Miranda: Midwinter escrita por wickedfroot, mandyziens, HappyCookies


Capítulo 7
Feeling




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/765335/chapter/7

Thay Scott

Entramos em uma cripta, onde havia várias poções, feitiçaria, mágica e etc... Minkis começou a observar alguns livros que estavam em algumas prateleiras, logo abrindo em alguma página e entregando a Greeny, que fazia uma poção que não faço ideia de qual seja. Os dois são bem ligados a essas coisas, já eu não entendo nada.

Passamos um tempo lá dentro do local, quando decidimos dormir por lá mesmo. Todos dormiram no chão, era bastante desconfortável.

 Estávamos relaxados, quase dormindo, porém, ouvimos vozes desconhecidas por todos os lados.

— Quem são eles? Como entraram aqui? — diziam.

— Quem são vocês? Quem está aí — perguntou Juan com certo medo.

— Eu que pergunto! Como entraram aqui? Como vocês descobriram esse lugar? Quem são vocês? — diziam as vozes, cada vez mais próximas de nós.

— Sou Greeny, essa é a Thay, essa é a Minkis e esse é o Juan. — disse Greeny apontando para cada um de nós respectivamente.

— Estamos aqui porque precisamos de um lugar para ficar, e acabamos achando aqui... E vocês? Quem são? — o mesmo disse olhando para os lados tentando encontrar alguma evidência de onde os pinguins invisíveis estavam.

— Hm, certo. Eu sou a Lizzie. Vocês não vão poder nos ver. — disse uma das vozes.

— Podem ficar tranquilos, não vamos fazer nada de ruim a vocês, a não ser que vocês tentem algo contra nós. — Continuou.

— Pode ficar tranquila... Mas, só tem você aí? — Eu disse.

— Não. Lucy se pronuncie! — disse Lizzie.

— Oi, sou a Lucy. — disse uma voz ao lado de Minkis, que tomou um leve susto.

— Mas, por que não podemos ver vocês? — perguntou a pinguim estudiosa.

— Bom... Meio que, fizemos uma poção para ficar assim e nos protegermos desses seres que estão atacando por aí. — falou Lucy.

— Mas, espera... Vocês estão com roupas pretas! São os encapuzados!

— Não, não, calma. Nós estamos assim para passarmos despercebidos pelos encapuzados. Podem ficar tranquilas, não vamos fazer nada. — disse Juan com um sorriso simpático.

 Estávamos conversando sobre as poções, se poderíamos tomar também para ficarmos invisíveis, até que ouvimos algo forçar a porta no andar de cima.

— Que barulho foi esse? — perguntou Lizzie.

— Não deve ser nada, afinal, a porta do iglu está trancada... — disse Lucy.

— Mas... Vocês deixaram a porta aberta?.

— Eu fechei... Só não sei se tranquei... — disse Minkis, batendo em sua testa com a nadadeira.

— Ai não... — disse Lizzie.

— Alguém por favor pode mexer as nadadeiras para fechar a porta da cripta? — Disse a pinguim invísivel

— Já está fechada e protegida com magia, vossa majestade.  — disse Greeny revirando os olhos.

***

Há 6 anos.

— Finalmente vamos para esse parque! Não aguentava mais esperar! — disse para Jully, que estava sentada ao meu lado.

Estávamos indo para um passeio escolar, em um parque aquático. Todos estavam muito animados, uns perguntando “Está chegando?” outros “Falta quanto tempo?”, sendo que tínhamos acabado de entrar no ônibus.

 Todos estavam cantando, conversando alegres, mas, algo começou a me incomodar, fiquei mal de repente.

— Jully... Eu acho que algo vai acontecer... — disse virando para o lado meio cabisbaixa.

— O que foi agora, Thay? Mais um daqueles seus pressentimentos? — ela disse.

— Sim...

— Como assim? Justo agora? Tomara que seja só um pressentimento bobo.

— O motorista tem que parar logo...

— Pra quê?

 Eu sentia que ia acontecer algo. Não pensei duas vezes e, tirei o cinto, corri em direção ao banco do motorista e comecei a falar.

— Por favor, pare isso agora! Pare esse ônibus!

— O que foi? — Indagou o motorista.

Puxei o freio. O ônibus parou, e, quando isso aconteceu, um carro em alta velocidade acertou uma árvore, bem na nossa frente. 

— Eu avisei — Disse eu suspirando cansada.

***

— Tem algum outro lugar secreto? Temos que sair daqui agora mesmo. — Eu disse.

— Não... Não temos como sair daqui, só subindo mesmo. — disse Lizzie.

— O que está acontecendo Thay? — perguntou Minkis.

— Ai não... — disse colocando minhas nadadeiras no meu rosto.

— Explica logo, mulher! — disse Greeny, sem paciência.

— Os encapuzados estão aqui! Vocês querem ser pegos? Não! Então, me ajudem a pensar como sair daqui rápido! — Respondi gritando.

— Meu Deus! Nós não podemos sair daqui! O que vamos fazer? E agora? — Disse Lucy. Não pude ver a expressão facial dela, mas pela voz, era visível seu desespero.

— Já sei! — disse Minkis dando um sorriso.

— O que? — todos perguntaram em um belo coral.

— Um portal! — ela disse olhando para Greeny, que logo abriu um sorriso.

— Ok, seja lá o que for esse feitiço, façam rápido, eles estão próximos.— Eu disse.

— Sis, a asa de morcego! — disse Greeny.

 Depois de minutos, ouvindo passos vindos do andar de cima com medo, Greeny e Minkis conjuraram o feitiço. Pareciam estar satisfeitos com o resultado, pois estavam sorrindo.

— Bom, aqui, nossa salvação! — disse Minkis apontando para o frasco na nadadeira de Greeny.

— Como esse troço funciona? — perguntou Lizzie.

— Não chame essa obra assim, sua bruxa amadora! – disse Greeny abraçando o frasco.

— Bom, vamos jogar isso na parede e esperar alguns segundos, certamente um portal irá se abrir — Disse o pinguim de verde.

 Greeny foi interrompido com batidas na porta da cripta, provavelmente eram os encapuzados tentando entrar. A porta estava trancada, mas ela iria abrir alguma hora.

— Deem licença! Nós temos uma flor mágica, mas eles podem usar o pó mágico! Minkis pegue o pó que nós conseguimos, ele será necessário! — Disse Greeny.

— Mas... Para onde isso vai? — perguntou Lucy.

— Algum lugar bem longe daqui... — disse Minkis.

— Depois do arco-íris — Completou Greeny sorrindo.

— Ai que ótimo! E se formos parar no inferno? No esconderijo dos encapuzados? Como vamos voltar? — disse Juan.

— Pare de reclamar! Nada disso vai acontecer, tenho uma poção de proteção que fiz ontem, bebam e vamos logo! — Respondeu Minkis.

Saímos da frente e, Greeny lançou o feitiço sobre a parede, logo formando fumaças verdes, abrindo um portal para algum lugar.

— Entrem! — disse Minkis.

 Juan entrou primeiro, depois, pelas vozes que ouvi, foram Lucy e Lizzie. Entrei logo em seguida. Lá era estranho, parecia não ter chão, parede, ou algo do gênero. Minkis e Greeny entraram correndo logo em seguida, fechando o portal.

— Eles entraram? — perguntei.

— Até agora não... — disse Greeny.

— Mas, espera aí... E meus feitiços? Meus frascos? Meu caldeirão! Eles vão pegar algo? — perguntou Lizzie.

— Tá tudo bem amiga, você nem sabia como usar. — disse Greeny colocando uma rolha em um frasco.

— Quando vamos chegar? Falta muito? Eu estou com medo... Está ficando escuro! — Eu disse. Minhas últimas frases me lembravam aquele dia, o dia em que o ônibus quase foi destruído.

 Depois de ter dito isso, tudo ficou em uma completa escuridão, um verdadeiro breu, eu não enxergava nada, eu não sabia onde meus amigos estavam, eu não sabia onde eu estava, eu só sentia que não era bom...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Miranda: Midwinter" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.