SOMBRAS - A Armadilha da Rainha escrita por GabihS


Capítulo 16
Capítulo 14 - Fazer o dia mais longo




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Quando o sol estava saindo de seu esconderijo noturno, Alex e Andrew já estavam de pé a cerca de uma hora. Um alarme estrondoso soou dentro de seu quarto, até que se levantassem da cama, às quatro horas da manhã. Não somente um alarme, mas sim uma sirene, quase como se o objetivo fosse estourar seus tímpanos. Havia começado em uma altura baixa, mas conforme eles se remexiam na cama, negando-se a desistir de seu tão preciso sono, começou a aumentar, até se tornar insuportável.  

No quadro digital em suas paredes, um horário surgiu. Indicando quanto tempo teriam para se preparar, antes que suas aulas começassem. 

Quando Preston disse que para alcançarem os demais, eles deveriam se empenhar acima do necessário, ele não estava apenas usando um estimulo. Ele realmente se referia a levantar quase três horas antes dos demais. Para se preparar física e intelectualmente.  

Preston os esperava na sala de simulações em que estiveram no dia anterior. Sua postura era impaciente, conforme os irmãos adentraram a sala com cinco minutos de atraso. O sono e o cansaço estavam estampados em seus rostos, mesmo depois de tomar um banho e comer algo no refeitório, mas isso não era problema dele, e ele fez questão de deixar aquilo bem esclarecido.  

— Eu não tenho obrigação de perder meu tempo com vocês. – Ele começou. – Caso não saibam, são vocês quem não têm o necessário para estar nas aulas que vocês assistirão em algumas horas. – Preston não elevava seu tom voz, mas havia desgosto nela. – A culpa não foi de vocês, mas agora o resultado é.  

Dito isso, os alongamentos começaram, seguidos de corridas pela área ao redor da sala de simulações. Depois uma simulação arrasadora. Daquela vez, lutaram contra uma Quimera. Que Preston esclareceu como sendo filha de Equidna, a mãe dos monstros. A Quimera tem o dom de se transformar na junção animalesca no que mais aterrorizaria sua presa, deixando-a abalada de mais para lutar. Justamente por isso, uma Quimera podia ser também uma anomalia humana, não apenas animal.  

Na simulação eles veriam coisas diferentes, mas do lado de fora, ela seria o que seu instinto escolhesse.  

Na simulação, a Quimera era mesmo uma mistura de animais. Ela apareceu para Andrew como uma imensa aranha, com uma cabeça de serpente, assim como sua calda, esticando-se para atacá-lo. Suas patas possuíam unhas afiadas, como as pertencentes a um tigre.  

Alex por sua vez enxergou uma cabeça de leão com corpo de cabra e uma calda de serpente, com uma cabeça com grandes presas em sua boca.  

Aquela, era a visão mais conhecida dentre os mitos. Normalmente, aparecia para aqueles que não possuíam uma única junção do que os poderia aterrorizar.  

Quando Preston disse aquilo em voz alta, Alex não conseguiu compreender se era uma coisa boa ou não, ter uma opinião não formada do que a aterrorizaria mais.  

Depois de pouco mais de uma hora de treinamento físico, Andrew e Alexandra sentiam todos os músculos de seus corpos protestando, pedindo para um fim aquele tamanho esforço repentino. Mas eles teriam que resistir, porque Preston já os guiava pelo enorme campus, até o Centro de Formações. 

Por mais estranho que parecesse, alguns alunos já estavam de pé, mesmo que as aulas começassem apenas pouco menos de duas horas. Três deles estavam dispersos pelo campus, olhando intrigados para os novatos e seu instrutor. Eles tinham livros em mãos. 

Ao passarem pelas portas de madeira, reconheceram o local, por onde saíram no dia anterior, para acessar o campus. No entanto, logo viraram em um corredor à esquerda. Havia tapeçarias penduradas nas paredes. Aproximadamente umas dez, de diversas cores, marcas e origens, continuando ao virarem a sua direita.  

Percebendo o olhar repentino de curiosidade no rosto de Alex, Preston explicou. – Assim como o Olimpo, a Afira muda de país para país, continente para continente, conforme os tempos mudam. No momento estão aqui nos Estados Unidos, e somente eles e os deuses sabem quando mudarão novamente, até porque eles mudam, quando os deuses mudam. Essas tapeçarias são suvenires dos lugares onde Afira já esteve localizada. Digamos que os representantes são sentimentais. Moldam nossa personalidade, acho que seria estranho se não fossem.  

Antes que ela pudesse perguntar de onde cada uma vinha, eles viraram à direita novamente, deparando-se com a sala de onde entraram pela primeira vez. Hérnia, a mulher que escoltara seus irmãos até seu destino estava entrando no escritório.  

Andrew a chamou, com o intuito de obter alguma informação sobre o paradeiro de seus irmãos, mas ela o ignorou, fechando a porta atrás de si. Alex percebeu que ela estava muito preocupada com o homem que a esperava dentro da sala. Sem compartilhar suas observações com os outros dois que a acompanhavam, eles seguiram caminho, até chegarem na mesma área que foram predestinados em seu primeiro tourA central de todo aquele prédio. Lá já era visível um real movimento, havia seis pessoas reunidas. 

— Os monstros não esperam você acordar. – Foi o único comentário de Preston enquanto os guiava para seu ponto de parada, a sala que se expandia daquilo, com os tatames e armas à disposição. – A sala de Vitral. – Ele anunciou.  

— Achei que você tivesse dito que nosso treinamento físico já tinha acabado. – Andrew comentou, enquanto seu instrutor pegava três bastões de treino. Ele tentava não parecer esperançoso, ou cansado.  

— E acabou – Preston já se posicionava em uma das bordas do tatame central. Com um aceno de cabeça ele indicou o lado oposto para que Andrew se aproximasse. – A parte que envolve o sobrenatural.  

Aquelas palavras se encaixavam perfeitamente para o contexto usado, mas na cabeça de Andrew tudo o que o rodeava nos últimos dois dias fazia parte do desconhecido e surreal, se ele pudesse opinar.  

— Pode esclarecer? – Alexandra pediu, como se lesse os pensamentos de seu irmão.  

— Uma coisa que vocês precisam entender é que nesse mundo, há paz. – Ele disse aquelas palavras com uma escolha cuidadosa. – Mas ela é sempre temporária.  

— Isso não é uma iguaria apenas do seu mundo. Por toda parte temos paz temporária. – Alex disse com ironia. Ela sentia que Preston não apenas tentava ensina-los, como também gozava deles, em pequenos intervalos.  

— Eu apenas acho que nossa iguaria sejam os poderes de destruição envolvidos. Ou caso não tenha percebido, podemos causar, sozinhos, mais estrago do que um exército.  

Os dois se encaravam violentamente. Preston era seu professor, e Alex nunca havia questionado a autoridade de um até aquele momento. Andrew sabia disso e por esse mesmo motivo ficou sem reação, parado em meio aos dois.  

A posição de Preston era mais complicada. Ele sabia que todos os sinais o mostravam que Alex seria aquela que o traria problemas, mas algo, em como ela ficava parada de frente para ele sem nem mesmo pestanejar, fazia-o lembrar de si mesmo, anos antes.  

— Como eu ia dizendo. – Ele continuou. Desta vez voltando seu olhar para Andrew, que esperava parado a sua frente, sem saber exatamente o que fazer com os braços. Estava efetivamente desconfortável, o que deixou seu instrutor um pouco mais satisfeito. – Em nosso mundo, vocês poderão sempre se deparar com alguém, que aprove o lado inimigo. Isso não é raro ou até mesmo incomum, na verdade acontece com uma imensa frequência. – Preston tinha recuperado seu tom sério de costume. – E agora, em especial, nós contamos com um número menor de aliados. Por isso, não é só essencial vocês saberem como matar um vampiro, minotauro ou um ciclope, mas é também essencial saber como matar um dos seus. – Aquilo era duro de dizer, mesmo com a repetição ao longo dos tempos. - Não apenas aliados, como também impuros, subs e semideuses. Todos eles são inimigos em potencial em uma batalha. Até mesmo os sangue normais.  

Alex adoraria que aquelas palavras não a tivessem causado tamanho choque. Se o número de aliados estava regredindo, como poderiam matar uns aos outros? Como poderiam simplesmente apunhalar um deles pelas costas?  

— Vocês têm que aprender a como serem mais rápidos, ágeis. Esquivar, atacar. Reflexos ligados a todo instante. Uma piscada pode ser a diferença entre vida e morte. – Preston prosseguiu, lançando um dos bastões Bo para Alex e outro para Andrew. Os dois conseguiram pega-los no ar, mas desajeitadamente. – Por isso, é meu dever ensiná-los a como entrar em uma luta com eles e sair dela com vida.  

Preston começou a movimentar seu bastão, indo devagar no início, para que Andrew pudesse se defender, quando o bastão chegou a centímetros de seu rosto, primeiro pela esquerda, depois pela direita e então pela esquerda novamente.  

— Seus instintos de batalha os ajudarão, mas para isso, é preciso que eles sejam despertados. – Ele falava e atacava Andrew com cada vez mais vigor. Sem pestanejar em nenhum movimento. – Na simulação que fizeram com seus irmãos, Andrew, você foi o primeiro a se conectar com seu angape. Você pôde sentir a ação dele em seu organismo. – Ele avançava mais, tentando acertar por cima, por baixo e pelos lados. – Sua força, é como um músculo. É necessário prática, mantê-lo aquecido.  

Não era esforço nenhum para Preston, embora seu discurso o estivesse deixando envolto pela adrenalina do momento, assim como o efeito que uma boa luta sempre tinha sobre ele. Andrew por outro lado, dava todo o possível para se defender, dando até mesmo alguns passos para trás, para se afastar de seu agressor/instrutor.  

— Seu angape é a sua ligação, sim, mas tudo aquilo está dentro de você. Tudo o que tem que fazer é deixar que saia. Imagine toda aquela energia que eu sei que você sentiu, saindo. Atacando seu oponente.  

Alex estava pasma com a destreza de ambos. Andrew não estava ciente, mas ele e Preston quase se moviam com a mesma agilidade. Era impressionante, quase como se não houvesse nenhum grande esforço no ato, algo natural ao se defender. Os bastões se cruzavam no ar, ao redor deles e entre eles. O único som no local, eram suas respirações e os choques entre as madeiras.  

Andrew era quase tão grande quanto o homem a sua frente, mas ainda assim, tudo o que vinha a sua mente era que estava prestes a ser golpeado e logo nocauteado. Seu rosto se contorcia em preocupação e esforço conforme tentava prever onde o bastão na mão de seu oponente tentaria atingi-lo novamente. Todas as suas reações eram quase sustos em resposta. Era impossível imaginar e refletir sobre o poder saindo de seu corpo. Ele sentiu falta do basquete. Em como sempre sabia para que lado girar com a bola, e marcar um ponto.  

— Visualize. – Preston orientou mais uma vez.  

Andrew olhou para Alex, sem conseguir evitar um pedido de socorro. E em seguida, foi como um pequeno lampejo ao ver o sorriso preocupado da irmã, um flash que surgiu em sua mente. Izzie. Ela sorrindo, ao entrar em seu quarto, não apenas uma, mas diversas vezes. E então veio esse aperto em seu peito, que era uma dor e ao mesmo tempo, também uma saudade da alegria.  

E então ele entendeu. O fato de que tudo aquilo era sobre não pensar. Não pensar em como e onde Preston o golpearia. E fazendo valer seu último golpe, ele acertou em cheio o bastão de Preston, especulando onde ele estaria no próximo momento.  

Mesmo prestando atenção em toda a disputa, Alex ainda foi pega de surpresa, pelo alto estalo e pela metade do bastão que caiu ao chão, sem soar, graças ao tatame.  

A metade do bastão de Preston.  

— Mas o que...? – Andrew murmurou, olhando fixamente para o chão, onde a metade do bastão estava.  

Preston também olhava para ele, mas não com o mesmo olhar de espanto de Andrew. Ou de admiração de Alex. Mas sim com um olhar curioso e um tanto analítico.  

— Talvez isso não de tanto trabalho quanto eu temia. – Ele estendeu a mão para Andrew, que sem reação a sacudiu. - Alexandra. – Preston chamou, tirando-a de seus devaneios. – Sua vez.  

Ele girou seu bastão, indicando o espaço, em que antes seu irmão estava. O olhar de seu instrutor, em sua direção, era duvidoso, como se as habilidades que Alexandra havia demonstrado até o momento não fossem nada. Com isso, um peso se alojou em seu estômago. Não era a primeira vez que ela entraria em um tatame, para uma competição de luta corpo-a-corpo, mas naquele momento, com os olhos questionadores de Preston sobre ela, os métodos que ela conhecia pareceram obsoletos. Nem de longe os melhores.  

Se forçando a andar em direção ao seu oponente, Alex ignorou o nó em sua garganta. E o suor de suas mãos, enquanto segurava o bastão. Por conta disso, seu maior medo se concretizou: não conseguir acessar seus instintos.  

Preston começou sua luta com Alex do mesmo modo que a anterior. Lentamente. Ele fazia investidas e ataques leves. Isso diminuiu o nervosismo que ela sentia até instantes atrás. Sua confiança começou a retornar. Andrew, do lado de fora da luta, não conseguia evitar um sorriso de canto sentindo uma pontada de orgulho pelo desempenho de sua irmã mais nova.  

Alexandra, não tinha mais receio em investir contra seu instrutor. Seu ego estava voltando ao que era antes. Seu orgulho próprio sobre todas as outras vitórias em outros tatames. Era aquele o seu lugar. Como o de Izzie era em uma loja de departamento de roupas e sapatos. Se esquivar, avançar e investir, eram as coisas que Alexandra sabia fazer, e não importava quantas outras realidades paralelas existissem ainda.  

— Não importa o quanto saiba lutar. – Preston começou a dizer, aumentando a agilidade e força de seus golpes. – Existirá sempre alguém melhor do que você. - Aquilo queria dizer que ele era melhor do que ela. Andrew percebeu no seu tom de voz. Alex também e nenhum deles realmente queria saber se o próprio instrutor sabia.  

Foi quando Preston pulou contra Alex. Foi um salto inesperado e para se defender, por conta da surpresa, Alex se ajoelhou e ergueu seu bastão a tempo de bloquear a investida, que acabaria acertando seu rosto, em apenas mais um milésimo de segundo. O choque da metade do bastão de Preston contra o dela, causou um espanto em Andrew, enquanto assistia. Ele se sobressaltou, preocupado. Os dois bastões, estavam a cerca de três milímetros do rosto de Alex.  

Ela estava ofegante e assustada. Por mais que quisesse negar isso a si mesma e a todos que pudessem estar assistindo. Seus olhos estavam arregalados, com tamanha pressão e precisão da investida imprevisível. Seus músculos estavam tensionados, ainda segurando o bastão de seu oponente contra o seu.  

Dando mais pressão contra sua aluna, Preston voltou a falar. – Em uma situação, onde seu oponente está obviamente em vantagem... – Mais pressão. Alex estava se inclinando cada vez mais próxima do chão. – O que se pode fazer para que a sua vida não acabe neste momento? – A voz dele estava ficando mais baixa, penetrante e hostis. Notou até mesmo certo sarcasmo.  

Alex sentiu um arrepio subir-lhe a espinha. Ela sabia que precisava pensar. Precisava achar uma saída tática para aquilo. Usar o ambiente a seu favor. Mas não havia nada ao seu redor que pudesse lhe servir. - O que você procura não está ao seu redor. – Preston instruiu, falando tão baixo, ao ponto de que até mesmo Alex ouvisse apenas um murmúrio. – Está em você... E você sabe disso. – A última frase soou provocativa e ela sabia que era proposital.  

A preocupação começou a se afastar de seu ser, dando lugar a raiva. Ela tinha sim algo a provar para aquele homem. Ele podia achar que ela não poderia lidar com ele, mas ela podia. Sentia isso.  

— Quando não se tem uma saída... Acho que o ideal pode realmente ser apenas se entregar e se deixar ser eliminado. – Havia decepção na voz dele. Quase como se estivesse admitindo o que já sabia que Alexandra escolheria como seu próprio final.  

O mais fácil. Desistir.  

Alexandra não prestou atenção, apenas bloqueou as palavras de seu instrutor. Mas não pode evitar se abalar quando seu irmão gritou.  

— Alex. – A voz de Andrew invadiu seus tímpanos, trazendo-a de volta a realidade. 

Preston estava prestes a golpeá-la quando ela soube o que fazer.  

Imitando o golpe que ele mesmo aplicara contra ela em seu primeiro dia na sala de simulações, ela deslizou seu pé pelo tatame, usando o corpo de Preston contra ele mesmo. Com seu bastão ela bloqueou levemente o golpe original dele, com uma precisão que a surpreendeu. Alex aproveitou e impulsionou seu instrutor mais para trás, deixando-o tombar contra o chão. Antes que ele pudesse reagir novamente, ela posicionou seu bastão firmemente sobre seu peito. E se segurou o máximo possível para não levar o punho fechado contra seu rosto. 

Seus ouvidos zumbiam, e a sensação em seu corpo comprovava o que Preston dizia sobre sentirEla sentia. Era uma nova parte dela. A mesma sensação que sentiu na sala de simulações, mas com muito mais intensidade. Chegou a assustá-la.  

— Finalmente. – Preston disse, empurrando o bastão para longe de seu peito, com apenas dois dedos.  

Quando ele se colocou de pé, diversos passos invadiram o ambiente. As pessoas entravam na sala central. O horário principal já havia se iniciado.  

— Creio que o dia de hoje foi produtivo. – Ele continuou dizendo. – No entanto a parte teórica fica por conta de vocês. Se seguirem o corredor. – Ele indicou um corredor único, porém largo, logo atrás de si, no final da sala, ao lado oposto da parede do vitral. – Encontrarão uma sala de estudos, a direita, um pouca antes da escadaria. Lá na mesa, há uma grande pilha de livros clássicos de ensino histórico. — Era óbvio a troca de mitológico por histórico. – Leiam para que suas aulas da grade, não fiquem sem sentido.  

Uma voz alta chamou a atenção de supostos alunos, dispersos pela sala central. Um outro instrutor.  

Os irmãos Daddrien se apressaram pelo corredor a sua frente. Havia estudos a sua espera e mesmo supondo que a escola toda já deveria estar sabendo da chegada dos irmãos que foram mantidos em segredo, não gostariam de ouvir os sussurros e receber os olhares curiosos, além do necessário.  


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