P.O.V. Maryse.

O Jace nos deu todos os planos do Valentim de bandeja. Nas primeiras vezes, eu fui cautelosa, mas então... tudo deu certo. Eles estavam exatamente onde deveriam estar e faziam exatamente o que deveriam estar fazendo.

Eles não faziam a menor ideia da existência da criança, até agora.

P.O.V. Isabelle.

Eu sou a protetora/ enfermeira/ cuidadora da Clary e do bebê milagroso.

—Ai!

—O que foi?

—Eu senti uma fisgada no pescoço.

Eu olhei, tinha um pouco de sangue, mas fora isso... tava tudo bem.

Foi passando o tempo e não acontecia nada o que era preocupante.

—Como está o pescoço?

—Eu me sinto bem. O que é estranho. Tenho certeza de que tem alguma relação com a Sara.

Ela ia morder uma das maçãs quando de repente ela faz uma cara... Não gostei daquela cara.

—O que foi?

—Eu não sei. Provavelmente só... enjoo matinal.

Eu coloquei a mão na testa dela.

—Meu Deus! Você tá queimando!

Logo descobrimos que era relacionado com a bruxa. Um membro do ciclo a acorrentou e a atacou com uma agulha amaldiçoada que tinha um único propósito, matar uma criança ainda não nascida aumentando a temperatura do sangue da mãe.

Clary ficou de cama, ela estava suando.

—Eu sinto que me colocaram no microondas.

Eu fiquei fazendo compressas de água fria nela. E o meu irmão trouxe a bruxa.

—O que ela tá fazendo aqui?!

—Tentando ajudar.

—Ajudar?! Você é a razão disso estar acontecendo!

—Eu quero derrotar o Valentim e você também!

A bruxa usou um monte de ervas para diminuir a febre.

—Ela tá pegando fogo! Temos que fazer isso agora!

—Coloca ela na água!

—Como é que uma nadadinha noturna vai ajudar?

—A temperatura está além do teto, a água, com a ajuda das ervas... vai nos esfriar.

—Bebe ai. Você vai ter que afundar ela.

—E como sugere que eu faça isso?

—Segura ela. É um remédio natural para diminuir o ritmo cardíaco e reduzir a pressão sanguínea.

—Jace, tá doendo.

—O Magnus vai quebrar a ligação!

—Eu... Eu não consigo respirar.

—Respire longo e fundo, longo e fundo. Clary, olhe pra mim, só se foque no som da minha voz. Vai ficar tudo bem.

O relógio bateu e a Clary gritou e se contorceu dentro da água. Então... calma.

—Acabei de sentir a ligação ser quebrada.

A Clary respirou aliviada e largou do Jace. Eles ficaram se olhando por longos minutos.

—Vamos. Vamos entrar. Eu tenho que voltar ou ele vai suspeitar.

—Ei Jace! Tenha cuidado.

—Terei. Prometo.

O Jace foi embora e a atitude que a Clary teve antes de sair da piscina com certeza me chocou.

A bruxa estava saindo, então, a Clary agarrou no braço dela.

—Eu sei que só estava me usando para salvar a sua gente, mas tente de novo... e eu te mato sua vadia.

—Desde quando faz ameaças e fala palavrão?

—Desde agora Alec.

P.O.V. Valentim.

Os Shadowhunters sabiam de todos os ataques, de todos os meus planos. Eu sei o que isso quer dizer.

—Meus amigos! Temos um traidor entre nós!

Todos se chocaram.

—Temos que pegá-lo e matá-lo! 

Depois do meu inspirador discurso, eu fui até os meus homens mais leais.

—E quanto a criatura germinando dentro da minha filha?

—O feitiço teria funcionado, mas quebraram a ligação entre ela e a bruxa salvando a criatura.

—Bom, vamos ter que tentar outra vez.

—Porque está tentando matar um bebê inocente? Eu pensei que quisesse defender a humanidade.

—Não sabemos o que é a coisa germinando dentro da sua irmã.

—Nós dois sabemos que ela não é minha irmã. E se quer saber, eu não vejo muita diferença entre você e a Clave.

—O que?!

—Eu sei que a Clary não é minha irmã já a algum tempo. Meus pais não morreram, eles me largaram, viraram as costas pra mim e eu não vou cometer o mesmo erro com o meu filho.

—Seu filho?

—O filho da Clary, é meu filho. Parece que conseguiu o que tanto queria afinal. Uniu nossas linhagens. Eu gosto de regras, mas também acho que a Clave está errada. Os submundanos não tem que ser erradicados como você pensa, mas tem que haver sim algum controle. Algum tipo de fiscalização. Quer saber o que eu acho? Eu acho que está com medo. Com medo de que esse bebê tenha poder suficiente para acabar com a sua raça!

Eu não conseguia responder.

—Você mataria sua própria filha, sacrificaria seu próprio sangue. Jocelyn morreu por sua causa!

—Jocelyn?

—Sim. Quando mandou aquele demônio atacar o Instituto ela estava lá. O demônio tomou o corpo do Alec, do meu parabatai e arrancou o coração dela. Então, Jocelyn Fairchild está morta por causa de você. Clary e o nosso filho, estão em perigo, por causa de você.