Crawling Back To You escrita por Rafaela


Capítulo 5
Sentimentos?


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTE!!!

Galerinha algumas informações do capítulo:

A música é: Always On My Mind, do Elvis Presley

E caso alguém queira imaginar a voz do Will como eu imagino, nesse vídeo aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=swjophKhUNY

Eu imagino a voz do William igual a do Joshua Micah (ele é o de barba, e ta com uma blusa branca com uma jaqueta preta).


BOA LEITURA!!!



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KATHERINE

Wayne fez um coque na princesa quando ela acordou. Os dois conversaram bastante nesse tempo e cada vez mais ela gostava do anão, já até começou a considerar que ele poderia ser seu amigo… Ou até um conselheiro, no futuro.

(…)

Katherine comia uma maçã, ela e Wayne estavam sentados na borda que ligava as escadas, de frente ao leme, onde separava a proa do convés principal.

Os piratas estavam aglomerados, gritavam e torciam lá embaixo. Wayne havia explicado para a princesa que esse era um dos passatempos preferidos da tripulação. Luta de espadas, um pirata contra o outro e eles apostavam dinheiro em um dos competidores.

William e James estavam apoiados na amurada do navio e se divertiam observando a luta. O capitão estava bem mais descontraído, não usava chapéu nem capa, vestia-se como qualquer outro pirata do navio.

—Já pensou em sair daqui? —Katherine olhou para Wayne.

—Para onde eu iria, mademoiselle? —o anão limpava os óculos. —Sou um deserdado, que procurou refúgio na pirataria… Minha vida já está condenada.

—Eu serei a futura rainha de Sunrise —a princesa colocou a mão no ombro de Wayne. —Ficaria satisfeita, caso você queira algum cargo em meu reino.

—Sério!? —ele a olhou animado.

—Por que não? —ela riu. —Nem William lhe considera um pirata, muito menos eu.

—Ah mademoiselle… Sou muito grato ao capitão, não sei se deveria o deixar, caso você for libertada.

—Caso eu fosse? —Katherine o olhou assustada. —Wayne, eu corro o risco de nunca mais voltar para meu reino!?

—Eu não quis dizer isso! —o pequeno homem corrigiu-se rápido. A futura rainha sabia que ele escondia segredos, e não iria revelar. Afinal, Wayne é mais fiel a William.

—Tudo bem —a princesa apenas aceitou, não queria meter seu companheiro em nenhum problema. —O que o Thatch fez por você?

—Ah, o mestre estava no reino dos Filhos do Ar… E bem nesse dia meu pai me expulsou de casa. O capitão me resgatou das ruas, me trouxe para cá, e seus homens não aceitaram muito bem, mas ele me protegeu. —o anão disse observando os piratas e sua diversão. —Ele é um bom homem.

—Pra mim ele está longe de ser isso —Katherine disse mordendo outro pedaço da maçã.

Os dois continuaram a conversar, até que um pirata assobiou.

—Ei! Majestade —um homem magro, de uns trinta anos no máximo, olhava para a princesa. O resto da tripulação olhou na mesma direção. Katherine sentiu-se mal com todas as atenções voltadas para si. Em seu reino era normal para a garota, as pessoas de lá a amavam… Mas aqui, a situação era completamente contrária, ela era vista apenas como um objeto.

Katherine olhou para William sem motivo algum, talvez fosse porque ele era o único que a protegia. O capitão já não estava com o rosto tão bem-humorado, e sim com as sobrancelhas franzidas e fitava o pirata que havia a chamado.

—Fiquei sabendo que a senhorita gosta de luta —ele gritou e os outros piratas riram. — Desça aqui, mostre a nós do que é capaz!

Os piratas começaram a rir ainda mais, William relaxou, até sorriu e olhou para a princesa.

—Não quero machucar vocês —Katherine sorriu de volta para os homens. Ela decidiu entrar no jogo deles, ia parar de sentir-se amedrontada. Ela sabia lutar, sabia se defender e não devia ter medo deles.

—Ah que isso boneca, vem aqui —um pirata gritou e os outros o acompanharam.

—Não vá, mademoiselle —Wayne segurou sua mão.

—Se eles acham que podem tirar sarro apenas porque uma princesa gosta de luta, eles estão errados —Katherine se levantou.

Ela se encaminhou até às escadas e as desceu. Os piratas se calaram e a princesa se dirigiu até eles. William a olhava atentamente, tinha medo de algum dos seus homens a machucar, mas queria ver como ela lidaria com essa situação.

—Bem, qual de vocês eu vou ter que ferir? —a princesa disse por fim, e os homens começaram a decidir quem iria lutar contra ela.

 WILLIAM

—Ela é incrível —o capitão sorriu ao escutar a garota e James riu.

A tripulação se entreolhava, estavam com medo de William achar ruim algum deles enfrentar a garota, mas ao verem que o capitão estava se divertindo, se animaram.

O mesmo homem que chamou a princesa se encaminhou para a sua frente.

—Eu mesmo, boneca —ele estendeu mão para tocar nos cabelos da futura rainha, mas ela segurou seu pulso e o empurrou.

—Primeiro, você não encosta em mim —ela olhou nos olhos do seu desafiador. —Segundo, preciso de uma espada.

William sorriu. O capitão se encaminhou até a princesa, à medida que ia andando os piratas abriam espaço para ele passar, mostrando o quanto William era respeitado. Ao se aproximar de Katherine, o Thatch desembainhou sua espada e a estendeu para a princesa.

Todos os piratas se entreolharam e faziam comentários baixos.

Katherine não sabia mas, usar a espada do capitão de um navio, ainda mais ele sendo um Thatch era basicamente impossível de acontecer. Ninguém utilizava dos bens do capitão, e a espada de William era famosa por ter matado vários piratas considerados lendários.

Era uma honra poder utilizar daquela arma, e a princesa começou a perceber isso ao ver a reação da tripulação. William piscou para ela e se afastou.

—Aposto quinhentas pratas que a menina vence —William sorriu.

Os piratas se animaram e começaram a apostar, a maioria contra a princesa.

Katherine levantou o rosto e olhou para Wayne que sorriu para a mesma, estava torcendo por ela.

KATHERINE

Era a hora de Katherine mostrar para todos que não era uma garotinha indefesa que precisa da proteção de alguém. Ela era uma mulher, forte e inteligente, que consegue muito bem encarar um pirata.

A tripulação se afastou e seu adversário sacou a espada da bainha.

—Prometo pegar leve —ele sorriu.

—Por quê? Está com medo de perder e ter que se justificar com "eu peguei leve"? —Katherine segurou a espada com mais força.

Sua resposta calou o pirata a sua frente e fez os outros rirem, William estava se divertindo demais com aquilo.

O pirata atacou, Katherine sentiu dificuldade apenas com o peso da espada, pois a que ela utilizava era proporcional a sua força, muito ao contrário dessa. Mas a princesa conseguiu conter o golpe e atacou. Ela estava indo bem, mas o pirata conseguiu desfazer o coque e seu cabelo atrapalhou sua visão, fazendo a recuar.

—Ei! —ela protestou. —Golpe sujo!

—Pirata tem algum significado para você, boneca? —seu adversário riu e a tripulação o acompanhou.

—Se você quer assim —Katherine sorriu e tirou o cabelo do rosto.

No meio do ranger das espadas, Katherine aproveitou o momento que o pirata estava concentrado em desviar dos ataques, e pisou em seu pé com força, dando um golpe com a espada, que atingiu de raspão o braço do oponente.

O pirata recuou, e em seu braço havia um corte em que o sangue escorria.

William sorriu e a tripulação estava frenética.

A princesa estava orgulhosa de si, mas mal sabia que havia despertado a raiva em seu adversário.

O pirata se recompôs e se aproximou dela com agressividade, ele estava colocando muita força nos golpes, fazendo Katherine ter mais dificuldade de conseguir combater, e sendo obrigada a recuar.

William vendo aquilo, começou a mover-se para intervir, mas James o segurou.

—Deixa —o irmão mais novo disse. —Ele sabe que ela é importante, não vai matá-la.

Mesmo assim, o capitão não queria que a princesa se machucasse. Ele então soltou-se de seu irmão e foi abrindo passagem entre os piratas, que estavam tão concentrados na luta que nem perceberam que seu capitão estava passando.

Assim que William chegou na frente da briga, Katherine estava quase perdendo e se apoiava em uma pequena mesa.

A princesa estava ficando exausta, não ia conseguir. Até que ela olhou nos olhos do pirata que a atacava, viu a maldade e a diversão em seu olhar… Não, isso não iria ficar assim. Ela não iria sair derrotada.

WILLIAM

Katherine iria se machucar caso ele não acabasse com aquilo o mais rápido possível, mas quando o capitão deu um passo, o mar estremeceu, as ondas se afastaram, como se tivesse caído algo no mar. Foi aí que Katherine chutou o pirata, William a olhou e a princesa se recompôs muito rápido. Começou a ventar forte, e ao fitar a garota mais uma vez, viu que seus olhos estavam azuis, iguais a cor do mar.

Katherine investiu contra o adversário, quase o derrubando, ela havia conseguido uma força tão inesperada, que nem ela saberia explicar. William olhou ao redor, os piratas gritavam e riam, nenhum parecia ter percebido o que aconteceu com os olhos da garota e com o mar.

A princesa continuava a investir, e o pirata já estava atordoado. Katherine chutou o joelho do homem, que cedeu e caiu. Por fim, a futura rainha apontou a espada para o peito de seu adversário, que a olhava assustado.

Ela sorriu e olhou para o lado, onde William estava a observando. Quando a menina o olhou, em segundos seus olhos voltaram a cor normal e o vento se tranquilizou. William não entendia o que havia acontecido, mas os piratas não se importavam, estavam debochando do perdedor e alguns trocando dinheiro das apostas.

O capitão por fim sorriu para a princesa, que o encarava com um olhar que ela nunca havia feito para ele. Um olhar doce, feliz. William pensou por um momento, que a princesa já não o odiava tanto quanto antes.

 —Mais alguém vai querer? —a menina se afastou do derrotado, nenhum outro pirata a desafiou. —Ótimo.

Ela foi até William e devolveu a espada para o capitão.

—Sabia que não iria me desapontar —ele sorriu a olhando.

Katherine deu um sorriso de canto para o pirata e subiu até a proa, sentando-se novamente ao lado de Wayne que a parabenizou e os dois começaram a conversar de como ela lutou bem.

William foi até seu irmão, que parecia pensar sobre o que havia acontecido.

—Você viu o que eu vi, não é? —o capitão olhou para o irmão.

—Os olhos dela, a reação do mar… —James olhou para a princesa que sorria ao conversar com o anão. —Ela é a chave para quebrar a maldição irmão, tem que ser ela.

—Estamos apenas a dois dias de Santa Helena. Nosso pai vai saber o que fazer em relação a Lecerf. —William concluiu.

 

KATHERINE

A jovem Lecerf passou o dia com Wayne, mal falou com William depois da luta. A garota estava confusa sobre o que sentia. Afinal, William confiou nela, emprestou sua espada (o que já é um grande gesto), descobriu que ele salvou Wayne… Katherine não sabia se o pirata era bom ou ruim.

Já estava tarde, William não voltou para a cabine e a princesa não estava com sono. Ela então, resolveu sair.

Ao abrir a porta, escutou um toque de violão,  e achou estranho, não sabia que piratas tocavam ou cantavam.

Katherine subiu as escadas da proa, seguindo o som. O navio estava vazio, a tripulação já devia estar no andar de debaixo dormindo, portanto ela pensou que seria William. E estava certa.

O capitão estava sentado na amurada do navio e tocava o violão. Ele estava voltado para o mar, portanto não a viu.

Ela conhecia a música. Era bem famosa nos anos de 1973, esse tipo de música, considerada antiga, do velho mundo, não era utilizada pelos reinos, apenas por piratas. Mas Katherine particularmente gostava da melodia.

Talvez eu não tenha te tratado, tão bem quanto eu deveria — William cantou, o pirata olhava para o horizonte. Katherine se surpreendeu, nunca imaginou ele cantando, ainda mais uma canção sobre amor. Mas a princesa gostou, a voz dele era rouca e aveludada, e o rapaz cantava bem. —Talvez eu não tenha te amado, com tanta frequência quanto poderia… Pequenas coisas que eu deveria ter dito e feito, eu simplesmente nunca tive tempo.

Katherine viu que ele não cantava apenas uma música, havia sentimentos naquele meio… Cada palavra era dita com o coração, pareciam verdadeiras quando William as pronunciava, como se ele realmente tivesse vivido aquilo.

—Você sempre esteve em minha mente, você sempre esteve em minha mente —ele continuou.

A princesa observava com atenção, por acaso William amava alguém? Ela se perguntava.

Talvez eu não tenha te abraçado, em todos aqueles solitários, solitários momentos. E eu acho que nunca te disse que, eu sou tão feliz por você ser minha —a voz do rapaz começou a apertar, como se nessa parte doesse nele. Katherine ficava cada vez mais intrigada, nunca imaginou esse homem amando alguém. Quando foi continuar, William suspirou. —Se eu fiz você se sentir em segundo lugar, garota, eu sinto muito, eu estava cego… Diga-me, diga-me que seu doce amor não morreu, me dê, me dê mais uma chance... Para mantê-la satisfeita…

Ele abaixou a cabeça e parou de tocar, como se não conseguisse mais.

—Uma canção muito sentimental vinda de um pirata—a princesa se aproximou de William, que deu um sorriso fraco.

—Piratas também tem sentimentos —o Thatch virou-se para a princesa.

—Difícil acreditar nisso —Katherine apoiou-se na amurada ao lado de William e ficou olhando o mar.

—Bem, a maioria prefere não sentir —o capitão se levantou, deixando o violão encostado em um banco e se escorou na amurada, ao lado da Lecerf.

—Por quê? —ela o olhou. Quanto mais informações extrair dele, melhor para ela. Katherine queria se tornar próxima de William, talvez isso facilitasse sua fuga.

—Você já deve ter ouvido falar que piratas tem maldições —William também a olhou.

—Bem, eu sei que você não morre, infelizmente —ela sorriu.

—Essa é apenas para a minha família —o capitão riu desviando o olhar. Não conseguia ficar a encarando sem se perder em seus pensamentos.

—Então qual a outra maldição que faz um pirata não querer amar? —a princesa olhou para o horizonte. A lua e estrelas refletiam no mar, o cenário era majestoso.

—Quando uma pessoa se torna um pirata, uma maldição cai sobre ela —William suspirou. —Não é algo da nossa escolha.

—Que maldição? —a Lecerf virou-se para o rapaz, interessada.

—Digamos que um pirata não pode ter fraqueza —ele também se virou para a garota.

 —Tá, eu já percebi isso.

—Essa maldição é a nossa fraqueza, boneca —ele sorriu.

—A maldição então é sobre sentimentos? —a princesa riu. —Isso é ridículo.

—É mais complexo que isso —William a olhou. —É sobre amar, Katherine.

Era a primeira vez que o pirata a chamava pelo nome, e ele não parecia muito satisfeito com a reação da garota. William pegou o violão e se encaminhou para as escadas.

—Espera! —ela correu até ele. —Me explica.

William a olhou, estava desconfiado pelo interesse da menina sobre isso, mas resolveu falar, afinal isso não era segredo para ninguém.

—Quando um pirata ama alguém, é como se ele vivesse apenas para aquela pessoa —o Thatch largou o violão —Você daria tudo para ver a pessoa bem e segura, daria céus e terras, faria o possível e o impossível.

—E se não conseguisse —Katherine o provocou se aproximando. Ela sabia que William amava alguém, e com a letra da música, percebeu que ele havia a perdido. A princesa não ligava para o que ele sentia, queria o afetar, talvez conseguisse algo com isso. —E se o pirata não conseguir dar tudo para esse alguém, e a perdesse?

William sentiu um nó na garganta, e as lembranças vieram à tona.

—Se o pirata não conseguisse —agora foi a vez de William se aproximar, fazendo a princesa recuar, até encostar na amurada. Ele se apoiou envolta da princesa, a impossibilitando de sair, mas Katherine não sentia medo dele e continuou o encarando. —A dor é semelhante à de centenas de espadas lhe transpassando o peito. Mas sabe o que é pior? —William olhou nos olhos da menina —O pirata não morre.

Katherine percebeu que o que ele disse aconteceu mesmo com ele.… Sentiu pena do rapaz por um momento, o modo como ele cantou a música, as dores em suas palavras começaram a comover a princesa.

Os dois estavam tão próximos, que Katherine começou a olhar para a boca do rapaz que estava a sua frente. A princesa se repreendeu por ter vontade de o beijar. A futura rainha nunca havia beijado ninguém, mas nesse momento, ela sentiu uma ligação com William... E ela queria o seu beijo, talvez por pena, por sentir-se mal ao fazer ele relembrar alguém que perdeu ou apenas porque desejava isso.

O capitão percebeu que a menina fitava sua boca. Bem, não é segredo para ninguém que o pirata estava há muito tempo querendo roubar um beijo da princesa… E já que ela estava o olhando, talvez esse momento fosse agora.

William se aproximou, mas na hora em que seus lábios iriam se tocar, Katherine virou o rosto, e o pirata beijou o canto de sua boca.

Aquilo foi o suficiente para o corpo de William entrar em êxtase, mas o estranho foi o que ocorreu com a princesa. Pela primeira vez, a menina se arrepiava com um homem. Ela gostou, gostou bastante do toque que os lábios do rapaz no canto de sua boca.

Por que eu virei o rosto!? Ela se indagou, mas também pensava que ela era uma princesa, e pior, ela possuía um noivo. Foi errado o que queria, ainda mais com um pirata que a sequestrou.

William se afastou, estava decepcionado de não ter conseguido o beijo, mas ao mesmo tempo satisfeito, aquilo havia valido a pena.

Katherine estava envergonhada, e a cor de suas bochechas comprovavam isso. Ela olhou para William por alguns segundos e desceu rapidamente as escadas, fazendo o pirata sorrir.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?? Comentem!!

Eu amo esse capítulo hahahaha



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