Scripture escrita por XIII


Capítulo 4
O Bastardo


Notas iniciais do capítulo

E isso é tudo que escrevi até agora para o universo de Scripture. Prometo a você que, um dia, continuarei esta história :)



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Vigário Edgard reprovava com unhas e dentes aquele relacionamento. Sabia que a união entre um Edgard jovem e a herdeira dos Novaterra não traria nada de bom ao mundo. E o velho Vigário não poderia estar mais certo. Pois o nascimento daquele belo bebê de cabelos negros, que logo foi jogado para o pai, só traria desgraça. Você já sabe que este não é o conto do Vigário. Este é o conto do quarto herói, se é que podemos chamá-lo assim. Ao mundo, heróis são aqueles altruístas, aqueles seres humanos que sempre aparecem na hora certa e no lugar certo, com um sorriso largo no rosto, protegendo a todos. Na visão estranha de Lirium, herói é aquele que muda o mundo. Por isso, os quatro heróis destes contos, aqueles que realmente mudaram o mundo, têm partes de suas vidas narradas aqui. Maleth Novaterra, o Órfão de Magia herdeiro da maior casa do reino de Lirium, que se tornou o maior herói de quem o reino já ouviu falar, quebrou paradigmas e foi reconhecido por todos, mas ninguém soube de seu último feito. Josephine Palantres, a cientista que mudou o mundo trazendo as quimeras a ele, dando esperança a aqueles que, há muito, a perderam. Theo Ophara, o Herói Mais Forte, o jamais vencido, o herói que decidiu não se vingar, coisa que, na verdade, trouxe desgraça pras vidas de muitas outras pessoas. Mas isso não foi exatamente culpa dele. O perdão foi dado, mas o vilão que recebe aqui o título de herói não soube utilizá-lo. Theo Ophara, aquele que, em vida, foi o primeiro a encontrar com a deusa Mistanne. E Benedict Edgard, a quem insistem chamar de Benedict Novaterra, o herói que, sob a perspectiva de qualquer ser humano, jamais poderia se sagrar herói. O homem que moveu todas as histórias. Mas chega de ladainhas. É hora de abandonar Vigário Edgard. Pois é hora de me despedir de você.

O garoto, assim que foi abandonado pela mãe, já começou a dar problemas. Sieg Edgard teve de ponderar por semanas para não jogarem a criança de cabelos negros ao mar. E logo que a criança aprendeu a escrever e se descobriu como Forjador, já começou a impressionar a tripulação do Terceiro Navio. Escrevia runas como "Resistência" em cada tábua do navio e se esforçava quando fervia o sangue para ativá-las. Em poucos anos, Benedict Edgard começou a ser amado por todos. As coisas mudaram quando um navio inimigo resolveu cruzar o caminho do Terceiro Navio da Frota Mistanne L'arc. Benedict tinha 10 verões na época.

A criança viu sangue, ferro, aço, tudo colidindo com tudo. E não se desesperou. Viu uma espada caída próxima a um cadáver, que a criança não soube descrever se era companheiro ou aliado. Tudo o que fez foi inscrever uma runa na espada. E depois disso, a loucura permeou a mente daquela criança.

No meio da carnificina, um homem de cabelos negros e roupas negras recostava-se numa parede, buscando ar para voltar à batalha. Estava sendo mais difícil do que os invasores pensavam. Mas os pensamentos do homem foram interrompidos quando ele viu uma espada surgir de sua barriga, toda pintada de vermelho. Foi engraçado porque ele demorou a perceber que aquela tinta vermelha era seu próprio sangue. A mente humana funciona de maneiras engraçadas na hora da morte. A espada saiu do cadáver e a criança saiu de trás da parede. Carne não é fácil de perfurar, ainda mais por trás daquela parede de madeira grossa. Mas a tarefa se torna fácil quando a runa "Atravessar" está escrita numa espada afiada. A criança portava uma expressão fechada e os adultos pareciam ignorá-la, mas os adultos invasores paravam de ignorá-la quando espadas afiadas os atravessavam. É a vida.

Não demorou muito para que um dos invasores percebesse a presença da criança ali e apontasse uma daquelas armas de última geração na cabeça dela. Aquela arma deixava um rastro de destruição e nem ao menos deixava as balas para trás. Coletava energia do sangue dos usuários, normalmente Forjadores. O feixe de luz que saía daquela arma destroçaria a frágil cabeça da criança, mas ela foi salva e o tiro apenas pegou de raspão em seu braço. Você pode estar pensando sobre como isso é irreal e forçado. Será que você nunca foi quase atropelado? Nunca sofreu algum acidente que, de outra maneira, poderia ter quebrado seu pescoço? Pois é. Ele não seria o protagonista deste conto se tivesse morrido ali, com dez verões de idade. Pare de chorar e aceite que, se alguém pode ter azar na vida, também pode ter sorte.

A criança ainda caiu no chão, chorando como se tivesse perdido o braço inteiro. Sieg, seu pai e salvador, pelo menos naquele momento. Pegou a espada "Atravessar" do chão e levantou a criança nos ombros, obrigado a voltar para a batalha.

Tudo havia terminado em uma hora e o navio Mistanne L'arc venceu a disputa, ganhando, com isso, um navio completamente novo e com uma tripulação bastante disposta a visitar a deusa Mistanne naquele dia, mas que talvez não soubesse disso ainda. Mas aquele momento mudaria o mundo, pois mudaria Benedict Edgard.

O chicote balançava descontroladamente no navio inimigo. A runa "Lacerar" não funcionava contra as estruturas de metal do navio, mas funcionava muito bem na carne dos inimigos desesperados. Benedict gostava de ter esse tipo de ataque. Ele pulava na frente, balançando o chicote, enquanto a tripulação, atrás dele, atirava as setas de armas que Benedict mesmo havia projetado. Os alvos acertados por aquelas setas ficavam paralisados e cheios de medo, exatamente o que estava inscrito na runa. E aí, o chicote os lacerava. O Forjador ainda inscrevia runas como "Destruição" e "Explosão" ao longo do veículo marítimo de metal e continuava massacrando seus inimigos até que resolvesse voltar ao Terceiro Navio, explodindo o inimigo e toda a tripulação restante no processo. Eram assim os dias preferidos de Benedict Edgard. Sieg Edgard tentaria reprimir o garoto, mas a doença o havia reprimido dois anos antes. E agora o Terceiro Navio rumava à Lirium, pois pretendia fazer uma visita.

Pela primeira vez, ele resolveu usar uma armadura. Inscreveu "Invulnerável" em todos os lugares que podia. Vestiu um capacete que deixava uma pequena parcela do rosto aparente, apenas para fazer uma surpresa. E mesmo de armadura, passou pelos portões quase despercebido e, quando percebido, ignorado, por ser facilmente confundido com os soldados que já moravam no lugar.

"Quem é você?" Disse a mulher sentada ao trono. Ela era bela e alta, seus cabelos presos em um coque pra cima, deixando escapar apenas uma mecha para a frente do rosto. Era ela, a soberana. A líder dos Novaterra observava o rapaz de armadura com suas pernas cruzadas. Usava um vestido longo e preto, assim como seus cabelos.

"Eu não imaginava que a senhora fosse me reconhecer assim, então... permita-me." Benedict retirou seu capacete e surpreendeu a soberana.

"Quem é você?" Pois é com certeza uma surpresa quando você não reconhece uma pessoa que fez todo aquele mistério. O garoto sorriu, irritado e olhou bem no fundo dos olhos da soberana.

"Eu sou o filho que você abandonou, mamãe!" E balançou o chicote na direção do rosto de Linda Novaterra, mãe dele e de Maleth. Eu mencionei alguma cicatriz no rosto de Linda no conto de Maleth?

"Ah, era você? O que está fazendo aqui? Eu pensei que tinha me livrado de você direitinho, mas parece que eu vou ter que sujar as mãos aqui." Eu não mencionei nenhuma cicatriz porque não havia nenhuma cicatriz. A sala se desdobrou para proteger a soberana. "Quantos anos você tem, garoto? Acha que só porque matou meia dúzia de homens que eu mandei para acabar com você, que com isso você tem força pra me agredir? Cresça!" O metal da sala se curvou para deter o chicote e agora se curvava para formar uma armadura negra para Linda. "Você não tem nada." A sala jogou Benedict pra cima com violência. Linda ergueu a mão direita, fazendo com que o metal se contorcesse e arremessasse o garoto de volta ao chão. A armadura dele já tinha se quebrado no elmo, pois ele não teve tempo de ferver o sangue para a runa. Benedict levantou, cambaleando. "O que você sabe sobre ser um forjador?" Fechando a mão, o metal da sala o cobriu, deixando-o imobilizado até a cabeça. "Você não é nada, garoto." A runa "Invulnerável" já estava ligada. O metal desceu, liberando o garoto, que ainda cambaleava. Linda Novaterra estalou os dedos e três novas armaduras, vazias, surgiram. E as três assumiram postura de combate. O garoto, enfurecido, empunhou seu chicote e partiu para o ataque à mãe, mais uma vez. Linda Novaterra segurou o chicote bem firme com a mão esquerda. "Quando você conseguir superar essas armaduras vazias, eu deixo você conversar comigo." Linda Novaterra fez com que o metal de sua armadura negra voltasse à sala, cruzou as pernas novamente e observou a surra que o filho estava levando. Ela sabia, desde o início, que o garoto não tinha chances.

Estava preso em um poste, virado para o mar. Quando abriu os olhos, teve tempo de ver a cena que continuou a mudar muitas vidas. E acabar com dezenas. Linda Novaterra vinha, andando sobre as águas, de um navio que Benedict Edgard reconheceria em qualquer lugar, mas ele estava diferente agora. Estava em chamas e afundando. E o garoto reconheceu, nos olhos da mãe, que ninguém ali havia sobrevivido.

Fez com que um manipulador habilidoso inscrevesse a runa "C", "O", "N", "T", "R", "O", "L", "E" em seus dedos, com o bom preço "Faça ou eu mato você." É normalmente um preço razoável. Conseguiu seus fios de aço e resolveu se tornar mais forte. Foi quando notou a presença de Atlaz Ophara. Ele se surpreendeu com o poder do Fortificador e chegou a pensar que sucumbiria contra a runa "Vencer", tão simples e tão poderosa, mas quando destruiu a runa, retomou o controle da situação. Mas ele não contava com o último ataque. Aquele ataque destruiu o pulmão esquerdo de Benedict e seria errado dizer que não fui um milagre o que salvou Benedict ali, mas ele conseguiu. Depois que se recuperou e pôde voltar a andar, riu por sair vitorioso e vivo, mas temeu o oponente. Anos depois, enfrentara Theo Ophara, que queria se vingar. Benedict não imaginava que este seria tão mais forte que o anterior e pagou uma derrota por isso. Naquele dia, estava convicto de que morreria diante da foice de Theo Ophara, mas o rapaz apenas confirmou que era mais forte e foi embora, deixando Benedict Novaterra, que era como o rapaz dos céus o chamava, no chão, derrotado. O bastardo odiava ser chamado pelo nome que vinha da mãe, mas os cabelos negros o denunciavam a todo tempo. Então o rapaz continuou vagando pelo mundo, sozinho. Até que soube do Herói Prateado. E soube de sua ascendência Novaterra do rapaz. Seu ódio voltou a queimar como nunca, pois finalmente poderia se vingar da mãe.

 

Você consegue imaginar o ódio que Benedict Edgard sentiu quando soube que o irmão que assumiria a liderança da família que ele tanto invejava era Órfão de Magia? Ele logo tratou de caçá-lo e sabia que venceria facilmente. Sua caçada demorou mais tempo do que ele achava que demoraria, mas não importava. Ele poderia chegar perto de finalmente se vingar.

O Forjador realmente se divertia enquanto espancava a esposa de Maleth Novaterra enquanto o Órfão de Magia nada podia fazer. Benedict sabia que o sangue de Maleth corromperia as letras de seus fios, então mantinha o sofrimento do rapaz em ver a esposa sofrer. Quando se cansou de Catarina, moveu sua atenção para Maleth de uma vez. Logo a testa de Maleth sujou-se de sangue, então resolveu formar a palavra "Cortar" e acabar logo com o oponente.

Mas Maleth Novaterra não estava sozinho. O sangue em sua testa não era dele, mas era de Catarina. Era seu sangue fervente. Então Maleth, mesmo gravemente ferido, não desistiu. E tentou cravar sua espada no peito de Benedict, mas ele não era nenhum mestre espadachim e sabemos que o Forjador era mestre com seus fios. Maleth fora derrotado ali, mas aprendera algo importante.

Sua luta contra Josephine e suas quimeras foi divertida. As quimeras e a própria Manipuladora eram um desafio enorme, mas as duas tinham algo que Benedict havia perdido há 14 invernos atrás, junto com um navio que afundou. As duas tinham um coração, então recuaram quando Benedict atacou mais uma vez George Palantres, que jamais voltaria ao normal. Ele era, agora que mencionei, o Dragão Azul, no final do conto de Josephine. Aquele estado de quimerização foi a única coisa que poderia salvar a vida do homem, mas suas memórias foram arruinadas no processo. É a vida. Os dedos quebrados foram tudo o que a família Palantres pôde tirar deles.

E agora, eu sei que é o momento. O momento de finalizar estas histórias e isso não poderia acontecer de outra maneira. O embate final de Maleth Novaterra e Benedict Edgard, ou Novaterra, ou até mesmo Mistanne L'arc. Os dois homens que chegaram à Fonte de Toda a Magia, o Corpo de Lirium. Aquele castelo, fora dos limites do grande Reino de Lirium. Aquele castelo que jamais poderia ser achado se qualquer um resolvesse seguir as dicas da mente estranha de Lirium. Pra que criar um mundo totalmente baseado em runas se as três peças mais importantes dele não podem ser achadas usando-as? Talvez seja exatamente por isso. Seria fácil demais. Seu corpo, a Fonte de Toda a Magia. Sua mente, a Fonte de Toda a Verdade. Seu coração, a Fonte de Toda a Felicidade. E se essas são as fontes, as chaves do mundo, onde está Lirium? Está em todo lugar agora. Aquele castelo era apenas uma das respostas. Você pode achar as peças em qualquer lugar, basta procurar com as ferramentas certas. E Maleth Novaterra encontrou uma delas e convidou Benedict Novaterra, seu último nome, o nome dado a ele por Maleth, para dividí-la com ele. E foi ali que eles lutaram.

 

Passara os últimos quatro anos treinando com aquela maldita espada, incapaz de proteger quem ele mais precisava. Agora Maleth Novaterra compartilhava um pouco do ódio que Benedict Novaterra sentia.

Passara os últimos quatro anos rindo, porque havia tirado algo importante do irmão. Mas ainda não havia conseguido o que ele considerava mais importante. O nome. Mas o conseguiria se aceitasse o convite do irmão de cabelos brancos. O irmão que queria se vingar. O irmão derrotado.

Espada e aço colidiram. Começou. Maleth tomava cuidado com os fios e rebatia-os sempre que podia. Benedict espantava-se com a habilidade do irmão e se concentrava para achar qualquer abertura na defesa, mas o herdeiro tinha realmente ficado bom naquilo. Maleth correu para atrás de algumas pilastras e se escondeu por ali. Logo, Benedict foi ao seu encalço, mas percebeu que já estava cansado. A runa "Controle" em seus dedos estava sendo usada mais do que deveria. Maleth realmente o havia trazido até esse extremo de cansaço físico?

"Maldito!" Benedict gritava enquanto formava a runa "Cortar" com seus fios e dizimava o local. O teto já começava a desabar e o bastardo não conseguia encontrar o herdeiro.

"Não consegue me achar? Você não tá procurando direito!" E Benedict Novaterra viu. "Aqui jaz Benedict Novaterra, o Bastardo". Um grande pedaço do teto caiu, quebrando o piso e revelando uma poderosa luz azul abaixo. Benedict Novaterra caiu. Maleth Novaterra também, mas ele já sabia disso.

"Sabe por que isso deu tão certo, Benedict?" Maleth se levantava, sujo e machucado, dos escombros. À sua direita, chamas azuis gigantescas eram alimentadas por pura magia e, mesmo com tanto poder, não o queimavam. Benedict se levantou, tossindo e um pouco mais machucado que o herdeiro. "Porque você é destrutivo. Você é previsível. E você vai perder." Maleth partiu pra cima do bastardo com tudo, mas foi impedido pelos fios, então teve de recuar. Começou a atirar escombros em Benedict, que teve de usar os fios pra bloquear. Cada vez usava movimentos mais e mais brutos. Estava chegando ao limite e Maleth sabia disso. Esperou Benedict buscar fôlego e partiu pra cima. Benedict sorriu, porque estava fingindo. Maleth mordeu os lábios, pois tinha um plano. E a coragem para colocá-lo em prática.

Os fios já estavam chicoteando Maleth quando o sangue do Órfão de Magia foi derramado em uma quantidade absurda. Porque o plano havia sido posto em prática. Uma adaga na mão esquerda. Uma adaga que cruzava do ombro até o  peito de Maleth, espalhando sangue pra frente. Espirrando sangue em Benedict. Espalhando sangue nas mãos de Benedict. Na runa "Controle". E foi o pior momento da vida do bastardo.

Maleth embainhou a espada e partiu pra cima de Benedict com as mãos nuas, dando-lhe uma surra de verdade. Benedict Novaterra não conseguia revidar o homem que o surrava enquanto tinha um enorme corte no meio do peito! O que movimentava o herdeiro? Pura raiva, pois aquele era o dia. O dia que Maleth mataria pela primeira vez. O herdeiro segurou o bastardo pela camisa e o conduziu até as chamas.

"É aqui que você morre, bastardo! É aqui que termina essa sua vida de merda! Tudo o que você soube fazer na sua vida foi destruir a dos outros! Acha que foi o único rejeitado pela merda da nossa mãe!? Eu vivi naquela casa! E por muito tempo, eu não odiei ninguém lá, pois conhecia a minha condição! Eu sempre soube que um Órfão de Magia como eu jamais poderia honrar a Casa Novaterra! Mas eu não fui uma decepção como você! Eu fui um herói por muito tempo! Eu vivi uma boa vida, Benedict! Até você aparecer e acabar com tudo só porque sua mãe não gostava de você!? Você é só um merda! Você é a pessoa que mais merece morrer!" Maleth, cada vez mais, se aproximava das chamas. As chamas não queimavam, mas Benedict sabia que seu corpo seria totalmente pulverizado se entrasse em contato com aquilo.

"Maleth, eu..." E não disse mais nada além de um grito brevemente apagado. Pois as chamas destruíram completamente o seu corpo, enquanto Maleth o empurrava mais e mais, até que a própria existência de Benedict Novaterra fosse destruída desse mundo. E então, a mulher tomou forma, vinda das chamas. Era uma mulher de corpo atraente, composta completamente das chamas azuis. Suas formas eram, a todo momento, levemente distorcidas pela dança das chamas. Era ela, Rose, a Fonte de Toda a Magia. Era ela também o fim deste conto, porque as deusas não me deixariam continuar a partir daqui.


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