Obliviate escrita por Downpour


Capítulo 33
Capítulo 33 - Impedimenta




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Capítulo 33 - Impedimenta

 

CAMILLA SCHMIDT



— Ele é um idiota. — falei prontamente de braços cruzados.

Hermione assentiu, enquanto fungava.

— Quero dizer, você é uma garota incrível Mione. Ronald está sendo idiota de ficar lembrando de algo que aconteceu a mais de dois anos atrás. Aliás, eu te acho incrivelmente sortuda por ter beijado Vítor Krum!

— Eu concordo com a Cami, — Gina disse enquanto apoiava sua cabeça no tronco de uma árvore — não acredito que ele está sendo idiota desse jeito.

— Obrigada meninas. — Mione sussurrou limpando seu rosto enquanto abraçava Gina de lado.

Estávamos do lado de fora da escola, as aulas já tinham acabado então estávamos sentadas próximo ao lago, aproveitando o sol do final da tarde enquanto jogávamos conversa fora.

— Ah, Camilla, e o Malfoy?

Por mais incrível que pareça Gina e Hermione me olharam com sorrisos maliciosos.

— Ah não. — resmunguei, escondendo meu rosto nas minhas mãos.

— Hmmm, então aconteceu alguma coisa? — Gina perguntou, se inclinando na minha direção sem disfarçar a curiosidade.

— Nós se beijamos, discutimos, se beijamos de novo e agora ele sumiu. — dei um sorriso irônico, tentando não demonstrar que o sumiço do loiro estava me afetando. Me perguntava se eu tinha feito alguma coisa errada, ou se ele tinha feito alguma coisa errada.

Eu estava confusa.

— E como ele resolveu sumir, estou indo a festa do Slug com o Michael da Lufa-Lufa. — disse com simplismo, surpreendendo as duas.

— Eu acho que é exatamente isso que eu vou fazer. — Hermione sussurrou.

— M-mas eu não estou tentando deixar o Malfoy com ciúmes, — anunciei, por mais que as duas me olhassem incrédulas — só não quero ir para a festa sozinha e bem, ele é bonitinho e legal então…

— Eu não vou te julgar, — Gina disse — acho que o Malfoy merece te ver andando do lado de outro cara. Na verdade, por mim, ele merecia uns bons socos na cara.

Só uns soquinhos? — Hermione exclamou e eu acabei rindo. Por mais que Draco Malfoy não fosse um idiota comigo, ele era um boçal com os meus amigos, isso eu não poderia negar. Justamente por isso eu entendia a raiva que meus amigos tinham dele.

Dei um suspiro desviando o meu olhar para o céu acinzentado, me encolhi conforme a brisa gelada soprava no meu rosto. 

Malfoy tinha sumido já se faziam semanas, tinha ficado tão cansada dessa situação que tinha parado de contar o tempo que eu não o via, embora uma vozinha no fundo da minha mente vivesse me relembrando. 

Tentava passar o meu tempo se ocupando com coisas que realmente valessem meu esforço, quanto mais eu me ocupava menos a minha mente se perdia na parte obscura dos meus pensamentos. Passava meu tempo com a cara enfiada em livros, me matando de estudar para os exames (que ainda estavam distantes) ou até mesmo lendo alguns livros trouxas que a Tia Penelope tinha me emprestado. E por mais incrível que pareça, aqueles livros foram o que realmente conseguiram me animar, e me tirar daquela realidade por um tempo, os romances de Agatha Christie ou até mesmo a velha edição de Orgulho e Preconceito de minha tia conseguiam desviar a minha atenção.

Hermione tinha me pegado lendo Orgulho e Preconceito, e acho que nunca a vi tão feliz, tagarelando sobre o como os bruxos deveriam ler mais a literatura trouxa ou sobre como Jane Austen era uma ótima escritora.

Quando eu não estava lendo perdida em meu próprio mundo, estava cumprindo as detenções que Filch tinha me dado injustamente. Não havia nada mais entediante do que limpar a sala dos troféus e ter que ver o rosto dos meus irmãos nas fotografias do time de quadribol da Sonserina. Era bizarro ver Richard, com o seu rosto perfeitinho, dando um sorriso para a câmera e tombando a sua cabeça para o lado com uma expressão serena. Eram raras as vezes em que ele sorria para mim, na verdade, eram raras as vezes em que nós se comunicávamos. Eu tinha uma ideia que Richard era muito parecido com o meu pai, quase que uma cópia perfeita dele, e talvez fosse exatamente por isso que as poucas palavras que eu trocava com meu irmão fossem xingamentos.

Mas...mesmo assim, ao olhar para aquela foto, eu senti saudade de poder xingá-lo de todos os nomes que eu queria.

Sentia saudade de pedir para Charles me explicar algum conteúdo de História da Magia.

Sentia saudade de dormir abraçada com meu gato, Oreo, na minha cama, na minha casa, no meu quarto.

Eu sentia falta da minha família, e da minha falsa sensação de felicidade.

— Por que você está parada aí? — Filch me tirou dos meus devaneios com a sua voz irritante.

Prendi a minha respiração, dando um sorriso torto para ele, enquanto por dentro eu pensava em mil e uma maneiras de socar aquele rosto repugnante.

— Nada não. — me fiz de sonsa, e tornei a limpar os troféus. Manualmente.

Assim que eu terminei de cumprir a detenção não pude deixar de suspirar aliviada, Filch tinha escolhido aquele horário justamente para me impedir de ver o jogo da Grifinória contra a Sonserina, o que na minha opinião era a mais pura maldade, então decidi ir me lavar e ir para a cama.

Me arrastei pelas escadas e corredores, sentindo meu corpo implorar por descanso. Haviam milhares de pensamentos na minha mente, mas eu não conseguia segurar nenhum deles, me sentia um turbilhão, uma bagunça. Então decidi apenas deitar minha cabeça no meu travesseiro, esperando ter um sono sem sonhos.




(...)




— Você está linda. — Sabrina comentou quando me viu pronta e eu dei um pequeno sorriso. — Acho que não preciso falar que-

— Para tomar cuidado com o Michael? — perguntei enquanto olhava o meu rosto no espelho que estava na cabeceira da minha cama.

Sabrina franziu o cenho.

— Na verdade eu ia te dizer para não beber nada alcoólico, mas isso também serve, Michael pode ser amigo do Ernie, mas não consigo confiar nele. — ela murmurou pensativa se sentando na ponta da minha cama.

Coloquei o espelho no lugar e me virei para minha amiga, ela estava com uma expressão preocupada, o mesmo semblante de Gina e Hermione. Eu odiava esse semblante.

— Eu vou ficar bem, é uma festa do Slughorn, o quê pode dar errado? — ergui uma sobrancelha e o meu argumento pareceu convencê-la.

Bem, mais tarde eu iria descobrir que sim, havia como as coisas darem errado, ainda naquela noite.

— Certo, você está incrível, vai lá e seja incrível. 

— Isso foi inspirador. — fiz uma careta enquanto arrumava o meu vestido, sem conseguir conter uma risada.

— Eu não sou boa em discursos motivadores. — a loira deu risada.

Dei uma última olhada no espelho, meus cabelos estavam soltos, devidamente encaracolados caindo sobre os meus ombros. Meus olhos estavam delineados na cor preta, destacando minha íris castanha, um pouco de sombra prateada coloria as minhas pálpebras enquanto um batom vinho coloria meus lábios.

Meu vestido era lilás e rendado, gostava da forma como ele delineava a minha cintura e era solto na bainha.  Me sentia leve e até mesmo bonita com aquelas roupas, e talvez até um pouco desengonçada com o salto alto preto em meus pés.

Me despedi de Sabrina e saí do Salão Comunal da Corvinal, não me surpreendi ao encontrar Michael parado próximo das escadas.

Bem, Michael Young era simplesmente, lindo.

Não sabia ao certo se falava dos cabelos castanho-escuro que eram levemente encaracolado nas pontas e lhe cobria os olhos, ou talvez de seus olhos que eram de um verde-vivo, ou talvez da pequena covinha em sua bochecha toda vez que ele sorria....

— Você está linda. — ele disse pegando a minha mão.

— Obrigada. — sorri. 

— Espero que Slughorn não se importe com o nosso pequeno atraso.

Incrivelmente, a conversa pareceu fluir entre eu e Michael durante o caminho para a sala do Slughorn, percebi que eu não precisava estar necessariamente bêbada para conseguir ter uma conversa decente com ele. Aparentemente ele estava em seu último ano em Hogwarts, ainda não fazia a mínima ideia de qual carreira escolher e era completamente apaixonado por quadribol.

— Oh, Camilla, Michael, é uma honra tê-los aqui, entrem por favor. — Slughorn nos recebeu à porta de sua sala, que por sinal era enorme e decorada pela cor verde.

— Por Merlin, — sussurrei segurando o braço de Michael — As Esquisitonas estão aqui.

Eu já tinha visto As Esquisitonas algumas vezes, mas sempre fora de longe, era muito estranho estar próximo de celebridades. Mesmo que a minha família fosse considerada nobre, o máximo de contato que eu tinha com pessoas de alto nível eram alguns jornalistas do Profeta Diário, quero dizer, a nojenta Rita Skeeter.

— Eu não esperaria menos do Slughorn. — Michael deu uma risada leve e eu meneei com a cabeça, concordando.

— Camilla! — Hermione exclamou me puxando pelo braço — Vem comigo, por favor.

Olhei para a garota que parecia desesperada - e que tinha aparecido completamente do nada - e alternei meu olhar para Michael, que apenas me deu um sorriso relaxado, como se não tivesse muita pressa.

— Pode ir, irei conversar com oh- Córmaco está logo ali…

Assim que ele pronunciou o nome do garoto, Hermione me puxou pela mão para longe do mesmo.

— Aí, por que você está tão desesperada? — perguntei enquanto pegava uma taça de hidromel oferecida por um elfo doméstico, não demorei muito para dar um gole na bebida. Ah, como eu tinha sentido saudade do álcool. — Relaxe.

— Porque Córmaco não consegue passar dois minutos sem disparar a falar sobre como ele é bom no quadribol! — ela exclamou, fazendo uns gestos com as mãos que eu não conseguia entender.

Dei um pequeno sorriso.

— Mas Mione, talvez ele só esteja tentando puxar assunto…

— Falando sobre como ele é grandioso, e é um jogador incrível…

— Então ele é um narcisista? — perguntei, assim que terminei a minha taça.

— Sim, e ei, porque você já está bebendo? Você acabou de chegar! — Hermione ralhou tentando tomar a taça da minha mão, e soltou uma exclamação frustrada ao perceber que eu já tinha esvaziado a mesma. — Mas vocês não tem jeito mesmo!

Dei risada, colocando minhas mãos nos ombros dela.

— Relaxa, você está em uma festa Mione. Pessoas bebem. E quanto ao Córmaco, o que você pretende fazer?

Hermione arregalou os olhos, como se tivesse se lembrado da existência do garoto.

— Vou tentar despistar ele o resto da festa. Sabe, eu deveria ter vindo com outro cara, Zacarias Smith talvez…

Franzi meu cenho, aproveitando a distração dela para pegar outra dose de hidromel.

— Zacarias Smith? Mas os meninos não se dão muito bem com ele…

Estreitei meus olhos ao perceber um pequeno rubor nas bochechas da minha amiga.

— Você está tentando deixar Ronald com ciúmes, porque ele estava aos beijos com aquela menina que eu não sei o no-

— Lilá! — ela exclamou irritada, cruzando os braços por cima do vestido cor de rosa.

— Isso, — analisei — por quê você não joga na lata logo? Rony é extremamente lerdo quando se trata de mulheres.

Hermione suspirou, desviando o olhar com certo receio.

— Não é porque você teve coragem de chegar nele no terceiro ano que eu vou fazer a mesma coisa, Ronald tem sido um completo idiota comigo. — ela sussurrou, e apesar de todo o barulho da multidão animada, eu consegui ouvir o que ela falava.

— Ei, você é incrível Mione, de verdade-

— Oh, a senhorita deve ser Camilla Schmidt! — uma mulher com semblante familiar interrompeu nossa conversa para me dar um aperto de mão — Eu sou Janice Edwing, Elisabeth era a minha superior no Profeta Diário. Realmente sinto muito pela sua perda, Elisabeth era uma mulher incrível, ela era uma inspiração para nascidos trouxa como eu., sabe, nós defendemos a mesma causa. Posso ver muito dela em você.

Olhei para Hermione e para mulher tentando conter uma careta, não fazia a mínima ideia de quem aquela mulher era e definitivamente não queria ouvi-la falar sobre a minha mãe.

Forcei um sorriso e uma expressão amigável.

— Oh, sério? Mamãe sempre falou muito bem de seus colegas no Profeta Diário.

Mentira, minha mãe apesar de amar jornalismo, estava desgastada do ambiente de trabalho, mas mesmo assim ela sempre tratava todos ao seu redor muito bem.

— É mesmo? Sua mãe comentou de mim? Ela era realmente uma inspiração-

— Oh não, ele está vindo. — Hermione exclamou com os olhos arregalados e me puxou pelo braço multidão afora.

Quis abraçar Hermione por ter me tirado dali, a última coisa que eu queria era falar com estranhos sobre a minha família, ou a falta dela.

— Camilla! — Harry me acolheu com um sorriso, ao lado dele estava Luna Lovegood que me cumprimentou com um sorriso sonhador.

— Olá, como vocês vão? — dei um pequeno sorriso, e quando fui me dar conta Hermione já tinha sumido da minha vista.

— Ah, você está aí. — Michael deu um pequeno sorriso de canto, e enlaçou seu braço no meu, me puxando para a roda de conversa com Slughorn e Snape.

Que estranho ver o Professor Snape em uma festa, pensei enquanto tomava a minha...quarta ou quinta dose seguida de hidromel naquela noite.

Dei um pequeno sorriso olhando para Michael, era ótimo a forma em que ele tinha deixado de lado a vergonha que eu passei quando estava bêbada. Ele não me parecia ser um cara de todo ruim como Sabrina pensava que era, na verdade ele só parecia não estar atrás de nada sério.

— Estava me observando? — ele sussurrou assim que percebeu que eu estava o olhando com certa curiosidade.

— Talvez. — dei um sorriso doce.

Michael pegou meu copo de hidromel e deu um gole.

— Acho que você deveria dar uma pausa. — disse se referindo a bebida, e eu fiz uma careta, contudo acabei por concordar com ele. Não queria voltar alterada para o meu dormitório, embora naquele momento eu estivesse longe de estar sóbria.

Estava tão distraída conversando com Michael que só fui voltar a minha atenção para a roda de conversa quando ouvi a voz repugnante de Filch. Me virei com uma sobrancelha erguida, e levei um susto, Draco Malfoy estava ali.

Olhando diretamente para mim.

Não sabia descrever ao certo o que eu via no olhar dele, era uma mistura de raiva, decepção e...fraqueza?

Naquela noite em especial, Malfoy parecia estar doente.

Quase que automaticamente eu me desvencilhei de Michael, surpresa demais para poder raciocinar alguma coisa. Desde quando ele tinha sido convidado para a festa?

Demorou algum tempo para eu perceber que ele tinha entrado como penetra na festa e que Slughorn tinha permitido sua estadia, eu só perguntava por quê?

— Afinal, eu conheci seu avô…

Ele começou a falar apressado a Slughorn sobre seu avô, tentando puxar o saco do professor, e tentando a todo custo não olhar nos meus olhos.

Michael deu um pequeno sorriso, tentando não demonstrar seu desconforto com a minha reação, e sutilmente colocou sua mão no meu ombro.

Estava tão distraída que nem conseguia perceber o que ele estava fazendo, só conseguia pensar em como Malfoy estava me evitando de propósito. Eu não tinha feito nada errado, ele só estava fazendo aquilo por pura birra então? Ou ele tinha se tocado de que eu tinha o sangue sujo e não queria ser visto comigo?

Senti raiva de mim mesma, por se importar com o que se passava na mente dele. Por se importar com ele.

— Eu vou pegar um pouco de ar, pode terminar a minha dose por mim. — dei um beijo na bochecha de Michael e me retirei da sala de Slughorn abraçando o meu próprio corpo, sentindo a brisa fria da noite bater na minha pele.

Comecei a andar sem rumo pelos corredores, sem me importar que Filch poderia me parar a qualquer momento, disposto a dobrar as minhas detenções. Eu realmente não me importava.

Minha mente estava um caos, muito barulhenta, muito pesada.

— Meu Deus, eu sou uma idiota. Uma completa idiota. — sussurrei limpando algumas lágrimas com as costas da mão. Tinha que começar a ter controle das minhas emoções, sentia que estava surtando aos pouquinhos.

Parei, por alguns momentos.

Idealizei algo bom na minha mente, contei até dez, inspirei, respirei e repeti o processo por pelo menos três vezes.

Agora a minha respiração já parecia estar voltando ao normal e as lágrimas já tinham secado, sentia que já estava um pouco melhor. Me virei e em passos lentos tornei a me dirigir para a sala de Slughorn novamente, só não esperava ser surpreendida pela figura de um Draco Malfoy furioso. Ele parecia ter acabado de discutir com alguém, porque seus olhos já estavam faiscando antes de seu olhar cair sobre mim.

— O quê você está fazendo aqui? Veio rir de mim? — ele quase gritou e eu fiquei parada, o olhando inexpressiva.

— Ah é claro, até porque sou eu que passei os últimos seis anos da minha vida atormentando qualquer pessoa que não fosse da minha casa. — respondi tranquilamente encostando a minha cabeça na parede.

Agora não era eu que estava prestes a surtar.

— Você poderia parar? Pare de agir como se soubesse de tudo só porque todo mundo vive falando por aí que você é tão inteligente! — o rosto dele estava vermelho. 

— Malfoy, que eu saiba, foi você a pessoa que disse que nós deveríamos parar de brigar. Por quê você não segue a sua agenda de continuar fingindo que eu não existo?

— Eu estou fingindo que você não existe? — ele apontou para o próprio peito indignado — Foi você que apareceu com aquele lufano nojento do nada na festa do Slughorn.

— PORQUE VOCÊ SUMIU MALFOY! — gritei, sentindo a minha paciência se esvair, sentindo o álcool fazer efeito — Você sumiu por mais de um mês, o que você esperava que eu fizesse? Fosse a festa sozinha? 

— QUAL O PROBLEMA DE IR PARA A PORRA DA FESTA SOZINHA? PARA BEBER DE NO-

— PARA DE AGIR COMO SE VOCÊ FOSSE O MEU PAI! — berrei, sentindo meus olhos começarem a lacrimejar — Eu não preciso de nenhum homem, muito menos você, me dizendo o que fazer ou não. Caralho, eu não sei o que tinha na minha cabeça quando eu te beijei.

Aquela frase pareceu ser a gota d'água para ele.

— Isso, — disse em um tom de voz baixo, acentuando o como ele sentia raiva — por quê você não volta para a porra daquela festa e enfia a sua língua na boca dele?

— Você não tem moral nenhuma para me falar isso!

— Eu não tenho moral? Porra, foi você que foi a primeira a sair enfiando a sua lín-

— EU NÃO BEIJEI ELE MALFOY! — gritei e então parei para respirar fundo — Eu não beijei ele, mas estou vendo que ter te beijado foi um erro.

Me virei de costas para ele, incapaz de continuar aquela discussão, eu me recusava a chorar na frente daquele idiota. Assim que eu percebi que ele andava atrás de mim, me virei com um olhar ameaçador.

— Não tente me seguir.

— Camilla — ele murmurou com um semblante entristecido.

Impedimenta.


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