Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 43
With a Smile And a Song


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, td bom? Olha só quem voltou exatamente um mês depois da última atualização...

Sem mais delongas, vamos ao capítulo>>>>>>>>



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Ino se espreguiçou na deliciosa e confortável cama. Bocejou e só então abriu os olhos. A enorme cama de dossel dourado com panos cor de rosa e o teto abobadado com pinturas antigas dos contos ilustravam que não estava em seu quarto na Academia.

Se levantou de supetão e correu até janela. Perdeu o fôlego ao se dar conta de que o reino da Branca de Neve era tão lindo de dia banhado pela luz do sol e pelo frescor do verão quanto era à noite banhado pelas estrelas e pela luz do luar.

Ouviu uma batida na porta e reconheceu que fora aquilo que lhe despertara do sono.

— Ino? – era Sai quem chamava do outro lado.

— Oi Sai, bom dia – Ino o respondeu com a voz rouca pelo sono indo em direção à porta, mas parou no meio do caminho se dando conta de que ainda estava em roupas de dormir.

— Bom dia, desculpa lhe acordar – ele disse suavemente do outro lado da porta.

— Não, tudo bem – ela respondeu ao namorado indo em direção a mochila que tinha levado consigo, estava em cima de uma poltrona que parecia ser extremamente confortável.

— É só para lhe informar que há duas portas aí dentro, uma é para a saída de emergência e a outra é a do banheiro.

Ino se lembrava dele lhe dizer aquilo na noite anterior e foi o que disse a ele:

— Você já me disse isso ontem.

— Mas eu não tinha certeza se você havia prestado atenção – ele apontou.

Também pudera, com tanta coisa para se preocupar... E ainda tinha chegado ao reino bem cansada.

— Eu não sei se na sua mochila há roupas extras – ele continuou a falar –, mas no baú ao pé da cama há roupas se lhe interessar – ele ofereceu.

Ino realmente não tinha nenhuma roupa extra na mochila, apenas tecidos que havia comprado no vilarejo no dia anterior. Poderia utilizá-los e providenciar rapidamente um leve vestido, mas tinha comprado os tecidos para outra finalidade. Então decidiu olhar o baú e se admirou com o que encontrou.

— Espero que goste – Sai disse um tanto nervoso do outro lado da porta.

Ino não sabia, mas assim que chegaram Sai pediu para a mãe o melhor quarto de hóspedes com as melhoras mordomias que uma princesa poderia receber.

— Quem sabe assim ela não queira ir embora nunca – ele disse com um sorriso bobo.

A Branca de Neve havia ficado muito feliz em ver seu único filho apaixonado, mas se preocupava por ser exatamente pela filha da Rainha Má. Afora ser filha de uma vilã, era filha de uma mulher que um dia considerara ser sua própria mãe e que um dia quisera sua morte. Mas seu filho estava apaixonado, então daria uma chance.

— São lindos – Ino elogiou os vestidos em tons claros. – Obrigada – ela agradeceu ao namorado. – Eu posso mesmo usá-los?

— São seus para fazer o que quiser – Sai respondeu verdadeiramente.

Ino hesitou diante das peças.

— Imagina, foram de alguém – comentou suavemente. – Os usarei por ser lindos e também por eu não ter nada para vestir aqui – afinal, todas as suas roupas estavam na Academia e não havia como ninguém entrar no local devido ao fogo. – Mas os devolverei exatamente como os encontrei – fez uma promessa escolhendo um vestido cor de rosa claro e foi até a porta verificando o banheiro.

Sai conteve um suspiro. A aversão de Ino em receber presentes por parte dele cada vez o incomodava mais. Queria dar o mundo a ela, mas ela não lhe permitia. Esperou pacientemente ela ficar pronta. Não queria deixá-la sozinha, pois sabia que a notícia de que estava namorando a filha da Rainha Má já havia se espalhado pelos quatros cantos do reino e se as coisas já eram difíceis na Academia, não queria nem imaginar a proporção que tomaria ali, principalmente porque havia empregados no castelo que trabalhavam ali na época em que a Rainha Má ainda era uma rainha.

Ino sabia que Sai lhe esperava fora do quarto, então tentou não demorar muito. Escovou os dentes, tomou um banho rapidamente e se trocou. Estava nervosa, havia visto o rei e a rainha rapidamente na noite anterior, mas não conversaram muito, já que estava bem tarde.

Suspirou se lembrando da confusão que fora o dia anterior.

Estava passeando com Sai pelo povoado. Tinha comprado os tecidos que queria. Tinham caminhado pelas ruas ladrilhadas e tomado sorvete de mãos dadas, sabia também que Sai carregava o caderninho no bolso e quando tinha oportunidade fazia esboços dela. Ele já havia lhe mostrado antes... Então a confusão veio... Um enorme dragão sobrevoou pelo povoado e muitas das pessoas começaram a gritar e a correr. Ino quase se perdeu de Sai, mas ele não deixou que aquilo acontecesse.

— O que a gente faz? – Ino perguntou a Sai.

Nunca esperara encontrar com um dragão em sua vida e só pode se lembrar de Sakura ficando irritada em uma aula com a professora Rin e com Karin quando elas lhe disseram que a melhor chance de arrumar um marido era ser salva por ele de um dragão.

Ino quase esbravejou, mas manteve a postura. Aquilo só poderia resultar na morte dos tolos. Além do mais, o dragão não parecia interessado no vilarejo, parecia farejar o ar em busca de algo...

— Temos que achar um local para nos abrigar – Sai respondeu com a boca colada em seu ouvido e um braço por cima de seus ombros. Ino não pode deixar de notar que o namorado era forte. Balançou a cabeça espantando os pensamentos, aquele não era o momento de pensar naquilo.

Ino saiu do banheiro e foi até a porta do quarto abrindo-a.

Saiu se desencostou da parede e ficou um momento parado, só contemplando a namorada e a sorte que tinha de tê-la em sua vida.

— Eu sou muito sortudo – segurou o rosto dela com as mãos, admirou os olhos azuis dela e, não resistindo, depositou um cálido beijo em seus lábios.

Ino tinha um sorriso bobo no rosto quando se separaram.

— Hum... – os dois se afastaram em um pulo quando ouviram um pigarro.

O rei e rainha estavam ali e haviam presenciado o beijo.

Ino se curvou rapidamente e de forma respeitosa.

— Vossas majestades – os cumprimentou.

— Não precisa de tanta formalidade – disse Branca de Neve.

— Sim – o rei concordou. – É muito bom conhecer oficialmente a namorada do nosso filho.

Ino não sabia o que dizer, então olhou para Sai. Ele esticou a mão e pegou a dela, lhe dando apoio.

O dia anterior parecia um borrão na cabeça de Ino, principalmente por causa da enorme quantidade de fumaça. Assim que o dragão sumiu de vista, os alunos que haviam ido passear no vilarejo correram de volta para o ônibus. E quanto mais perto chegavam da Academia, mais a situação piorava, pois dava para ver de longe o fogo subindo pelo céu e a fumaça também. O Dragão parecia ter atacado a Academia.

A professora Shizune interceptou o ônibus e passou as ordens que havia recebido: mandar os alunos de volta para suas casas. Aquilo era um problema para Ino, é claro, não tinha casa para retornar que não fosse a ilha. Os garotos estavam no reino de Aladdin e Jasmine, mas para onde ela iria? Ainda tinha o agravante de que Sakura havia ajudado o tal dragão a fugir e, segundo o que os outros lhe disseram, aquilo era um crime.

Esperou pacientemente ao lado da professora Shizune, era ela quem decidiria o que fazer consigo na falta da Fada Madrinha. Sai permaneceu ao seu lado o tempo inteiro ao que Ino ficou extremamente agradecida.

Estava tão apaixonada por ele que se perguntava: como pudera resistir a isso por tanto tempo?

Estava ao lado da professora quando o portal para o reino de Aladdin e Jasmine foi acionado. Os amigos estavam tentando retornar para a Academia, Shizune explicou a situação e Ino ouviu a voz de Shikamaru quando ele lhe chamou:

— Ino?

— Temos um problema – disse a ele, completamente angustiada.

— Cadê a Sakura? – Shikamaru perguntou, franzindo as sobrancelhas.

— Ninguém sabe – suspirou, dando de ombros. – Ela sumiu.

E explicou rapidamente o que havia ficado sabendo, sobre Sakura ter ajudado os dragões e que ela poderia ir a julgamento já que aquilo poderia ser considerado crime.

Shikamaru pediu permissão ao rei Aladdin e rainha Jasmine para que pudessem abrigar Ino também, mas Sai contrapôs e disse que Ino ficaria melhor com ele.

Ino não queria mesmo se separar do namorado, mas ir para o reino dele sendo filha de quem era... Acabou concordando por fim, aquele encontro aconteceria mais cedo ou mais tarde de todo jeito.

Além do mais, o que faria no reino de Aladdin e Jasmine? Não é como se ela e Temari fossem amigas; Shikamaru era o namorado de Temari, Kiba o melhor amigo de Shikamaru que tinha uma queda por Kankuro, mas ela? Isso sem falar que Gaara com certeza daria em cima de si e Ino não ficaria nem um pouco confortável com a situação.

Se despediu dos amigos e prometeram manter contato da forma que pudessem.

Já era bem tarde da noite quando chegaram ao reino da Branca de Neve. Cumprimentou rapidamente a rainha e o rei e esperou com Sai enquanto os quartos eram preparados. Ino não havia percebido que estava tão cansada até sentir Sai lhe balançar o ombro gentilmente dizendo que o quarto em que ficaria estava pronto. Ela só lembrava-se de trocar a roupa que vestia pela que estava em cima da cama. Sequer havia se dado ao trabalho de tomar um banho e se envergonhava por aquilo. Esperava não ter sujado os lençóis da cama macia e confortável.

Agora estava ali, de frente ao rei e a rainha.

Sai realmente se parecia bem mais com a mãe do que com o pai.

Branca de Neve era tudo o que os contos diziam, pele branca como a neve, cabelos negros como noite, lábios rubros como o sangue... E um sorriso gentil que Ino agradeceu por Sai ter herdado.

Já o rei Florian era altivo, a pele era morena e os olhos eram da cor do chocolate. Ele também tinha um sorriso gentil no rosto, mas por trás dos olhos ele parecia pronto para lutar e manter a família protegida.

Sem muitos comentários os dois mais jovens seguiram o rei e rainha até uma espécie de sala de jantar. Ino ficou admirada com o tamanho da mesa e com a enorme quantidade de comida que havia em cima dela. Será que viria mais alguém?

Sai puxou uma cadeira suavemente indicando para Ino se sentar e foi o que ela fez. Tomaram café da manhã tranquilamente, sem necessariamente conversarem entre si.

Então Branca de neve perguntou:

— Dormiu bem? – Ino levantou a cabeça para olhar a rainha e viu que ela estava olhando para si.

Mastigou rapidamente e respondeu:

— Sim, obrigada – bebeu um gole de suco. – E muito obrigada por me receberem. Aqui é tudo muito lindo e tranquilo – sorriu agradecida.

Ino observou o rei e rainha trocarem um olhar, pareciam conversar entre si sem que os outros entendessem.

— Você se parece com ela – disse o rei. – Com a Rainha Má.

Ino olhou para Sai.

— Isso é uma coisa boa? – perguntou voltando a olhar para o rei.

— Para mim... – quem respondeu foi Branca de Neve. – De certa forma é. Você tem um sorriso que eu nunca vi no rosto dela. Não sei o quanto você sabe das nossas histórias, mas ela... A Rainha Má... Foi como uma mãe para mim – ela sorriu gentilmente, mas logo o sorriso se desfez. – As coisas mudaram depois que o meu pai morreu e só pioraram a cada ano em que eu ficava mais velha – suspirou.

— Eu não sei o que dizer – falou Ino suavemente em tom de desculpa.

— Não se preocupe – disse Branca de Neve tornando a sorrir gentilmente. – É estranho pensar que de certa forma nós somos irmãs.

Ino piscou surpresa.

— Eu só quero que meu filho seja feliz – disse a rainha.

— E eu também – concordou o rei. – Se Sai a escolheu, só posso pedir para que o faça feliz.

— Mãe, pai – Sai os chamou envergonhado. – Eu estou bem aqui.

O rei e a rainha riram do filho.

— Você é bem vinda a ficar aqui pelo tempo que precisar – disse o rei.

Isso lembrou Ino dos acontecimentos do dia anterior.

— Tiveram notícias da Sakura? – ela perguntou preocupada.

— Alguma notícia? – Sai parecia ter lido seus pensamentos e perguntou ao mesmo tempo que ela.

Tanto o rei Florian quanto a rainha Branca de Neve suspiraram.

— O quê? – Sai exigiu saber. – Nos contem.

— A filha da Malévola foi avistada próxima a Floresta Proibida... – informou a rainha, mas não conseguiu dar a notícia a seguir.

Então o rei completou por ela:

— Os aldeões que a avistaram estão a acusando de assassinato.

Ino sentiu os olhos lacrimejarem.

— Não – ela negou. – Sakura jamais seria capaz de matar alguém – conhecia a amiga e sabia que ela não faria isso, nunca.

— Foi o que ficamos sabendo – disse o rei dando de ombros.

Ino ainda não conseguia acreditar. O que será que realmente havia acontecido?

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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Espero q sim!!!

Notas (não tenho muito a dizer, mas vamos lá):
♦ capítulo mais focado em SaIno ♥
♦ tanto o rei Florian (acreditam q eu tive q buscar no Google pq eu simplesmente não sei muito os nomes dos príncipes clássicos? Pois é, kkkkk) e quanto a Brance de Neve eu quis fazê-los gentis, já que o próprio Sai é bem gentil então fiz de forma q ele teve a quem puxar
♦ Esse capítulo está funcionando mais como uma ponte para os próximos acontecimentos
♦ então tem esse pequeno gancho no final: afinal, Sakura matou ou não? Aguardem os próximos capítulos...

PS: Voltei a fazer faculdade, de casa agora e nossa, como é difícil estudar em casa, minha vida tá bem corrida e com um milhão de coisas pra fazer eu quase não tô tendo tempo pra escrever e eu não vou negar, eu sou uma grande procrastinadora. Então já tô até vendo q eu não vou conseguir finalizar a fic esse ano como eu queria o q é uma pena, mas eu não vou ficar me forçando a escrever quando eu tenho outras prioridades, a fanfic é meio q um escape pra mim e eu quero ficar feliz de ler o q estou escrevendo, então só posso prometer um capítulo por mês, mas torçam pra q eu consiga escrever outros capítulos durante esse período.

PS2: Eu tô querendo fazer uma nova capa pra fanfic, o q acham? Eu não sou muito boa com edição, mas vou tentar, vcs querem me dar ideias do q ficaria legal na capa?

É isso, beijão pra vcs e até a próxima ♥



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