Capítulo 01: A Moeda de Ouro

Rust: Ei mãe, já estou indo, vou encontrar os moleques lá na livraria no centro, volto mais tarde! – Então Rust pegou sua blusa preta pendurada perto a porta do prédio e desceu as escadas. Era um cara de 20 anos, alto, cabelo curto, liso e preto.

Durante sua caminhada numa tarde de sábado pouco movimentada Rust passou por um beco no quarteirão no caminho a livraria e ouviu alguns barulhos estranhos vindo do fundo escuro, ele parou na calçada, com as mãos enfiadas no bolso da blusa encarou para dentro, não percebeu nada repentinamente mas quando se virou para continuar seu destino ouviu um grito seguido de barulhos de garrafas de vidros quebrando no chão.

Rust: Quem está ae? – Gritou Rust sem respostas – Você precisa de alguma ajuda? Está tudo bem? – Dizia ele enquanto caminhava para dentro do beco escuro, agora já não tinha suas mãos dentro do bolso da blusa. Não havia mais barulhos mas conforme se aproximava de uma lixeira grande e verde perto da parede de tijolinhos queimados podia ouvir gemidos e barulhos parecidos com socos.

Rust: Ei pare com isso agora mesmo! – Gritou ele quando se deparou com um homem alto e forte socando violentamente contra um outro homem magro, bem magro, velho, com barba grisalha e volumosa, usava uma capa preta com toca e estava encolhido rente a parede com os braços protegendo a cabeça dos golpes que vinham de cima.

Rounem: Saia daqui e não se meta onde não é chamado! – Respondeu o agressor de volta apontando o dedo para o rosto de Rust.

Rust: Eu não sei o que esse velho fez para você mas se continuar assim vai mata-lo – Disse tentando acalmar o homem.

Rounem: Ele não fez nada – disse rindo – só estou me divertindo, agora saia daqui ou vou bater em você também imbecil.

Nesse momento uma fúria interior tomou conta de Rust, ele serrou os punhos e franziu a testa de raiva, não era um cara forte igual Rounem mas Rust sabia lutar, já se meterá em muitas brigas em sua vida.

Rust: Pare com isso ou eu quebrarei seus dentes – Gritou.

Rounem: O que foi que disse moleque de merda? – Então o homem forte se virou contra Rust e armou um soco cruzado da esquerda para direita, ele abaixou e desviou rapidamente e subiu levantando seu punho contra o queixo de Rounem que caiu de bunda no chão atordoado.  O rapaz ainda tentou levantar mas cambaleou e caiu de novo.

Rust: Vaza daqui covarde – Disse apontando para fora do beco, então o homem cambaleando sumiu. Rust se virou para o velho caído – Você está bem? – perguntou enquanto dava as mãos para ajudá-lo a se levantar.

Matuzi: Como você se chama garoto? – Perguntou o senhor – Meu nome é Rust e o seu? Você está bem? – Perguntou de novo.

Matuzi: Estou, estou, muito obrigado jovem – Disse enquanto limpava a poeira da calça.

Rust: Vamos, vou te pagar um lanche.

Matuzi: Está tudo bem garoto, não precisa se preocupar, mas estou em dívida com você agora, então fique com isso por ter salvo minha vida – Então o velhote enfiou a mão no bolso, tinha unhas sujas e quebradas, sua pele era bem enrugada, tirou uma moeda antiga, mas era bonita e de ouro e brilhava forte na luz do sol e Rust se perguntou o que um coitado daquele fazia com aquilo.

Matuzi: Fique com isso garoto, essa moeda tem o poder de realizar um desejo seu, é tudo o que tenho, fique como prova de agradecimento – insistiu o velho, Rust não acreditou em nada do que o velhote falou mas aceitou de bom grado por que ele não parou de insistir em dá-la, depois disso ele ainda assim pagou ao velho um cachorro quente e depois dessa pequena distração chegou a livraria.

A livraria estava quase vazia e bem silenciosa, Rust entrou e no fundo após as prateleiras de livros e jornais avistou seus amigos em uma mesa e se aproximou.

Doug: Você demorou, estava fazendo o que? – Perguntou um dos amigos, não era muito alto, magro, possuía cabelos pretos, eram curtos e ruins e tinha barba rasa também preta.

Bueno: Ele sempre atrasa, nunca vi pessoa mais sossegada igual você Rust – Disse o outro amigo sentado do lado oposto da mesa redonda, esse era mais corpulento, era mais alto que Doug mas não chegava a ser tanto quando Rust, tinha cabelo preto e liso.

Rust: Na verdade eu estava vindo pra cá e vocês nem acreditam no que houve. – Disse empolgado – Eu acabei de salvar um morador de rua, tinha um babaca batendo nele.

Doug: Ta brincando?

Rust: To falando sério, e o velhote era todo esquisitão, olha só o que ele me deu – Rust mostrou a moeda, que parecia muito mais bonita agora no claro.

Bueno: Que maneiro! Posso ver? – Então Rust passou a moeda para o curioso Bueno.

Rust: Ele disse que pode realizar um desejo meu, até parece velhote doidão.

Bueno: E se for verdade? Vai saber.

Doug: Até parece larga mão de ser besta – disse rindo.

Doug: Você trouxe seu volume de One Piece Blueno? – Disse enquanto ele ainda encarava a moeda.

Bueno: Sim, está aqui – Então ele tirou da mochila e pois em cima da mesa – Que volume sensacional! Finalmente a guerra acabou e foi divertido demais, Barba Branca que personagem!

Rust: E o Shanks parando a guerra! Foi incrível. !

Doug: Foi muito daora, eu queria poder me divertir assim como Luffy se diverte, depois dois 18 a gente começa a trabalhar e trabalhar e não tem muito o que fazer, minha vida está um saco.

Rust e Bueno: a minha também – disse os dois ao mesmo tempo meio cabisbaixos.

Bueno: Ei que tal pedirmos pra moeda nos levar pro mundo de One Piece? – Disse animado.

Rust: Pelo amor cara, tu tem 20 anos e está acreditando nessa conversa fiada.

Bueno: Eu só estou entediado – Disse encarando a moeda desanimado.

Rust pegou o volume de one piece e arrastou para perto, segurou a moeda nos dedos em cima do mangá e desejou viver uma aventura no universo de seu manga favorito com seus dois amigos, Doug observou com estranheza e nada aconteceu.

Rust: Viu só bobão – disse rindo – e eu nem acredito que fiz isso devo estar mais entediado que você Bueno – Gargalhou, e de repente o manga se abriu sozinho e suas folhas passaram a folhear rapidamente de um lado para o outro, a moeda passou a brilhar fortemente obstruindo a visão dos três e em poucos segundos a sala da livraria estava vazia e em cima da mesa apenas o volume do manga.

Após um tempo desacordados os três abriram os olhos, se levantaram e perceberam que estavam em uma ilha, em cima de uma colina grande com chão de grama verde e no horizonte o mar se esticava até o além onde encostava nas nuvens do céu, a moeda funcionou e eles não podiam acreditar no que acontecia, estavam no universo de One Piece.