Miranda: Midwinter escrita por wickedfroot, mandyziens, HappyCookies


Capítulo 20
Cardboard Box




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Minkis Mackenzie

A situação que estávamos passando me lembrou a que passamos no QG. Nessa estava mais diferente, estávamos sem um pinguim, o Juan. Isso me afetou e ainda me afeta bastante, mas eu faço o melhor para não demonstrar, pois os outros dois pinguins estão tão afetados quanto eu.

Estava um silêncio enorme, e eu acabei quebrando o mesmo:

— Podem testar em mim 

Greeny estava com uma preocupação presente em seu rosto, o pinguim virou-se em direção a mais nova entre nós três e perguntou:

— Thay, você sente algum pressentimento ruim? 

A garota balançou sua cabeça para os lados repetidamente, fazendo um sinal que significasse “não”.

Após a resposta da mais nova, Greeny respirou fundo, voltou a sua posição inicial, olhou em meus olhos e disse:

— Feche os olhos e pense no meu jardim. 

Fechei meus olhos e comecei a pensar no jardim de Greeny, não poupei nenhum detalhe. Pensei na fileira de rosas, que me lembrava a Thay e na de girassóis, minhas flores favoritas. Pensei em como era bom andar naquela terra marrom e fofa do local, nas lindas cercas rose gold que limitavam o jardim, era um local lindo!

Após pensar detalhadamente, joguei a esfera que Greeny havia me entregado em mim mesma. Não abri os olhos em momento algum, me senti como se estivesse viajando rapidamente para algum lugar, tão rapidamente que apenas senti a terra em contato ao meu corpo. Não conseguia abrir meus olhos e muito menos me mexer, porém, conseguia escutar muito bem tudo ao meu redor.

Escutei os gritos médios, e imagino que Thay que os tenha soltado, por conta do som da voz fina e afeminada que o grito teve. Provavelmente a mesma gritou por ver meu corpo caído na terra fofa do jardim decorado por flores.

Senti quatro nadadeiras me segurarem, que provavelmente seria de Greeny e de Thay. Os pinguins estavam me levando desacordada. Por conta do “desmaio”, minha audição era praticamente perfeita, como mencionei anteriormente, e consegui escutar um sussurro de Thay para Greeny:

— Greeny, eu estou vendo um encapuzado com binóculos observando a montanha —

Eu consegui escutar um som tão baixo que me surpreendi por ter escutado, era um pequeno “plim”, e não faço a mínima ideia do que deve ter ocorrido, mas algo que eu tive certeza foi que Greeny nos teletransportou para dentro do imóvel de gelo, pois tive a mesma sensação na hora em que “viajava” para o jardim.

Senti meu corpo entrar em contato com o sofá e diversos passos, e em um certo momento escutei um barulho de queda e de vários livros caindo, um baixo “droga!” de Thay, que facilmente adivinhei por conta de sua voz fina, no mesmo caso de seu grito. Após esse ocorrido, senti algo acontecendo no meu coração, como se ele estivesse sendo protegido de alguma maneira, e quis sorrir. Greeny havia protegido ele com magia, pois provavelmente o mesmo estaria parando de bater. Será que eu ia morrer?

Enquanto estava deitada naquele móvel, sentindo o calor que a lareira liberava. Estava “dormindo” ao som de folhas dos livros sendo viradas, som muito conhecido por mim. Escutei outro resmungo baixo, com a mesma palavra e um longo suspiro. Ouvi passos em minha direção e a voz de Greeny tomar conta do imóvel:

— Thay, todo feitiço que eu faço com essa varinha vem com um preço a se pagar. Você sabe qual seria esse preço? 

Provavelmente eles estavam procurando em livros maneiras de me acordar, e pelo jeito, o esforço de ambos foi em vão. Eu estava preocupada, não queria que ele pagasse um preço para me acordar. Não queria ser motivo para Greeny se preocupar futuramente.

— Não sei muito bem, mas tem algo relacionado a bruxas e dimensão das caixas — Disse Thay.

Nenhuma palavra foi dita pelo pinguim mais velho, apenas ouvi alguns passos, e cada vez mais eles iam se distanciando. Senti meu coração bater com velocidade, abri meus olhos lentamente e vi a luz do sol bater contra as paredes do iglu. Movi minha nadadeira que estava presa ente meu corpo e o encosto do sofá, a coloquei sobre minha barriga e levantei-me lentamente, e estranhamente, um pouco cansada.

Quando abri meus olhos por completo, na minha frente estava Greeny, com sua varinha apontada em minha direção, na minha direita, eu avistava Thay encostada na janela que não havia nenhuma paisagem, e com esse detalhe eu me intriguei. Senti algo me abraçando, pela roupa da pinguim, era sem dúvida a mais nova. Retribui fortemente o abraço que logo foi desfeito, e com isso acabei iniciando outro, mas a diferença era que dessa vez era com a bruxa. Ouvi um riso vindo do mesmo e o pinguim retribuindo o abraço.

Me separei e sentei no sofá que anteriormente estava deitada. Fui acompanhada pelos outros pinguins, e resolvi tirar a dúvida que estava tomando conta dos meus pensamentos.

— Ao olhar a janela, por que não tem paisagem? Ocorreu uma nevasca? — Eu perguntei.

Thay dá uma risada baixa com a minha última pergunta e negou.

— Um encapuzado estava observando a montanha, então eu camuflei o iglu. — Disse Greeny.

Assenti com a cabeça, agora tudo estava mais claro! Comecei a olhar em volta, mais precisamente em direção a cozinha, e pude ver diversos livros grossos sobre a mesa. A lareira estava nos esquentando do frio congelante, afinal, era inverno no Club Penguin. Meus pensamentos estavam focados em como seria bom estarmos todos juntos nesse momento, tomando chocolates quentes, com cobertas quentes e assistindo o programa de fim de ano de Cadence e da Penguin Band. Faria de tudo para poder passar o natal com Companheira e Brisa, minhas puffles de colorações diferentes, uma de azul e a outra de vermelho. E quem sabe passar o ano novo com os meus amigos e a família no Iceberg? Pegar um barco para ir ao grande bloco de gelo para ter uma visão perfeita da ilha e dos fogos de artifício, sem nenhuma construção atrapalhando a paisagem. Mas pelo jeito que coisas estão, acho difícil o mesmo ocorrer. Com a ilha praticamente vazia, os meus planos para o fim de ano desceriam pelo ralo totalmente, e ao invés de passar ele comemorando com meus amigos e puffles, irei passar o mesmo fugindo de vários pinguins encapuzados. Animador, não?

Meus pensamentos sobre as festas finais vão pelos ares junto com as comemorações quando ouço um barulho. O som era idêntico ao de papelão, olho em direção do barulho e acabo chamando a atenção dos outros dois pinguins presentes, fazendo-os olharem na direção que havia chamado minha concentração. Era uma caixa, que não sei em qual momento ela foi colocada, talvez quando eu estava desacordada. Ela se mexe, emitindo o mesmo som. Agora, nós três estávamos intrigados com o objeto. Greeny vai em direção a ela com receio de abrir e surgir todo o mal do mundo como a história da Caixa de Pandora, quando abre, ele arregala os olhos bastante chocado.

 


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