Buscando A Luz - fase 2 escrita por JackieLima


Capítulo 4
4 Trabalhando pra esquecer




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Enfiei a cara no trabalho, me dediquei de corpo e alma a minha residência, pegava todos os plantões extras que apareciam, me proibi de pensar nela, evitava tudo que me lembrava de uma certa ruiva, ja faziam 5 meses que eu não colocava os pés na toca, vovó ja estava me ameaçando de morte, mas eu colocava a culpa no trabalho, pra tentar encobrir a minha dor de cotovelo. O natal se aproximava e com isso meu medo de encontrá-la e colocar a perder todo meu esforço pra esquece-la, a quem eu queria enganar, o meu amor por ela continuava forte e isso me consumia, pensar nela morando com aquele trasgo durante todo esse tempo tirava o meu sono, quando eu conseguiria me curar? Porque ate hoje ninguem  criou uma poçao para desapaixonar. Hoje é sexta feira, a ultima sexta de novembro,  estou saindo do Hospital, cansaço me define, sem muito esforço recuso o convite de alguns colegas de esticar ate um bar bruxo no beco diagonal, chego em casa e ja posso ver os indícios do natal, Dona Gina tem andado ocupada, quando entro em casa ouço vozes alteradas na sala de estar, vou contando os passos e vejo meus padrinhos bastante agitados e meu velho vermelho como um tomate, vejo tambem Scorpion sentado no canto da sala totalmente acuado, minha mãe com uma carta nas mãos que parecia de Hogwarts, pergunto sem muito interesse:

— Boa noite familia, tudo bem? - Todos me olham  como  vissem um fantasma, ate que minha madrinha vem ao meu encontro.

— Óh James, que saudades...- recebo aquele abraço apertado da Tia Hermione, então me dei conta de como estava com saudades dos meus padrinhos e primos, meu padrinho tambem me puxa pra um abraço e volto a perguntar - Esta tudo bem?

— Depende do que você entende por bem. - responde Dona Gina exasperada.

—Acabamos de receber uma carta de Hogwarts, nos informando que Lily saiu do Castelo escondida para passar a noite na casa dos gritos com Scorpion.- respondeu meu pai.

— O que? Perguntei, olhando pro Scorpion, sentindo minhas orelhas latejarem, esse mequetrefe com minha irmãzinha. - Como você pode Scorpion? De repente Scorpion se levantou muito irriitado e me respodeu.

—Pelo menos eu tive a coragem que você, não teve James, eu amo  Lily, fui aceito num curso de aperfeiçoamento para aurores de Elite, eu precisava falar com ela, dizer que a amo, são 6 meses de reclusão e eu não seguiria seu exemplo jamais. - O silêncio na sala era cortante e aquela resposta me acertou como um soco no queixo, abaixei minha cabeça e me dirigi ao meu quarto. Afinal de contas ele tinha razão. 

Entrei em meu quarto e as vozes na sala pareciam mais calmas, tirei minha roupa e entrei no chuveiro, agua quente me ajuda a relaxar, ficou um bom tempo desfrutando desse pequeno prazer, quando ouço o pio de uma coruja, sexta a noite, mais uma carta dela chegando, saiu do chuveiro lentamente, toda sexta é a mesma coisa, abro a janela, a coruja deixa a carta e se vai, eu pego a carta e coloco dentro de uma caixa junto de todas as outras que ela enviou e eu nem sequer abri, tomo minha poçao pra uma noite sem sonhos.  Mais umas semanas se pasaram e estamos na semana do Natal, chego em casa apos um dia cansativo e enconto Vovó e Vovô me esperando, ela vem ao meu encontro com uma agilidade felina surpreendente pra sua idade e me envolve em seu abraço de urso.

—James James James, viemos ate aqui para vê-lo e intima-lo a estar na Toca para o Natal, nao aceitaremos nenhuma  desculpa - disse minha avó - Tomei liberdade de pedir a seu padrinho que você não  esteja escalado nos dias 24 e 25 e seu padrinho atendeu ao meu pedido, então viemos ate aqui para avisa-lo pessoalmente. - Eu fiquei estatico e so ouvia as risadas do meus pais e avos, assenti em silêncio  e logo eles partiram, via lareira.

— Isso só pode ser um complô...- pensei alto.

— Todos sentem sua falta meu filho, você se isolou e so sabe trabalhar, sabemos que vc recebe cartas dela toda semana, mas nao responde. - disse minha mãe 

 - Definitivamente estou sofrendo um complô. - respondi apatico e meu pai deu tapinhas em meu ombro de forma solidária.

Chegamos ao dia 24 véspera de natal, logo cedo fomos a toca e ja estavam todos la, fui recebido como se estivesse voltando da guerra, sentia mas falta deles do que supunha, andei pelo quintal e sentei a beira do lago, respirei fundo e fechei os olhos, quando abri, meu padrinhos estavam sentados ao meu lado.

— Você desistiu dela? -   perguntou minha madrinha.

— Ela mora com ele, não ha nada que eu possa fazer.

— Não mora, foi tudo um mal entendido, mas você, nao leu as cartas e ela esta muito magoada. - completou meu padrinho, analisei a informação e senti uma quentura nas orelhas.

—Vocês precisam conversar e esclarecer tudo. - Ouvi a voz da minha mãe e senti as maõs do meu pai em meu ombros, solidário aos meus conflitos. 

— Ela não virá essa noite, mas amanhã logo cedo ela estara na toca, conversem se resolvam...- minha madrinha concluiu, e fiquei sozinhos novamente, repetindo mentalmente a informação.

 O restante do dia fluiu e conversamos, jogamos quadribol, eu to enferrujado, jantamos todos nos recolhemos, mas eu estava ansioso demais pra dormir, ja passava das 4 da manhã, quando desci silenciosamente e sentei na cadeira próximo a janela no cantinho da sala observando o céu e a neve que caia leve, de repente senti braços passarem pela minhas costas e se cruzarem sobre meu peito, aquele perfume que habitava meus sonhos não  consegui dizer nada, ela tampouco disse alguma coisa, ficamos assim pelo que me pareceu uma eternidade e ela se foi, o dia ja estava amanhecendo.


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