Scripture escrita por XIII


Capítulo 2
A Cientista




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Josephine Palantres viveu uma vida tranquila. Única herdeira da ramificação principal da Casa Palantres, ninguém poderia dizer que Josephine era um prodígio, mas ela também não era nenhuma imbecil. Todos os seus esforços focavam-se em fazer apenas o necessário, mas uma vida tão pacata não daria a ela o título de heroína aqui. Na verdade, a definição de herói neste livro é um pouco diferente da normal. Aqui, leia "herói" como "Aquele que pode mudar o mundo", por isso, pessoas como Benedict Edgard podem receber tal título.

A herdeira dos Palantres recebera o título de heroína porque ela mudou toda a perspectiva sobre as runas de Manipulação. Como? Criando as primeiras quimeras da história. Depois de atingir a maioridade de 15 anos de Vrenna, Josephine Palantres partiu numa jornada, acompanhada pelos guarda-costas George Palantres, seu tio, e Ybrin, sua prima. Foram eles também as primeiras quimeras criadas, ainda que voluntariamente. Diferente do foco da Casa Novaterra, que procurava a Fonte de Toda a Magia e também diferente das atitudes de sua Casa, que eram normalmente a de sempre ajudar os necessitados, Josephine começou sua jornada procurando a Fonte de Toda a Verdade, outra das três grandes Fontes do mundo. A terceira é perseguida pelos Mistanne L'arc desde a sua fundação, a Fonte de Toda a Felicidade. Mas não devemos focar nisso agora.

"Pra onde iremos agora?" Ybrin era 3 verões mais nova que Josephine e a ansiedade de crianças é algo que todos conhecem. Não que ter vivido 15 invernos seja digno de qualquer respeito relacionado à maturidade(não na maior parte dos casos), mas ter 12 verões é ter 12 verões. "Nós iremos até Prisma, minha filha." Prisma era a cidade comandada pelos Mistanne L'arc. Ela pretendia visitar Riseria, principal cidade dos Ophara. A herdeira dos Palantres até poderia ser preguiçosa, mas também era curiosa. Ela queria conhecer as runas utilizadas por uma das maiores casas de Fortificadores e sabia que visitar Altria, Cidade-Fortaleza dos Impetus, não era boa ideia.

Durante três meses, nada de importante aconteceu, de forma alguma. Josephine e George eram bons Manipuladores, mas a jovem Ybrin era excepcional Forjadora e o suporte dado à ela fazia com que os 12 verões dela fossem completamente esquecidos. Caça era um problema de fácil solução para o sabre da criança. Tinha apenas uma simples runa. "Resolva". E assim o sabre fazia. Ele sempre resolvia qualquer problema. Até que a criatura que serviria de base para a criação das quimeras surgisse em suas jornadas.

Era uma criatura que diziam surgir apenas em momentos cruciais, apenas nas Terras dos Céus, dos Ophara. Tinha asas magníficas e o trio levou algum tempo para digerir aquela cena. As asas eram enormes para seu tamanho reduzido, seus dentes enegrecidos pelas chamas que respirava. Sua pele lembrava a cor de areia e seu olhar selvagem procurava uma caça disposta a não correr. Um momento hipnótico envolveu o trio e a criatura. A criatura viu três potenciais caças, contente por perceber que estas não estavam dispostas a correr. George Palantres estava com fome e, embora não soubesse qual era o sabor da carne de um dragonete, ele gostava da caça. Ybrin, sua filha, estava faminta sim, mas de uma boa batalha. Um dragonete seria perfeito pra saciá-la. Josephine estava contente porque o motivo  de sua viagem até Ophara estava bem ali, na sua frente.

A criatura deu um rugido feroz, mas contente. Seria calunioso afirmar que alguém não estava contente ali, mas as razões do dragonete eram as mais naturais. Com uma baforada flamejante, separou o trio. George correu para a esquerda da criatura. Ybrin pulou pra cima do dragonete com o sabre em mãos. Josephine usou o método mais incomum. Empunhando um coelho que encontrara minutos atrás, colocou-o entre ela e as poderosas chamas, inscrito com a runa "Absorver". A pobre e inocente criatura teve de aguentar a poderosa rajada de fogo enquanto sua verdadeira carrasca permanecia protegida, graças à sua carne. Seu sofrimento acabou quando o fogo parou. Ybrin brigava com o dragonete como uma verdadeira gladiadora. Aparava os poderosos golpes das garras da criatura com o sabre "Resolva", rolava para os lados quando as presas do bicho seriam fortes demais para uma simples runa. George demorou para reagir, hipnotizado pela performance selvagem apresentada pela filha e o filhote de dragão. Assim que recobrou a consciência, tentou gritar mais alto que o dragonete e pulou em seu pescoço, desorientando a fera momentaneamente. Ybrin aproveitou o momento para tentar matar a criatura de uma vez por todas, mas o pai foi arremessado prontamente para longe, machucando mais da metade de seus ossos. Foi essa a razão de George ter virado uma das primeiras quimeras. Ybrin disputava força com o dragonete. "Resolva" estava cravado na pata direita da criatura, o que criava um embate interessante. O dragonete tentava prensar Ybrin contra o chão, mas o sabre entraria mais em sua pata e isso seria um grande problema. A jovem garota tentava convencer o dragonete de que esmagá-la contra o chão não era uma boa ideia e estava conseguindo. Foi quando Josephine deixou a preguiça de lado e resolveu agir. Pegou seu grimório com a capa de couro da mochila. Folheou as páginas transparentes e arrancou uma delas. O dragonete percebeu a aproximação e logo tentou atacá-la com a pata que ainda estava boa.

Uma página voou. Ouviu-se um grito estridente e até mesmo George, incapacitado e distante, pôde perceber aquela quantidade absurda de sangue jorrando. Sangue de dragão. O dragonete afastou-se bruscamente, arrastando Ybrin consigo por bons metros, mas ela conseguiu se desvencilhar sem problemas muito grandes. Josephine fervera o sangue e aplicou um tapa normal. Se você parar pra pensar, numa disputa entre a garra de um dragonete e a mão frágil de uma mulher humana, o vencedor é bem óbvio. Mas não naquele simples caso. Entenda que um dragonete como aquele tem no fogo uma parte de sua vida e que seu sangue está sempre quente. Então isso já é certa vantagem para um manipulador, mas é difícil inscrever qualquer coisa numa criatura pronta para reagir como aquela, o que inutiliza a vantagem. Pra essa situação, Josephine estava preparada e merece todos os créditos pela ação. Seu grimório estava repleto de runas, prontas para serem inscritas em qualquer alvo instantaneamente. Combine o poderoso sangue de dragão, sempre fervendo, com o sangue humano fervido apenas para a ativação da runa de Josephine, ambos numa mesma runa "Explosão". Este foi o tapa normal. Um tapa normal que vinha interrompido por uma simples folha de papel transparente, que não era runa enquanto não tocasse na pele de um ser vivo. Era de se esperar que a pata dianteira esquerda do dragonete fosse pelos ares.

A fera rugiu e espalhou fogo pra todos os cantos. As chamas já alcançariam Josephine se não fosse por ela chamando "Ybrin", que foi imediatamente. A mestra logo grudou uma runa "Bloqueio" e outra "Perfeito" nas costas da prima. As chamas nem tocaram nas duas e, caso esteja se perguntando, as chamas também não se aproximaram de George. As runas, combinadas, dizem "Bloqueio Perfeito", e segundo a interpretação de Ybrin, proteger a todos ali era o que significava. Se a runa tivesse seguido a interpretação de Josephine, os resultados poderiam ser um pouco diferentes. Quando as chamas se dissiparam, as duas puderam ver o dragonete batendo asas em retirada. Colando duas runas em Ybrin, a herdeira disse: "Você sabe o que fazer".

Josephine voou acima do dragonete, com seu grimório em mãos. Três páginas foram preparadas cirurgicamente. Ybrin olhava pra cima, ainda com o braço erguido. Nele estavam inscritas as runas "Força" e "Precisão". A jovem nem teve dúvidas e arremessou a mestra com toda a nova força( e precisão) que tinha. Jogadas ao ar, as páginas que continham as palavras "Impacto", "Dor" e "Restringir" se alinharam por um singelo momento. Era o momento calculado. Com um chute, Josephine manteve as páginas no lugar planejado. Dragonetes não entendem o que runas podem fazer, então este apenas pensou que poderia levar a vida de Josephine consigo, em troca da pata destruída. Foi uma pena pra ele.

As runas de "Precisão" seriam mais do que necessárias naquele momento. Nada poderia dar errado naquela cirurgia, mas para Josephine, era apenas uma experiência. Não foi apenas a herdeira quem ficou encarregada desse trabalho. Outros Manipuladores foram responsáveis por dar-lhe suporte. O peito do Paciente Um, George Palantres, estava aberto na mesa de cirurgia. Ele, obviamente, estava sedado. Sangue de um dos cirurgiões ia sendo fervido no corpo, enquanto o mesmo começava uma inscrição. Seria uma inscrição demorada, já que tatuar um coração permanentemente não era tarefa fácil. Segundo Josephine, três runas deveriam estar inscritas ali. "Força", "Regeneração" e a mais importante de todas. Na mesma mesa de cirurgia, as mesmas runas eram inscritas em outras partes do corpo. As runas "Força" e "Regeneração" eram apenas suporte, elas não ficariam ali o tempo todo. Elas apenas estavam ali para que o Paciente Um pudesse aguentar a metamorfose. O mesmo procedimento estava sendo realizado na mesa ao lado, este sendo dirigido pela própria Josephine Palantres. Ybrin Palantres estava sendo transformada também. E a Paciente Dois era muito mais promissora que o antecessor. Jovem, ágil, capaz. A própria Josephine inscreveu no coração da jovem, mas com uma leve diferença. Ela acreditava que as runas de suporte, numa cirurgia como aquela, atrasaria a metamorfose. Ela não poderia ter certeza de nada naquele momento, mas o fez mesmo assim. Inscreveu apenas a runa mais importante. Inscreveu a runa "Dragão". Não tinha como saber naquele momento, mas Josephine estava certa. Infelizmente, para Ybrin Palantres e seus longos momentos de agonia, ela estava certa.

O procedimento fora repetido por semanas. Apenas uma cirurgia como aquela, realizada apenas uma vez, não traria a Josephine o resultado desejado. A herdeira era preguiçosa, mas ela era, acima de tudo, uma pesquisadora. Ela era uma cientista.

Duas criaturas quase humanas saltavam pelos telhados da cidade de Vrenna, testando suas novas capacidades. Uma delas era bem lenta, corpulenta, resmungando que a criatura mais jovem era muito mais veloz. A segunda criatura, com suas escamas vermelhas cobrindo as mãos, as pálpebras e contornando levemente o queixo. Seus caninos protuberantes marcavam o inocente sorriso da criatura, enquanto ela provocava o parente dizendo coisas como "Por que tão devagar?" E também como "Eu consigo dar duas voltas antes de você chegar onde eu tô agora!" Crianças são energéticas. Ybrin Palantres e seu pai, George Palantres, finalmente caminhavam pra fora do laboratório, depois de três meses de ininterruptas cirurgias. Josephine Palantres fitava orgulhosamente sua nova criação. As primeiras quimeras.

Ybrin começou uma brincadeira perigosa. Ela saía, quando todos deveriam estar dormindo. Saía pra caçar. Saía pra testar seu novo poder, coisa que nenhuma garota de 12 verões deveria fazer, mas ela fez. Ela sentia pelo cheiro os lugares que deveria visitar. Bandido algum vê uma garota de 12 verões e enxerga uma ameaça. Mas ela estava com a Resolva em mãos. E nunca havia se sentido tão poderosa antes. Tiros foram disparados, mas ela não daria a mínima. Seus reflexos estavam muito mais que aprimorados. Mesmo com seu tamanho, que ainda aumentaria bastante, ela avançou contra um pescoço, que foi separado do corpo que o mantinha firme em segundos. Ybrin gostou da sensação. Nunca havia matado um humano antes, mas também não deveria nem ter começado. Era só uma criança, mas não existe inocência depois do primeiro assassinato. Todos os outros 17 bandidos ali começaram a sacar suas armas, assustados. O mais próximo logo perdeu a mão que segurava a arma e isso, antes da cabeça do primeiro cair no chão. E a cabeça ainda faria uma viagem diferente. Ybrin chutou a cabeça na direção de outro adversário, o que causou um beijo bizarro. Sons de tiro. Ybrin não era à prova de balas, então recuou. Já fora da taverna que invadira, Ybrin sentiu o próprio sangue jorrar. Havia tomado três tiros. Um no ombro e dois no abdômen. Mas ela também queria testar a regeneração que ganhara na metamorfose. Era lenta, mas faria com que não precisasse receber cuidados médicos ao voltar pra casa. Isso, se voltasse. Mas agora não era hora de se preocupar com isso. Um dos bandidos saiu da taverna à sua procura. Ele seria perfeito pro plano.

O homem voltou, desorientado. Se os outros bandidos soubessem a razão dos gritos dele, há cinco minutos, nem teriam o deixado entrar. Mas ele entrou. E levantou a arma. E puxou o gatilho. Metade deles nem chegou a entender, de imediato, o porquê do líder deles estar caindo, com um buraco vermelho em seu peito. Os outros gritaram e retaliaram. À toa, posso dizer. O corpo manipulado começava a cair, mais foi usado como escudo por breves segundos. E em poucos minutos, todo o grupo estava dizimado. Mas Ybrin queria mais.

Mais um ano sendo a cobaia perfeita, mas Josephine e Ybrin tinham alcançado seus objetivos. Ybrin alcançara seu potencial completo, havendo desistido até mesmo de seu futuro como runadora e abraçando um destino como Órfã de Magia. Seus novos cabelos, brancos e longos, realçavam a sua beleza como quimera. Agora seu queixo e mandíbula mostravam o carmesim de suas escamas. Suas pálpebras eram ainda mais vermelhas. Seus joelhos se adaptaram melhor à sua forma bestial. Seus braços eram brancos apenas acima do antebraço, mas a beleza dela ainda não tinha parado. As asas... As asas vermelhas eram a coisa mais falada em Vrenna. Seu pai, George, não tinha se transformado tanto quanto a filha, mas a admirava, orgulhoso.

"O que você está fazendo na minha cidade, verme dos Mistanne L'arc?" Josephine perguntava, furiosa. Conhecia Maleth Novaterra e sua história. Por ter uma prima que escolheu ser Órfã de Magia, começara a simpatizar com o rapaz. E agora estava vendo o Herói Prateado sangrar, nos portões de Vrenna. Ela não perdoaria isso. "Ybrin, leve o Herói Prateado e sua esposa para dentro e providencie alguém que cuide das feridas deles. Eu e George cuidaremos daqui até você voltar!" Ybrin partiu de prontidão, levando o casal nos braços. Josephine não tirou os olhos do adversário. Também o conhecia. Benedict Mistanne L'arc, adotado pela família do mar. Mas seus cabelos negros e lisos indicavam que seu sangue nada tinha a ver com as águas da deusa Mistanne.

"Cubra-me!" E George logo ficou à frente de Josephine, que começara a inscrever uma runa nas costas da quimera, baseada em seu grimório. "Você acha que eu vou esperar você terminar!?" Benedict gritava, comandando seus fios de aço, prontos pra cortar a carne dos dois Manipuladores dos Palantres. Então você deve imaginar a surpresa do Forjador quando seus fios de aço foram segurados pelas mãos nuas da quimera. George não hesitou em balançar os fios e logo arremessou Benedict com eles. Quatro dos fios de aço saíram do lugar, quebrando os respectivos dedos do Forjador no processo. Rachar a parede na qual foi jogado doeu menos nele. "Maldita quimera! Você não tem vergonha do que fez consigo mesmo!?" Benedict gritava, com os dentes cerrados. George ergueu a mão que ainda segurava os fios e se preparou para chicotear Benedict, mas "Nem pense nisso!" Gritou o homem. Com seis fios, era mais complicado formar as palavras com as quais estava acostumado, mas ele tinha um jeito. Ou achava que tinha.

"Você é ingênuo pra alguém da sua idade, sabia?" Benedict tentou olhar para trás, mas nada viu. E tentou voltar a ter foco na luta, mas também não tinha nada lá. Fora enganado pela Manipuladora. Sua visão não era mais confiável, pelo menos por enquanto. E para um Forjador como ele, não haveria escapatória. Contou os dedos. As letras "C", "O", "N", "T" pertenciam aos dedos quebrados. Ainda tinha as letras "R", "O", "L", "E", mas precisava de um plano. E bolou um.

Depois de ter sua visão prejudicada, Benedict ficou mais calmo e seus fios de aço caíram no chão. Depois de alguns minutos, George resolvera dar um passo à frente. É engraçado como ter se transformado em quimera salvou sua vida naquele momento. Se tivesse recebido os mesmos ataques como humano, teria morrido na hora. Josephine se virou para tentar ajudar o tio, mas os fios logo a alcançariam.

As chamas fizeram com que os fios de aço retrocederem. Ybrin Palantres aparecera, finalmente. Benedict voltara a ficar sorridente. "Agora sim, uma oponente de verdade! Já posso abrir os olhos?" E Benedict, lentamente, abriu os olhos, com nenhuma ilusão à vista. Suor pingava de sua testa e ele arfava, cansado. Estivera fervendo sangue pra tentar dissipar a runa "Visões" de suas costas. Conseguiu. Mas o fato de ter 4 dedos quebrados ainda não mudou e enfrentar a quimera mais poderosa ainda não era favorável. "O que você fez com o meu pai, seu maldito?" Ybrin expirava chamas, furiosa. "O mesmo que eu pretendia fazer com vocês duas, mas parece que ele era mais forte do que parecia e levou quatro dos meus dedos com ele. Eu também devo ter algumas costelas quebradas e alguns ossos fraturados, mas não é como se vocês fossem me deixar fugir agora. Eu só tenho uma vantagem... " E apontou para George, que se esforçava pra levantar, ensanguentado. "Vocês terão que lutar comigo enquanto pensam no tempo de vida desse cara." E Benedict deu um sorriso, triunfante. Sua luta seria contra Ybrin, afinal de contas, a maior criação de Josephine. Ybrin Palantres não poderia estar mais feliz, pois estava enfrentando, finalmente, um oponente à altura. E Josephine Palantres estava maravilhada com o rumo que sua criação tomava.

O Dragão Azul, gigantesco, guardava a Casa Palantres. Ele também era uma das quimeras. A maior de todas. Dizem que sua ira se descontrolou e sua metamorfose evoluiu sem runa alguma. Já fazem anos desde que o Grande Dragão Azul começou a proteger a Casa. Não dá mais pra perguntar agora.

 


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