Xeque Mate escrita por AquaMarine


Capítulo 3
Turquia




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Sexta-feira. 
Acordo meio indisposta, afinal hoje é sexta, dia em que vou para a Turquia, meus pais deixando ou não. Como eu considero um dia especial eu visto uma calça jeans, pego minhas malas e vou para o café da manhã.


Sou a primeira a chegar, logo depois meus pais chegam, junto com o embuste do meu irmão. 
— Bom dia.- Juliane
— Bom dia mãe, bom dia pai.- Katy
— Que malas são essas?- Lucas
— Minhas.- Katy
— Maninha você deve saber que eu e a Ana não ligamos que você viaje.- Lucas
— Diga a Anastácia que nosso amor é recíproco.- Katy
— Katherine Elizabeth?- Max
— Sim?- Katy
— Você pode viajar, mas voltará na sexta e não no domingo de manhã.- Juliane
— Sério? Muito obrigado.- Katy

Termino meu café e me despeço deles e até falo tchau com o Lucas, pego as chaves do meu carro. Passo no bar e pego a Cassandra. 
— Vou para a Turquia!
— Sério? Isso é maravilhoso. Deixaram numa boa? 
— Mais ou menos, tenho que voltar na sexta. Mas tudo bem. 
— Não faz diferença, pera ai que vou contar a notícia para a galera.

Ligo o som do carro e fomos cantando para a faculdade, hoje não haverá aula e sim algumas comemorações. O time de futebol e basquete mostraram novos jogadores e as líderes de torcida vão fazer um show.

Todos ja foram para o ginásio ver os grandes espetáculos, mas eu e Cassie vamos nos aventurar na sala do diretor. 
— Essa sala me parece mal assombrada. 
— Não viaja Cassandra, ja entrei aqui várias fazes e não aconteceu nada. 
— Se você diz, começar por onde?
— Lugares onde você esconderia algo que pudesse te livrar da morte.

Ficamos ali até dar a hora de ir embora, se achamos o que queríamos? Achamos até o que a gente nem imaginava que existia. Depois dali fomos para o bar, sempre que estamos sem nada para fazer estamos no Lions. É regra. E a seguimos ao pe da letra.

Finalmente chegou a hora de irmos para o aeroporto, estou muito ansiosa por essa viagem, tipo muito mesmo. Ela meio que vai ser o passaporte para meu futuro. 

Quebra de tempo. 
Chegamos no aeroporto e logo  fomos fazer o check-in, depois resolvemos procurar nossos amigos de viagem. Nessa viagem vai ser eu, Cassie, Avicci e a sua namorada Ani. 
— Achei que vocês não fossem aparecer mais.- Ani
— Dondoca que se atrasou.- Katherine 
— Katherine não me enche a paciência pois ela ja se esgotou.- Cassie
— Katherine?- Avicci
— Que foi? Meu nome é esse.- Katherine 
— E por que não te chamamos de K ou Katy?- Ani
— Por que seria muito na cara.- Cassie
— Me chamo Katherine Elizabeth, Ka e Li, entenderam?- Katherine 
— Não somos iditotas igual ao seus parentes.- Avicci
— Acho que não tem ninguém mais burro que aquela gente.- Katherine

Sentamos em alguns bancos até nosso vôo ser chamado, finalmente chegou a hora. Depois de 4 horas, chegamos a Istambul.

Fomos para o hotel, vou dividir meu quarto com a Cassie, enquanto ela vai tomar banho resolvo ligar para meus pais. 
— Mãe? Pai? 
— Nenhum deles, Katy. 
— Ah, oi Malu. Pode chamar um deles. 
— Eles não estão, foram para o interior da França, na casa de parentes da Anastácia. Quer mais alguma coisa? 
— Não so isso mesmo. Tchau. 
— Tchau e boas férias.

Não acredito que eles mentiram tanto assim, eu minto, é claro, mas é para segurança deles. Até hoje eu não fui embora por causa dos meus pais, mas acho que vou mudar as coisas. 
— Ja ligou para os seus pais? 
— Eles estão indo para o interior da França, visitar os parentes da Anastácia. 
— Você não me falou isso. 
— Porque eu não fazia ideia, posso ficar uns dias na sua casa, até alugar um apartamento? 
— Claro que pode, se eu não me engano tem alguns apes para alugar ali perto.
— Tomara que tenha, vou tomar banho para depois comer algo.

Fico longos minutos debaixo do chuveiro como nos filmes, na mente fica passando tudo o que aconteceu comigo. Fui encontrada na porta de um orfanato de freiras, os Taylor me adotaram com três anos. Me lembro quando chamei eles de pai e mãe, no começo me dava super bem com o Lucas. Depois que eu cresci, por volta de sete anos, achava que eu e Lucas realmente fôssemos irmãos de sangue. Mas a adolescência chegou então ele começou a achar novos amigos e me deixando de lado. Meus  únicos companheiros eram os livros, aos poucos fui mudando o jeito de vestir, eu ja gostava de moletons e uns trem meio doido, mas piorou. Então Lucas começou a mexer comigo e seus amigos, fui so piorando. Meus pais não fizeram ou fazem nada, não me perguntem por que.

Então depois de mais uma discussão com Lucas resolvi pular a janela do meu quarto. Fui andando por aí sem rumo, até que encontrei com a Cassie nós ja tinhamos conversado com na biblioteca. Rapidamente ficamos amigas, então ela me apresentou seu mundo e eu caí de cabeça. Então toda noite pulo a janela do meu quarto e vou viver de verdade.

É certo o que faço? Não nem um pouco, mas foi nosso jeito de fazerem as coisas mudarem.

Dia seguinte. 
Acordo oito horas, sigo minha rotina e visto um look que não uso a tempos ou nunca usei, tanto faz.


— Cassie como estou?
— Estranha. 
— Está tão ruim assim?
— Quis dizer diferente. 
Pegamos o elevador e fomos, encontramos com a Ani e o Avicci, tomamos café juntos e depois cada um foi para um lado. Alugamos um carro e fomos para uma área nobre e simplee ao mesmo tempo da capital turca.

Sentamos em uma pequena praça ali perto e miramos em uma casa. 
— Será que ele está? 
— Por qual motivo ele não estaria Cassie?
— Sei lá, vai que ele gosta de correr. Ele está saindo, para o carro. 
Sigamos ele de perto, passamos por vários pontos da cidade, até que paramos em frente a um hotel. 
— Katy o que vamos fazer?
— Tentar entrar. 
Conseguimos entrar no hotel tranquilamente, e ficamos ali até que perco a noção do tempo.

Horas depois. 
Chegamos no nosso hotel nove horas e morrendo de sono. 
— Cassie eu sou tô o pó da rabiola. 
— Como se eu não tivesse. 
— Hoje o dia rendeu. Amanhã que vamos executar o plano?
— Tudo indica que sim.
— Então vamos dormir que amanhã a cobra vai fumar.

Quando encostei minha cabeça no travesseiro lembro novamente por tudo que passei, enquanto estou com isso na cabeça meu celular toca. É minha mãe. 
— O que quer? 
— Oi filha, é que fiquei preocupada você não ligou. 
— É que eu achei que você estava muito ocupada ai na França. 
— Sobre isso... desculpa por não ter contado. 
— Ja estou acostumada a ser deixada de lado e tudo mais, mas por meus pais eu não estou. Relaxa a sensação de ser pior que um animal passa. Se não importa vou dormir. Tchau. 
— Katy espere, vou chegar no domingo então se quiser voltar no mesmo dia. 
— De ontem para hoje resolvi que vou visitar mais alguns países, que vou chegar na sexta e ir embora de casa no sábado. Quero construir minha vida ao lado de quem não tem vergonha de mim. 
— Eu não tenho vergonha de você. 
— Mas não parece, ou acha que eu não escuto o que você e meu pai dizem. Por anos eu ignorei achei que vocês se preocupavam, mas como estava enganada. Tchau.

Desligo meu celular, viro para o lado e durmo. 



                                                    









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Notas finais do capítulo

O que será que elas vão aprontar?



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