Depois daquela noite com a acompanhante de executivo, eu acordei ao meio dia sozinho em uma cama de hotel seis estrelas com o meu empresário abrindo as cortinas e gritando qualquer merda em meus ouvidos.

— Qual era o combinado Drake?— Já havia se passado meia hora, eu já estava vestido e medicado contra minha enxaqueca.

— Era... – Eu apoiava minha cabeça em minhas mãos, tentando me lembrar do que ele havia dito.

— Era? – Brooks estava extremamente exaltado. – Você se lembra de quem te acompanhou na festa ontem à noite? – Tudo pareceu girar, até uma pessoa vir na minha cabeça.

— Marybeth. – Eu me levantei de uma vez só ignorando tonteira e dores para buscar meu celular e ligar para ela.

— Você está vacilando com uma garota extremamente genial. Ela é o tipo de garota que vira mulher e leva o homem que a acompanhar ao sucesso sem medir esforços. – O Sr Brooks jogou meu celular em mim e saiu da suíte furioso. Eu tentei ligar meu celular, mas ele estava totalmente descarregado.

— Cadê ela Brooks? Como ela está? – Questionei assim que ele voltou com o carrinho de café da manhã do hotel.

— Ela saiu daqui chorando, com o pobre coração partido. – Eu olhava meu empresário sem entender.

— Como assim?

— Você ainda não percebeu Drake? Você jura mesmo?

— Percebi o que? – Me levantei furioso. Ele só podia estar brincando comigo. – O que é Brooks?

— MARYBETH SHERIDAN TE AMA DRAKE! – Eu engoli em seco. – Ela faz de tudo por você, está sempre ao seu lado.

— Não, não pode ser...— Eu sussurrava assustado, enquanto me sentava vagarosamente no sofá.

— Eu tentei de tudo Drake! Tentei aconselhar ela, tentei dar outra opção para ela-...

— Que outra opção? – Olhei o mais velho curioso.

— Meu filho. Tentei convencê-la que era bom partido, ou então que arrumasse alguém que iria valorizar ela de verdade. Não um moleque ingrato e burro como você! – Brooks dizia com raiva e assim que terminou colocou as mãos na cintura, segurando os nervos. – Tem sorte deu não ser teu pai garoto!

— Relaxa Brooks, eu vou resolver isso.

— É bom mesmo! – Ele se virou furioso para ir embora. – E a garota assaltou sua carteira. – Dei um pulo e comecei a procurar minha carteira. No final das contas só havia me sobrado dois dólares.

— Desgraçada. – Bufei.

***

            Marybeth não olhou na minha cara por uma semana inteira, e eu acho que jamais poderia culpar a garota. Eu abandonei a minha melhor amiga e acompanhante da festa para transar com uma idiota que me deixou apenas com dois dólares e algumas moedinhas.

            Decidi fazer o que caras românticos fazem: flores no endereço dela, chocolates, cartas e um convite especial para jantar. Para falar verdade eu me sentia super mal pelo todo ocorrido e parecia que Marybeth estava entrando em colapso por algum motivo.

            Ela parecia mais desanimada, jogada, silenciosa e não queria conversar com ninguém sem contar com suas enormes olheiras e olhos vermelhos, e com a boca toda ressecada. Para piorar, minha Mary havia emagrecido.

            Depois disso ela faltou uma semana inteira, mas eu não parei de enviar os mimos. Todos os dias um presente diferente e uma pequena carta poética feita por mim – o que me parecia uma porcaria. O que me arruinou foi saber o motivo dela estar tão mal...

— Porque Mary não está vindo? – Quando Todd perguntou para a namorada, meus olhos saíram imediatamente do meu almoço e voaram para os dois.

— Bem... – Zoey suspirou. – Os pais estão em processo de divorcio e estavam tentando esconder da Mary, mas ela já sabia de tudo. Parece que a mãe dela pegou a amante do marido na casa dos dois e agora as coisas ficaram ruins.

— Isso parece um pesadelo. – Todd comentou bebericando o refrigerante diet do Dia da Pizza.

— Principalmente para ela. – Zoey comentou. – Ela enfrentou os pais dizendo que antes estava muito mais suportável. Ela entrou no bate-boca com o pai dizendo por que ele não segurava o pinto dele e esperava o divórcio sair, ou então que fosse embora para ter privacidade com a vagabunda que estava trazendo para dentro da casa dela e da mãe.

— E aí? – Perguntei meio arrastado.

— Ele deu um tabefe no rosto dela, e a mãe bateu nele e o expulsou de casa. Jogou todas as roupas dele pela janela e disse que nunca mais queria vê-lo porque ele desrespeitou a filha e a casa dela. Trocou todas as fechaduras da casa.

— E como a Mary está se sentindo? – Questionei.

— Se sentindo super culpada, mesmo a mãe e eu falando que ela mandou a real e foi incrível. – Zoey comeu um pedaço da pizza. – Ela diz que vai se recuperar e na semana que vem vai estar de volta, só precisa de um tempo para sofrer tudo o que precisa. Mary diz que assim vai ser mais fácil para lidar com tudo.

***

            Sábado chegou e eu não pude conter para ligar para Mary. Disse que precisávamos conversar bem sério como pessoas civilizadas e a convidei para um jantar em um restaurante francês chique. Acabei avisando para ela que não tínhamos hora para voltar.

            Minha felicidade foi encontrar Marybeth Sheridan dentro de um vestido rosa pastel e salto branco, chegando linda. Eu não me contive e levantei indo em sua direção, sorrindo feito um idiota.

            Nosso jantar foi incrivelmente maravilhoso, conversamos e ela pôde me contar melhor sobre a situação de sua família. Como eu queria tirá-la daquele pesadelo.

            Depois do jantar, quando notamos estávamos em um quarto de hotel trocando beijos e carícias. Até que ela me surpreendeu com sua fala.

— Eu te amo Drake, sempre te amei. – Seus olhos brilhavam e ela parecia precisar de mim. Precisar de toda a minha atenção e apoio neste momento delicado de sua vida, assim como sempre me deu apoio como necessitei.

— Fica comigo Mary. – Eu sussurrei segurando seu rosto com carinho. – Fica comigo e eu vou te mostrar um mundo totalmente incrível.

— Sim. – Seus olhos brilhavam mais do que seu sorriso.

            Sim, era sua primeira vez. Ela nunca havia se entregado a ninguém como fez comigo. Mas posso garantir que ela gostou, dei toda a atenção ao seu corpo inexperiente, com todo carinho. Beijos, lambidas e mordidas por todo canto. Ouvi-la gemer e fazê-la gozar acabou sendo algo totalmente mágico, foi muito melhor do que apenas penetrar – que era aquilo que fazia com as outras.

            Ela havia se arrumado completamente. Era algo inexplicável ver Marybeth Sheridan vestida em uma lingerie de renda, que a deixava extremamente sexy. Era a primeira vez que eu reparava em algo deste tipo em uma mulher, e Mary se provou uma mulher incrível: sempre ao meu lado me apoiando.

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