A Lenda de Thanatos escrita por Phinderblast


Capítulo 14
Capítulo 14 -Quem é meu verdadeiro inimigo?




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Cap 14 – Quem é meu verdadeiro inimigo?


Thanatos pouco a pouco fechava os olhos, não queria dormir, queria aproveitar cada segundo junto com Maeros, mas o sono falava mais alto. Ele fecha os olhos, mas sente um respingar em sua testa, ele os abre novamente e se depara com um céu fechado, nuvens escuras, trovões ao longe. No meio dos galhos das árvores ele avista Sísifo, parecia tenso. O templário esfrega os olhos pra espantar a sonolência e olha mais atento para o caçador que estava parado acima dele, agora ele podia ver melhor, Sísifo olhava estático para uma moita a sua frente, seu rosto estava sério, levava suavemente sua mão até as costas em busca de uma flecha enquanto armava o arco. Meio atordoado pela sonolência ele instintivamente olha pra onde seu amigo estava olhando, uma moita, a escuridão da noite sem lua não deixava que ele visse nada além disso, mas ele continua olhando, procurando algo que com certeza estava ali.

Um raio corta o céu, bem em cima deles, iluminando toda a floresta por alguns décimos de segundos, o suficiente para Thanatos observar a silhueta demoníaca da enorme criatura que estava parada atrás do pequeno arbusto.


- N-não... Pode ser... –
Thanatos balbucia isso ao ver o monstro mais temido pelos templários, lembrou na hora da história de seu amigo da capital...


Hipnos, ainda jovem, se aventurou pela Grande Floresta com um grupo de mais 10 pessoas. Havia tipos bem diversos, o que era bom para sanar as fraquezas uns dos outros, bruxos, caçadores, sacerdotes, cavaleiros, bardos... Podia-se dizer que era o grupo ideal, virtualmente impossível derrotá-los. Já estavam há algumas semanas dentro da floresta, imbatíveis, confiantes, no carrinho do ferreiro do grupo não cabia mais nenhum item. Por uma decisão unânime tinham decidido voltar para a civilização, passariam a noite ali e regressariam no outro dia. Mal sabiam eles que estavam sendo espionados pelo grande Bafomé, foi um ataque surpresa, não tiveram tempo de reagir direito, foi um tremendo massacre, só um tinha saído vivo de lá, Hipnos, o jovem templário tinha corrido, deixado seus amigos pra trás...

Depois do ocorrido, Hipnos se achou indigno de ser um aventureiro e de ter uma vida em mãos para proteger, decidiu ficar na capital para sempre e ajudar os novatos enquanto ainda não corriam risco de vida.


“Ele acabou com um grupo de dez pessoas facilmente... Estamos aqui em sete...”

Pela primeira vez Thanatos sentiu um frio na espinha, medo, medo de morrer, medo de não ter coragem, de abandonar os amigos pra se salvar...


- O que foi? – Maeros levanta a cabeça, sonolenta, olha fixamente para o rosto do templário.


Naquele momento Thanatos sentiu uma força surgindo dentro dele, era a vontade de proteger, não só os amigos, mas a amada dele, já não tinha mais dúvidas, Maeros era seu amor, diria isso pra ela, mas não agora, agora tinha um trabalho a fazer, tinha pessoas para proteger, tinha um demônio para derrotar.


- Maeros... O quanto você confia em mim?


- Confio minha vida... Por que?


- Então se prepare, não faça movimentos bruscos, mas se prepare para a batalha... Não se preocupe, eu vou te proteger... – O templário alisa os longos cabelos da mercenária por um instante. Ele olha para os outros, Mayara já estava sentada, pronta para a batalha, também havia percebido o monstro, Arthemis e Érebo estavam se preparando.


Maeros estava com suas duas katares nas mãos, estavam todos preparados, Thanatos de armadura, Érebo de machado... O mais estranho é que o MVP não tinha saído do lugar, mesmo depois de saber que foi notado, mesmo com toda a movimentação...


- Ele não é um monstro comum... Cuidado... – Arthemis falava para o grupo já
unido.


Thanatos estava na frente junto com seu fiel e inseparável amigo Peco; Érebo, Mayara e Maeros logo um pouco atrás; Arthemis e Sísifo ficavam escondidos atrás de todos, era uma formação estratégica.


A tensão era clara, Thanatos apertava o cabo da espada, como se ela fosse pular de sua mão a qualquer momento, Érebo suava, Arthemis engolia a seco, por outro lado, Mayara continuava calma e serena como sempre, isso fazia que seus companheiros ficassem mais confiantes.


Dezenas de pequenos olhos vermelhos se aproximam deles em meio à escuridão, logo eles vêem claramente os bafomés jr. Correndo freneticamente de um lado para outro, pareciam em êxtase, seus berros se assemelhavam a risadas, como se estivessem de divertindo com aquilo.


Aquilo deixava o grupo ainda mais tenso, parecia até que os pequenos caprinos zombavam da cara deles.


- Ora seus cabritos subdesenvolvidos! – Érebo começa a avançar pra cima dos monstros, mas é impedido por Mayara.


- Mas?... – Sem entender o porque daquilo, o ferreiro olha confuso para a monja, ela apenas aponta discretamente para a moita, o jovem não acredita nos próprios olhos.


A pequena moita se mexe, e de trás dela surge o grande demônio, um feixe de luar que escapara das pesadas nuvens de chuva refletia em sua lâmina gigantesca, ela brilhava, parecia que emanava uma aura fria e maligna, todos se arrepiaram naquela hora.


O enorme bode olha para os sete, analisava cuidadosamente cada um, como se tivesse todo o tempo do mundo, completamente diferente do grupo de aventureiros, ele permanecia calmo, tinha uma respiração lenta e pesada, não parecia que iria atacar eles, não estava em postura de batalha.


- Papai! Papai! Papai! Dá a mercenária pra mim! Dá papai? Deixa eu matar ela! Deixa? Deixa? Deixa?


O bafomé se vira para seu pequeno filho que pulava ininterruptamente do lado dele.


- Não se apresse filho... Eu deixo a mercenária para você... Vão todos dividir, cada um fica com um... – A voz gutural do demônio causava arrepios em todos ali, estavam sendo tratados como se fossem presas fáceis.


- Se você esta achando que vai nos vencer assim tão fácil, está muito enganado demônio! – Thanatos fica nervoso com a conversa que escutara.

Bafomé se vira para Thanatos, o encara e da uma longa gargalhada que ecoa pela floresta. Os risos maléficos gelam os músculos de todos.


- Você? Thanatos? Acha que com esses seus amiguinhos fracotes pode me vencer? Se até seu grande exemplo fugiu de medo ao ver a minha força você acha que poderá fazer alguma coisa? Faz-me rir...

O templário mantinha a calma, sabia que a força do demônio não estava só em seus músculos, mas também nas suas palavras.


- Não escutem o que ele fala, ele vai tentar de tudo para nos amedrontar, vai mentir, mexer com nossos medos, não escutem nada! – Mayara falava sério para todos, Érebo, Arthemis, Maeros e Sísifo apenas sinalizam com a cabeça para falar que entenderam.


Thanatos olha fixamente para o seu alvo, não hesitaria em atacar se ele desse mais um passo. Estava com medo, mas de forma alguma demonstraria, não era medo de morrer, era medo de não conseguir proteger a todos, era fácil proteger um mercador e uma gatuna, mas não um grupo de sete pessoas.


- Posso ir papai? Deixa? Posso? – Os filhotes do grande monstro começam a falar todos juntos, impacientes, queriam matar.


- Maeros-san, Érebo-san, Arthemis-san, cuidem dos pequenos. Eu, Thanatos-san e Sísifo-san nos encarregamos do Bafomé. –
A monja distribuía as ordens calmamente, como tinha feito na última batalha, nunca perdia a calma.


- Hmm... Mayara-chan... Por acaso você já falou para os seus amigos que não pode usar o seu asura mais? Ou você mentiu pra eles também? Bancar a monja indestrutível é mais legal não é? Eu compreendo...

Apesar das palavras do monstro, Mayara não se abala.


- Isso é... Verdade? – Érebo não acredita.


- Eu só posso usar um outro asura depois de 24 horas... Ele consome muita energia e me deixa completamente esgotada, física e mentalmente... Mas não se preocupem, eu não sou inútil... – Ao dizer isso, a monja sai de sua típica posição das mãos em lótus e sua aparência calma e serena e muda completamente. Dobra levemente os joelhos, trás a mão direita perto do estômago, fechando o punho, estende o braço esquerdo e deixa a mão aberta como se chamasse os inimigos.


- Vão meus pequeninos... Divirtam-se...


Mais que depressa os bafomés jr. avançam contra eles, corriam a uma velocidade tremenda, era um correr quase sobrenatural, com suas pernas curtas ele andavam mais rápido que qualquer humano, mais rápido que muitos Pecos. Maeros não se contém mais nem um segundo, avança pra cima daquele que queria matá-la e por pouco que não consegue, ela desvia de um ataque rápido da minúscula foice da criatura, com sua agilidade de mercenária ela golpeia a criatura diversas vezes enquanto desvia de todos os ataques, em questão de segundos ele estava no chão e ela nem ao menos tinha sido tocada.


Cada um foi atacado por um chifrudinho, mas eles nem ao menos foram páreo para o grupo. Sísifo e Arthemis mataram seus adversários antes mesmo que eles pudessem chegar perto; Érebo cortou no meio com apenas um golpe; Mayara em uma seqüência de golpes incríveis derrotou sem nem ao menos cansar; Thanatos, usando uma habilidade divina que apenas templários possuem chamada cruz divinum, desintegrou o demoniozinho; até mesmo Peco, com seu bico afiado e suas garras poderosas não teve trabalho pra vencer.


- É isso o que você chama de força? É por causa disso que devemos ter medo? O único que devia estar com medo aqui é você... Vingarei o grupo de Hipnos, protegerei os indefesos e derrotarei você! – Thanatos aponta a espada em direção ao Bafomé.


- Proteger os indefesos? Hahahahahahaha! Só rindo mesmo...


O templário fica confuso e hesita.


- O que você chama de proteger os indefesos eu chamo de CARNIFICINA! – O demônio parecia realmente zangado, a expressão de calma e sadismo do rosto dele muda completamente, estava nervoso, muito furioso, todos ficam apreensivos.


- Desde que você se tornou um espadachim, você disse que protegeria os indefesos, mas o que você fez? Pense bem Thanatos! Quem você protegeu? Assassinos, torturadores! Vocês aventureiros entram no território dos monstros, atacam eles sem nenhum motivo e ainda acham que tem o direito de achar que estão certos! – Ele bate o cabo da foice no chão com força, a terra treme.


- Me diga, sinceramente, quem é o culpado na história? Um lunático que come tranqüilamente sua cenoura silvestre sem nem ao menos incomodar, por vezes fugindo dos humanos; ou uma gatuna sem coração, sem pena, que vai até o pobre animal indefeso e o mata friamente apenas para pegar seus itens e ficar mais forte? Me diga? Não tem coragem de encarar a verdade? É difícil perceber que depois desse tempo todo você vem protegendo os assassinos e os torturadores, não é?


Thanatos fica completamente paralisado, sem reação, não queria acreditar no monstro, mas no fundo suas palavras faziam sentido.


- THANATOS-SENPAI! NÃO OUÇA ELE! ELE ESTA TENTANDO TE CONFUNDIR! – Arthemis é interrompida por um olhar maléfico do Bafomé.


- Como ousa! Como tem coragem de falar uma coisa dessas do THANATOS! – Todos se viram para a voz irritada, era Maeros.


- O Thanatos sempre foi justo e bom! Sempre protegeu quem precisou de ajuda, nunca negou ajuda nem a uma criança que todos diziam que era ladrão! Nem a um mercador que não tinha nada a oferecer em troca! Até uma gatuna sem futuro e desengonçada ele ajudou! PUXA VIDA! ELE NEM MONTA NO SEU GRAND PECO POR QUE NÃO QUER QUE ELE SE CANSE! Como você agora vem dizer a ele que tudo o que ele fez é errado? Do jeito que você fala até parece que ele deveria proteger os monstros e matar os humanos! Eu farei você calar a boca e nunca mais duvidar da bondade dele! – Depois do seu discurso inflamado, Maeros avança pra cima do MVP, sem dó nem piedade, seus olhos estavam inundados de lágrimas, mas apenas Thanatos tinha notado.


Thanatos percebe o perigo que sua amiga corria, enfrentar o demônio de frente era praticamente suicido, se ele não fizesse alguma coisa ela morreria.

Ele se ajoelha, finca sua espada no chão e fica completamente vulnerável a qualquer ataque, um luz azul sai de seu corpo em direção ao de Maeros, ambos ficam envoltos nessa facho de luz, foi tudo muito rápido, questão de décimos de segundos.


- REDENÇÃO!


Os outros também correm até o bafomé, agora sim, a luta tinha começado.
Maeros avança correndo em zigue-zague, uma técnica comum de mercenários para evitar ataques, com suas katares em punho ele salta e tenta acertar a garganta do imenso monstro.


Érebo não avança ainda, apenas urra com toda a sua força, aquilo era chamado de Grito de Guerra, uma habilidade dos ferreiros para aumentar sua força e confiança, ele segura seu machado com as duas mãos e começa a tremer levemente.


- ADRENALINA PURA!


Mayara olha espantada para as veias do braço de Érebo que pareciam querer saltar pra fora da pele


- FORÇA VIOLENTA!


Mais uma vez Érebo grita e dessa vez os músculos de seu braço e do seu peitoral aumentam consideravelmente.


Então essa é a verdadeira técnica de um ferreiro, esperar até o momento certo para aumentar a sua força e velocidade de uma só vez”


Mayara não se espanta, apenas invoca suas esferas espirituais e parte pra cima do MVP. Arthemis se preocupa apenas em aumentar ainda mais a força e agilidade de seus amigos com suas magias divinas.

Thanatos se concentra mais e vários outros feixes de luz azul saem de seu corpo e vão em direção aos outros membros. Peco sabe que se atacar só atrapalhará e fica pra trás.


Sísifo fica ao lado de Arthemis e alveja o demônio continuamente.


- Acha que vai me acertar com esses movimentos lentos? – O bafomé apara o ataque de Maeros com o cabo de sua foice e com ela mesma ele ataca a mercenária com a intenção de rasgá-la ao meio com a lâmina.


Milagrosamente ele erra, não, ele acerta em cheio, mas a lâmina nem toca a pele de Maeros, passa por ela como se ela fosse intangível.


Thanatos urra de dor, uma ferida enorme se abre em seio peito, era como se o golpe que Maeros tinha recebido tivesse sido redirecionado pra ele.


- Quando tempo você pode agüentar levar ataques pelos seus amigos? Só vai cair mais cedo... – Bafomé sabia que se atacasse os outros só feriria Thanatos, mas ele não se importava, se o templário morresse estavam todos perdidos. Era uma questão de tempo e todos eles cairiam.


- Arthemis-san! Sua vez! – Enquanto Sísifo atirava sem parar, Arthemis se posiciona atrás do templário.


- Frigga, minha deusa, eu te suplico... Me ajude agora porque necessito... Me empreste um pouco de seu imenso poder... Para que esse corpo pare agora de sofrer...


CURAR!


A grande ferida do peito de Thanatos se fecha rapidamente, isso não deixa o bafomé muito feliz.


Por alguns minutos a batalha se estende, Thanatos apenas leva o dano por seus amigos, Arthemis não deixa que o templário caia e os outros apenas atacam severamente sem se preocupar em defender.


Uma chuva torrencial caía, o campo de batalha estava manchado de sangue, sangue de um templário sagrado e de um demônio se misturava no solo. Ambos os lados estão cansados, mas não param, quem parasse agora perderia.


- Estou cansado de brincar com vocês...


Um enorme círculo de conjuração aparece em baixo dos pés do grupo.


Droga! Redenção não apara magias!”


Antes que alguém pudesse fazer expressar alguma reação já era tarde demais. As nuvens acima deles começam a faiscar descargas elétricas.


- IRA DE THOR!


Todos os relâmpagos que as nuvens de chuva continham se agrupam em um só lugar, em cima da cabeça deles. Um enorme raio alaranjado desaba em cima deles, acerta todos. A terra treme e o barulho é tão alto que não se pode escutar os gritos de dor do grupo e as risadas insanas do bafomé.


- É assim que iam me derrotar? Vocês são fortes, mas não são páreos para mim! –
Enquanto se vangloriava, ele gargalhava de felicidade ao ver os corpos caídos no chão.


Peco não conseguia acreditar no que via; Thanatos, Maeros, Érebo e Mayara estavam caídos no chão, inconscientes. Estavam perdidos, por mais que quisesse ajudar o máximo que poderia fazer agora era ir lá e morrer com eles também, era o que pretendia, se todos morreram protegendo uns aos outros, ele também iria. Mas Peco notou uma coisa, Arthemis e Sísifo não estavam caídos la, onde estavam?


- Cantando vitória antes da hora? Que feio... – Érebo estava atrás do demônio, aproveitou-se da distração com a magia e se esgueirou para trás dele. Estava com uma adaga na mão não faria nem cócegas no enorme monstro com elas se tentasse feri-lo normalmente.


- Planeja me derrotar com uma adaga? Se nem as katares da mercenária, que são consideradas letais conseguiram me ferir profundamente, você acha que um caçador de adaga vai conseguir me derrotar? – Bafomé sorri sarcasticamente para ele.


- Eu? Te derrotar? Não confunda as coisas bicho nojento, quem vai te derrotar é ela! – Aponta para a sacerdotisa, ela recita um canto em uma língua estranha e lentamente tirava uma pedra azulada em formato oval de dentro de sua bolsa.


- Ela... Pode usar... Aquilo?... – Bafomé parecia mais tenso – Não importa! Eu posso escapar daquilo muito facilmente, não é a primeira vez que tentam! – Ele volta a ficar tranqüilo novamente.


- Acho difícil escapar daquilo sem poder andar, não acha? – Antes mesmo de terminar de falar, Sísifo de abaixa rapidamente e desfere dois golpes certeiros no tendão de Aquiles do monstro.

Foi um golpe preciso, o MVP se desequilibra e cai de costas na hora, desesperado ele tenta se levantar em vão.


- MALDITO! VOLTE AQUI! EU VOU TE MATAR! – O caçador já estava longe, logo depois de cortar seus dois nervos ele pulou pro lado e se escondeu em uma moita.

O bafomé balançava sua foice desesperadamente, golpeia o chão com os punhos tão fortemente que os afunda no solo.


- Vá morar com Hell, demônio maldito... MAGNUS EXORCISMUS! - Arthemis joga a gema azul em cima do monstro


Depois de gritar o nome da habilidade máxima dos sacerdotes, a pedra azulada se rompe em um brilho branco cegante. As nuvens se abrem por alguns instantes e diversos anjos descem por um faixo de luz, eram anjos iguais aqueles que ressucitaram Thanatos no dia em que ele morreu. Dezenas desciam em direção ao bafomé com suas lanças em punho. Era impossível ver o que fizeram com o demônio, a luz que o cobria era muito forte.

Assim que a luz se apagou, as nuvens fecharam o céu novamente e onde havia um enorme bafomé agora só tinha os seus chifres e um monte de pó.




- Thanatos... Você esta bem?... – Sísifo o olha nos olhos.


- Sim... Onde está o bafomé? – O templário se levanta colocando a mão na espada
rapidamente.


- Relaxa... Ele morreu... A Arthemis é especialista em fritar demônios


- E... Os outros?... –
Thanatos olha para os lados em busca dos amigos.

Érebo ajeitava seus novos Chifres Majestosos na cabeça, Mayara estava sentado no chão ofegante, Peco estava do seu lado já e Arthemis estava sentada no chão do lado de Maeros que estava deitada, imóvel.


- O que... – Thanatos não queria pensar no que estava pensando.


- Ela não resistiu a magia... O choque foi muito forte... Érebo estava em frenesi de batalha e quase não foi atingido, Mayara estava acostumada a isso devido ao seu treinamento pesado e você... Bem... Você é quase indestrutível... Mas Maeros...


Os olhos do rapaz de cabelos azuis se enche de lágrimas...


- Sinceramente Thanatos... A culpa é sua... Eu não queria falar mais... É a verdade...


- M-minha?...


- Sim... Você disse que iria protegê-la... Disse que ela podia confiar a vida à você e ela acreditou... E morreu acreditando nisso...


- M-m-morreu...


- As pessoas morrem Thanatos... Você não pode proteger a todos... Mesmo que queira... Mas se você não pôde proteger até a pessoa mais querida da sua vida...

As palavras de Sísifo entram como facas no coração dele. Por mais um tempo ele olha para o corpo inerte de Maeros no chão, depois se levanta de cabeça baixa.


- Você tem razão... Se eu não pude proteger ela... Eu não posso proteger ninguém...


Sísifo fica em silêncio. Quase ninguém percebeu quando Thanatos sumiu por entre as árvores, Érebo estava ocupado se preocupando com os itens que achara, Mayara estava desligada do mundo a sua volta, Arthemis estava debruçada sobre Maeros, mas Sísifo... Esse viu. Viu Thanatos desaparecer na penumbra e viu Peco correr atrás dele.




- Como ela está Arthemis-san? – O caçador se senta do lado dela.


- Muito mau... Mas vai sobreviver...


- Que bom... –
Sísifo não consegue esconder o sorriso, mais sarcástico e demoníaco que qualquer bafomé poderia fazer.




Aparência dos personagens


Sísifo


O caçador mais vingativo de rune-midgard usa uma roupa camuflada, tipicamente usada pelos da sua classe, é leve e deixa bastante mobilidade para o corpo, possui também uma aljave de flechas nas costas. Seu longo cabelo loiro possui uma trança que vai até o meio das costas. Não é muito forte, mas possui um físico saudável.




Solidão... Frio... Fome... Lugares onde nenhum homem jamais esteve... Monstros que ninguém viu... A verdadeira amizade.


Prox cap – O exilado


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