11 Cores em uma escrita por Beatrice Ricci
Notas iniciais do capítulo
Estava ocupada com as outras fanfics, mas finalmente consegui fazer esse capítulo, eu tenho a meta de atualizar toda a terça-feira. Boa leitura.
Através de uma das janelas de um majestoso palácio, o troll, conhecido como Orchid, permanecia com o olhar vago para o pátio, observando seus soldados carregar vários instrumentos musicais, com intuito de serem derretidos para a construção de uma arma.
Ele girou nos calcanhares indo até o antigo trono do pai, a túnica qual compunha a fisionomia do príncipe, de cor tão branco arrasta-se a cada passo lento e preciso, de soslaio percebe o olhar atento de sua avó, um sorriso desafiador surge nos lábios do troll.
De frente ao assento real, leva o dedo de mental nos detalhes do apoio de braço, não conseguia sentir o tecido como gostaria, há anos as duas mãos foram substituídos por uma engenhoca mecânica, capaz de reproduzir os mesmos movimentos das articulações.
Andou em volta do sólio, o membro superior direito fazendo círculos no encostamento recoberto de ouro refinado e ornamentado, com a ponta afiada do anelar traça uma linha reta rasgando o estofo com painéis incrustados de marfim.
— Lembro-me como se fosse ontem, meu pai sentava nesse trono e dizia que a maior virtude de ser líder é tratar o povo igualmente. — começou com a voz suave, como se estivesse concentrando apenas nas palavras que falava, ignorando as recordações, quais martelavam em sua mente. — A maior tolice foi ele acreditar! — a última palavra saiu com exaltação, incapaz de encarar o assento, voltou a face para a troll idosa a pouco metros de distância.
Amargura. A sensação cruzou o interior da senhora, jamais acreditou na capacidade do neto de destruir o próprio reino para provar o erro dos pais.
No instante em que a consciência dela voltou erguera a cabeça, dissera à coisa irracional em que ele parecia haver-se transformado, todavia a gargalhada sarcástica do mesmo, sugeriu o desprezo, persistiu em olhar diretamente nos olhos rubros, buscando qualquer resigno de arrependimento.
— Se continuar irá traçar um caminho sem volta jovem Orchid. — afirmou. Suspirou fechando as pálpebras cansadas, obrigada a estar ali, seus dons de cura seriam necessários para ele.
Compreendia a anciã. O passado o atormentava a todos os momentos, superar seria preciso, mas nada iria arrancar da mente o desapontamento dos pais, queriam um filho perfeito, uma coroa plantada em sua cabeça, quando fizera a vontade de ambos, foi exilado, agora evidenciaria o erro.
— O meu passado é responsável por quem sou hoje. — respondeu, após breve silêncio, girando nos calcanhares, ficando de costas.
— Você é inteiramente culpado por aquilo que faz, seja no presente ou no passado, a causa leva a consequência. — Olhou por cima dos ombros do neto.
— Claro, mas vejamos. — iniciou, voltando a face pálida para ela, sorria em escárnio. — Não há ninguém que possa me deter, logo sem consequências para mim. — riu, tirou da manga uma adaga vermelha, a manuseou distraidamente, de modo a manter a postura de superioridade.
— Tem certeza? — questionou a troll de idade, os lábios formando um sorriso desafiador.
Orchid abriu a boca para responder, entretanto, teve a fala interrompida, vagou a atenção ao responsável, sua única soldada, líder do exército, qual se aproximou.
— Majestade temos um problema. — apressou-se a murmurar a criaturinha, fazendo uma meia reverência, pois, se lembrou de que era preciso ser mais delicada. — Encontrei um troll.
— E qual é a importância disso Storm? — perguntou, aparentando despreocupação e dirigindo-se para o altar.
— O cabelo é azul, alteza. — respondeu ela, os olhos vermelhos intensos miravam a fisionomia do príncipe.
Retornou a mirada, conservando a expressão de um certo espanto estranho; depois procedeu a andar, devagar e atentamente, guardou a adaga na manga da túnica, olhou diretamente para Storm, essa recuou dois passos.
— Continue. — ordenou, depois de um momento de reflexão.
Respirando profundamente falou:
— A um dia, a procura de mais instrumentos musicais, fui atacada por aranhas, esse troll, que se nomeia Tronco me salvara, notei em suas características físicas (traços) do filho de Primrose, os olhos, o nariz, a pele e o cabelo de cor única.
Orchid lançou um olhar a Storm e piscou levemente os olhos. Apesar de toda a sua perturbação, perante a afirmação, não pôde privar-se de odiá-la por tais palavras, acreditando ser pura falácia, ficou a contemplá-la com perplexidade.
— Ele está morto? — indagou o príncipe, dando um passo a frente.
A súdita, quando ouviu o questionamento, tornou a erguer os olhos, mas ficou ainda mais embaraçada do que antes, cada sílaba do príncipe falada com tanta exatidão, com uma intensidade controlada, lhe enviando uma corrente elétrica imprevisível.
— Não. — exclamou em um sussurro curto.
De soslaio o herdeiro viu a face da avó iluminar-se, após considerar a verdade na fala da troll.
Orchid controlava na medida certa as emoções e sentimentos, sempre com a postura confiante e ameaçadora, possuía um tipo de monstro controlado, de todas as surpresas essa poderia acabar com seus planos.
— Encontre o troll e o mate, ou melhor, traga-o até mim. — Depois de lançar o último olhar a ela, andou até o trono, sua túnica de cor branca arrastando no chão de mármore. — Eu o matarei com as minhas próprias mãos. — acrescentou, erguendo a palma de metal na altura das pupilas vermelhas, fechando o punho com força.
Assim que as palavras foram proferidas, Storm curvou-se e deixou a sua presença, tinha grande admiração pelo príncipe, pronta para se sacrificar por aquilo que julgasse ser o bem; recordou quando matou Primrose, a favor de Orchid, unicamente para mostrar o seu valor.
Depois que a troll deixara ambos a sós, o jovem príncipe momentaneamente, então, encarou a avó, revendo na mente o olhar da mãe, um sorriso confiante estampou a fisionomia moldada para ser inabalável, enquanto a anciã fazia o mesmo, causando certa instabilidade, olhou para outro ponto qualquer, girando para a janela a frente, de longe vira os soldados continuarem o trabalho, guardou a adaga de prata na manga da túnica e após um suspiro, manteve os próprios pensamentos em si.
***
As estrelas reluziam acompanhadas da lua cheia, a luz resplandecente impedia qualquer predador de atacar o Snack Pack, quais dormiam nas tendas feitas de enormes folhas, em uma delas, Poppy abriu as pálpebras, após ver a sombra de Tronco do lado de fora, ela apoiou o cotovelo esquerdo sobre o colchão rosa, agarrou a laparina a su frente e a ergueu na altura dos olhos, percebendo a fisionomia do amigo desaparecer, decidiu investigar, sentou-se por breves segundos, limpando a face com às duas palmas, como se o gesto a despertasse.
Ao sair da barranca, assustou-se, o ronco de Bitelo assemelhava a um monstro com dor de barriga, riu ligeiramente tendo tal pensamento, contou até três prosseguindo, os pés descalços na terra, uma sensação familiar, o cheiro da brisa suave lhe fez fechar o olhar, acordara do transe ao bater a testa em um tronco de árvore, derrubando a lamparina, qual apagou em seguida, levou os dedos da mão na testa pressionando e fazendo pequenos círculos, o desconforto e a dor, deram lugar a surpresa, escutou a voz de Tronco a poucos metros, mordeu o lábio inferior, seria errado espiona-lo? Talvez.
Vislumbrou cuidadosamente por trás da árvore. O amigo passara transmitir uma aura cintilante, através da voz agradável, uma canção lenta e melodiosa, capaz de fazê-la sorrir. Não sabia o que levara ele estar naquele local, mas Poppy estranhamente considerou perguntar, quando teve a percepção de seu semblante completamente melancólico, a cor diminuindo lentamente, em um tom quase opaco, ela suspirou profundamente e inconsciente que o troll poderia vê-la.
Desse modo era possível comprovar, algo lhe perturbava, em um gesto simples e calmo surgiu nos olhos azuis turquesa de Tronco, o chamou, esse ergueu a vista.
— Poppy? O que faz aqui?
Seus olhos se concentraram nela, interrompendo a música qual cantava.
A princesa sorriu sem jeito, segurava a própria mão rente ao estômago, incomodada por sua intromissão, poucas vezes ficava em tal situação, mudou a fisionomia conseguinte começando a falar.
— A questão é o que o melhor troll sarcástico e preparado faz aqui sozinho no meio da floresta. Se quer companhia aqui estou. — ela sorriu, demonstrando às duas fileiras de dentes brancos, dando um soquinho em seu ombro.
— Não obrigado. — ele riu, desviando do toque dela. — O silêncio é uma dádiva difícil de encontrar, principalmente quando seus amigos cantam o dia todo. — acrescentou com sarcasmo.
— Nossos amigos Tronco. — interviu levantando o dedo indicador. — Além do mais, você estava cantando até agira pouco.
— Estava me espionando? — indagou, voltando a olhar em seus olhos, desconfiando.
Presa na confissão que fizera, a troll rosa, permaneceu por breves segundos sem demonstrar reação.
— O correto é observar. — disse, cruzou os braços, fechou as pálpebras, a cabeça oposta do rosto dele, em uma postura indiferente.
— Certo, só me deixe em paz.
Estranhando o tom de voz baixa, embora as palavras continuassem inteligíveis, num momento percebeu a tristeza na expressão facial, as sobrancelhas abaixadas, pálpebras caídas, assim como os lábios, que contraíram discretamente, e o foco em outro ponto. Poppy compreendia tais características corporais, especialmente porque a tristeza era rara em trolls.
Na ocasião que Tronco sentou-se em uma pedra, adquirido atenção para os próprios dedos das mãos, uma ideia reluziu na mente de Poppy, sorrindo amplamente aproximou-se dele.
" Não se preocupe estou aqui, uma amiga…"
— Sério, você tem que cantar? — irritou-se, embora amasse a voz dela, considerava desnecessário nas circunstâncias.
— Estou tentando ser gentil. Você deveria tentar. Só três palavrinhas.
— Oh, certo, jura? Talvez eu devesse ser mais gentil, não reclamar de tudo, posso aprender até amanhã. — respondeu com sarcasmo.
— Que ótimo, viu não é difícil. Embora acredito que possa demorar um pouco, não é como se você nascesse sendo gentil, sou assim desde meus vinte um anos.
Uma espécie de horror incrédulo com o fato da majestade não captar sua ironia, molda o aspecto de Tronco, e ainda que quisesse ficar irritado, um mínimo sorriso imperceptível se fez presente.
Supondo que de algum modo fosse possível calar a boca da amiga, qual continuava a dizer inúmeras palavras, deu alguns passos de modo a regressar ao acampamento, ela o seguiu entusiasmada, por um minuto o troll masculino substituiu o pesadelo anterior pela alegria de Poppy, onde seus pais o trocavam por um instrumento musical, jogando-o fora igual a uma fralda suja, a hipótese de ser real trouxera o medo, mas agora, acreditava ser mais uma das paranoias que tinha.
— Então quanto tempo julga que demora em ser gentil? — questionou Tronco, sem se importar realmente com a resposta.
— Não muito, contundo esse estilo não fica bom em você, gosto mais do Tronco sendo Tronco. — Pequenos pulinhos de exaltação enfatizaram a afirmação da alteza.
Ele finalmente expressou seu interesse e teve que admirar a figura rosa ao lado esquerdo, notando o cabelo amarrando em um rabo de cavalo, assemelhando a um espanador, a tiara de flores azul claro, o vestido da mesma cor, a franja caindo aos dois lados da testa, as sardinhas brilhando igual glitter, a totalidade de uma beleza encantadora para ele, imaginou se seria correto ter o desejo de beija-la, massagear os fios rosados.
— Oh! Tronco, por que estava cantando sozinho?
Apanhou o olhar dela, parando de andar, franziu a testa em dúvida, sentindo-se incomodado, procurando por um escape desde que ele definitivamente não almeja dizer.
Suspirou profundamente.
— Meus pais, eu os vejo nos pesadelos, trocado-me por uma fralda suja. — respondeu, mordendo o lábio inferior, mantendo o olhar fixo nela.
— Bem, você ficou com medo? — indagou.
Surpreso, esperava gargalhadas por parte dela, sua resposta trouxe alívio.
— Não, claro que não, sei que isso é loucura. — As risadas disfarçaram as inseguranças da alma. — Imagina só eu? Somos trolls, cantamos, dançamos, somos felizes, na maior parte. — Corrigiu-se lembrando-se quando recuperou as cores. — Igual você, tão feliz que não sente mais medo.
A expressão de admiração desapareceu da face de Poppy, um olhar vazio se fez presente.
— Na verdade, eu te…
Quisera completar a frase, todavia a voz de Bitelo a interrompeu, ambos desviaram atenção para o grupo de amigos e depois para o verme, usado como lamparina.
— Ei ficamos preocupados, pensávamos que alguma fera terrível havia devorado vocês. — falou o troll gordinho e azul.
— Do que falavam? — perguntou Guy Diamante.
Ambos entreolham-se por breves segundos.
— Nada, realmente nada. — afirmou Tronco.
Nina sorriu com malícia, pois, escutara o final da conversa.
— Problemas com papai e mamãe. — informou o serzinho amarelo.
— Tenho sorte, nunca tive esse tipo de problema com meus pais. — começou o troll de gliter. — Talvez porque minha mãe fugiu com o músico de “jazz”, sei lá. — completou.
— Não estamos falando de você diamante — iniciou Cetim, a irmã balançando a cabeça concordando. — O Tronco que precisa de ajuda.
— Não preciso. — interrompeu, fazendo um gesto com as mãos.
— Sabe do que mais, um música pode ajudar. — proferiu animada Chenille.
— Uma mudança de roupa também. — articulou Cetim novamente. — Vamos lá tire esses trapos velhos.
— O quê?! Aqui agora?! — exaltou Tronco, as bochechas transformando-se em um roxo escuro.
Ambas aproximaram com o intuito de remover o colete de folhas e a calças.
— É sempre que digo, viva pelado e seja feliz. — Guy Diamante sacudiu o bumbum, expelindo gliter em Tronco.
— Pessoal, estou bem, juro. — Recuou, o pavor lhe tomando o ser. — Poppy me ajuda.
— Não olhe para mim. Sou apenas a rainha. — declara rindo.
— Ei pessoal… O quê é aquilo? — apontou para um ponto, no instante que todos olharam, ele fugiu dali.
— Tronco! — gritou a majestade.
— Nunca vão me pegar vivo!
Ela riu, um riso largo e feliz.
***
No amanhecer, Snack Pack cantava, exceto Tronco, durante o tempo que caminhavam pela floresta, cruzaram um riacho para abastecer os cantis, o líder troll ordenou que o grupo parasse, suas orelhas mexeram ligeiramente ao perceber um som estranho, o olhar dele vagou pelas enormes árvores e arbustos coloridos, de repente uma flecha veio na direção de Poppy, por extinto ele a empurrou para o lado, rolando em uma cabolhata, ficando por cima de seu pequeno corpo rosa.
Preocupado apenas em manter a segurança dela, seu semblante persistiu em concentrar nas feições da amiga, em busca de qualquer ferimento, ela o presenteou em um sorriso calmo, derrubando o temor.
— Obrigada.
Declarou a majestade, ele imitou o sorriso dela, saindo da posição, voltando o desejo de proteção aos amigos, pudera fazer algo se apenas uma criatura tivesse surgindo, todavia dez indivíduos mobilizaram todos, agarrando cada um deles pelos antebraços, irritado quis atacar, ouvira a voz forte de um deles, o mais alto, intervindo em qualquer ação.
O corpo coberto por folhas e musgo impedia de ver a pele do estranho, o rosto de uma criatura irreconhecível, de olhos enormes e chifres afiados lhe trouxera calafrio na espinha, de soslaio viu Poppy ao lado direito, colocou-se na frente dela.
— Deixe eles irem. — O tom de voz de Tronco saiu de modo raivoso, mesmo assim, ele não se permitiu ser emocional. Não deixou nenhum sentimento obscurecer as ações, mantendo tudo mecânico.
O ser girou a cabeça rumo na figura rosa, depois para ele, de costas concentrou nos outros trolls, em um sinal de fechar o punho, pediu para soltarem todos, em seguinda viu-se olhando novamente para Tronco, levou as mãos aos dois lados das têmporas, assustando o troll verde, esse ficando em posição de defesa, por fim mostrou-se tirando uma máscara, revelando ser um troll como ele.
— O quê? — questionaram ambos em uníssono.
Repetidando a ação do líder, os outros também revelaram as verdadeiras identidades.
— Trolls da Melodia reagrupar! — gritou o estranho masculino, segurando a máscara por baixo do braço.
Era inevitável Tronco e Poppy ter varias perguntas a fazer, no entanto, quando ela tentou abrir a boca, algo completamente diferente saiu, surpreendendo o amigo.
— Isso foi incrível!
O líder de cabelo verde escuro, pele da mesma cor, enxerga as palavras curioso e desconfiado.
— Quer dizer, você é um troll, igual nós, existe outros, isso é uma descoberta fabulosa! — Com admiração, nem mesmo registrando que falou essas palavras em voz alta, um olhar de puro choque aparecendo nos seus amigos.
O coração de Tronco ficou pesado quando lhe veio ao espírito a ingenualidade da amiga, em princípio quis repreendê-la, a animação dela o impediu, do mesmo modo de sempre, igual o snack pack, que depois de libertos juntaram-se a eles.
— Oferecia um convite formal a seu grupo, mas como podem ver estamos ocupados.
A voz grossa e potente trouxe . sentimento de calor em Cetim e Chenille, ambas fixando o olhar sonhador no rosto escolpido nos mínimos detalhes, desde o nariz pequeno, para as sobrancelhas grossas.
— No que exatamente? — A rainha ficou a frente das irmãs gêmeas, jamais deixando o sorriso desaparecer. — Senhor?
— Strong. — Girou nos calcanhares, querendo ir embora.
— Muito prazer, eu sou a rainha Poppy, esses são meus amigos, é uma honra conhecê-lo. — Colocou-se na frente dele novamente, ficou nas pontinhas dos pés, pois o troll era mais alto. — Estamos a procura de uma troll de cabelos de fogo, o nome dela é Storm, por a causa a viu, ela roubou nossos instrumentos musicais, partirmos em uma jornada para recuperar-los…
Alarmado, Tronco a calou, depositando a palma da mão nos lábios dela, encarando sem jeito Strong.
— Desculpe, ela está delirando. — E a puxou dali.
Levando-a para uma distância razoável, no tempo em que os amigos bajulavam o líder, removeu a mão da boca dela, qual ofegou, tentando ter o oxigênio perdido.
— Que ideia é essa? — Irritou-se Poppy.
— Diga você, está confiando em um completo estranho. — Levou as mãos ao ar exasperado.
— Strong não é um estranho. — Cruzou os braços.
— Ótimo, acabara de conhecê-lo. Sabe pelo menos o que ele faz fantasiando e com um exército de trolls?
— Por isso vamos perguntar a ele, talvez no ajude.
— Por favor, podemos nos virar sozinhos. — Revirou o olhar.
— Como dissera a uma hora atrás, antes do Bitelo quase cair em um penhasco? — Levantou uma sobrancelha, com ênfase na fala.
— Não foi minha culpa ele ter indo atrás do Sr. Dinkles, depois que ele saiu rolando igual uma bola. — contrabateu, cruzando os braços e fechando as pálpebras.
Ela suspirou, agarrando a mão dele, fazendo-o o olhar diretamente para seus olhos rosas, a teimosia dele aumentando a cada segundo.
Tronco conhecia bem esse truque, apelando para seu lado amoroso, odiava ter o semblante dela assim, as orbitas oculares maiores, o beicinho tão fofo, igual a de um filhote pidão.
— Por favor… — ela implorou.
Inalou o perfume de morango e melancia, suas defesas caindo pouco a pouco, Poppy era sua queda.
— Certo. Se algo der errado é sua culpa. — respondeu, devecilhando do toque, qual trazia a sensação de formigamento na palma da mão.
— Valeu! — Pulou animada, retirando do cabelo o caderno de colagens.
— Colagem Poppy? Vai fazer isso agora?
— Sim, veja.
Uma bomba de gliter atingiu a face de Tronco, jogando-o para longe.
— Oops, desculpe, muito gliter.
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Strong — Forte em inglês.
Snack Pack — É o nome em inglês dado para o grupo da Poppy que consiste em Bitelo, Chenille, Cetim, Nina, Dj Suki, Guy Diamante, Cooper, Franja, Creek e adicionado Tronco.
É engraçado porque o significado é pacote de lanches.