Pequenos Contos escrita por Tah Madeira


Capítulo 15
Descobertas(Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou bem rápido... Sim eu mesma.

Promessa feita e aqui está o capítulo que contém o que tanto pediram... Não vou dar spoiler... Vá ler...

Boa leitura...



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Não aguentei mais ler, era dor demais, deixo que as lágrimas lavar meu rosto e uns bons minutos se passam, então entro em casa, precisava vê-la.



 

Ela estava sentada na penteadeira, escovando os cabelos, aqueles fios que eu tanto amava ver soltos e que a deixava ainda mais bela, fiquei um tempo na porta apenas olhando admirando, naquele momento ainda  sem acreditar em tudo o que eu havia descoberto, naqueles pedaços de papéis amassados, eu sabia o quanto Julieta sofreu no seu primeiro casamento, sabia pelo pouco que ela revelou em uma noite, a tempos atrás, foi uma tortura vê-la desabafar o que sofreu, e não poder fazer nada, ela contou por cima eu vi em seus olhos o quanto aquele assunto ainda a machucava, agora  saber nos mínimos detalhes, saber em poucas linhas a imensidão do quanto ela sofreu, foi humilhada, violentada e psicologicamente abalada, era demais, doía demais, a admirava cada vez mais, amava mais ainda, tem vontade de ir até o túmulo de Osório e o matar de novo, quantas vezes fossem necessárias para findar esse ódio que tem, essa raiva que estava sentindo, por ele ter feito o que fez a ela.

Ao lembrar de alguns detalhes daqueles  breves relatos, lágrimas teimosas caem, uma fungada para cessar o choro faz Julieta enfim notar sua presença.

—Oi, meu amor— ela se vira, sorrindo, mas parou ao olhar melhor o seu rosto— Aurélio? —  ela enruga a testa, confusa com a fisionomia dele — O que houve? — limpei o rosto e terminei de entrar no quarto, fechei a porta, Julieta acompanha cada movimento meu, a escova fica esquecida em sua mão, logo em seguida vai ao chão quando ela se levanta.— Aurélio?

— Eu já disse o quanto eu te amo e te admiro? —sorrio, e dou dois passos ficando em frente a ela, a vejo suspirar aliviada, assim como eu, seria impossível relacionar a menina das cartas com a mulher a sua frente, mas era ela.

— Bom—  apoia suas mãos em meus ombros, com uma mão a segurei pela cintura, a outra queima em meu bolso junto com aqueles pedaços de papéis que falam de sua dor, de uma vida que não parecia pertencer a mulher do últimos meses, que sorria alegremente, as vezes do nada.— Sobre o “eu te amo” você falou quando descemos para jantar, isso tem poucas horas, agora sobre a “me admirar” acho que o senhor estava fazendo isso ao ficar parado na porta um bom tempo, estou certa?— e sou agraciado com mais um de seus belos sorrisos, e de certa acalma o meu coração.

— Está certíssima minha amada— a beijo na bochecha, e a abraço ou tento com apenas um braço, Julieta passa os braços por meu pescoço, ficamos uns segundos assim, quando ela pensa em se soltar de mim, detenho o seu movimento passando o outro braço em seu corpo e a detenho em um abraço forte com os dois braços, deixando as cartas um pouco de lado.

— O que houve meu amor? — ela diz baixinho no meu ouvido, alisando a minha nuca— Você está me deixando preocupada.— ela tenta se afastar mais uma vez de mim, mas não permito não quero falar do que fiz e descobri, não neste momento.

— Só mais um pouco— digo em seu ouvido beijando seu pescoço, roçando a minha barba, sabendo que ela vai rir da sensação, e é o que ela faz, caminho com ela ainda colada em mim e me sento na poltrona que tem no quarto, ela senta em meu colo, de lado, passa a mão em meus cabelos,  descanso a cabeça em seu ombro, seguro sua mão esquerda e vejo a nossa aliança, quatros meses desde a nosso casamento, beijo sua mão, ela sorri com o gesto, entrelaço nossos dedos, julieta tem traços tão delicados, a mão pequena sobre a minha grande, sua pele tão macia, não posso deixar de pensar na menina que ela foi e no que essa menina sofreu, dando espaço para ela se tornar a mulher que ela precisou criar  para poder sobreviver, lembro de um trecho dos seus escritos "Já não posso mais tocar piano, nem se eu quisesse, Osório diz que a música, assim como a leitura, são coisas fúteis, e como tais não são necessárias, há faixas em meus dedos, após ele fechar a tampa do piano sobre minhas mãos, pouco a pouco ele vai tirando as coisas de mim" beijo cada um de seus dedos, sinto o seu olhar confuso sobre mim,  mas nada diz, meu beijo sobe devagar pelo seu braço, parando em seu ombro, contorno com meu dedo a pequena cicatriz de meia-lua que há ali, lembro que quando em uma noite, nós dois nus entre  os lençóis questionei sobre aquela marca "O que foi isso, meu amor" ela sorriu tristemente e me respondeu "Não lembro, de certo fiz quando era pequena" esqueci logo sobre aquilo pois ela roubou meu raciocínio subindo em meu colo me beijando, nos amamos mais uma vez naquela noite, uma lágrima minha cai sobre sua pele, deixo um beijo suave, pois agora eu sabia a verdade sobre a cicatriz, ela escreveu sobre aquilo "A pequena Mercedes quem conseguiu tirar o vidro que ficou alojado em meu ombro, por sorte o corte não foi  grande, mas faria tudo de novo para proteger a menina da ira de Osório”. Meu rosto para na curva de seu pescoço permito que minha cabeça descanse um pouco, respiro o seu perfume, mas Julieta se encontra impaciente e senta para ficar de frente para mim, uma perna em cada lado do meu corpo, indagando com o olhar o que estava acontecendo.

— Por favor, me diga o que está acontecendo— uma mão em cada lado do meu rosto, firmando o meu olhar para ela, não deixando nenhuma fuga para mim, mesmo se eu quisesse eu não poderia deixar de olhá-la, ajeitei  seu cabelo e mais um pedaço de sua história vem até mim "Olho para os meus fios sem vida no chão, não tenho coragem de olhar no espelho, por um minuto eu  segurei a tesoura com força em minha mão, ameaçando-o, Osório se volta para mim e debochou perguntando se eu teria coragem, eu gostaria de ter tido, mas Camilo chorou no quarto ao lado e me trouxe para a realidade, se algo acontecesse comigo, o que seria do meu filho?"

—Você é tão bonita, sempre foi, sempre será não importa a cor que vista, as cicatrizes que carrega, a forma como seu cabelo está — vou dizendo aproximando mais meu rosto do dela, por fim bem perto do seus lábios reafirmo mais uma vez — Para mim será sempre linda, eu te amo, amo todas as Julietas que você carrega, todas que trouxeram você para mim, amo cada pedaço seu— já não choro mais, pois ela quem está emocionada.

A beijo, toquei  os seus lábios o mais delicado que consigo, com o respeito que ela merece, ela abre um pouco mais a boca, permitindo o meu contato, minha mão sem eu perceber já se encontra em sua nuca, a puxando mais para mim, quando meus dedos enrolaram em seus cabelos ela grunhiu baixo, eu faço o mesmo quando sua língua entra em contato com  minha, desencadeando uma onda de desejo, mas não só carnal, não só pele, é desejo de apagar as dores que ela teve, os horrores que viveu, mesmo que tenhamos nos amando antes, e quase que diariamente, queria dar mais a ela aquela noite, a ajeito mais sobre as minhas pernas, seus dedos começam a abrir os botões da minha camisa, beijo o seu pescoço, e ela para o que faz ao inclinar a cabeça para trás me dando acesso ao seu colo, sei o quanto ela gosta que eu a beije por aquela região, o quanto é sensível ali, vou lentamente, seu queixo, pescoço, de um lado a outro, cheirando beijando, e vez ou outra leves chupões marcado levemente sua pele, desço um pouco mais, sua unha aperta meu ombro, seu peito estufa, desço um pouquinho mais entre as curvas de seus seios, o decote da camisola permite sem que eu precise tirá-la, respiro e paro, ela olha para mim, deixo escapar um sorriso ao ver o quão vermelha está e ainda nem fiz nada, beijo um seio por cima do tecido, sentindo o bico ficar enrijecido,  sinto sua mão meu cabelo segurando firme deixando claro que não quer que eu saia dali, meu dedos sobem por seu braço, percebe os pelos ficarem arrepiados, puxei a alça da camisola, expondo um seio o sugando forte, um gemido escapa de seu lábios, sua unha cravou mais forte em minha pele, ergo um pouco o olhar enquanto libero o outro seio e o seguro na mão, aperto o suficiente para que ela feche mais os olhos mordendo seu lábio inferior, sua respiração fica mais irregular quando comecei a sugar mais forte o seio que tenho na boca, a trago mais para mim, sua mão consegue entrar por dentro a minha camisa e arranhar minhas costas, seus gemidos ficam mais altos quando minhas mãos percorrem o seu corpo, o espaço ali começa a ficar pequeno demais, em um ímpeto levanto com ela ainda em meu colo, fazendo ela tomar um susto.

— Aurélio — diz rouca em meu ouvido. Sento na cama, com ela ainda me colo, suas pernas circundam em volta do meu quadril, tiro meus sapatos e meias sem ver, ao mesmo tempo que o poucos botões  que estavam fechado em minha camisa são rompidos pelo puxão que ela dá, jogando a camisa em um canto qualquer— Desculpas — a ouço dizer timidamente, sorrindo voltei a traçar beijos por seu pescoço, até chegar em sua boca, a beijando vou deitando ela na cama, fico entre suas pernas, sinto suas pequenas mão descendo em minhas costas, arranhando de leve, parando na minha cintura, bem rende ao começo da calça, ido lentamente para os botões, abrindo rápido, meu membro pulsou mais forte ao sentir seu contato delicado, ainda vestido.

— Julieta — digo gemendo seu nome ao sentir seu toque firme em mim, seus dedos o apertando, encostei minha testa na dela, respirando com dificuldade, não era um gesto novo dela, durante os últimos tempo ela pouco a pouco  foi se soltando, ousando mais em nossas noites de amor, mas mesmo assim eu não deixava de sentir um arrepio quando ela tocava em mim intimamente como naquele momento, permito receber por uns minutos seus toques, um leve vai e vem— Se continuar assim, não vou conseguir segurar— fala baixo, mas sei que ela ouviu, pois ouço sua risada fraca, que foi abafada quando ela apertou mais e eu gemi mais alto seu nome— Julieta.

Vou baixando meus beijos, até chegar em seu seios, o chupando mais forte, sabendo que irá ficar uma marca, ela arqueia as costas e perdi os seus toques pois ela desfruta de minhas carícias, fui baixando mais e mais meus beijos, saboreando o seu corpo na medida que vou terminando de retirar a camisola que inutilmente cobre pouco do seu corpo, junto arrasto sua peça íntima a deixando nua em minha frente, observo que ela tem os olhos fechados, certas coisas não mudam e ela em um primeiro momento sempre fazia isso, aproveito para tirar rapidamente o que resta das minhas roupas, ficando como ela, Julieta estende a mão para mim, para que eu vá e me encaixar entre suas pernas, mas a surpreendo e a puxei, fazendo-a ficar sentada, que sem eu esperar se senta em meu colo, colocando as pernas em volta de mim, sem tocar nossas intimidades, me beija, passa os braços em volta do meu pescoço, ao mesmo tempo que a suspendo um pouco, e lentamente vou nos  encaixando, entrando nela, um novo gemido escapa dos nossos lábios ao mesmo tempo, fico parado esperando, sempre espero por ela, que espalma uma mão em minhas costa, a outra em meu ombro, ganhando impulso e subindo, descendo, tão devagar, fazendo uma doce tortura,faz uma duas, na quinta vez já não tenho mais controle, seguro em sua cintura para ajudar em seus movimentos e vamos mais rápido, só há o barulho da cama mexendo no ritmo dos nossos corpos, junto com os gemidos abafados por beijos que vez ou outra trocamos, sinto seus dente de leve em meu ombro, sei que chegou ao seu limite e mesmo assim não parei com os movimentos, quero dar mais a ela, mesmo que eu não tenha chegado lá, ela encosta a testa na minha respirando com dificuldade, paro com os movimentos sem sair de dentro dela, para mim era um prazer maior vê-la assim tão entregue, tão satisfeita, corpo suado e marcado pelo desejo, pelo amor, era só isso que ela deveria ter e eu era sortudo por proporcionar isso a ela,  sua respiração vai aos poucos voltando ao normal, abre os olhos e sorri ao me ver, há suor em seu rosto, ela passa os dedos em mim, acho que tentando limpar o meu suor, segura em meus cabelos e vai deitando na cama, me puxando, sem desencaixar nossos corpos, sem pressa volto a me movimentar, indo lento e profundamente, uma das pernas dela praticamente me prende mais a ela, assim como seus braços que me apertam forte, ouço baixinho ela pedir “mais rápido, mais forte” era o que precisava e assim eu faço, suas unhas cravam na minha pele, marcando fundo, enquanto ela arqueia as costas e eu me derramo dentro dela, o silêncio paira entre nós, nossas respirações vão normalizando, repouso a minha cabeça em seu colo, recebo um beijo nos meus cabelos assim como afago em minhas costas.

— Eu te amo Julieta— digo segundos depois ao sair de dentro dela, deitando ao seu lado.


 

Senti algo diferente antes mesmo de abrir os olhos, demorei a entender que era a falta do corpo de Julieta sobre o meu, por mais leve que ela fosse, era assim que eu vinha acordando nos últimos meses, com ela sobre mim, minhas mãos em volta do seu corpo, mesmo que um do meus braços amanhecesse dormente, não trocaria por nada, era pouco por dormir com ela aconchegada em mim, mesmo assim de olhos fechados estico o braço para o outro lado e encontro o vazio, apenas seu travesseiro, abraço ele sentindo o  seu cheiro, perfume esse que está em mim, perco uns segundos pensando em nossa noite, em como fomos dormir corpos cansados, mas satisfeitos, anestesiados pela a noite de amor, a troca de carinhos, um sorriso no rosto,, Julieta estava praticamente ressoando quando a ajeitei sobre mim, quando no meio de uma frase seus olhos fecharam e não abriu mais.

Levantei apenas  para constatar o óbvio, ela não estava no quarto, e pelo silêncio nem no banheiro,  tomei um banho rápido, para quem sabe assim desfrutar mais da companhia dela no café da manhã, antes que eu vá para a fazenda vizinha, cuidar de um cavalo que estava no meio de um tratamento e  que Julieta se enfie no escritório. Ao sair do banheiro reparei que as nossas roupas , que na noite anterior foram jogadas pelo quarto, estão arrumada em cima da poltrona, as minhas principalmente, por mais que tenhamos intimidades, sejamos casados, e ousamos entre quatro paredes, Julieta não gostava de que deixássemos vestígios espalhados por aí, salvo algumas situações, das quais ele ficou bem constrangida, acabei  por sorrir de tais lembranças. Sou puxados dessas recordações ao reparar na minha calça sobre o móvel, bem dobrada em cima da pilha de roupas então lembro dos pedaços de cartas, onde há relatos da vida de Julieta com Osório, dou largos passos até lá e atesto que os papéis sumiram, meu coração por um segundo parou ao visualizar a cena em minha cabeça de Julieta achando e sabendo que eu estava ciente de alguns detalhes de sua dor e mais ainda, que não tinha dito a ela que sabia.


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Notas finais do capítulo

Está aí o pedido de hot....

Não sei se ficou bom...

Espero que tenham gostado

Até um próximo capítulo... Bjs