Lovely Death Angel escrita por Jibrille_chan


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

E eis aí o final .____. *acabou postando no mesmo dia*



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       Entrei em casa tentando fazer o mínimo de barulho possível quando percebi que Kouyou já havia chegado. Meus olhos correram pela pequena sala, tentando achá-lo, mas não o vi. Abri uma fresta da porta de seu quarto, apenas para ver um volume debaixo do edredon. Suspirei, voltando a fechar a porta e fui para a sala.

       Eu não sabia como seriam as coisas dali pra frente. E só de pensar, eu tinha medo. Mas se ele pudesse ser feliz... valeria a pena, não valeria?

- Quando eu era pequeno... eu tinha uma amiga imaginária.

       Eu dei um pulo no lugar, quase caindo do sofá. Kouyou estava atrás do encosto do sofá, ainda enrolado no edredon. Dei espaço pra ele no sofá e ele se sentou na ponta.

- Você nunca me falou isso.

- Ela me pediu pra guardar segredo. Disse que era uma amiga sua.

- Amiga? – franzi o cenho, já suspeitando de quem se tratava.

- O nome dela era Mizuki.

Eu sorri abertamente.

- É, uma velha amiga minha.

       - Eu a vi até os meus... – ele franziu o cenho, tentando se lembrar. – Onze anos. Ela sempre me dava bronca quando eu ficava com raiva de você por algum motivo idiota. Ela dizia que você me amava muito, e que eu não fazia idéia do quanto.

Eu apenas o observava, enquanto ele mantinha os olhos fixos na televisão.

- A verdade é que agora eu estou com raiva de você.

Suspirei, fechando os olhos.

- Eu entendo.

       - Não, não entende. Em todos esses anos, você sempre foi a minha família, quem cuidou de mim, esteve ao meu lado. E agora você me diz essas coisas... Eu não entendo uma coisa, Yuu.

- O que?

- Você nunca... nunca sentiu vontade...

- Pelo amor de deus, Kouyou! Eu não sou pedófilo!

       Ele acenou afirmativamente com a cabeça, encarando suas mãos jogadas no seu colo.

- Eu estou com raiva de você... por você ter feito eu me sentir culpado.

       Eu o olhei, franzindo o cenho e sem entender o que ele queria dizer e vi seus olhos ficarem úmidos.

- Culpado de quê, Kou?

- Culpa... por estar amando um parente tão próximo.

       Puxei-o pra mim, abraçando-o por cima do edredon que o envolvia. Ele passou os braços pela minha cintura, suas mãos se fechando com força na minha camisa.

       - Eu... não me importo se você não é... não é humano... mas eu não podia me apaixonar pelo meu tio.

Eu sorri contra os seus cabelos claros.

- Que bom que eu não tenho irmãos.

Ele riu baixo, por entre soluços.

- Idiota... não teve graça...

       Ele levantou o rosto manchado de lágrimas, e eu as sequei gentilmente, um sorriso bobo se formando no meu rosto.

- Mesmo despenteado e com o rosto todo inchado, você continua lindo.

       Ele desviou o olhar, um sorriso se formando nos seus lábios. Comecei a arrumar seu cabelo distraidamente, só parando quando senti seu olhar sobre mim.

- O que foi, Kou?

- Eu... eu amo você. – sussurrou, o rosto enrubescendo.

Segurei seu queixo com os dedos, erguendo seu rosto para olhá-los nos olhos.

- Eu também te amo, Kou. E me arrependo muito de não ter dito isso pra você antes.

       Ele me mostrou aquele sorriso lindo e brilhante, o mesmo sorriso que ele havia me dado naquele dia, na pediatria, quando fizemos a primeira festa clandestina pra ele. Kouyou inclinou o rosto e eu acabei com a distância entre os nossos lábios, finalmente. Era um beijo tímido, mas que logo se aprofundou.

       Era como um sonho, tê-lo nos braços. Os lábios tão macios, as mãos entrado pelos meus cabelos agora mais longos. Tinha valido a pena, afinal. Eu havia encontrado alguém pra me devolver a vida. Eu me separei brevemente dele, curioso com uma coisa.

- Kou... aquela menina que esteve aqui semana passada...

       - A Mayumi? Ela é a presidente do grêmio da escola. Queria conversar sobre o festival da escola, já que eu sou o representante da classe. Você achou que...?

Não respondi, apenas desviei o olhar.

- Yuu... você ficou com ciúmes?

- Não, eu só... me desculpe.

       Ele deu um sorriso maroto, voltando a me beijar e se acomodando no meu colo. Eu ainda não sabia como seriam as coisas dali pra frente... mas uma velha amiga me disse uma vez para me preocupar com isso só depois. E aproveitar o tempo que eu tinha agora.

~ F i m ~


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Notas finais do capítulo

i.i~ Manow!!! EU LEVEI DEZ CAPÍTULOS PRA FAZER UM BEIJO! *já estava ficando neurótica* Eu realmente non sirvo pra escrever romance ¬¬ non tenho paciência pra essas coisas.

Muito obrigada a quem acompanhou essa história! *-*/ Também tenho que agradecer a todos os reviews e todas as cobranças ^^' [non é, Teh? XD~] MUITO MUITO MUITO MUITO OBRIGADA! *_*