One Heart! escrita por Honey Moon


Capítulo 16
- A guardiã dos miraculours.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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— Sally, Chat Noir sabe que você é a nova guardiã – Eu afirmo - Antes ele sempre ficava magoado porque eu sabia quem era todos os donos temporários dos miraculours e quem era o guardião e ele não.

Ela se volta pra mim suspirando.

— Ele não sabe que sou a guardiã, ele nem sabe que existe uma guardiã. E por enquanto, é melhor assim. - Sua expressão séria e substituída por um sorriso travesso. 

— Deixa eu adivinhar, não tá na hora de jogar o macarrão na água? - Eu reviro os olhos e ela ri. 

Mas sua risada é substituída por uma expressão de angústia em seus olhos. Seus olhos castanhos e tão familiares pra mim. 

— Ainda não. - Ela volta a olhar lá pra baixo e dessa vez eu fico ao lado dela e observo todos lá embaixo curtindo a noite sem preocupações novamente. Achei que todo mundo ia embora depois do louco do açúcar.

 Lovely apareceu e parece bem irritada. Adrien disse que não falaria com ela sem uma resposta minha.

 - Eu já vou, qualquer coisa é só me chamar - Dou um abraço de leve na minha mais nova amiga e vou embora. 

Ando pelas ruas de Paris despreocupada. Não tem quase ninguém na rua e se alguém me ver deve me achar louca porque estou fantasiada como uma noiva fantasma. Rio com meu pensamento. 

— Eu já voltei no tempo e esquecemos tudo. Você lembra disso? - Digo pra Tikki que permanece escondida.

 - Talvez ... - Ela hesita ao falar.

— O que já aconteceu e foi desfeito? – Tento soar o menos curiosa possível.

— Geralmente Chat Noir e akumatizado e a Ladybug de seu tempo não consegue o vencer porque hesita em lutar contra o seu “amor” e é pega em sua armadilha. 

É, deve ser difícil enfrentar quem se ama se não saber separar as situações.

— Mas todas as vezes, isso aconteceu porque pensaram com o coração ... - murmuro pensativa.

 - Quando se ama, e só isso que acontece não é ? 

— Não. Não pode ser assim. Tem tantas vidas em jogo, em off podemos ser um casal mas a partir de que estamos lutando, somos parceiros. - Tikki sai do meu vestido e me encara, olho para os lados vendo se tem alguem por perto - Tikki, se esconde! - Digo preocupada.

— Eu to orgulhosa de você Marinette - Ela sorri e abraça minha bochecha me fazendo rir – Sabia que os miraculours da destruição e da criação se completam certo? Como Yin Yang.

Eu a seguro sobe a palma das mãos enquanto ela fala.

— Ta querendo dizer que Chat Noir e eu somos almas gêmeas? – Não consigo conter uma risada.

POV ALYA

— Oi! - Nino dá um sorriso perfeito que faz meu estomago rodar. O moreno me olha de cima a baixo, seus olhos parecem me devorar - Deusa do sol. Perfeito.

Respiro fundo antes dele continuar a falar.

— Não está brava ainda comigo certo? Me desculpe Alya, mas eu precisei ir ... Ela não estava bem.

Eu o abraço no meio da pista de dança o surpreendendo totalmente.

— Eu ainda estou brava, mas vamos fazer uma pausa. - Ele me abraça carinhosamente - Vamos sair daqui? Já virei até um torrão de açucar aqui hoje.

— Como assim? - Ele pergunta curioso.

— Só vamos embora. - Eu o puxo pela mão e quando estamos indo em direção a saída ele vê o Adrien tentando acalmar sua noiva que parece bem irritada - E eles nem casaram ainda. Que furada o Adrien vai se meter, você devia alertar ele! - Dou um tapinha em seu ombro pra enfatizar.

— Eu ia até falar com ele mas acho que agora - Eu o corto.

— Agora é a hora perfeita. - O puxo até onde o casal discute - Oi gente, tudo bem?

— Tudo ótimo - Lovely força um sorriso - Nino, não sabia que essa era uma festa a fantasia? - A ruiva diz o olhando de cima a baixo.

— Eu estava viajando, só vim porque Adrien é meu chapa - Nino diz sem graça e eu o empurro de leve pra cima do loiro.

— Nino, você não precisava falar com o Adrien? - Eu o lembro tentando parecer casual.

Lovely olha desconfiada, quando os dois se afastam ele me ignora totalmente. Suspiro pesadamente.

— Lovely – Nome idiota – Eu estava pensando, poderíamos fazer uma entrevista? Recentemente eu fiquei sabendo que você é de uma das famílias mais tradicionais do Japão.

Ela não diz nada e eu continuo.

— Podemos marcar? – Ela sorri mas está irritada com certeza – Não gosta de falar sobre a sua vida?

— Depois que eu me tornei uma figura publica a minha família não gostou muito. São bem reservados.

— Eu percebi já que não achei nenhuma foto recente da família Fujiwara – Minha voz soa doce mas ela já não consegue sorrir.

— Andou investigando minha pessoal? – Ela tenta soar mais ofendida do que irritada.

— Eu sou repórter e me interessei por você, tão nova e tão bem sucedida. Futura sra Agreste, todas gostariam de saber mais sobre você – Coloco a mão sobre o braço dela para parecer mais afetuosa.

E ela respira fundo pensando em uma saída.

— Mas se não quiser ...  Entendo totalmente. – Isso vai contra tudo que ela parecia ser até agora, uma pessoa que só quer aparecer. Estranho.

— Eu vou, pensar a respeito. Só porque é você Alya! – A ruiva volta a sorrir dando um tapa forte até demais no meu ombro que me faz dar um passo pra trás.

Dou uma risadinha querendo socar a cara dessa vadia.

— Vou apresar o Nino, não queremos atrapalhar a festa de vocês – Digo já saindo em direção a eles. Me viro mas ainda consigo escutar ela dizer baixinho.

— A festa já foi arruinada mesmo.

Marinette ta certa. Tem algo de errado com essa mulher e precisamos descobrir.

POV ADRIEN

— Cara, como deixou essa estória ir tão longe? – O moreno diz amistoso.

— O que quer dizer?

— Festa de noivado? Achei que queria cancelar tudo! – Ele diz me lembrando da nossa ultima conversa antes dele ir viajar.

Suspiro pesadamente.

— Eu vou. Disse alguma coisa pra Alya do que conversamos?

— Não.

— Não pode dizer, sabe disso.

— Relaxa, vamos tirar você dessa. – Ele dá um soquinho no meu ombro.

— Eu vou cuidar disso. – Alya chega de fininho pensativa.

— Adrien – A ruiva diz curiosa – Viu a Marinette? Ela ta sem telefone e não a encontrei na festa mais.

— Ela não está com o Luka? – Digo a contragosto.

— Não sei. Tambem não o vi mais. – Alya franze a testa preocupada – Vou ligar pra ele. – Ela pega o celular ligando para o acompanhante da minha Lady.

— Luka? Oi. A Marinette esta com você? Não? Ue – A ruiva respira fundo – Ta bem, mas você não devia ter deixado ela sair sozinha por ai sem telefone. Caiu no meu conceito. – Ela desliga o celular me encarando.

Alya você subiu ainda mais no meu conceito.

— Vamos procura-la. – Nino diz.

— Deixa comigo, você acabou de voltar de viagem. Vão descansar. – Digo louco pra sair daqui.

Alya dá um riso sem graça mas concorda.

— A Lovely vai pirar. – Ela ri e eu dou de ombros.

Espero meus amigos saírem e me subo ao terraço, me transformando e fugindo daquela festa chata.

—-

Ando pelos arredores do salão, procurando a princesa da Lua e nem sinal dela. Continuo procurando até acha-la na “ponte dos cadeados”. Ela parece uma visão de tão bonita. A iluminação na rua é baixa e a lua cheia brilha no topo do céu. A princesa encara a lua, encostada no parapeito cobertos de cadeados.

— Isso não parece muito seguro. – Digo parando ao seu lado. A morena nem se vira para me olhar, mas sorri.

— Estar aqui sozinha ou o risco de despencar junto com esses cadeados ponte abaixo? – Ela diz divertida.

— As duas coisas ... Se bem que se alguém te avistar aqui vai achar que é uma alucinação então – Dou de ombros.

— Eu sei que estou parecendo um fantasma, então não é uma ofensa – Ela me fita com seus olhos azuis.

— Na verdade, quis dizer que está linda Marinette. Tão bonita que nem parece ser real. – Ela apenas me encara antes de suspirar e voltar a olhar pra lua.

— Acha que se você deseja uma coisa com todo coração isso pode se realizar? – Ela pergunta distraída.

— Gostaria de acreditar que sim. Não é isso que todos esses cadeados espalhados por Paris deveriam significar? Um desejo de todo coração. – Me apoio na ponte olhando para o reflexo da lua na água.

— É. Deve ser ...

— Eu espero que você não queira pular, como a garota da historia – Digo tentando chamar sua atenção.

Ela para um minuto para pensar e aparentemente lembra da historia da garota que queria tanto a lua do céu, quanto a do reflexo na água.

— Se eu fizer isso é culpa sua. Por ter me deixado curiosa – Ela ri e o som me enche de tranqüilidade.

— Vamos, vou te levar pra casa. Ta muito frio pra ficar com um vestido desses na rua. – Tento soar o menos carinhoso possível o que é quase impossível.

— Chat Noir, eu vou desejar com todo meu coração.

— É um cara de sorte. – Murmuro pensando alto.

— Você é um cara de sorte – Marinette diz com um sorriso doce e de repente fica vermelha como um tomate – Quero dizer, você é um gato preto, então vai contra as probabilidades, quer dizer, claro que não, não é que gatos pretos dão azar é que você traz sorte, como todo gato preto? – Ela nem sabe mais o que ta dizendo e eu começo a rir me lembrando que ela sempre foi assim e eu nunca tinha percebido que ela gostava de mim por todos aqueles anos no colégio.

Por fim ela desiste de se explicar cobrindo a boca com as mãos e acaba rindo comigo. Ela passa a mão pelo próprio braço e percebo que a noite esta ficando cada vez mais fria, eu a abraço instintivamente a surpreendendo.

— Gostaria de ter um casaco para poder te ajudar – Digo baixinho e ela balança a cabeça negando se aconchegando a mim como um gatinho – Vou te levar pra casa.

A morena balança a cabeça novamente negando e eu suspiro. Eu a entendo. Porque eu quero a mesma coisa. Quero ficar com ela, nem que seja por mais cinco minutos nesse frio desgraçado.

—-

Acordo com os espirros do Plag.

— Plag? O que ta acontecendo? – Encosto no meu Kwami e vejo que está com febre. Ele mal se mexe – O que eu faço te levo no medico?! Que medico cuida de um Kwami?! – Pergunto pra ele que se esforça pra rir.

— Nada de médico, preciso de mais camembert! – Ele espirra de novo e eu levanto o segurando.

— Para de brincadeira, pra onde eu te levo?! – Ele não responde e eu não sei o que fazer.

Vou para o banheiro e o coloco sobre a água fria o fazendo urrar como um gato zangado pulando pra fora da água se arrastando sobre a pia, me dando um baita susto.

— Um curandeiro, um curandeiro – Ele repete – Procure a Marinette, Marinette ... Vai saber o que ... fazer ...

 - Plagg, o que eu vou dizer pra ela?! Como assim um curandeiro? – Eu o pego e o enrolo em uma toalha. Ele não diz mais nada, apenas desmaia. Eu simplesmente o pego e vou direto para a casa da Marinette.

POV MARINETTE

Escuto meu celular tocar. Uma, duas vezes mas não pode ser possível, ainda nem amanheceu. Tateio em busca do meu celular mas como meus olhos estão fechados não consigo achar. Escuto batidas na porta e levanto em um pulo. O relógio diz 04:35 da manhã. As batidas agora são mais fortes.

— Marinette, é o Adrien. Ele precisa de ajuda. – Tikki diz e eu corro de pijama pra porta.

Quando eu abro encontro o Adrien arfando, ele correu até aqui?

— Preciso de um curandeiro.

— O que? – Digo o encarando assustada.

O loiro hesita e respira fundo antes de me mostrar Plagg todo encolhido em uma toalha de rosto. Meu coração para.

— Ele me disse que você saberia o que fazer. – Ele está apavorado e eu sei porque.

Pego meu casaco e as chaves.

— Vamos pra casa da Sally. – Ele me olha confuso – Vamos! – Eu o puxo – Adrien, me escuta. Você sabe onde ela mora?

Adrien tenta lembrar.

— Acho que não ... – Ele diz pensativo – Eu deveria saber? Nunca a levei em casa. – Ele parece confuso demais, não tenho saída a não ser recorrer a Tikki.

— Espera – pego Plagg e entro em casa de novo, indo até o quarto.

— Tikki – Ela vem a meu encontro já sentindo a presença do kwami.

— Temos que leva-lo até a guardiã. – Ela diz preocupada.

— Sabe onde ela mora? – Ela concorda com um gesto de cabeça.

Pois é. Agora ferrou tudo, mas não podemos deixar o Plagg doente.

Quando abro a porta Adrien parece apavorado e quando vê Tikki ele dá um passo pra trás respirando fundo.

— Temos que ir – Ela diz em frente ao seu rosto. Ele concorda e partimos pra casa da guardiã dos Miraculours.

Tikki nos diz todo caminho eu seguro Plagg enquanto Adrien dirige. Não dizemos absolutamente nada.

Tocamos a campainha uma única vez e loira aparece na porta como se já estivesse esperando por nós.

— Podem entrar. – Ela diz séria.


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Notas finais do capítulo

Até a proxima babys, cuidem se ♥



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