Seiji olhava para a tela do computador, enquanto digitava as ideias de Misaki para o futuro site de Fanfics, a neko andava pelo quarto ao mesmo tempo que falava em voz alta, aquilo estava o irritado um pouco, no começo queria apenas um site para os amigos dela lerem e escreverem estórias, imaginava que assim seria uma forma de agradecê-la por ser tão gentil, e manter viva o desejo de ser escritora explorado seu lado criativo, mas ela tinha tanta ideias, algumas bizarras, para um simples site de fanfics com poucos recursos, usando só a internet discada, ainda assim faltava apenas a implantação de categorias e o nome, valeria o tempo gasto, a neko sempre reclamava de não ter um site brasileiro para postar suas fanfics, agora teria.

Misaki possuía em suas mãos uma lista enorme com nomes de séries, filmes, desenhos, animes e banda, embora o adolescente recomenda-se retirar essa última, a garota de cabelos rosas insistiu para deixá-la, incrivelmente ele não protestou.

— É quase meia-noite. — comentou Misaki, caído exausta no colchão macil do amigo, olhando diretamente para o relógio de parede.

— Está desistido Misaki-chan? — questionou ele com o tom de zombaria. A viu erguer-se, em seguida sentando-se na beirada da cama.

— Claro que não senpai, a palavra desistir não existe no meu dicionário. — respondeu sorrindo. Manuseava a caneta entre o dedos das mãos, antes de direcionar a vista para sua nuca. — Vou preparar um café da manhã. — acrescentou, indo para a porta do quarto.

— Café da manhã a essa hora?

— Meia noite se transforma no café da manhã. — articulou, seus lábios transformando-se em um sorriso. — Ou prefere uma bebida? — debocha, sem nunca deixar o sorriso.

— Não estamos em Nova York para ficarmos bêbados igual a seu filme Misaki, além do mais você não tem idade para consumir álcool.

— Ei, tenho 17 anos isso é suficiente. — Cruzou os antebraços, enchendo as bochechas de ar, como uma criança chateada. — Eu estava falando de um suco ou iorgute cor de rosa.

— Agradeço, mas não quero.

— Okay… Trago dois sanduíches e dois sucos. — Ignorando sua fala, a garota atravessou a porta minutos após com uma bandeja. Ele suspirou cansando, evita recuar a mirada para ela, qual está a seu lado esperando que pegue, por fim decidiu tomar o suco, a neko deixou escapar outro sorriso. — Como está indo o site?

— Adicionei a maioria das categorias e os personagens, agora precisamos colocar um nome, esse provisório é horrível.

— O que tem de errado com Itachi?

— Só porque você gosta daquele anime, não significa que todos amam Misaki. — afirmou. Girou a cadeira para olha-la diretamente, o semblante dela era triste, ele odiava vê-la assim, colocando o dedo indicador e o polegar na sua própria testa meditou. A neko amava o anime Tenchi Muyo, e por mais que ele odiasse não poderia julga-la, as pessoas tem gostos diferentes, Misaki é diferente. — Vamos fazer assim, lembra o seu personagem favorito desse anime? — Ela acenou equivalente a um "sim" — Diga algo que gosta na Ryo Ohki.

Colocando a mão sobre o queixo, pensou, em seguida alegre o respondeu:

— Adoro o barulhinho que ele faz quando se transforma, tipo um "niá", é super fofo… Oh, podemos colocar Niá, eu super amo e aprovo.

— Bem… É uma onamotopeia para o som de gato em japonês… — Admirou as orelhinhas de Misaki, ele gosta de gatos e a jovem lembra um e se parece com um, seria um jeito de homegea-la secretamente. — Concordo, porém vamos escrever "Nyah" e acrescentaremos "Fanfiction".

— Legal! — Entusiasmada abraçou-lhe, o sentiu tenso sobre seu contato.

— Por que o abraço? — indagou.

— Porque eu gosto de abraça-lo.

Seiji revirou os olhos, com umm curto sorriso em seus lábios.

Amanheceria em breve, entretanto Seiji não importava-se, a presença da amiga dormindo no lado esquerdo de sua cama era confortante, o sono lhe atingiria em breve, por enquanto queria admira-la, ora acariciando sua bochecha, ora brincando com um fio de cabelo rosa, agradeceria se ela não acordasse agora, seria estranho explicar o por quê de encara-la dormindo, sorriu a quinta vez, a maneira que Misaki o fazia ser feliz era incrível, amava isso, amava tudo e todas as coisas de sua personalidade encantadora, as conversas e as "idiotices".

Olhou novamente para a bagunça em seu quarto, por cima de seu ombro, bolinha de papeis e cadernos espalhados na mesa e no chão, ela fazia muita bagunça, voltou-se para seu semblante e novamente naquele dia sorria.

"Droga, eu gosto mais de mim quando estou com você". — pensou.