The Basketball Player escrita por Miris


Capítulo 1
Capítulo 1 – The Player;


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem....



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Eu não sei exatamente como tudo isso começou... Não sei quando esse sentimento apareceu ou como sequer surgiu dentro de meu peito...

Eu era uma garota normal no segundo ano do colegial com sua melhor amiga sempre por perto, além de guardar segredos, como a briga constante de meus pais em casa e a ameaça de divórcio entre os dois.

Fazia parte do “grandioso” e “adorável” Clube de Teatro em que minha melhor amiga, Zoe Pansy era a Representante ou ajudante do professor. Era um homem excêntrico e maluco. Eu havia parado ali, pois segundo alguns professores eu precisava aprender a “socializar e ser mais amigável com as pessoas”.

            Eu e Zoe andávamos de cima para baixo por toda a escola juntas, éramos inseparáveis desde pequenas. Éramos apenas nós duas, sempre ajudando e levantando a outra.

            Zoe tinha suas outras amigas, mas nunca havia me deixado sozinha por conta de outras. Ela dizia na frente de todas que eu era sua favorita e nunca me trocaria. Já eu, Marybeth, tinha apenas a Carly que era do último ano. Ela era uma garota legal.

            Normalmente, eu e Zoe sempre éramos chamadas para quase todas as festas da escola. Por ser representante de um clube, Zoe tinha um nome, e eu sempre fui chamada por ser sua melhor amiga. Eu já notei que muitas meninas torciam para me substituírem, para poderem entrar em qualquer festa do colégio, porém Zoe sempre foi muito clara em suas palavras e ações... Principalmente quando exigiam sua rispidez.

            Em um dia normal, as coisas começaram a agir para que eu me apaixonasse pelo cara mais idiota, babaca, egocêntrico e metido de toda a escola. Drake Winston. Um dos jogadores do time de basquete, ou como gosta de ser chamado “A Estrela do Time”.

***

— Mary... – Zoe se aproximou cantarolando meu nome. Eu havia acabado de chegar à escola, estava com muito sono. – O que está fazendo, minha princesa linda? – Fechei um pouco da porta do armário para ela ver meu rosto. – Meu Deus, você já ouviu falar em dormir?

— Não pude... – Murmurei enquanto voltava a corrigir minhas olheiras com um corretivo. – Tenho teste hoje e preciso ter uma boa nota.

— Você está estudando desde semana passada para esse teste, relaxa. Vai se sair bem. – Fechei o armário desistindo de tentar corrigir aquelas enormes bolsas roxas localizadas abaixo de meus olhos verde-folha.

— Melhorou? – Perguntei para Zoe que me analisou e logo sorriu.

— Sim, só passa esse batom. – Ela retirou o batom da bolsa e me entregou. Enquanto eu passava, ela olhava o corredor. – Nossaa, lá vem eles.

— Quem? – Entreguei o batom a Zoe e segui seu olhar até ele. Drake Winston. Ele era lindo e eu senti meu corpo pegar fogo com o primeiro olhar que ele direcionou para mim, seguido de um sorriso maravilhoso e bem branquinho.

            Drake Winston era negro, mas isso não queria dizer que ele era feio, pelo contrário. Drake dava de 10 a 0 em qualquer cara branco de olhos claros da escola, até mesmo em Todd Ashton – Capitão do Time de Futebol e melhor amigo de Drake.

            Drake tinha os cabelos cortados na máquina zero, seu corpo deixava qualquer garota quente e seus olhos chocolates levavam qualquer uma à loucura. Suas mãos grandes seriam perfeitamente encaixadas em minha cintura para me erguer e me prender em seu corpo.

— Ah, Mary. – Zoe chamou minha atenção, me fazendo desviar o olhar de Drake que conversava com a garota mais popular e gentil da escola, Hannah. – Todd Ashton nos chamou para uma festa na casa dele na sexta-feira da semana que vem.

— Pode ser. – Eu sorri animada. Eu adorava as festas de Todd, eram sempre muito animadas e, acredite se quiser, eram organizadas.

Todd não era muito fã de bebida alcoólica, então não permitia que tais bebidas entrassem e no máximo um energético. Sempre tinha muita música boa e comida gostosa, galera legal e pacífica. Ele era um cara responsável e fazia de tudo para manter sua vaga como capitão, tanto que, às vezes, era até considerado meio careta por não beber.

Seguimos para a aula e logo a professora apareceu com um monte de folhas em seu braço. Era a hora do teste. Tratava-se de uma imensidão de perguntas na frente e no verso de cinco folhas brancas e grampeadas perfeitamente.

— Boa prova! – Foi tudo o que ela disse antes de se sentar e nos encarar por longos cinquenta minutos.

            O que falar da nossa querida professora, Sra. Margareth? Bem simples... Ela não é do bem! Essa mulher fazia questão de dificultar qualquer coisa relacionada à sua matéria para nos desesperar e nos fazer ficar trancados no quarto chorando pela nota vergonhosa e pela reunião que ela fazia questão de fazer com nossos pais.

            E se eu não quisesse ter a bruxa velha no meu pé, eu precisava de no mínimo um oito, ou seja, quase impossível. A prova dela fazia até os mais nerds engasgarem e ficarem assustados.

***

            Eu até tinha ida bem na prova da bruxa, um sete virgula nove é praticamente um oito, ou seja, o conselho de classe vai fazer ela me dar um oito no boletim.

            Hoje é sexta-feira e estou me arrumando para a festa de Todd Ashton, o capitão do time de basquete. Papai está viajando e mamãe foi visitar minha tia, quem está cuidando de mim é Ashley, minha irmã mais velha que já está na faculdade, e ela sempre me deixa sair.

— Estou indo. – Avisei descendo as escadas de madeira e olhando minha irmã deitada no sofá.

— Vai querer que eu te busque? – Ele desviou os olhos do celular.

— Pode ser. – Ash olhou o relógio que marcava sete horas e me olhou. – Eu pretendo de buscar às uma e meia, mas caso queira vir antes me avisa por mensagem. – Assenti.

— Beijos Ash.

— Beijos Mary.

            A casa de Todd não era tão longe e foi Zoe que me deu carona até lá, a vaca já tinha carteira de motorista, enquanto isso eu estava implorando aos meus pais para poder tirar a minha. Inclusive estava me matando para aumentar minhas notas o máximo possível para me mostrar responsável e madura o suficiente.

            Entramos e o ambiente estava agradável como sempre. Todo o que iluminava a casa eram as luzes coloridas. A música estava sendo tocada pelo DJ da escola, um amigo nosso que ganhava a vida animando eventos e festas, a comida era o de sempre. Pizza e salgadinhos com refrigerante, suco, ponche e energético.

Adorei seu vestido. – Zoe gritou para que eu pudesse escutá-la.

Amei sua blusa. – Gritei de volta.

            Voltamos para a comida e pegamos refrigerantes e salgados para comermos. Algumas pessoas conhecidas se aproximaram para que pudéssemos conversar e ficamos ali um bom tempo.

Vamos falar com Todd. – Zoe gritou para mim. – Ele está na piscina.

Vai na frente, eu te sigo. – Respondi.

            Zoe pegou em minha mão e nós duas passamos na pista de dança, balançamos nossas cabeças no ritmo da música e rimos, éramos duas idiotas. Passamos pela sala de jantar e fomos em direção à porta de vidro que levava a piscina de Todd.

— Ei, olha o capitão. – Zoe chamou a atenção do garoto de madeixas castanhas. – Como vai Todd? – Ele abriu um grande sorriso.

— Zoe, que bom que veio. – Todd abraçou minha amiga e começaram a conversar enquanto eu observava as pessoas. Já havia loucos pulando na piscina. – Marybeth, certo? – A voz do garoto chamou minha atenção e eu sorri para ele.

— Sim, prazer. – Ele sorriu de volta.

— Já ouvi falar de você, uma garota linda e inteligente. Todos falam bem de você Marybeth. – Corei com seu comentário.

— Bem, não todos Todd. – Ele balançou a cabeça em sinal de negação.

— É inveja garota, você incrível.

— Obrigada Todd. – Zoe bateu seu traseiro enorme no meu e logo deu uma piscadela.

— Fiquei sabendo que você foi a melhor na prova da bruxa. – Rimos e concordei. – Poderia me ajudar com a matéria dela? Eu pago.

— Não precisa Todd, eu te ajudo de bom grado. – Seu sorriso aumentou e ele olhou para Zoe com carinho.

— Ótimo, então também vou querer aulas. – Essa voz. Esse sorriso. Drake Winston havia chegado por trás do amigo e bagunçou seus cabelos.

— Acho que todos precisamos. – Zoe completou.

— Eu vou abrir um grupo de estudos. – Eu disse e todos riram. Sua risada era tão forte e sensual, mesmo sendo tão espontânea.

— Você não é a garota nerd que foi bem na prova daquela bruxa? – Drake questionou e eu corei. Nerd?!

— Drake, vá com calma com as palavras bro’. – Todd chamou sua atenção, mas logo fez uma careta quando Drake bufou. – Isso é vodca? Drake, você trouxe bebida para dentro da minha casa?

— Dá um tempo velho. – Ele revirou os olhos e se afastou.

            Conversa vem, conversa vai. Zoe e Todd acabaram sumindo. Com toda certeza tudo havia voltado ao normal. Era por volta de meia noite, à maioria já havia ido embora e pouca gente se encontrava ali.

            Eu estava sentada na beirada da piscina com as sapatilhas do meu lado, enquanto eu brincava com a água. Meus pés subiam e desciam fazendo a água respingar um pouco em minha perna enquanto também fazia ondinhas na piscina.

— Então... Garota nerd? – Olhei para o lado e vi Drake com uma garrafa de vodca em mãos. Olhei para os lados e logo o olhei.

— Todd irá matá-lo. – O moreno deu de ombros e se sentou do meu lado meio desajeitado.

— Você é a garota mais esquisita que eu já conheci. – Eu realmente não sabia se levava aquilo como um elogio ou como um desaforo.

— Você está bêbado? – Perguntei esperando que não estivesse. Ele apenas negou com a cabeça, como uma criança. – Ok. – Sim, ele estava.

— Sabe Marybeth, eu até te acho legal. – Eu o olhei surpresa e curiosa. – Você é uma das poucas garotas que não dá em cima de mim pelo o que eu finjo ser. – Eu ri e ele me olhou incrédulo.

— Você é Drake Winston, o astro do basquete do nosso colégio. Já tem duas marcas te patrocinando e você ganha para estudar e jogar, é o que você é. – Ele suspirou. – Mas é humano e tem falhas, tem medos. Você quer pessoas verdadeiras ao seu lado, mas tem gente que quer fama. – Ele voltou a me olhar com seus olhos amendoados.

— Exato nerd. – Ele olhou para a água. – Tenho sorte de ter o Todd, esse sim é amigo.

            Sim eu o entendia. Só por andar com a Zoe todos esperavam que eu distribuísse a eles fama e popularidade, mas não faço isso. Por isso sou criticada a maior parte do tempo.

            Bem, no final das contas ali estava apenas eu e Drake Winston, o cara mais foda do colégio. E foi assim que aconteceu nosso primeiro beijo...

            Era quente e luxuoso. As garotas não mentiam quando diziam que seu beijo é pra lá de indescritível e causa sensações diferentes por seu corpo. Nunca pensei que um beijo poderia ser tão bom e ao mesmo tempo confuso para os sentidos de alguém.

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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem!!!



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