My Sugar Daddy escrita por Regina Ciccone


Capítulo 12
Encontros 1.1




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O meu primeiro encontro oficial com o Cristian não foi bem do jeito que eu sonhava, mas tudo bem, ele estava cansado.
No dia seguinte expliquei para o pessoal do Panini a exigência de Cristian e com a glorificação dos céus todos me compreenderam e cooperaram. Estava limpando as cadeiras quando Oliver falou:
— Anna Letícia, hoje você vai ficar aqui do meu lado na preparação dos lanches e Catarina fica no seu lugar.
— Mas Oliver, eu não sei as combinações!
— Por isso mesmo. Vou te ensinar.
Dei sorte, pois naquele dia o Panini não teve um movimento muito grande e assim pude treinar três combinações diferentes além de conversar e conhecer mais o Oliver, que sempre se manteve muito distante. Enquanto preparávamos uma encomenda, ele me disse:
— Tem certeza que tornar-se uma sugar baby vai aliviar seus problemas?
— Tenho, porque? Vai me dizer que você tem preconceito?
— Lógico que não. Não tenho nenhum preconceito. É só que... bem, antes de você tomar essa decisão, você poderia ter conversado comigo e eu te daria um aumento ou qualquer outra coisa que você precisasse.
— Oliver você já me ajudou. Você me contratou. Não posso negar, estou gostando de ser uma sugar e mais ainda de ser uma sugar baby do Cristian.
— É exatamente isso que me preocupa.
— Ah Oliver, deixe de besteira! Você é muito novo para ser meu pai.
E os dias foram assim: Oliver cada vez mais incomodado com meus encontros, e meus encontros cada vez mais monótonos.
Nos três meses que fui a sugar baby do Cristian Bee a única coisa que ganhei de presente dele foi uma foto autografada, enquanto que Catarina era constantemente presenteada pelo seu daddy com perfumes CHANEL, maquiagens Maybelline, roupas da Gucci, jóias da Vivara e até a última versão do Iphone.
Criei uma linha de pensamento que era o seguinte: ou eu aguentava toda a falta de cuidado do Cristian juntamente com os nossos discretos e secretos encontros que ficavam cada vez mais chatos, ou... "Adeus Cris, você é a pessoa mais chata que eu já conheci, vou atrás de um daddy que realmente cuide de mim". Mas vejam bem, estou falando de Cristian Bee. O grande ator, o artista mais conhecido do país, eleito o homem mais lindo e o príncipe que toda menina sonha ficar perto nem que por cinco minutos apenas. Óbvio. Eu escolhi aguentar a monotonia só para prolongar o meu prazer em estar ao lado dele.
Nos víamos uma vez por semana e sempre no triplex. Havia vezes que Otaviano visitava a gente e salvava a noite, conversando e fazendo brincadeiras comigo, mas as vezes que Cris e eu ficávamos sozinhos eram sempre a mesma coisa. Um táxi me pegava em casa. Eu chegava no triplex e nós nos cumprimentávamos. Ele pedia comida - que geralmente era algum tipo de fast-food. Conversávamos sobre coisas desinteressantes enquanto esperávamos a janta. Comíamos em silêncio. Ele chamava outro táxi e eu voltava para a minha casa.
Porém as coisas começaram a ficar um pouco diferentes depois da última vez que Otaviano esteve no tríplex. Deixei ele e Cristian na sala conversando sobre uma entrevista que o Cris iria dar no dia seguinte e fui ao banheiro. Poucos minutos depois voltei na sala de estar para continuar a comer a minha comida chinesa, quando me deparei com Otaviano falando energicamente com o dedo em riste para o Cris:
— Você vai se tornar um completo babaca se fizer isso com ela.
Assim que os dois me viram, Otaviano ficou em silêncio e Cristian disse:
— Termina de comer que hoje eu te levo para casa.
A janta terminou, Otaviano foi embora e Cristian me pediu cinco minutos para ir ao banheiro antes de descermos até a garagem. Esperei ele novamente olhando o quadro de Salvador Dali, e quando o Cris voltou notei que havia um excesso de pó branco na região do seu nariz. " Se maquiar para me levar para casa. Achei admirável" pensei.
— Seu nariz está... com mais maquiagem que o resto do rosto. Posso ajudar a tirar?
— Pode.
Delicadamente tirei o pó do nariz dele com a ponta dos dedos.
— Prontinho, agora está perfeito. Seus olhos estão bem vermelhos. Você deve estar cansado Cristian. Porque não fica aqui e eu volto de táxi como sempre?
— Estou melhor do que nunca. Vamos minha sugar baby.
Wow. Cristian estava mudando, e eu estava gostando muito do início dessa mudança. Assim que chegamos na porta de casa ele se despediu de mim dando um beijo demorado na minha bochecha. " Continue assim Cristian Victorino Bee. Você está indo muito bem".
Tudo o que acontecia entre nós Catarina era a primeira - e única - pessoa a ficar sabendo, no entanto este detalhe deixei guardado no fundo do meu cérebro e do meu coração.
No dia seguinte fui ansiosa e contente trabalhar, pois na hora do almoço Cristian iria dar uma entrevista ao vivo em um dos maiores canais televisivos para falar da nova novela que iria estrelar e de como seria seu personagem. Enfim a hora do almoço chegou e a entrevista entrou no ar. Catarina, eu e o resto do Panini revezávamos a nossa atenção entre olhar para a televisão e atender os clientes que chegavam para almoçar. Por sorte consegui captar as melhores perguntas que a apresentadora fez para o Cris e ele respectivamente com suas respostas: Ela perguntou sobre drogas e ele respondeu que era careta, drogas nunca. Ela perguntou sobre filhos e ele respondeu que seu maior sonho era ser pai. Ela perguntou sobre casamento e ele respondeu ser uma pessoa extremamente romântica que já estava pronta para casar.
Deus, Cristian era um sonho bom e colorido e tudo ficava ainda melhor quando esse príncipe não estava cansado.
— Não gosto desse cara. - Disse-me Oliver, assim que parou ao meu lado olhando para a tv.
— Não entendo a sua implicância, Oliver. Queria muito que um dia você me explicasse o porque de não gostar do Cristian.
— Não gosto porque não sou ele.
— Inveja? É esse o motivo? Não se incomode tanto, até porque todos os homens do país sentem a mesma coisa.
— Não é bem esse o motivo. Eu não gosto dele porque ele está saindo com... ah, deixa pra lá.
Rapidamente desviei a atenção do meu chefe para ouvir a última pergunta que foi relacionada com a minha pessoa. O QUÊ? EU? EU ESTAVA NA ENTREVISTA? DROGA, NOS DESCOBRIRAM!
Cristian nunca foi gentil e quando resolveu ser e me levar para casa, um paparazzi fotografou a gente saindo do triplex e disfarçadamente nos seguiu durante todo o caminho até eu descer do carro e entrar em casa. Droga, mil vezes droga! Isso era tudo o que Cristian não queria, e ele havia deixado bem claro no nosso primeiro encontro.
Naquele mesmo instante coloquei na minha cabeça que o Cris não iria querer mais a minha companhia e tudo iria acabar por ali mesmo. A única coisa que eu teria que aguentar seria a cara de susto e a de curiosidade de algumas pessoas que me reconheceriam vendo as fotos na tv - que foi exatamente o que aconteceu - porém, depois de uma semana tudo voltaria ao normal, pois todos já haveriam de esquecer um boato de televisão para dar atenção num novo boato de revista.


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