respirou mais aliviado com a visão dela. Não se importava que o vestido dela estava sujo ou o cabelo bagunçado, tudo o que importava era que ela estava ali e estava bem.

A Fada Madrinha conversava com ela e Sakura acenava e dizia alguma coisa ou outra que, devido ao barulho todo no tribunal, não conseguiria ouvir.

Mas tinha uma dúvida...

— Mas de onde foi que ela veio? – Naruto manifestou surpreso aquilo que martelava a mente de Sasuke. – É impossível ela ter passado no meio de toda essa gente e ninguém ter reparado.

— Isso importa? – Ino virou para trás para respondê-lo. – O importante é que ela está aqui.

— Só fiquei curioso – respondeu Naruto dando de ombros. – Ela simplesmente apareceu do nada, ela sabe se tele transportar por um acaso?

— SILÊNCIO! – a voz do conselheiro real foi ouvida.

E ele não tinha a cara muito boa. O tribunal se silenciou imediatamente.

— Ele não estava contando que a Sakura viesse – murmurou Shikamaru.

— E não está nem um pouco feliz por isso – acrescentou Kiba.

É claro que o conselheiro não estava satisfeito, e isso deixava Sasuke feliz.

— Vamos começar a sessão – disse o conselheiro quando todos se calaram.

A Fada Madrinha fez Sakura se sentar atrás de uma mesa.

— Sakura, filha de Malévola – começou a dizer o conselheiro. – Você está sendo acusada de: Proteção a criaturas da Floresta Proibida, desordem local, violação de regras e assassinato. O que tem a dizer em sua defesa?

Sakura quase sorriu irônica. Quase. As palavras do conselheiro iriam lhe ajudar muito. Mas sorrir naquele momento não lhe ajudaria em nada.

Se virou em busca da ajuda da Fada Madrinha como haviam combinado a poucos momentos. “Seja sincera”, ela havia lhe dito “Somente a verdade e nada mais que a verdade”. Bom, só precisava do apoio de Tsunade mesmo, ela como representante é quem mais tinha o poder para lhe ajudar naquele lugar.

— Bom, senhor conselheiro – começou a responder ao homem e para que todos pudessem ouvi-la –, eu protegi sim os dragões da Floresta Proibida, não nego; quanta a desordem local, não sei exatamente ao que se refere; eu não sei que regras eu possa ter violado, me desculpe por isso; quanto a questão do assassinato sou completamente inocente, nunca matei nem mesmo uma mosca em toda a minha vida e olha que a Ilha é um lugar sujo.

Aí estava sua resposta e viu algo faiscar nos olhos do conselheiro, se ele esperava sua raiva, podia esperar sentado. Ia ser a mais polida possível e lidar com a situação como se não passasse de um simples mal entendido. Quando estivesse sozinha com a Fada Madrinha conversaria com ela. Estava na hora de deixar todas as suas mentiras e manipulações para trás.

Mas não iria fazer isso na frente de toda aquela gente que só estava esperando um passo seu para lhe crucificar. Depois de sua resposta muitas conversas pipocaram de todos os lados.

— ORDEM! – gritou o conselheiro. – Essa é sua resposta, filha de Malévola? – ele voltou o olhar para ela.

— Sim – respondeu unicamente.

— Vamos às testemunhas – anunciou ele.

“Mas já?”, Sakura se perguntou nervosa. “Ele não deveria discorrer sobre cada acusação antes de chamar qualquer testemunha?”

Aparentemente o conselheiro tinha pressa.

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— Por que tão rápido? – Sasuke murmurou surpreso.

Observou um a um dos aldeões que estavam na noite do suposto assassinato cometido por Sakura entrarem e narrarem com um detalhamento exagerado e muito parecido entre si, como se tivessem treinado antes o que iriam dizer.

— Nem conhecem ela e já a odeiam – Naruto sussurrou ao seu lado, ele parecia levemente nauseado.

Não era para menos, os detalhes da situação que os homens narravam era extremamente visual e nojento. E ainda sim, parecia uma cena coreografada de um filme feito pelo mundo humano.

Sasuke não sabia como Sakura conseguia ficar ali sem se manifestar nem uma vez. Queria estar ao lado dela para lhe dar apoio, mas não podia, sua relação com ela só arruinaria a situação.

Logo o conselheiro chamou o próprio diretor para testemunhar.

O homem não poupou detalhes dos deslizes de Sakura como aluna e de todas as problemáticas que era ter ela na Academia, exagerando muito ao falar, acrescentando uma coisa ali e aqui.

Sasuke apertou os punhos em raiva.

— Se acalma – Naruto disse ao seu lado.

Quando enfim foi a vez de Sakura testemunhar, ela aparentava estar bem calma e tranquila, mas tudo não passava de uma fachada. Sasuke conhecia mais ela agora e pode perceber só pela forma como andava que ela estava nervosa.

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Acompanhou cada um dos homens chamados para testemunhar entrar e dizer coisas contra ela sem abrir a boca para revidar nem uma vez sequer, por mais indignada que estivesse. Era claro que aqueles homens estavam todos juntos para difamá-la e não duvidava nada de que o conselheiro ou o diretor não estivessem metidos naquilo.

Quando foi sua vez de testemunhar, Sakura respondeu com uma tranquilidade que não sabia de onde vinha. Mais uma das habilidades do pai. Na maioria das vezes conseguia se sair bem só na lábia quando precisava se livrar de alguma coisa ou alguma situação. Daquela vez não seria diferente.

Depois que respondeu tudo, contradizendo a maioria do que as outras testemunhas haviam dito anteriormente, voltou para o mesmo lugar que lhe foi designado antes e esperou a Fada madrinha tomar a dianteira trazendo a última testemunha: Hinata que carregava consigo cascas de ovos de dragão.

Sakura teve o prazer de ver o diretor empalidecer.

A filha da Rapunzel narrou os eventos de sábado quando houve o “ataque” dos dragões, de como tinha seguido o diretor até as partes mais baixas da Academia e encontrou os filhotes, disse também que não estava sozinha, que o filho da Cinderela estava consigo e quando o próprio príncipe foi chamado para testemunhar, narrou os acontecimentos do ponto de vista dele e que achava que o diretor era quem estava por trás de tudo.

O diretor se levantou furioso de seu lugar, chamando os dois de mentirosos e se virou para a filha:

— Eu estava com Izumi na hora do ataque, não é verdade minha filha?

Izumi olhava aterrorizada para o pai sem saber o que responder.

— Izumi! – ralhou o diretor.

Era hora do show, o diretor iria pagar pelo que fez a pobre garota que infelizmente era sua filha. Ele jamais a merecera.

— Não acreditem nela se ela disser que sim – falou Sakura em voz alta e clara. – O diretor, esse homem que se diz honrado e orgulhoso de seguir as tradições de Konoha, não passa de um homem cruel, nojento e egoísta. Esse homem, se é que podemos chamá-lo assim, não tem clemência com sua própria filha. É esse o ser que vocês deixaram para ser o diretor da Academia onde a maioria dos seus filhos estuda?

— Sakura – advertiu Tsunade ao seu lado.

Mas a filha da Malévola não se calou.

— Ele bate na própria filha!

E o caos estava instalado. E por causa disso quase ninguém percebeu o diretor pular em direção a Sakura, erguendo a mão para ela. Aquilo deixou a filha da Malévola em fúria. Sakura rapidamente usou sua magia o derrubando no chão tamanha a raiva que sentia.

— Como ousa levantar sua mão para mim? – gritou enraivecida. – Escute bem seu tolo, que tudo o que você causou, sofra em dobro.

Aquilo fez o diretor gritar e urrar em dor.

Muitos na platéia gritaram horrorizados.

Vendo no aquilo poderia se transformar, a Fada Madrinha usou sua magia para prender Sakura temporariamente em uma bolha de proteção, mas não podia fazer nada quanto ao feitiço lançado no diretor e se surpreendeu. A garota era mais forte do que imaginava.

A filha da Malévola ficou quieta ao sentir a magia da Fada criar um espaço a sua volta. Não conseguia ouvir nada.

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— Silêncio! – dessa vez foi a Fada Madrinha quem gritou.

Todos se calaram. A Fada se voltou para a filha do diretor.

— Izumi – disse em um tom de voz mais delicado ao perceber a garota derramar lágrimas e mais lágrimas. – Isso é verdade?

Mas a garota balançava a cabeça de um lado pra o outro, abraçando o próprio corpo em forma de se proteger. Não conseguia parar de chorar, contudo. Foi somente quando sentiu os braços familiares de Itachi em torno de si que se acalmou por um momento.

— Você não precisa ter medo, eu não vou deixar nada acontecer com você, eu prometo – ele murmurou em seu ouvido.

Acreditava completamente nele.

Olhou para o pai se contorcendo de dor no chão e ergueu as mangas longas do vestido que usava. Manchas e cicatrizes cobriam seus braços.

Um arfar coletivo foi ouvido da multidão.

— Já tenho o meu veredicto – disse a Fada Madrinha.

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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero q sim!!!

Notas:
♦ Já vou logo dizendo q eu literalmente empaquei na cena do tribunal, como foi difícil escrever ela.
♦ e diretor teve o q mereceu!!!!
♦ Tadinha da Izumi, vai ter um longo caminho para superar o trauma.

LEMBRANDO: O Ligue 180 tem por objetivo receber denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da rede de atendimento à mulher e de orientar as mulheres sobre seus direitos e sobre a legislação vigente, encaminhando-as para outros serviços quando necessário.

É isso, até o próximo capítulo...



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