Beijo na varanda - Tda escrita por Débora Silva


Capítulo 19
19 ♡


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura amores ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/765971/chapter/19

Não era algo com a pobre Maria, mas sim com quem a tinha mandado ali e sua cabeça trabalhou em tantas suposições e ela pensou até que Heriberto também estivesse por trás daquela jovem como uma tentativa de aproximação e seu rosto foi ficando mais vermelho.

− Você conhece, Heriberto? – perguntou logo.

Maria estava tão nervosa que a respondeu tão rápido que só se deu conta depois que falou.

− Sim ele é o meu namorado!!!!!! – e Victória ficou branca com os olhos arregalados...

Para Victória aquilo era um tiro no peito, como assim ele estava namorando com uma "criança"? Não podia ser verdade o que estava escutando dos lábios de Maria e ela ofegou com o rosto vermelho mostrando que não sairia boa coisa dali. Maria estava em choque com o modo como era olhada e depois de perceber o que tinha dito ficou de pé para se retratar.

− Como assim namorada dele? – era quase um berro.

− Me desculpe senhora Victória. – tremeu. – Não é ele que é meu namorado e sim João! – falou com o coração na boca. – Heriberto é o meu sogro!

− Você esta mentindo apenas para não perder o possível emprego! – estava mostrando que estava realmente com ciúmes dela loucura.

− Eu não minto! – falou ficando com raiva. – As irmãs do convento me ensinaram a não mentir e não ter sentimentos ruins mesmo depois de ser abandonada por minha mãe quando nem tinha horas de vida ainda! – jogou o que nem precisava ser dito, mas odiava que duvidassem dela. – Acho que foi um erro ter vindo aqui! – se virou para ir embora.

Victória estava tão perdida em seus sentimentos que nem percebia que estava atacando a pessoa errada e ainda pior que estava demonstrando o que estava sentindo a uma estranha e tentou respirar depois de ouvir suas palavras.

− Vai desistir assim tão fácil? – Victória a questionou e Maria a encarou.

− Não preciso trabalhar com uma pessoa que acha que sou mentirosa! – foi firme a surpreendendo.

Victória não era acostumada a ser peitada por ninguém e muito menos por uma garota que estava ali justamente para ter a aprovação dela, mas algo dentro de si a fez analisar bem aquela jovem e ela se aproximou de Maria a olhando dentro dos olhos. Maria não abaixou a cabeça e a encarou com firmeza não ia permitir que aquela senhora duvidasse de sua palavra, não ia mesmo.

− Você tem potencial porque ninguém ousa me peitar assim! – deu um sorriso de canto de boca.

− A senhora pode ser a rainha do mundo mais não vai duvidar de minha palavra! – falou com rudez. – Isso eu não permito de ninguém! – bufou.

Victória num impulso tocou seus cabelos, eram macios e o cheiro de rosas tomou conta de suas narinas e Maria se afastou tirando seus cabelos de sua mão.

− O que tem de respondona deve ter de profissionalismo na passarela certo? – a desafiou.

− Isso quem tem que me dizer é você! – dispensou as formalidades de tanta raiva que estava.

Victória teve que rir e se viu um pouco nela o que a fez deixar aquele mal entendido para trás e apenas focar em seu trabalho.

− Vamos até a passarela para ver se não estou perdendo meu tempo com você, tinhosa! – estendeu a mão para que ela fosse na frente.

Maria caminhou para a porta e as duas foram para a sala da passarela, Victória sentou e cruzou as pernas esperando que ela se movesse de um lado a outro e Maria começou a caminhar lindamente como uma pluma quase não tocava o chão e a cada novo passo Victória já podia desenhar todo seu futuro e deixou que ela caminhasse por mais alguns minutos e ficou de pé.

− Pra mim está ótimo até aqui! – a cara não continha expressão alguma.

Maria e aguardou por uma resposta já não aguentava mais estar ali se fosse pra perder seu tempo.

− Pela cara da senhora, eu não tenho chances né? – suspirou e se virou para ir...

       

Victória sorriu para o modo dela e disse:

− Esteja aqui as oito amanhã! – e antes que Maria pudesse virar e agradecer, ela se foi sem nem olhar para trás.

Maria sorriu grandiosamente e comemorou ali sozinha por alguns minutos e logo se foi dali, foi direto para a casa de João, levou apenas alguns minutos para a sua ansiedade e ao tocar a porta, Heriberto foi quem abriu com cara de sono e ela sorriu para ele amorosa como sempre.

− Olá meu sogro.

− Olá lindeza! – ele a beijou carinhoso e ela entrou quando ele deu passagem. – João avisou que viria, mas ele ainda não chegou!

− Tudo bem, eu espero! – falou empolgada e sentou no sofá. – Eu posso te perguntar uma coisa? – o olhou com os olhos brilhando e ele sentou ao lado dela para ouvir.

− Sim, pergunta? – ele a olhava atento.

− Você e Victória tem alguma historia? – foi direta como sempre.

Heriberto sentiu o coração disparar somente em ouvir o nome dela, era seu amor a sua vida e só não estavam juntos porque ela era tinhosa e não dava uma chance a ele mesmo que ele rogasse por seu amor como sempre. Passou a mão no cabelo e disse:

− Eu dia tivemos uma historia, mas hoje somos só dois estranhos! – falou com pesar e Maria sorriu.

− Pois eu acho que vocês tem muito ainda o que viver! – falou amorosa e tocou em sua mão. – Eu vi que o que João me contou dela e de você é a mais pura verdade!

Ele não entendeu onde ela queria chegar.

− O que quer dizer com isso?

− Que o senhor não pode desistir! – nesse momento João levantou e ela ficou de pé, mas antes beijou sua bochecha e foi até seu amor e o beijou.

Heriberto sorriu para os dois e ficou de pé, recebeu um beijo do filho e foi para o quarto para deixá-los a vontade, mas as palavras de Maria ecoavam em sua cabeça e ele deitou na cama pegando o telefone e sem cerimônias discou o numero dela e esperou que ela atendesse. Victória viu o nome dele no visor e pensou em recusar a chamada, mas não o fez e colocou o aparelho na orelha e esperou para que ele dissesse algo.

Heriberto apenas respirou pesado deixando que ela o sentisse e ela abaixou a cabeça sem saber o que dizer, mas ele logo se recordou do que ela disse e desligou. Victória olhou para o celular e o apertou entre os dedos e disse baixinho somente para ela ouvir.

− Eu te amo mesmo que não mereça... – suspirou e deixou o telefone de lado voltando ao trabalho...

(...)

E MAIS DIAS SE FORAM...

Victória estava no corredor do hospital e caminha devagar para ver se via Heriberto ao menos de longe, aquele silencio já estava a enlouquecendo e começava a duvidar daquele amor que ele sempre disse sentir, nunca mais voltou a ligar depois daquela tarde e já tinham se passado quase vinte e cinco dias... Sim ela estava contando e não tê-lo por perto já a fazia estranhar a sua presença, estava ali para passar em sua consulta e quando o viu ela diminuiu ainda mais o passo e o observou.

Heriberto sorriu quando chegou à porta de seu consultório e logo foi puxado pelo jaleco para dentro da sala, ela não conseguiu ver quem era a maldita mulher, sim era uma maldita e ele mais ainda por estar sorrindo daquele modo. Victória caminhou com pressa ate a porta de seu consultório e ouviu ainda mais risadas a fazendo se tremer toda sem poder saber quem era ou o que estava acontecendo.

Uma das enfermeiras tocou em seu rosto e ela tomou um baita susto, levou as mãos ao cabelo o arrumando enquanto a encarava.

− Já é a sua vez, senhora Sandoval! – sorriu.

− Obrigada! – ela caminhou junto a ela e entraram na sala.

Victória não estava tranquila e sua cabeça estava dentro da sala de Heriberto, não podia ser verdade que ele estivesse com outro mulher, ela não queria acreditar que ele tinha mesmo desistido dela e mal conseguia ouvir o medico que a examinava.

− Victória? – a chamou e ela tornou a se assustar. – Está tudo bem?

Ela suspirou vencida por dar tanta importância a ele, mas como não dar se ele era o homem da sua vida? Como ignorar o fato de ele estar com outra mulher que não fosse ela, mas não iria deixar barato aquela historia e iria atrás dele para resolver aquela situação.

− Eu só quero que essa dor passe e eu possa ir embora! – suspirou agora o sentindo passar o aparelho em sua barriga.

− Já estou terminando aqui! – sorriu passando mais algumas vezes. – Você vai precisar de alguns dias de repouso e algumas vitaminas para que fique forte, está se alimentando?

− Não estou sentindo tanta fome e somente como quando lembro... – o olhava.

− Pois acho que você deve começar a se alimentar direito!

− O que isso tem a ver com a dor que eu sinto no pé da barriga? – fez cara feia com ele movendo mais uma vez.

− Você está grávida, Victória! – e o mundo rodou para ela...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beijo na varanda - Tda" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.