Xeque Mate escrita por AquaMarine
1 mês depois...
Mais um dia eu acordei na minha cela, ainda estou aqui, acabei me acostumando. A minha rotina é: tomar café da manhã, voltar, almoçar e ficar la um pouco, voltar e jantar. Nesses voltar eu fico desenhando, ouvindo músicas ou lendo. Estamos ajudando o pessoal a descobrir criminosos, mas so isso. A única pessoa que fala comigo sem diferencia é o Nicholas, as meninas também falam as vezes. Não sabemos o que vão fazer com a gente, se vamos ficar aqui ou qualquer outra coisa. Eles não dizem nada.
Depois que eu voltei do café comecei a desenhar, resolvi que vou desenhar o Big Ben. Estou de boas ali, nos meus pensamentos, quando alguém entra.
— Olá Katy.
— E aí Nicholas, bem?
— Tudo bem e você?
— Desenhando uma das coisas mais bonitas do mundo.
— O Big Ben é um grande marco, você está mesmo bem?
— Pensando na vida, como tudo mudou, eu sabia que um dia eu poderia ser pega. Mas o que mais me machucou, surpreendeu foi ter descoberto quem são vocês.
— Imagino...mas você imaginou o que eu pensei quando descobri que você era uma assassina.
— Não dá para imaginar, mas deve que foi algo terrível. O que vocês vão fazer com a gente? Não vamos ficar aqui o resto das nossas vidas.
— Sei pouco e não posso falar.
— Tudo bem, mas independentemente do que acontecer converse comigo até lá. Você está sendo incrível, posso te dar um abraço?
— Claro.
Então eu o abraço e me sinto bem, ficamos assim até a hora do almoço. Lá eu contei o que aconteceu com a Cassie, ela fica chocada. Volto para a cela, mas não fico muito tempo, me buscam. Com certeza devo investigar o paradeiro de alguém qualquer.
— Hoje você não vai investigar o paradeiro de alguém qualquer.- Max
— Então de quem?- Katy
— Esse é o problema, não temos certeza de quem é. Vamos começar do zero.- Lucas
— Sugiro, para que as coisas fiquem mais rápidas, chamar os outros. Quando acontece casos como esses todo mundo ajuda.- Katy
— Mas antes, quero que você de uma pesquisada.- Tiago
Pego o notebook e leio todas as informações que temos, são poucas, vamos ter trabalho. Enquanto estou lendo, as pessoas começam a falar, minha mãe fala sobre o almoço que vai ter amanhã, domingo. Lucas fala de uma festa que vai ter hoje, eles ficam falando, e isso me deixa um lixo. Depois que termino de ler, começo a cruzar informações, até que o resto do pessoal chega. Então a gente começa a trabalhar.
Três horas depois deixamos os computadores de lado, e esticamos braços e pernas.
— Vocês não vão trabalhar?- Michel
— Terminamos, vocês vão ficar surpresos.- Catia
— Por que?- Juliane
— Vocês pediram para a gente descobrir sobre uma pessoa, e descobrimos.- John
— Mas nós demoramos, primeiro porque realmente estava difícil, quase que não tinha dados. É o mesmo que andar e passar o rodo.- Mia
— Segundo não era so uma pessoa, achávamos um ponto e seguimos ele, depois mudava.- Peter
— No total são dez pessoas, 7 homens e 3 mulheres. É uma quadrilha, a pessoa que vocês mandaram procurar é o criador. Ele junto com o resto das pessoas são responsáveis por vários crimes.- Olk
— Tráfico de drogas, armas, órgãos e pessoas. Além de prostituição e roubo. Cada pessoa é de um país: Inglaterra, Brasil, Alemanha, Canadá, EUA, Argentina, Austrália, Japão, Croácia e França.- Richard
— Aqui está a lista com os nomes e qual a sua principal função.- Katy
Demos os papéis a eles, que leram com atenção. Comentando o que achavam, em sussurros.
— Vocês tem certeza disso?- Nicholas
— Se quiser pode conferir, eu também fiquei surpresa. Quem diria que Madre Oliva iria fazer isso.- Katy
— Quem é essa?- Laura
— Oliva Hams, ela é a madre superior do orfanato em que eu ficava. E agora ela é responsável por tráfico de crianças. O curioso que é a mais de 20 anos, eu posso ter sido uma vítima, ou eu ia ser uma. Ja que as crianças são vendidas. E eu poderia ter uma vida pior.- Katy
— Será?- Lucas
— Eu não sei, nunca tive curiosidade sobre meu passado. Isso deve ser muito bem investigado, muitos não conhecem suas famílias, acham que foram abandonados. E alguns nem sabem que tem uma família de sangue.- Katy
— Pode deixar, vai ser um prazer investigar seu passado.- Chris
— Obrigado.- Katy
Então a gente voltou para a cela, eu me remoendo de curiosidade e de arrependimento: porque não fui atrás do meu passado?
Dia seguinte.
Acordo, tomo banho e troco o uniforme, são dois um laranja e um bege, hoje eu vesti o laranja. Sento na cadeira e vejo os meus desenhos: tem tudo do que possam imaginar. Arrumo eles e depois começo a fazer anotações. Na verdade são nomes de pessoas que eu sei que foi do orfanato das Meninas Religiosas.
Um agente vem e me leva para o café da manhã, depois que terminei de comer peço que me levem para ver a Laura, a Chirs ou Nicholas. O agente bate na porta e na sala está de brinde o Ryan e o Lucas.
— Bom dia.- Katy
— Bom dia, o que quer?- Nicholas
— Fiz uma lista de pessoas que foram do mesmo orfanato do que eu. Tem de pessoas que foram de outros, mas com ligação.- Katy
A lista está na minha pasta, junto com meus desenhos, isso despertou a curiosidade de todo mundo.
— Desde quando você desenha assim?- Ryan
— Desde criança, ela que fazia meus desenhos quando precisava para a escola.- Lucas
— São muito bons. E bonitos.- Laura
— Obrigado, isso é um dos meus passatempos preferidos, além de ler e ouvir música. Gosto mesmo é de filmes, mas não tenho televisão.- Katy
— A Aly Martim é adotada?- Chris
— Sim ela é do orfanato de Pelynwish del' Avonn.- Katy
— Obrigado pela lista, vai nos ajudar.- Nicholas
Me despeço deles e volto para a cela e lá comecei outro desenho.
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