Todo Final é Também um Recomeço escrita por Carol McGarrett


Capítulo 5
CAPÍTULO 04 – Desvendando os Segredos das Famílias


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!!



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— Já se conformou, Pretty Boy, que a bonequinha ali também gosta do Sherlock? – Garcia que terminava sua busca pelos parentes da menina provoca.

— Até onde eu sei, você tem várias mídias para analisar e além de investigar a vida das famílias. – Reid foi seco.

— Ora, ora, Gêniozinho! Você é rápido com o cérebro, e eu com computadores! Por que acha que eu tenho todas estas telas aqui na minha frente? – A analista continua, alegre como sempre.

— Garcie, encontrou algo sobre a família da Sophia. – JJ que ouvia a troca de frases ácidas entre os dois amigos interrompe.

— Sim e não. – Diz a analista.

— Explique-se. –Prentiss pede.

— Eu terminei com a minha investigação. E não tem nenhum familiar vivo da pequena. – Penelope diz. – Pelo que consta nos registros de entrada da família nos EUA, bem como nos documentos de imigração, a família deixou a Inglaterra há pouco mais de oito meses. E isto se deu após o falecimento da mãe da Sra. Holmes. Os pais do Sr. Holmes faleceram há 5 anos, e não há nenhum registro de tenham irmãos ou meio irmãos, tios nem nada. Ou seja, quem quer que seja esse psicopata, ele deixou aquela menininha linda, sozinha nesse mundo! E isso não é justo.

— Temos um problema. Assim que esta investigação terminar, teremos que entrega-la para o Serviço Social encontrar um novo lar para ela. – Morgan completou.

— Será que os senhores podem esperar eu terminar! – Garcia se exalta – Por mais que ela não tenha parentes vivos, os pais tinham um bom dinheiro guardado, além de que cada um tem uma apólice de seguro no valor, cada, de um milhão de dólares. A gatinha na sala ao lado já é milionária!

— Com toda certeza isto será um empecilho para a adoção. Muitos tentarão se aproveitar desta fortuna que ela tem direito. – Prentiss divaga. – Não vejo uma vida alegre para ela. – E ao comentar isto, olha para a sala ao lado onde Sophia passava o tempo montando alguns quebra-cabeças.

— Obrigado pelas informações, Garcia. – Hotch complementa. – Agora, por favor, foque nas mídias, algo nelas deve ser de utilidade.

— E o que faremos agora? – JJ pergunta. Parece que entramos em um beco sem saída.

— Entrevistaremos os professores dos dois departamentos. Tanto o de exatas, quando o música e humanas. Alguém deve ter notado algo. – O líder da equipe complementa.

— Reid e Morgan, exatas. JJ e Prentiss, música. Rossi e eu vamos para o Departamento de Humanas. Garcia, a assistente social já vai vir para levar a Sophia, até ela chegar, faça o favor de mantê-la dentro daquela sala. – E dando as últimas ordens Hotch ruma para a saída.

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— Eu sabia! Por mais que eu tenha estudado no MIT e na CalTech, sempre quis conhecer o departamento de Harvard. – Reid se empolga.

— Não me diga. – Morgan não está tão animado assim.

— Eu sei que tem todas essas rivalidades entre as Universidades e tal, mas temos que levar em consideração que os métodos de ensino, o corpo docente e a administração fazem toda a diferença para que uma determinada Faculdade se destaque no cenário nacional. Por exemplo, se levarmos em consideração que Harvard tem .......

— Chegamos. Vamos nos concentrar nos professores que, de alguma forma, poderiam fazer parte da rotina dos Williams e de James Holmes. – Morgan nunca ficou tão aliviado de chegar para as tediosas entrevistas.

Logo foram recebidos pelo Diretor do Departamento que lhes deu os horários e rotinas dos professores, bem como lhes mostrou suas salas.

— Isso não vai ter fim. – Derek suspirou. – Vai ser como descobrir uma agulha no palheiro.

— Na verdade é bem esclarecedor o fato de, em um único Departamento, termos vários professores estrangeiros, sendo que três foram mortos. Mas o mais interessante é que, afora as reuniões mensais, eles não se encontravam. É nítido que os horários são apertados e ainda cada um desenvolvia sua própria pesquisa junto com o seu grupo de alunos.

— O que coloca mais gente na lista de pessoas que Garcia vai ter que investigar. – Morgan complementa.

— Sim. Isto também. – Spencer diz.

— Olhando por esta lista, temos ao todo dez professores que conviviam com os três. Podem ser suspeitos. Mas o motivo ainda é obscuro. – Morgan pensa.

— Ou não. Será que se trata de roubo de projetos? É o único motivo que vejo aqui. – Reid tenta formular uma proposição.

— Se for o projeto, não existiriam motivos para matar toda a família, e com tanto ódio. – Morgan contradiz o colega de equipe.

Ao acabarem de analisar as salas, voltaram à diretoria do departamento, onde esperariam o horário de saída dos professores que atuavam com as três vítimas para poderem ter maiores esclarecimentos.

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JJ e Prentiss não estavam tendo muita sorte no Departamento de Música. Afora uma piada ou outra sobre serem totalmente desafinadas para cantar. A sala, armário, bem como a conversa com os professores do departamento não levaram a nenhuma conclusão.

— “Isabella era uma ótima professora.” Foi a frase mais ouvida pela dupla de agentes.

— “Educada, elegante e dedicada”; foram os adjetivos utilizados pelos estudantes.

— “Atenciosa, uma professora a quem poderiam pedir por ajuda em caso de dúvidas com as partituras ou a teoria da música clássica.” Os estudantes mais dispostos continuavam.

O depoimento da professora Harris que dividia a cadeira de Introdução à Música Clássica com a Sra. Holmes foi um dos mais esclarecedores.

— Confesso que no início duvidei da capacidade de Isabella para lecionar música e línguas, mas era uma excelente profissional. Entendia como poucos de música, além de saber tocar, ensinar e compor em diversos instrumentos. Nunca vi ninguém reclamando dos seus modos ou métodos de ensino. As únicas brincadeiras que ouvir  foram quanto ao seu sotaque. Não é clichê que os alunos a adoravam. Era uma pessoa com um talento, um dom nato para ensinar. Não consigo imaginar quem faria mal a ela. E tenho certeza, era uma mãe devotada. Amava a pequena Sophia. De vez em quando a trazia para o departamento para ensiná-la a tocar. A garotinha tem o talento da mãe para o piano e violino. Meu Deus, não acredito que fizeram isto com ela! – A professora chorou.

— Senhora Harris, por acaso a senhora conhecida o Sr. Holmes? – JJ completou

— O que eu disse sobre Isabella, se aplica ao James. Eram queridos, apesar de estarem por aqui a pouco tempo. E quanto a vida em família, eram reservados, mas que inglês não o é? Porém, era perceptível que se amavam. – Concluiu.

— Muito obrigada, Sra. Harris. – Prentiss agradeceu.

As duas não tinham mais o que analisar. Seja qual for a intenção do unsub, Isabella Holmes poderia ter sido uma vítima de oportunidade sim. Era praticamente impossível que alguém deliberadamente pudesse matar aquela mulher.

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Hotch e Rossi conseguiram as mesmas informações no departamento de Humanas. Isabella Holmes era uma grande pessoa, ótima professora e mãe dedicada. Que amava o que fazia e o fazia com afinco. E sabia como poucas equilibrar a vida pessoal e profissional.

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No Departamento de Exatas, Morgan e Reid tiveram um vislumbre um pouco diferente das outras três vítimas.

Todos os três eram boa pessoas, e sim, amavam à família. Mas eram competitivos ao extremo. Tentavam sempre se sobressair no que faziam, mas nunca passaram por cima de ninguém. Mas o fato de estarem a pouco tempo no país e, principalmente, lecionando a menos de um semestre na Universidade, levantou sérias objeções dos demais professores, que se viram oprimidos pela perspicácia, inteligência e novas ideias trazidas pelo trio de vítimas.

Alguns dos professores entrevistados não conseguiram esconder a satisfação de vê-los longe dali. O ambiente era extremamente concorrido, isto sem contar o fato de que, como é praxe, há uma competição interna para saber quem tem o melhor projeto, e, não foi surpresa para os dois agentes que, até aquele momento James Holmes e o casal Williams estavam disputando a liderança da competição.

Afora isto, ficou claro em outros a aversão ao fato de serem estrangeiros, dois professores mencionaram isto com convicção; quando foram informados das mortes, somente disseram: “Se não tivessem saído de seus países, provavelmente ainda estariam vivos”.

Derek e Spencer então começaram a formular uma teoria, as mortes estavam relacionadas aos três professores de exatas e eles tinham duas causas prováveis: ciúmes por eles serem excelentes profissionais, ou xenofobia. O problema era achar o real motivo.


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