Obliviate escrita por Downpour


Capítulo 1
Capítulo 1 - She forget all these memories


Notas iniciais do capítulo

Olá, muito obrigada por ter clicado nessa fic
Obliviate é uma fanfic de minha autoria que acaba de ser restaurada da minha lixeira rs (se flopar foi meu cachorro que postou), resolvi reescrever a história e dar uma mudada no roteiro, caso eu resolver alterar algo de última hora na fanfic irei sempre alertar vocês nas notas finais. Bem, o shipp central da fic é Draco x Camilla, que é uma OC de minha criação, mas quero avisar logo de começo que o romance dos dois vai demorar para se desenrolar visto que como é dito na sinopse, Camilla perdeu todas as suas memórias sobre o Draco.
Tentarei ao máximo não romantizar o Draco, visto que ele é um personagem incompreendido e esnobe, mas devo dizer também que ele sempre vai tratar a Camilla diferente dos demais por ele se recordar dela em sua infância, então ele vai sempre tentar ser maleável.
Outra coisa importante é que todos os capítulos narrados pela Camilla serão em primeira pessoa e indicados com o nome dela em negrito. Quando outros personagens forem narrar, o capítulo será indicado com o nome do tal personagem em negrito e a narração será feita em terceira pessoa.
Espero que vocês gostem dessa fic, e por favorzinho, deixem seus comentários/favorito, eu adorarei saber o que estão achando da estória. ♥



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Capítulo 1 - She forget all these memories



CAMILLA SCHMIDT




— Por quê não vai dar uma volta com o seu pai? — minha mãe perguntou, dando um breve sorriso adorável, seu nome era Elisabeth Jones, acho que o mais me marcava nela eram seus olhos esverdeados que se assemelhavam a um par de esmeraldas brilhantes.

Concordei, apenas meneando com a cabeça e segui meu pai até a porta de casa.

Robert Schmidt, era seu nome. Devo dizer que não havia muito que eu sabia sobre ele, apenas que era um homem de extrema importância por ter um cargo de renome no Ministério da Magia. Ele vinha de uma família de sangue nobre, ou puro-sangue, lembrava-me de sempre o ouvir falar como gostaria que todos os seus filhos fossem para a Sonserina.

Por muito tempo este foi o meu sonho, ser da Sonserina.

Como era a caçula da família, sentia que não recebia tanta atenção quanto os meus irmãos, e sinceramente, eu recebia nenhuma atenção do meu pai durante a infância. Com os meus pais sempre trabalhando e meus irmãos sempre ocupados, minha infância fora bem solitária, passava boa parte do meu tempo com meu gato Oreo ou conversando com o elfo da família, Quinn.

Talvez seja por isso que eu ansiava orgulhar meu pai, sempre clamando pela atenção dele, e consequentemente falhando de forma miserável.

— Não vejo porque levar Camilla comigo. — Robert disse duramente, contudo minha mãe apenas o ignorou lhe lançando um último olhar.

Olhei para meu pai cheia de expectativa, ele apenas segurou meu braço e aparatou. Sem mais nem menos.

Quando abri meus olhos, estava jogada no chão sujo de madeira de um lugar que eu não reconhecia. Me levantei sentindo um pouco de dor, e depois de receber um olhar desgostoso de meu pai, limpei minhas vestes apressada.

— Pai, o que estamos fazendo aqui? O quê é esse lugar? — olhei curiosa ao meu redor, era uma pequena construção empoeirada cheia de bruxos sentados rindo e conversando, definitivamente era um pub.

Quis torcer o meu nariz por conta do cheiro de pó, ou pelo barulho, mas apenas fiquei em silêncio em meu canto. Gostava de passar o tempo com o meu pai, então estava fazendo um esforço para me animar, visto que ele sempre estava muito ocupado com o seu trabalho no Ministério da Magia.

— Pai, eu não gosto daqui. — murmurei depois de receber um olhar estranho de uma mulher sentada não muito longe de nós. Robert apenas me olhou sem expressão, sem paciência para me advertir, coisa que ele sempre fazia. Ele se sentou em uma mesa em um ponto mais isolado, e eu apenas o imitei.

Era a caçula de uma família com dois meninos, um deles já havia ingressado na escola sendo assim eu ficava boa parte do meu tempo sozinha em casa tendo aulas particulares me preparando para quando fosse a minha vez. Meus irmãos, Charles e Richard eram o orgulho do meu pai, os dois tinham ido para a Sonserina, antiga casa dele. Por isso eu ansiava pelo momento que eu pisasse naquela escola, porque queria orgulha-lo da mesma forma que meus irmãos, eu queria ser Sonserina.

Diferente do meu pai, minha mãe, Elisabeth, fora da Corvinal, diziam que ela era uma das moças mais inteligentes de seu ano além de ser incrivelmente bonita e gentil.

— Este lugar fede. — murmurei torcendo o nariz, esperando que ele me respondesse, contudo sua atenção estava voltada para outra coisa. Na verdade ele tinha parado de olhar para mim, olhando para um homem de cabelos loiros quase platinados com vestes bruxas.

Foi como se minha mente tivesse feito um click, agora fazia sentido ele ter me levado para um pub idiota e fedido, para encontrar um bruxo.

Bufei de ódio, sentindo as lágrimas de raiva se formarem enquanto meu queixo tremia. Quando ele ia me dar atenção e me tratar como sua filha de verdade? Até onde eu sabia, meus irmãos nunca tiveram de implorar por atenção em momento algum.

— Robert. — o homem de cabelos platinados sentou-se à mesa.

— Lucius. — meu acenou com a cabeça com um tom de voz amargo, então quer dizer que meu pai conhecia aquele homem estranho?

— Você tá bem? —  um garoto loiro apareceu na minha frente, seus enormes olhos cinzas me fitavam curiosos, pelas suas vestes pude perceber que ele também era bruxo. Logo presumi que ele era filho do homem qual meu pai tinha parado para conversar, já que eles eram bem parecidos.

— Lógico que estou! — rebati com grosseria e o garoto deu de ombros.

— Você tá chorando. —  o menino falou e eu sequei as lágrimas bruscamente com as costas da mão, odiava que outras pessoas me vissem chorando ainda mais quando eram desconhecidos.

— Não tô não. — falei cruzando os braços com teimosia em um gesto infantil e o garoto deu risada. —  Não é pra rir! — exclamei frustrada.

Aquilo só fez ele rir mais ainda, e apesar de ele ter uma risada contagiante, eu queria muito acertar um soco em seu rosto perfeito.

— Você é engraçada, garota. —  ele secou uma lágrima de tanto rir e eu chutei seu pé.

Quem aquele idiota pensava que era?

Enquanto eu discutia com o garoto loiro que eu não fazia a mínima ideia de quem fosse, meu pai estava muito mais ocupado em discutir com o homem à sua frente. E por mais que eu estivesse irritada, não pude deixar de perceber que meu pai também não estava muito contente com o desandar da conversa com o homem.

— Não entendi o que você quer aqui, Lucius. Por favor, seja direto, tenho mais o que fazer.

O homem loiro apenas riu, mas não fora um riso de felicidade, era um riso cheio de sarcasmo e tinha até certa raiva contida.

— Da mesma forma que eu te ajudei anos atrás, eu quero o meu favor de volta, Robert. — seus olhos faíscavam, ele também não queria estar ali, tendo aquela conversa —  Irei realizar uma aliança com você, ambos iremos nos beneficiar. Acredite em mim, irei conseguir um cargo de influência no Ministério e logo o indicarei.

— Com qual garantia?

O homem revirou os olhos.

— Faça o que eu digo, aceite a aliança. Assim que terminar, e nos dois conseguirmos o que queremos, será como nada tivesse acontecido. — Lucius contava o que tinha planejado — Ambos teremos cargos altíssimos....Estou sendo bom contigo, acredite…

Enquanto os dois discutiam negócios, eu estava prestes a matar aquele garoto.

—  Eu não sou engraçada! —  falei com infantilidade o fuzilando com o olhar.

—  Claro que é. — ele provocou.

—  Não sou não.

—  É sim!

—  Cala a boca. — exclamei ficando cada vez mais irritada com aquela criatura.

—  Não vou calar.

—  Eu te odeio. — murmurei desviando o olhar para meu pai, que conversava em tom baixo, ignorando completamente a minha birra.

—  Você é engraçada. —  ele repetiu, voltando a rir enquanto eu bufava. —  Sou Draco Malfoy e você?

Mostrei a língua pro garoto, mais infantil do que aquilo, impossível.

—  Alguém que não te interessa! — respondi com superioridade e o loiro apenas rolou os olhos.

—  Milla! —  ouvi meu pai exclamar. —  Seja mais educada com Draco.

—  Ele é um chato. —  falei fazendo birra e meu pai suspirou voltando a falar com o homem.

— Perdoe-me Lucius, Camilla está meio irritada por não ter dormido bem ontem.

Mentira. Quis dizer mas fiquei calada, estava irritada porque ele não me dava atenção. Ele conseguia dar atenção pra todos os meus irmãos, menos pra mim. Ele era um péssimo pai.

—  Eu quero ir embora. —  falei e meu pai me olhou furioso, mandando-me calar a boca.

—  Pai eu posso levar a minha amiga pra comprar feijõezinhos? —  Malfoy falou e Lucius assentiu.

Franzi o meu cenho completamente incrédula, de onde aquela criatura loira tinha inventado que nós éramos amigos?

—  Vamos. —  Draco me puxou pelo braço, e eu acabei cedendo após receber um olhar cortante de meu pai, preferia andar com aquele garoto irritante do que ficar naquele lugar por mais tempo.

Cruzei os meus braços emburrada enquanto andava ao lado do menino que tinha acabado de conhecer.

—  Ele é o pior pai que existe! —  soltei nervosamente e de alguma forma, Draco me olhou com compreensão.

—  Meu pai também é um saco. — ele segredou.

— Jura? —  arregalei os olhos e o loiro concordou.

— Ele nunca fica comigo. — disse fazendo uma careta não muito feliz.

— O meu também. —  falei bufando.

—  Bem vinda ao clube então.

—  Que clube? — ergui a minha sobrancelha.

— O clube de “Detestamos Pais Chatos”, DPC, o quê acha? — ele sorriu.

Eu sorri cúmplice para ele.

—  Podia ser melhor, mas eu aceito.





~•~




Com o passar do tempo eu e Draco Malfoy realmente nos tornamos amigos, visto que meu pai tinha alguma ligação com Lucius Malfoy sempre o recebendo para jantares em casa com alguns outros homens esquisitos. De alguma forma, minha amizade com ele me fez deixar de lado a certa rejeição que eu tinha do meu pai.

Nós vivíamos indo ao Beco Diagonal para comprar diversos tipos de doces bruxos e espionar os calouros de Hogwarts indo comprar materiais escolares, Draco me fez prometer que iríamos para a escola juntos.

    — Meu sonho é ser da Sonserina. — disse com um meio sorriso, e o Malfoy sorriu dizendo que ele compartilhava do mesmo sonho.

    Passamos dias e tardes juntos, me lembrava claramente do dia que ele tinha me ensinado a voar em uma vassoura que seu pai tinha comprado e eu quase tinha destruído o jardim dos Malfoy.

    Acabamos por passar bons anos juntos, coisa que eu não trocaria por nada.

—  Onde Draco está? —  perguntei para Lucius. Eu estava um pouco mais crescida nessa época, usava um vestido azul marinho e um pequeno salto. Tinha uns onze anos, era finalmente o ano em que nós dois iríamos juntos para Hogwarts como planejávamos.

—  Ele já está vindo. —  Lucius falou mexendo em seu bolso com um pequeno sorriso assustador em seu rosto.

Dei de ombros, não me importaria de esperar alguns minutos, então me sentei em um divã na sala de estar. Naquele dia nós dois iríamos voar no jardim de minha casa, para testarmos uma vassoura que meu pai tinha comprado para um dos meus irmãos que tinha acabado de ingressar no time de Quadribol da Sonserina.

Fui surpreendida quando o homem estendeu sua varinha, apontando-a diretamente para mim.

— Não será você que vai mudar o destino do meu filho. — ele disse com um certo tom de desprezo.

Não conseguia raciocinar o que estava acontecendo ali naquele momento, mas sabia que estava com muito medo. Lucius Malfoy nunca fora alguém que eu acharia muito confiável, na realidade ele era assustador.

Mudar o destino? Do que ele estava falando?

—  Ahn? Senhor Malfoy, do que o senhor está falando? — perguntei, tentando lentamente me movimentar no sofá, afim de sair correndo para a porta de entrada da casa.

—  Obliviate. — fora tudo que saiu de seus lábios, e eu pude apenas vislumbrar um feixe esverdeado —  Nunca mais volte a se meter no caminho de meu filho.


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