Todo Final é Também um Recomeço escrita por Carol McGarrett


Capítulo 6
CAPÍTULO 05 – Um novo assassinato e Liberando o Perfil


Notas iniciais do capítulo

Metade da história!
E dois momentos fofos entre Hotch e Sophia!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/766456/chapter/6

Após colherem todas estas informações quanto as vítimas, a equipe retornou para a Delegacia. E com surpresa notaram que Penelope havia conseguido uma ajudante em miniatura.

— Então, tia Penelope, como é que você consegue mexer com tantas telas ao mesmo tempo? Eu tô ficando tonta só de olhar! – Sophia estava curiosa quanto à habilidade da analista.

— Ora gatinha. Eu nasci para isso! E também faço isso há muito tempo! Não que eu seja velha! Longe disso! – Garcia respondeu. – Eu aposto que, se você começar a aprender hoje, vai ser tão boa quanto eu quando crescer! – Acrescenta.

— Não posso ser melhor? – Apesar de ser tão nova, Sophia era um tanto quanto competitiva.

— Pode chegar pertinho de mim, mas ninguém supera Penelope Grace Garcia!! – A analista respondeu e ao dizer isto bagunçou os cabelos da menina.

Como estavam entretidas conversando, nenhuma das garotas notou que o Chefe da Equipe estava parado na porta observando a interação entre as duas.

— Espero que dessa conversa toda, tenha saído muito resultado. – Ele começou, com leve tom brincalhão.

— Minha nossa! Assim eu morro de susto, Chefe! – Garcia se defendeu.

— A assistente social ainda não veio? – Continuou Hotch

— Não. E eu não quis que ela ficasse trancada sozinha, então começamos a conversar enquanto eu trabalhava. E eu descobri que ela não é lá isso tudo com computadores, não é Sophia? – Garcia já estava se achando a tia da menininha e não cansava de fazer graça com ela.

— E nem você com instrumentos musicais, pelo que me disse!  – A garota se defendeu.

— Então isto é um empate! – A analista declarou.

— Eu espero que ela não tenha visto nada demais. – JJ diz, entrando na sala. – Aliás, Hotch, não conseguimos nada. – Continua a agente, só que desta vez direcionando-se para o Chefe.

— Hotch?! – Se espanta Sophia – Por que alguém iria diminuir o seu sobrenome? E por que não te chamam de Aaron! É um nome tão bonito! – Emenda em sua inocência.

E pela primeira vez, o Chefe da UAC não sabia como reagir. O comentário da garota fora tão repentino que o deixou sem falas. Contudo, é lógico que um comentário deste, neste momento, não passaria despercebido pela equipe que já se juntava ao lado da garota e da analista.

— Acho que você está um tanto quanto vermelho, Aaron. – Rossi foi o primeiro a fazer piada. O primeiro e único, já que os demais estavam tentando esconder as risadas, tanto do elogia da menina quanto da falta de reação de Hotch.

— Eu acho que ela tem razão, mas quem sou eu para mudar isso, né? – Garcia, de seu modo, comentou. - Mas mudando de assunto, tenho novas informações. – E dizendo isto, apontou para Sophia, como quem dissesse, não posso falar na frente dela.

Sophia que, apesar da pouca idade, prestava atenção em tudo, entende a mensagem e pergunta quando poderá sair.

— Você ainda não pode sair daqui, bonequinha. Mas olha que conseguimos pegar para você na sua casa! -  Prentiss apresenta para a garota dois livros e outro bichinho de pelúcia, bem como um caderno de desenhos que havia pegado na casa da menina.  – Agora, você fica aqui na sala ao lado, enquanto nós vamos resolver um probleminha. Como te disse mais cedo, qualquer coisa é só nos dizer.

— Muito obrigada, Emily! – Sophia agradece. – Agora eu tenho que algo pra fazer. Já montei todos aqueles quebra-cabeças umas duas vezes. – E dizendo isto, abraça a agente!

— Ela é uma fofura! – JJ não se conteve.

Enquanto a equipe discute os detalhes dos depoimentos que coletaram, bem como analisam as informações obtidas pela analista técnica, a noite avança. Contudo, entre análises de prováveis suspeitos e das razões que motivaram os crimes, nunca deixaram de prestar atenção na menina.

Até que em um determinado horário, com a noite já avançada, Hotch se levanta e vai até a sala ao lado, onde, sem falar nada retira o seu paletó e o usa como cobertor para Sophia que, àquela altura, dormia um sono solto, deitada no sofá, abraçada com seus bichinhos de pelúcia.

Quando a equipe finalmente acha que podem sair para descansar, o Xerife Hunter aparece.

— Sinto informar-lhes, mas temos um novo assassinato. – Ele diz.

— Ele atacou de novo em menos de vinte e quatro horas. Está mais do acelerado. – Rossi se preocupa.

— Onde? – Morgan questiona.

— Dentro do campus, novamente. Um casal. Sem filhos. O professor Patel  e a esposa. – O Xerife responde.

— Estrangeiros? – Hotchner indaga.

— Sim. E são recém chegados. Indianos. E ele lecionava termodinâmica fundamental, no curso de Engenharia Aeroespacial.

— E nos limitamos no Departamento de Exatas. – Prentiss comenta.

— Sim, e temos outro casal de estrangeiros. – Reid completa.

— Xenofobia e limpeza étnica? – É a vez de JJ começar.

— Creio que sim. – Hotch diz. – Morgan e eu vamos à cena do crime. Reid, como você entrevistou os professores de exatas, fique aqui e foque nos que se mostraram menos receptivos a estrangeiros.

—-------------------------------------------------

Na casa da família Patel, a cena era a mesma dos outros crimes. Violência exagerada, múltiplas facadas em ambas as vítimas, mas tinha um novo fator. O unsub deixara uma mensagem:

“Devemos limpar nosso país de todos estes imigrantes imundos que aqui chegam para tirar nossos empregos e roubar nosso futuro. À vocês do FBI, não sabem o mal que fazem ao proteger esses impuros! Viva os ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA!”

— Desta vez ele foi bem direto. – Morgan foi sarcástico.

— E deixou uma mensagem dirigida a nós. – Hotch complementou. – Ele já sabe de nosso envolvimento e não poupará esforços para concluir a sua demanda e nos ver derrotados.

— Uma cruzada pessoal? Não seria raro? Afinal é uma Universidade aonde pessoas de todas as nações vêm para estudar. – Morgan tinha um ponto.

— O foco não são os alunos, mas sim os professores. Esse unsub está dentro do departamento de Ciências Exatas. – Hotch explica. - Vamos liberar o perfil.

—---------------------------------------------------------------

Mesmo com o avançar da hora, a equipe estava com o perfil pronto para ser entregue aos policiais.

— O homem que procuramos é branco, na casa dos 40 e tantos e 50 e poucos anos. – Rossi deu início.

— Ele tem dois motivos para matar, um profissional e outro pessoal. – Reid diz.

— Muito provavelmente foi professor ou alguém que trabalhou diretamente envolvido com os projetos do Departamento de Exatas da Universidade. – foi a vez de JJ

— É claro que ele se sente ameaçado ou talvez tenha perdido o emprego para algum professor ou professora de outro país. – Hotch emendou.

— E tal fato, aliado a um patriotismo exagerado, foi o fator determinante para que ele começasse a matar. – Morgan continuou.

— Pelas palavras que ele deixou na parede da casa dos Patel, é fácil perceber que ele pertence a uma família de militares ou foi militar quando mais novo, por isso a discordância com a chegada de famílias estrangeiras aqui na América. – Prentiss se faz ouvir.

— Todos vocês tem que ficar atentos ao fato de que ele já sabe da investigação e fará de tudo para que a prejudique. – Reid diz novamente.

— Ele não poupará esforços para que seu intento seja alcançado, e para isso quer ver o fracasso do Departamento de Polícia de do FBI – Morgan complementa.

— Fiquem atentos a todos os curiosos, e redobrem os cuidados quando na presença de professores. Avisaremos ao Reitor da Universidade e colocaremos patrulhamento ostensivo na porta das famílias dos professores estrangeiros que lecionam na área de exatas. Isso é tudo. Muito obrigado. – O chefe encerra o perfil.

Dizendo isto, toda a equipe sai da sala. Todos precisavam de descanso, desde o momento em que desembarcaram não tiveram um minuto de pausa.

— Vamos parar por agora. O unsub sabe que estamos chegando perto, e infelizmente, para pegá-lo agora, só um deslize. Todos descansem e voltaremos com o amanhecer. – O chefe ordena ao restante da equipe.

— Acho que a Penelope já descarregou por aqui mesmo. – JJ brinca ao ver analista dormindo perto de Sophia, que pelo visto, foi esquecida na Delegacia pela Assistente Social.

Morgan bem que tenta, mas Garcia não foi lá muito receptiva ao tentar ser acordada, o que não deixa alternativa à Equipe a não ser deixá-la dormindo ali, mesmo que isto custe uma dor de cabeça a cada um pela manhã.

No entanto, finalmente conseguiram que a garota fosse levada para o abrigo, onde poderia ficar afastada do ambiente da Delegacia e teria um descanso merecido.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Todo Final é Também um Recomeço" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.