Os Descendentes escrita por Sak


Capítulo 27
One Kiss


Notas iniciais do capítulo

Boa noite gente linda ♥♥♥
Feriado prolongado é mesmo uma maravilha ♥♥♥



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Sakura saiu do caminho do professor Asuma e, principalmente, do caminho de Shikamaru. Tentava aplacar a raiva que sentia do "amigo". Não podia crer que ele teria o mesmo comportamento do pai.

— Tá legal, chega – Ino parou a amiga no corredor, Kiba estava logo atrás dela. – Quer me explicar por que o motivo da briga dessa vez?

— Não importa o que aconteça, parece sempre ter um motivo – murmurou Kiba. Sakura se virou pra ele.

— Tá aprendendo a ter coragem agora, filho da Cruella? – falou ácida.

— Não vem querer descontar em mim – ele ergueu as mãos em forma de proteção.

Sakura suspirou. Ele tinha razão, sua raiva era por causa dos atos de Shikamaru e não tinham nada haver com Kiba.

— O quão bem você conhece Shikamaru? – abaixou a voz e se sentou em um dos degraus da escada que davam para fora da escola.

— Por que isso agora? – Kiba não entendeu a pergunta.

Sakura direcionou o olhar pra Ino ao dizer:

— Parece que ele está se envolvendo com a Temari e eu não sei se é, tipo, de verdade ou se... se ele está brincando com ela – Ino estremeceu.

— Isso não é bom? Ele se envolver com a filha do Aladdin? – Kiba ficou animado.

Sakura quase retrucou, mas Ino foi mais rápida.

— Kiba, você não é garota, não sabe sobre como o Jafar é... – se interrompeu. – Com as mulheres...

Sakura pegou a mão da amiga e a apertou em forma de apoio.

— Mas o que você está fazendo com o Sasuke... – Kiba começou a falar.

— Eu sei que não é muito diferente – Sakura o interrompeu. – Mas eu não estou brincando com ele ou me aproveitando, quando eu quebrar o feitiço, ele vai saber exatamente o que aconteceu. Eu o enfeiticei e estou preparada pra arcar com as consequências disso – e acrescentou: – Ino gosta do Sai de verdade e eu entendo o porquê dela não querer ficar com ele, mas não irei julgar se ela quiser ficar com ele, entende?! E você gosta da Matsuri, não é? Todos comentam.

Kiba negou com a cabeça.

— Não é dessa forma, ela e eu somos só amigos apenas. Eu gosto de outra pessoa, mas nunca daria certo – ele suspirou.

Sakura respirou fundo antes de dizer a ele.

— O meu ponto é que eu tenho medo que Shikamaru seja que nem o pai dele.

Kiba absorveu as palavras.

— Isso... Shikamaru não é nada como o pai dele.

— Você pode me garantir? Colocaria sua mão no fogo por ele? – Kiba ficou quieto. – Porque eu não.

— Eu vou falar com ele – disse Ino calmamente. – Ele me escuta – ela deu de ombros.

— Sakura! – a filha da Malévola conhecia bem aquela voz. Ficou de pé enquanto Sasuke se aproximava com um belo sorriso no rosto. – Onde estava? Tenho a procurado por todos os lados – ele a puxou para um abraço.

Ino e Kiba se afastaram de mansinho deixando os dois mais a vontade.

Ele estava cheiroso, Sakura absorveu o perfume em seu pescoço e o apertou se sentindo aliviada com o abraço. Se sentiu mais calma imediatamente e fechou os olhos, mas logo se lembrou de que não havia tomado banho depois da última aula.

— Eu estou suada – ela suspirou e o empurrou delicadamente.

— Sinto que nunca é o suficiente o tempo que passo com você – ele murmurou tocando sua bochecha.

— Isso é porque sempre estamos ocupados – disse a ele.

— Por isso quero que venha comigo amanhã – ele sorriu feliz.

— Ir aonde? – sentiu o nervosismo se aflorar. Só agora havia reparado que Ino e Kiba estavam lá no final do corredor segurando o riso e se controlou para não fazer uma careta na frente de Sasuke. "Aqueles dois!".

— Surpresa – disse ele beijando o torço de sua mão. – Eu já vou indo, talvez eu não consiga te ver no jantar, pois quero deixar tudo pronto para amanhã, mas eu te busco no seu quarto às 10 horas da manhã, pode ser?

Ele tinha o olhar tão esperançoso, de alguém que estava apaixonado. Como podia dizer não?

— Sim – saiu dos seus lábios sem pensar duas vezes.

— Perfeito – ele sorriu e mais uma vez beijou suas mãos. – Então lhe vejo amanhã senhorita.

Sakura se sentiu boba com o sorriso dele, mas logo recobrou a consciência e ao horror que isso trazia: teria um encontro com Sasuke, os dois, sozinhos, é claro que ele iria querer lhe beijar e dessa vez não teria escapatória.

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  - Mas... – Shika gaguejou. – Mas todos os vilões foram trancados na ilha. Como é que você conseguiu vir pra fora? – tentou controlar a inveja no tom de voz, achava injusto aquilo.

— Diferente de você e seus amigos, eu não nasci na ilha – e começou a explicar: – Minha mãe morreu muito nova, eu devia ter uns 5 anos de idade, fui criado pelo meu pai e como pode ver – apontou para as costas –, ele não era um pai muito bom.

As marcas eram horríveis e Shikamaru tinha certeza que em suas próprias costas as que tinha não eram tão... desastrosas.

— Então fugi – continuou o professor. – Fiquei vagando pelas ruas, sozinho, tendo que me virar, até que um homem me encontrou, o nome dele era Sarutobi Hiruzen, ele me ajudou, me alimentou, me deu um teto para morar, uma cama para dormir; foi a única pessoa que me estendeu a mão, todos os outros que conheci ou me odiavam ou tinham medo de mim, perguntei a ele um vez o porque e ele me disse que era por causa do meu pai, as pessoas tinham medo que eu me tornasse como ele –

O professor vestiu a camisa de volta e ascendeu um cigarro ali mesmo no ginásio.

— Eu tinha 18 anos quando conheci Kurenai, ela me estendeu a mão quando meu mentor morreu, me apaixonei perdidamente por ela, mas eu jamais iria me declarar, ela merecia mais do que eu podia oferecer, mas para minha surpresa foi ela quem se declarou pra mim, não pude mais resistir, os pais dela eram contra, então nos casamos em segredo e fugimos pra cá.

Shikamaru não sabia o que dizer.

— O que eu quero dizer garoto, com toda essa história, é que sempre há uma esperança mesmo quando parece não haver, você só precisa das pessoas certas em sua vida, e eu espero ser uma delas – se despediu saindo do ginásio.

Kurenai se desencostou da parede ao lado da porta do ginásio assim que o viu. Asuma foi em direção a ela e a beijou delicadamente na testa já que ainda estava fumando o cigarro. Ela lhe puxou pelo braço pra que saíssem dali.

— Você se afeiçoou mesmo ao garoto – observou ela o abraçando.

— Ele faz eu me lembrar de mim mesmo nessa idade – ele deu de ombros.

Kurenai sorriu para o marido e se aconchegou no peito dele.

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Shikamaru pensou nas palavras do professor. Um homem que estendeu a mão quando ninguém mais o fez, uma garota que se apaixonou por ele mesmo sendo filho de quem era.

Caminhava calmamente em direção ao quarto, precisava de outro banho, quando encontrou com Temari.

— Oi – ela lhe cumprimentou.

Shikamaru observou como ela estava animada, como ela parecia feliz, será que era só por ver ele?

“Uma mulher que ousou me amar quando todos diziam o contrário.”

Shikamaru abraçou Temari pela cintura, a garota resfolegou com o ato, ele observou atentamente o rosto dela e aproximou o seu lentamente, se ela não quisesse não forçaria, só... não sabia o que estava fazendo, só sabia que  tinha que tentar. Temari não se afastou quando seus lábios encostaram nos dela, ela fechou os olhos e o abraçou pela nuca imediatamente o puxando para aprofundar o beijo.

Ela estava com gosto de chocolate na boca.

O beijo era desajeitado, ninguém sabia, mas Shikamaru nunca beijara ninguém em toda sua vida. O beijo era meio babado também, cheio de saliva um do outro, era pra ser assim?

Se afastou lentamente.

Temari abriu os olhos, suas bochechas estavam vermelhas, o conjunto todo era uma graça.

— Por que você fez isso? – a voz dela saiu esganiçada.

— Porque eu quis – respondeu de prontidão sabendo que ela ficaria irritada, e ela ficou mesmo irritada, começou a golpear ele no peito. Os socos dela doíam, então segurou ambos com os próprios braços.

— Acha que só porque me ajudou a cozinhar pode vir me beijar sempre que quiser? Se eu soubesse que isso seria a troca não teria aceitado sua ajuda e...

A beijou de novo.

Que sentimento era aquele dentro do seu peito? Se sentia confuso, mas bem, sua garganta meio que doía e seu estômago não parecia funcionar direito.

Temari o abraçou pelos ombros novamente e acariciou seus cabelos, aquilo era muito bom.

Quando se afastaram Shikamaru sabia o que dizer:

— Eu menti – sentiu ela o corpo dela tencionar em seus braços. – Não te beijei só porque eu quis, mas também porque eu gosto de você.

Ela arregalou os olhos.

Shikamaru a soltou.

— Eu vou entender se não me quiser.

— Se eu te quero? – as bochechas dela estavam inflamadas. – Isso não foi o suficiente?

— Não estou falando do beijo, e sim dos seus pais.

— Eles não têm nada haver com isso! – exclamou ela.

Shikamaru acariciou a bochecha dela, aquela garota linda, inteligente e forte, mas também boba, insegura e impulsiva.

— Eu sou o filho do Jafar – disse zombeteiro. – O que acha que Aladdin e Jasmine vão dizer ao saber que estamos juntos? Que o filho do Jafar está beijando e... abraçando a princesinha deles?

— Não zomba – reclamou ela e logo em seguida suspirou. – Eles não precisam saber.

Shikamaru sentiu seu rosto se fechar, é claro que ela não iria se contrapor a seus pais.

— Ainda não, pelo menos, a gente mal tem alguma coisa – disse ela timidamente.

Temari tímida? Adorava descobrir cada nova faceta dela.

— Então – colocou uma mecha solta do cabelo dela atrás da orelha. – Está dizendo que quer que a gente mantenha isso em segredo? Beijos e abraços escondidos? – sussurrou a última parte.

Ela suspirou balançando a cabeça em concordância.

— Mas não vai ser pra sempre – ela pegou o rosto dele entre as mãos. – Só até... – não conseguia pensar em uma data específica.

Shikamaru a poupou colocando um dedo nos lábios dela.

— Não faça promessas que não pode cumprir – e a beijou delicadamente mais uma vez. – Eu aceito esses encontros furtivos pelo tempo que me couber.

Temari o agarrou pelo pescoço mais uma vez o beijando apaixonadamente.

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Depois da sessão de beijos com Temari seguiu para seu quarto tomar um banho como tinha pretendido inicialmente.

Mal podia acreditar como tinha sorte de ter saído da ilha e agora podia tomar banho de água quente sempre que queria. Era muito bom a vida ali e não queria nunca mais partir, faria de tudo para permanecer em Konoha.

Ino estava sentada na cama de Kiba quando saiu do banheiro. Shikamaru arqueou a sobrancelha ao ver a garota, estava perto do horário de recolher, e ela poderia ficar encrencada se permanecesse muito tempo ali, mas sabia que ela não partiria enquanto não conversassem. Gostava mais dela do que de Sakura pelo menos.

— A gente pode conversar? – ela pediu timidamente.

— Você já está aqui – ele deu de ombros. – Se veio defender sua amiga, poupe o seu fôlego.

— Eu sei que ela é estourada e que devia aprender a se controlar mais, mas como eu poderia não defender ela se ela fez isso por mim primeiro? – disse ela suavemente. – Eu não sei o que está acontecendo entre você e Temari, e eu sei que isso não é da minha conta, mas eu preciso te contar uma coisa.

Ela respirou fundo antes de continuar.

— Eu já fui... assediada... pelo seu pai – soluçou. – Eu estava ajudando meu pai no mercado e ele tinha ido para o estoque, foi tudo tão rápido. Seu pai entrou e começou a dizer... umas coisas horríveis... minha sorte é que minha mãe apareceu e ameaçou seu pai. Ele nunca mais  pisou no mercado, não que eu tenha visto pelo menos.

Shikamaru se sentiu nauseado.

— A Sakura sabe disso e eu entendo o porque dela ter ficado brava com você por causa da Temari, não que eu concorde com o comportamento dela, mas eu só quero que você entenda...

Sakura abriu a porta do quarto. Ela estava ouvindo o tempo todo? Shikamaru fechou a cara.

— Eu não vou me meter no seu relacionamento com ela – ergueu as mãos antes que ele falasse. – Eu tô cansada de tanta briga e eu sei como é horrível ser sempre comparado com seu pai. Mas eu vou ficar de olho – ela avisou. – Eu não confio em você e você sabe o porquê.

Shikamaru sabia exatamente do que ela falava. A filha da Malévola havia engolido o orgulho uma vez para lhe pedir ajuda e ele havia negado. Mas seus instintos estavam certos em negar.

— Eu não vou pedir desculpas – disse ele.

Sakura riu em escárnio.

— É claro que não vai – revirou os olhos. – Eu tô de olho em você – ela avisou antes de sair do quarto.

Ino suspirou e entrelaçou as mãos.

— Nós estamos indo jantar, quer vir junto? – ela o chamou.

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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Notas:
♦ ninguém apostava q o beijo ShikaTema ia acontecer primeiro, hein?!
♦ esse momento Asuma e Kurenai também gostei demais de escrever e pretendo explorar esse casal mais um pouco mais no futuro...
♦ Tenham em mente q Kiba e Matsuri são APENAS amigos, ok???
♦ alguém surpreso q Jafar tenha sido nojento a esse ponto? Não podemos esquecer a forma escrota q ele trata a Jasmine naquela roupa vermelha no filme!
♦ essa birra da Sakura com o Shikamaru é um ponto q eu vou abordar mais pra frente, pq na concepção dela ñ dá pra contar com ele pq ele é volúvel, ela ñ consegue confiar nele pq já pediu a ajuda dele uma vez e ele negou; Shikamaru sabe disso, mas enquanto eles não se resolverem entre si sempre vai haver essa desconfiança entre os dois...

PS: Próx. cap. vai ser todo SasuSaku ♥♥♥

Kissus e até o próximo ♥



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