Histórias Cruzadas escrita por Milena Corrêa, Ayhenyc


Capítulo 16
Capítulo XVI


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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— O que tudo isso, – mostrou a carta. – significa? – murmurou com a voz embargada.

Harry comprimiu os lábios, não sabia o que dizer a garota, então, aproximou-se em silêncio, Charlotte atenta a cada movimento seu, manteve os olhos fixos no rapaz.

— Charlotte. – chamou-a, sentando-se perto da garota. – Isso, – apontou para a carta. – é o que o venho tentando te contar faz algum tempo...

— Como assim? – franziu o cenho. – Contar o quê? – encarou-o com cara de poucos amigos.

Harry mordeu o lábio inferior, pensando em como começar a contar-lhe tudo, podia sentir os olhos da garota pousados fixamente em sua direção.

— Dois dias antes da morte de seu avô, ele me chamou no quarto para me pedir um favor, – parou um pouco. – ele pediu que te contasse aquilo que não teve coragem de te dizer.

— Eu continuo sem entender nada! – afirmou ríspida.

Harry não deu muita importância ao comentário e continuou a falar:

— Seu avô não entrou em detalhes, apenas pediu que eu fizesse esse favor a ele, pois ele temia por sua vida. – engoliu em seco. – Ele me entregou uma carta, – apontou para a outra carta que continuava sobre o livro. – foi através desta carta que tomei a minha decisão. – parou de falar, mas continuou com o olhar fixo nos olhos da garota. – Disse ao seu avô que faria o que ele tinha me pedido, então, ele me entregou esta carta, – apontou para a carta que estava nas dela. – e me pediu que entregasse a você.

— Mas, qual o porquê, – desviou o olhar. – disso tudo?

— Bom... – coçou a nuca. – Isso é um pouco complicado. – a encarou. – Como te disse, seu avô não entrou em detalhes, apenas deixou por escrito onde encontrar as resposta.

— E onde encontro as respostas? – indagou curiosa.

— No livro que está em seu colo.

Charlotte olhou para o livro pensativa, como aquele livro poderia dar-lhe as respostas. Observou o rapaz a poucos metros, o qual havia ido colocar mais gravetos na fogueira. Estava em dúvida se poderia confiar nele ou não, na verdade não sabia o que fazer, estava confusa demais para pensar em alguma coisa. Guardou a carta no envelope, colocou onde estavam e fechou o livro. Precisava de um tempo para pensar.

Caminhou até a margem do riacho, tirou os tênis e as meias colocando os pés dentro da água, ficou brincando com a água. Ainda era dia, provavelmente não eram mais que 03:00 horas da tarde.

Harry sentou-se perto da fogueira, havia tirado os tênis ensopados e agora cutucava a fogueira com um dos gravetos. Havia acendido a fogueira com a intensão de secar as roupas molhas pela água do riacho que perpassava pelo túnel.

O sol raiava no céu, mas, poucos raios chegavam ao solodevido a densidão das árvores. Em breve aquele local ficaria frio e escuro. Iriam precisar de muitos gravetos para manter a fogueira acesa por um bom tempo.

Harry estava preocupado com a garota, não sabia o que se passava em sua mente naquele momento, temia que a ela não acreditasse no que lhe dissera. O rapaz havia tirado o casaco para vestir a camiseta, depois seguiu até o riacho:

— Tire sua camiseta e coloque o casaco. – entregou o casaco. – Vou pegar mais gravetos.

Observou-o até sumir por entre o verde da mata, olhou para o casaco em suas mãos, depois para sua camiseta ainda um pouco úmida, então, fez a troca. Charlotte colocou seus tênis junto aos de Harry, foi nesse momento que percebeu que ele tinha saído descalço, estendeu sua camiseta naquele mesmo galho, onde antes, havia colocado o casaco de Harry. Ao sentar-se próxima a fogueira, notou que o mesmo tinha trazido as frutas e a mochila para perto.

Comeu mais algumas frutinhas, enquanto pensava se lia ou não o livro. Por fim resolveu lê-lo, não tinha nada a perder mesmo.

Com o livro aberto, mudou de ideia assim, que viu a outra carta, decidindo lê-la primeiro:

Harry

Meu bom jovem, como pode ver, estou velho e ainda por cima moribundo, não sei mais quanto tempo viverei... Mas de uma coisa sei bem, preciso de sua ajuda, na verdade a vida de Charlotte depende da sua escolha, mas não quero lhe obrigar a nada, só estou sendo sincero. Então lhe peço encarecidamente continue o que eu não consegui... Faça aquilo que não tive forças e muito menos coragem!

Na biblioteca tem uma escrivania e nela uma gaveta com chave, dentro desta gaveta tem um livro. Neste livro contém todos os relatos de todas as que tiveram que cumprir esta missão, mas que por algum motivo fracassaram.

A chave está dentro da quimera.

Joseph


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