Os Descendentes escrita por Sak
Notas iniciais do capítulo
Boa tarde seus lindos!!!
Olha eu aqui trazendo capítulo novo pra vcs!!!
— E então? Como foi a aula de Treinamento de Heróis? – Ino perguntou.
Já tinham colocados seus pratos e se sentaram na mesma mesa de sempre.
— Bem melhor que Princesologia, eu te garanto – respondeu Sakura. – Depois eu vou falar com a Tsunade para ver se consigo trocar as aulas, o professor Jiraya me disse que não é proibido, só não é comum as garotas fazerem isso – ela revirou os olhos.
Almoçaram calmamente naquele dia.
Ninguém se sentou com eles. Nem mesmo Matsuri.
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Sakura não estava nem um pouco a fim de ter aula de Donzelas em Perigo, então seguiu os garotos mais uma vez até a próxima aula que teriam.
— Temos um passarinho perdido na turma? Não lembro de te ver na terça-feira – disse o professor assim que a filha da Malévola entrou pela porta.
Ele era moreno de cabelos pretos e possuía barba, mas um detalhe em questão chamou mais a atenção de Sakura: ele segurava um palito na boca, aquele era um costume de pessoas que fumavam pelo que ela sabia.
— Eu posso ficar aqui? – perguntou ela.
— Você não devia estar em outra... aula...? – ele se levantou.
— Sim, Donzelas em Perigo – ela revirou os olhos. – Olha para mim e vê se eu tenho cara de “donzela em perigo”?
— Não é para isso que servem as aulas? Para nos ensinar aquilo que não sabemos? – disse ele irônico.
— Eu não quero ser uma donzela em perigo – rebateu Sakura.
— Tudo bem, pode ficar – ele deu de ombros. – Mas já que vai ficar, vou te pedir para me ajudar com a aula de hoje – avisou.
— Tudo bem – ela concordou e deixou a mochila no chão, perto da porta e se aproximou da mesa do professor. – O que eu tenho que fazer?
— Eu quero que você olhe para cada rapaz presente nesta sala – o professor se levantou e falou.
Sakura se virou para os alunos.
— Estou olhando – ela cruzou os braços e deu de ombros.
Além de seus amigos, Sasuke e Naruto estavam lá; o garoto que lhe desafiou na aula anterior, Neji, também estava. O resto Sakura não conhecia e nem fez muita questão de olhar direito para eles.
— O que você vê? – o professor perguntou curioso.
Já estava sabendo que a filha da Malévola não era uma garota como as outras do reino e que já havia tido alguns problemas na escola. Mas, se estivesse certo, ela poderia lhe ajudar de alguma forma.
— Um garoto com cabelo de tigela, um gordinho assustado, um esquisito de óculos escuros dentro da sala de aula, quem faz isso? – Sakura começou a descrever os alunos sentados na primeira fileira perto da porta. – Um-
— Não – o professor a interrompeu segurando o riso. – Eu quero que você me diga se está sentindo algum tipo de conexão com algum desses rapazes.
Sakura não estava entendendo bem o que ele queria dizer.
— Shikamaru e Kiba, sentados lá atrás, são meus amigos – apontou ela. – É esse tipo de conexão? – perguntou confusa.
— Não – ele negou e Sakura franziu a testa. – Eu quero que você olhe para esses garotos e me diga se sente amor – explanou ele.
Segurou o riso ao ver a expressão no rosto dela se fechar.
— Amor? – perguntou ela debochada. – A primeira vista?
— Exatamente – respondeu simplesmente.
— Não existe amor à primeira vista! – sentenciou ela.
— Ah não? – brincou ele, mas Sakura não percebeu.
— Não, isso se chama crush! – declarou ela.
— Por que acha isso? – Naruto perguntou.
Sua mãe sendo a Cinderela não era surpresa ele questionar.
— Porque, sinceramente, quem se apaixona por outra que não por sua beleza?
— Meus pais – ele ia continuar, mas ela o interrompeu.
— Sua mãe estava vestida lindamente, a mais bela do baile e por isso chamou a atenção do seu pai, ela sendo gentil conseguiu conquista-lo e o deixou intrigado escapando à meia noite e deixando um lindo sapatinho de cristal para trás – explicou ela.
Todos os garotos estavam estupefatos.
— Eu não vou discutir com você sobre o amor dos meus pais – Naruto desistiu de argumentar. Seus pais eram as melhores pessoas do mundo, não deixaria que ninguém falasse sobre eles de forma negativa.
— Para que serve essa aula exatamente? – Sakura perguntou para o professor.
— Cortejo Avançado – ele respondeu.
Sakura olhou para ele incrédulo.
— É sério? – questionou.
— Sim – respondeu simplesmente. – Agora – ele pegou uma cadeira vaga e a colocou do lado de Sakura. – Eu quero que você responda sinceramente aos cortejos desses rapazes.
— Sinceramente? – perguntou ela e ele balançou a cabeça concordando.
Muitos engoliram em seco. Não estavam acostumados a uma garota tão sincera como ela.
Sakura se sentou e o garoto cabeça de tigela foi o primeiro.
— Olá, meu nome é Lee e eu sou filho da Alice do País das Maravilhas – disse o rapaz se curvando e fazendo uma cartola aparecer do nada em sua mão. – Gostaria de dar uma volta comigo?
Sakura olhou para o professor.
— Vá em frente – ele a incentivou.
— Não, mas talvez uma outra pessoa queira – Sakura sorriu falso para ele, havia tentado ser legal.
— Que outra pessoa? – ele perguntou, mas pareceu retórico já que ele pôs a mão no queixo.
— Esse aí foi para o mundo da lua, gata – Gaara se aproximou. Sakura nem havia se dado conta de que o garoto estava na sala. – Não está a fim de um cara que lhe dê atenção de verdade? – ele pegou sua mão depositando um beijo no dorso.
— Não – ela tirou sua mão da dele. – Você já conseguiu conquistar alguma garota com esse papinho barato? – perguntou ela debochada.
— Já – ele piscou para ela.
Sakura revirou os olhos.
O próximo garoto era o gordinho, ele estava vermelho de tão constrangido, segurava uma rosa na mão. Sakura percebeu um canteiro do lado de fora da janela de onde ele provavelmente a havia arrancado.
— Meu no-nome é Choji, so-sou filho de Chien-Po – ele gaguejou muito nervoso e ofereceu a rosa para ela.
— Você acabou de arrancar uma rosa daquele canteiro e isso não é algo que me agrade. Olha, deve ter garotas que gostam de receber flores, mas eu não – ela disse sincera, mas ao escutar risadas se irritou, principalmente porque o garoto se encolheu envergonhado, diria que até magoado. – Podia ter me dado um doce – Sakura amenizou a voz tentando ser gentil com o rapaz. – Eu ficaria mais feliz – ela deu de ombros.
Choji tirou uma barrinha de chocolate do bolso do casado que usava e ofereceu a ela timidamente.
— Valeu – Sakura agradeceu e comeu a barrinha para provar que não estava mentindo. Chocolate era sempre muito bom.
Choji sorriu par ela agradecido e voltou ao seu lugar.
— E como é que você pretende arrumar um namorado tendo esse tipo de atitude grosseira? – Neji se aproximou dela não se contendo.
— Primeiro: eu não estou sendo grosseira, estou sendo sincera. Segundo: eu não vim aqui para arranjar namorado – rebateu a filha da Malévola.
— Então por que veio para Konoha? – ele perguntou irritado.
— Porque eu fui convidada? – retrucou ela.
— Okay, já chega – o professor interrompeu. – Você pode fazer melhor que isso Neji – reprovou o comportamento do garoto.
— Não com essa aí – desprezou ele.
Sakura se levantou e segurou a vontade de dar um murro na cara dele. Mas ao invés disso resolveu provocar.
— Qual é o seu problema? – perguntou a Neji. – Tem medo de uma garota forte e segura de si? – Se aproximou dele ao que ele não recuou, então Sakura chegou perto do ouvido dele e sentiu quando ele prendeu a respiração.
Sasuke sentiu seu peito se apertar de uma maneira estranha ao ver Sakura tão próxima do colega. Mas se acalmou quando o filho da Rapunzel se afastou nervoso.
— Eu nunca ficaria com uma garota como você – esbravejou ele.
— Então por que está corando? – debochou ela. Agora tinha certeza que o garoto ao menos a deixaria em paz. – Mas não se preocupe, você não faz o meu tipo. – foi até sua mochila perto da porta a pegando, já estava de saco cheio daquela aula. – Olha – se dirigiu ao professor. – Eu não sou obrigada a ficar aqui, sou?
— Não – o professor deu de ombros segurando o riso.
— Então já estou indo – abriu a porta. – Mas sabe – ela se virou mais uma vez antes de ir –, eu não acredito que haja uma forma comprovada e concreta que funcione para “cortejar” – debochou fazendo aspas com as mãos. – Se estão a fim de alguém, por que simplesmente não vão até a pessoa e conversam com ela? Muita coisa pode ser resolvida em uma conversa, acreditem. Faz parte da vida receber não – só então Sakura saiu, não vendo que havia deixado um monte de garotos impactados para trás. Para eles, ela era muito direta.
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Sakura se dirigiu ao único local que estava a fim de ter aula. A porta estava aberta.
— Posso ficar aqui? – ela perguntou ao professor de artes após dar uma batidinha na porta.
— Claro que sim – o professor abriu os braços deixando que ela entrasse. – Qualquer aluno que queira expressar sua arte é sempre bem vindo em minha aula.
Sakura foi até o fundo da sala e pegou um dos cavaletes disponíveis e um banquinho vago. Só havia crianças na sala, todos olhavam para ela muito fascinados, pois sabiam que ela era filha da Malévola.
Sakura passou o resto da aula ali, desenhando e expressando seus pensamentos em linhas e cores. Desenhar e pintar sempre lhe acalmava, mesmo quando ainda estava na ilha e só podia fazer pichações, ali eles tinham diversos materiais de artes que até a deixavam indecisa na hora da escolha.
Em sua opinião, a aula havia passado rápido demais. Esperou que a maioria dos alunos saíssem antes de ela mesma sair e ir até sua próxima aula: Música e Dança.
— Você é a Sakura, não é? Filha da Malévola? – Uma garotinha muito parecida com Neji se aproximou dela, eles tinham os mesmos olhos.
— Sim – respondeu. – Você é filha da Rapunzel? – questionou só para ter certeza.
— Sim – a garota respondeu admirada. – Como sabe? – perguntou timidamente.
— Acho que conheço seu irmão, você são muito parecidos – Sakura deu de ombros.
— Só na aparência – a menininha abaixou a cabeça. – Eu tenho uma irmã também, sabe? Ela estuda no mesmo ano que o Neji e você, o nome dela é Hinata – Sakura não se lembrava de nenhuma garota com esse nome.
— E o seu nome? – perguntou para a garota.
— Meu nome é Hanabi – respondeu.
— Então olá Hanabi– a cumprimentou e pegou sua mochila a colocando nos ombros.
— Espere – a menininha pediu. – Pode me fazer bonita? – perguntou timidamente.
Sakura franziu a testa.
— Não é nova demais para pensar nessas coisas?
— Eu sei que você está deixando um monte de garotas do seu ano bonitas com magia, faz em mim também – ela pediu.
— Não – Sakura negou.
— Eu pago – ela disse quase chorando.
— Me escuta Hanabi – Sakura se sentou no banquinho de antes e puxou a garotinha para perto de si. – Eu não sei o porque de você estar me pedindo isso, mas eu não vou fazer, você é muito nova para se preocupar com isso.
A garotinha começou a chorar e de certa forma ela lhe lembrou Konohamaru.
— O mundo não é só beleza – Sakura continuou e decidiu perguntar: – Tem alguém te tratando mal ou dizendo que você é feia? – mas a menina não quis responder. Sakura suspirou. – Se sim, ignore. Você é linda! Aposto como puxou da sua mãe e eu aposto também que sua mãe é doce e gentil e que ela não iria ficar nenhum um pouco feliz com a filha dela sendo insegura e já se preocupando com a aparência. Você é uma princesa, não há ninguém no mundo que possa mudar isso.
Sakura se levantou quando algumas crianças entraram na sala, estava atrasada para sua aula.
— Se quiser desabafar, me procura depois, está bem? – apertou o ombro da menina em despedida.
Não iria perguntar a Neji sobre ela, então tinha que achar a outra irmã deles, a tal Hinata.
— Está atrasada – cantou o professor Killer Bee quando chegou ao salão.
— Tive um contra tempo – cantou Sakura de volta.
Ele era um dos professores mais legais daquela escola e um pouco sem noção às vezes, ele só falava cantando, o que era bem engraçado, mas um pouco irritante também.
— Espero que não se repita – ele cantou mais uma vez, mas não parecia estar falando sério, parecia mais concentrado em uma melodia.
— Eu também espero que não – suspirou Sakura.
— Onde estava? – Ino perguntou.
— Depois te conto – Sakura deu de ombros.
O professor deu continuidade a matéria cantando cada frase.
— Por que todos os garotos neste salão estão te olhando? – Ino indagou baixinho.
— Eu não sei – ela deu de ombros.
Mas Sakura reconheceu alguns garotos da aula de Cortejo Avançado.
— É porque ela fez uma cena e tanto na aula anterior – Kiba sussurrou para Ino.
— Vão me explicar isso direitinho depois – pediu ela.
Voltaram a atenção para o professor prestando atenção na aula, não era de todo ruim. O professor com mania de rimar era bem engraçado, o que tornava a aula bem divertida.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E aí, gostaram? Espero q sim :3
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