Limits escrita por Lillac


Capítulo 4
. Quatro


Notas iniciais do capítulo

Eu não acredito que demorei TANTO. Mil desculpas, e eu espero que gostem.



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Durante todo o caminho de metrô, Annabeth o fixou com um olhar tão completamente aborrecido e decepcionado que uma parte de Jason quase quis voltar. Provavelmente a parte que ainda vivia nas memórias de anos atrás, quando eles dormiam em ruas sujas e adoeciam com a garoa, e um olhar daqueles vindo dela era mais do que um sinal suficiente de que eles estavam prestes a fazer alguma decisão errada. Mas Jason não podia voltar. Não mais, e não agora.

Os outros três estavam sentados no banco do lado oposto. Ethan, à esquerda, os observava com seu único olho visível em uma estranha mistura de divertimento e repúdio. Afrodite, à direita, via e digitava alguma coisa no celular, e ocasionalmente, levantava suas belas e espessas sobrancelhas, e Jason imaginava que ela estivesse sorrindo por baixo da máscara. Mas o pior era definitivamente Luke: o garoto não parara de olhá-los por um único momento. Inflexível e vidrado, com aquele meio sorriso congelado no rosto e olhos de raposa. Jason o olhou de volta, em uma tensão absurda. Mas seu estômago revirava em cada parada. Quando eles finalmente desceram, quase no fim da linha, sentiu-se aliviado.

Ele ofereceu um braço para Annabeth segurar, mas ela se recusou. Ele engoliu em seco.

Luke os guiou por uma infinidade ruelas escuras, apertadas e úmidas, com casinhas que se apertavam no mesmo espaço, janelas puídas com moradores que os olhavam com um ar de curiosidade e medo. As residências se amontoavam umas por cima das outras, tapando o céu noturno, e ele os seguiu com um pé atrás. Luke ia de mãos dadas com a menina, e Ethan vinha logo depois, chutando tapinhas de refrigerante com as pontas do tênis.

Eles finalmente alcançaram um casebre que parecia quase tão abandonado quanto o terreno baldio ao lado. A estrutura era de madeira corroída pela chuva, e Jason tentou olhar por cima do muro pichado, mas tudo o que conseguia ver era um matagal assustador e um cheiro de coisa podre. Luke empurrou a porta com o ombro, e eles entraram em um buraco que cheirava à poeira e ratos mortos.

— Vocês precisam disso, agora — disse Luke, tirando duas faixas escuras do bolso do moletom.

— De jeito nenhum — protestou Annabeth — não vamos seguir vocês vendados.

— Eu não resistiria se fosse você — Afrodite avisou, ainda distraída com alguma coisa no telefone.

— E por que não? — Jason grunhiu, se colocando na frente da amiga.

Ele ouviu alguma coisa raspar o chão atrás deles, mas era difícil ver naquela penumbra. Afrodite ergueu os olhos verdes hipnóticos por apenas um segundo, e avisou:

— Porque ele pode querer fazer isso.

Jason seguiu o olhar dela, mas preferia não tê-lo feito: tudo o que ele conseguiu discernir foi um brilho prateado enferrujado e um grunhindo de alguém que se preparava para fazer um grande esforço físico, antes da barra de metal lhe acertar na lateral da cabeça. Annabeth gritou seu nome, mas o mundo de Jason escureceu e ele acertou o chão.

 

 

— ... uma antiga fábrica de refrigerante. Foi fechada pela vigilância sanitária porque o riacho onde eles despejavam o lixo estava transbordando de ratazanas e baratas — ele ouviu uma voz distorcida explicando, mas parecia que estava ouvindo-a através de uma coluna de água. — Mas há controvérsias.

Ele estava em um corredor mal iluminado. Ou talvez fosse a sua visão ainda turva. Seus pés deslizavam no chão, e ele se perguntou o porquê de estar sentindo uma dor nos braços. Precisou de um momento para perceber que estava sendo arrastado por alguém. Tossiu, sentindo a cabeça latejar de dor, e Annabeth arfou:

— Jason! Você está bem?

Sua cabeça doía como se alguém estivesse lhe dando marteladas, mas, fora isso, não sentia nenhum outro desconforto. Ele foi puxado para cima bruscamente, e as mãos o soltaram rapidamente. Quase perdeu o equilíbrio, mas uma mão de Luke em seu ombro o manteve de pé. O garoto riu:

— É um saco, eu sei. Foi assim comigo também — disse. — Embora eu ache que o Ethan acerte mais forte do que o cara que me apagou na primeira vez.

— Ordens do Chefe — o garoto explicou, mas não parecia fazer aquilo por obrigação — disse que não quer ninguém acordando no meio do caminho.

Jason levou uma mão até a têmpora. Estava úmida de sangue, mas não parecia ter aberto um talho. Annabeth fuzilou Luke com o olhar, e puxou Jason para si, afastando o outro. Mas Luke não pareceu ofendido. Afrodite pigarreou:

— Você está escutando direito? Consciente?

— Eu... acho que sim?

— Ótimo — ela caminhou até uma porta de metal — é melhor prestar atenção.

Do outro lado, uma ampla sala com paredes encardidas e bancos de metal os aguardava. Jason tentou não notar as correntes presas às paredes, ou o quão usadas elas pareciam. Havia um armário de aço cinza esverdeado, mas com as trancas quebradas. Adesivos quase completamente desgastados estavam grudados às portas. Havia também um bebedouro em um canto, três finos e puídos colchonetes, com lençóis que mais pareciam toalhas velhas. Jason tentou não olhar para o vaso sanitário aberto.

Meia dúzia ou um pouco mais de garotos adolescentes estavam espalhados nos bancos, a maioria calados, poucos conversando baixinho. Um dos meninos tinha uma enorme gaze enrolada no braço, pingando sangue no chão. Jason seguiu o trajeto das gotas, e percebeu uma série de manchas marrons escuras no piso outrora branco. Assim como marcas que se assemelhavam assustadoramente à mãos nas paredes.

— Ah, sim — Luke disse, como um comentário avulso. — Quando nós éramos bem menos e tínhamos mais espaço para gastar, essa aqui era a sala onde colocavam os meninos que surtavam. Superexposição à violência pode deixar as pessoas... instáveis. Mas agora essa é uma das salas onde os probatios ficam, até conseguirem a atenção de algum patrocinador.

Probatios? — Annabeth repetiu.

— Em observação. Em treinamento. Eu não sei — Luke deu de ombros — é o nome que o Chefe usa para os rapazes que ainda não conseguiram nenhuma aposta alta.

Mesmo com eles conversando bem no meio da sala, nenhum dos meninos levantou os olhares para eles. Pareciam todos acuados, nervosos. Jason sentiu a garganta fechando. Eles o lembrava de todos os cães de rua, acuados e medrosos quando algum humano se aproximava. Podiam ser raivosos e latir alto quando tinham coragem, mas, na maior parte do tempo...

— É aqui que eu ficaria? — ele perguntou.

— Jason! — Annabeth repreendeu.

— Por um tempo — Ethan disse. — Mas você é bom de briga, deve conseguir alguém bem rápido, se não morrer primeiro.

— E esses outros? — questionou. — Ondem ficam?

— Outros?

— Os que têm apostas altas. Como vocês dois.

Luke riu.

— Nós não lutamos mais — repetiu, em um tom cortante, como se fizesse questão de que Jason soubesse daquilo. — Mas respondendo à sua pergunta, depende muito. A maioria fica em uma sala alguns andares acima. Não é muito melhor que isso, mas... e alguns patrocinadores são especialmente generosos. Ethan e eu tínhamos nosso próprio quarto, lá encima.

— Você? — Jason olhou para a garota.

Ela fez um gesto oblíquo com a cabeça, o cabelo se movendo de uma forma quase cinematográfica.

— Eu gosto de privacidade.

— Vamos, eu vou levar vocês lá fora — Luke pegou os dois pelos ombros. Seu sorriso era amigável, e sua voz macia, mas suas mãos eram ásperas, como garras. — Bom trabalho hoje rapazes!

Os meninos responderam com uma série de murmúrios indecifráveis.

Ele estavam no que parecia ser o segundo patamar de uma torre. Era um espaço circular, gradeado, e o chão era de metal barulhento quando eles andavam. Jason marchou até a amurada, e olhou lá para baixo. No fundo, havia um espaço redondo, aberto, onde três figuras limpavam manchas vermelhas do chão com esfregões. Em torno, o primeiro patamar era uma arquibancada de bancos de madeira. Eles tiveram que se pendurar na amurada de forma precária, deslizando até onde escada externa conectava-os com o terceiro patamar. Luke fez com que Jason seguisse primeiro, mas bateu com o punho no metal da escada para sinalizar que ele não descesse.

— O terceiro são os camarotes. Vocês não podem ficar aqui.

— Camarotes são para os patrocinadores?

— Achei que isso fosse óbvio.

Era tudo o que ele precisava ouvir. Jason girou e caiu de pé no terceiro patamar, e começou a procurar. As portas tinham todo tipo de codinome inscrito. Alguns em outras línguas, um mais estranho do que o outro, mas nenhum o que ele procurava. Luke o alcançou rapidamente:

— O que você está fazendo?

— O garoto que você mandou, Fantasma — disse. — Onde é o dele? Eu preciso—

— Fantasma não vai estar aqui — Ethan explicou, com um riso. O olhar de Annabeth estava cravado nele, como se ela houvesse percebido alguma coisa. Jason sabia que, se ainda não tinha dito nada, era porque ainda estava juntando as peças. Ficou com medo de tomar alguma decisão agora, mas precisava ser firme: — ele não aposta.

— Como não? Ele estava com aquele outro, Perseu alguma coisa.

— Aaah, o Jackson — Luke riu. — Esse aí é complicado. Chefe não gosta muito dele. Garotos de ouro viram problemas muito rápido por aqui. Mas vem, eu vou te levar até ela. Mas antes... — ele estalou a língua, olhou ao redor, e então chutou a porta mais próxima. Ela cedeu com facilidade, e ele desapareceu lá dentro, retornando algum tempo depois com uma máscara, em estilo cirúrgico, mas de pano, parecida com a de Afrodite, porém cinza, e uma ridícula peruca de cabelo preto liso. Ele as estendeu para Annabeth — você vai querer isso.

— Não estou aqui para lutar — ela rosnou.

— Nem para patrocinar, eu aposto — Afrodite riu. — Mas você vai preferir que eles não saibam o seu rosto.

Hesitantemente, ela aceitou os adereços. Alguns fios loiros escapavam por baixo da peruca, mas Jason soube que ninguém ali realmente ligava para os disfarces — contanto que eles mantivessem as verdadeiras identidades em segredo.

— Sabe, de certa forma, você é meio como o Fantasma — Ethan comentou. — Um cachorrinho fiel.

— Eu não—

— O que ele quer dizer que é que o menino é o único que não luta e nem aposta, mas tem permissão para andar por aqui — Luke a cortou. Ele levantou os olhos claros para ela, e eles pareciam tão gélidos, em contraste com o sorriso caloroso. Luke era como uma antítese ambulante: familiar e amigável, perigoso e traiçoeiro. Jason não quis deixar ele continuar, mas não pôde fazer nada: — Você não gostaria disso? Poder ficar aqui com o Jason sem envolver o nome da sua mãe? Da sua família?

Annabeth o olhou, calada.

— Dos seus irmãos, do seu primo... — Afrodite cantarolou, batucando com a ponta das unhas no celular — da sua amiga Sam.

O coração de Jason deu um salto no peito dele. Ele quis dizer alguma coisa, mas Ethan já o estava empurrando para uma porta sem placa. Ao invés disso, tudo o que havia era um L pintado de verde-água em uma única pincelada.

Luke bateu à porta. E o rosto familiar do garoto de antes os cumprimentou:

— Luke? Eu — ele arregalou os olhos castanhos quando os viu. — Jason, o que...

— Ele quis falar com vocês — Afrodite explicou — eu posso confiar em você, certo, Neeks?

O garoto engoliu em seco. Luke não havia dito nada demais, porém, pelo olhar, Jason podia jurar que ela havia acabado de ameaçar mata-lo com uma serra elétrica. Ele assentiu.

— Ótimo! Eu tenho umas coisas para discutir com o Chefe — ele acenou com uma mão — nós vamos indo. Boa sorte Jason, Annabeth.

Fantasma os apressou para dentro antes mesmo que Luke e os outros pudessem desaparecer escada acima. O ambiente era bem iluminado, mas incrivelmente seco e quente. Havia uma janela no canto, uma cama de solteiro e uma escrivaninha. Não parecia o alojamento de um patrocinador rico.

— Está tudo bem estarmos aqui?

O sorriso dela era nervoso, e falho.

— Claro! Eu só... não esperava. Depois daquilo que vocês disseram.

— Eu tive uma mudança de perspectiva.

— Eu sinto muito pela sua irmã — ele foi ao ponto — nenhum de nós queria isso.

— Ethan queria — Jason o lembrou, sentindo calafrios pelo corpo. — E o Luke a garota não pareciam muito afetados também.

Fantasma olhou ao redor, como que para ter certeza que não havia ninguém escutando.

— Aqueles três são diferentes — ele balançou a cabeça — estão aqui há mais tempo do que a maioria de nós. Uma boa parte disso... disso tudo, foi formado com o dinheiro dela. Eu não sei dizer o que eles estão pensando, mas não é bom ficar perto deles. Próximos demais do Chefe.

Annabeth cruzou os braços.

— E você estaria dizendo a mesma coisa se eles estivessem bem aqui? — perguntou.

O garoto abaixou o olhar. Jason reconhecia aquela expressão, aquela linguagem corporal: era a de um menino que já tinha apanhado tanto que perdera as forças para retaliar. Era a mesma expressão dos garotos na sala branca. Ele olhou para Annabeth com preocupação. Ela era forte, e decidida, e inteligente, mas não era sensível. Toda vez que abrisse a boca, estaria enfiando um dedo nas feridas daqueles garotos, e remexendo.

Mas isso era um pensamento para depois.

— Eu só estou tentando ajudar — ele murmurou. — Luke é amigável com todos, mas ele nunca diz o que está realmente querendo.

— E vocês dizem?

— Annabeth.

— Não, Jason — ela ergueu uma mão para ele, o calando. — Eu entendi o que está rolando aqui. Luke me comparou com você, um cachorrinho fiel. Se você é tão fiel assim ao Jackson, então só têm dois motivos para você ser tão insistente com a aproximação do Luke: ou vocês são os favoritos dele e não quer perder a posição — ela deu algumas passadas para frente. — Ou você sabe alguma coisa sobre o Luke, e não teve coragem de contar para o Jackson ainda. E o Jackson confia nele. E qual é?

O garoto tremeu. Mas, quando ele ergueu os olhos, não parecia o mesmo de antes. Não estava assustado ou acovardado. Ao invés disso, seus olhos pareciam sem vida. Completamente sem expressão.

— Eu não tenho que te responder nada.

Antes que qualquer um deles pudesse dizer mais, a porta foi aberta:

— Ei, Nico, você— uau. Quem...?

Eles se viraram. Uma menina mais baixa que Annabeth estava parada na porta, em uma jardineira rosa-clara com as pernas enroladas até a metade dos tornozelos, sandálias, e uma camisa quadriculada por baixo, larga. O rosto era coberto por uma máscara de arco-íris em tons pasteis, e por um óculos de sol de lentes azuis em formato de coração, que cobriam quase tudo da testa até o nariz. O cabelo estava escondido em uma touca de lã verde-escura. Ela parecia completamente deslocada, como se alguém houvesse jogado um monte de tintas, condimentos e água oxigenada em uma panela e posto para assar.

— Jason Grace e Annabeth Chase — Fantasma apresentou-os.

— Ah! O garoto que o Chefe mandou buscar — ela pareceu reconhecer. — Você eu não conheço, mas seja bem-vinda ao inferno.

— Ela estudou com o Percy, na verdade.

Jason não conseguia ver os olhos dela, mas imaginou-a erguendo as sobrancelhas de forma contemplativa quando murmurou em compreensão.

— Sem apelidos, então — ela disse. — Eu me chamo Lizzie.

— Patrocinadora do Jackson? — Annabeth adivinhou.

— Por aí.

— Ele está em problemas porque você aposta alto demais e ele vence todas? — ela continuou, incapaz de ficar calada, aparentemente. — Esse Chefe não gosta de muito dinheiro indo pro mesmo lutador?

— Olha como você é inteligente — ela riu. — Mas eu não meteria meu nariz onde não fui chamada por aqui. Pode ser que alguém o corte fora. Nico. — Lizzie fez uma mímica de tesoura com os dedos da mão direita, e então gesticulou com a cabeça, e o garoto passou andando com ela até a murada. Jason e Annabeth os seguiram.

Lá embaixo, duas figuras se rodeavam. Era difícil ver, mas Jason imaginou que um deles fosse Jackson.

— Transgressor, de novo? — Nico perguntou com um suspiro. — Percy deveria parar de aceitar esses trabalhos.

— Você fala como se o Chefe não fosse cortar as mãos dele fora se ele se recusasse — ela riu morbidamente. — Talvez não seja tão feio hoje.

O outro garoto estava fracamente tentando proteger o rosto com as mãos, mas Perseu era como um monstro implacável, acertando soco atrás de soco.

— Não tem plateia, por que eles estão lutando? — Jason perguntou. — É você apostando?

A garota deve ter rolado os olhos.

— O menino tentou roubar mais do que a porcentagem dele de uma vitória, e está sendo punido. Chefe faz com que os lutadores com mais experiência surrem os novatos, para mostrar que isso aqui é como uma grande cadeia alimentícia. Eu não—

Seja lá o que fosse dizer, morreu na boca. Jason ouviu Luke gritando “Jackson” e um objeto voou das arquibancadas. Perseu o agarrou no ar. A ferida na têmpora de Jason latejou, e ele não quis acreditar. Lizzie escondeu o rosto nas mãos, e Nico soltou um grunhido:

— Percy, cara...

Jackson avançou, com a barra de metal nas mãos, e Jason quis fechar os olhos. Annabeth enrijeceu ao lado dele. O primeiro golpe acertou o garoto nas costelas, e ele chorou tão alto que chegou aos ouvidos deles claramente. O segundo enterrou-se nas costas, e o terceiro, no tornozelo. O menino rastejou e gritou, pedindo por ajuda, por clemência, mas...

— O que ele está fazendo? O QUE ELE ESTÁ FAZENDO?

Lizzie pareceu estar mastigando alguma coisa muito amarga e se esforçando para não vomitar, quando disse:

— Treinando.

— Treinando para quê?

Mas a voz de Annabeth era límpida quando ela corrigiu:

— Treinando para quem. — Jason virou-se para ela, assustado. — Esse Chefe mandou te buscarem. Quando Nico não conseguiu, os três maiores nomes desse lugar vieram. E Luke disse que ele está se tornando um problema.

Ele olhou de volta lá para baixo. Jackson finalmente havia parado. Quando ele levantou a barra de metal de novo, pingando sangue, o líquido espesso caiu no cabelo dele, deixando uma mecha vermelha, e deslizou até a ponta do nariz. E ele levantou a cabeça, provavelmente procurando por Lizzie ou Nico, mas foi Jason quem ele viu. Duas esferas verdes de ódio e frieza o encararam, divididas por uma linha vermelha. E então Luke pulou no ringue e o envolveu em um abraço congratulatório.

— Querem que você lute com ele.

— Não — os olhos de Nico escureceram quando Percy retribuiu o gesto. — Querem que você acabe com ele.  


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentários são sempre apreciados, e até a próxima!



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