Vizinhos escrita por Julie Kress


Capítulo 25
O casamento - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Aqui está mais um capítulo da Fic mais zoeira do pedaço hehe

Tenham uma boa leitura!!!



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No dia seguinte...

P.O.V Da Jade

Sam estava ridícula com aquele vestido de noiva. Nunca imaginei que ela fosse casar tão nova. Que porra ela e o Benson tinham na cabeça? Pela cara dela, nem ela estava gostando daquilo... Suas tias e sua avó estavam ao redor dela dando os ajustes no vestido de noiva...

Aquele com certeza era o vestido de noiva mais feio que já vi em toda a minha vida. Era um branco-prateado, bufante, com bordado de flores e fitinhas coloridas. Tinha um laço grande e horroroso nas costas.

Era o típico vestido de noiva antigo caipira.

— Esse vestido era da minha avó. - Vovó Puckett disse ajustando as mangas bufantes. - Foi da minha mãe. E meu também. E agora estou passando ele para você, minha netinha querida. - Disse toda emocionada.

Sam forçou um sorriso.

Por mais que a cena fosse tocante, pra mim aquilo era tão patético. As Vega abafaram as risadinhas. Cat já estava chorando. Revirei os olhos.

— Ai, tia, cuidado! - A loira fez careta.

— Desculpa, meu bem. - Dona Marlene estava com duas agulhas.

— Ela está mais gorda ou é impressão minha? - Trina cochichou para a Tori.

— Ela está grávida, é o que estão dizendo, ontem eu ouvi as primas dela comentando. - Tori cochichou de volta.

Grávida? Segurei o riso. Minha amiga nem tinha passado das preliminares com o Benson. Então, aquilo era impossível.

Sam não estava falando comigo, eu estava triste com aquilo. E a culpa era minha. Por quê diabos fui abrir a boca e falar o que não devia?

— Será que vocês poderiam me deixar à sós com a Jade? - Perguntou olhando para o enorme espelho com moldura bem antiga.

Suas tias assentiram. Vovó Puckett saiu ainda muito emocionada, falando sobre colher margaridas para o buquê. As Vega foram embora contrariada, elas queriam escutar a conversa e a ruiva patética foi a última a sair.

Sam correu até a porta, deu uma olhada para ver se não tinha ninguém no corredor e trancou a porta.

Se virou para mim, ela parecia apavorada.

— Estão te obrigando a casar? - Me aproximei com cautela.

— Eles acham que estou grávida. O meu avô tem uma espingarda e você sabe como eles são... Eu não quero que o Freddie se machuque. Ele tem que casar comigo porque todos pensam que ele tirou a minha honra e que estou esperando um filho dele. - Explicou apressada.

Aquilo tudo era tão... Puta merda. Comecei a rir.

— Isso é sério, Jade. Você precisa nos ajudar. - Ela estava visivelmente nervosa.

— Pensei que nunca mais iria falar comigo... - Murmurei ficando séria.

— Ainda estou com raiva, mas você sempre vai ser a minha melhor amiga. E agora eu preciso de você! - Ela estava sendo sincera.

— Okay, pode contar comigo. - Falei.

— Valeu! - Abriu um sorriso. - Pensando bem, vou precisar de todos. Freddie e eu temos um plano. Vou te contar e você repassa para a galera, ok? - Pediu.

— Beleza! Cara, você está muito rídicula com esse vestido! - Apontei para ela.

— Você acha que eu não sei? Estou parecendo uma palhaça vestida de noiva. - Tocou nas fitas coloridas.

Tirei uma meu celular do sutiã.

— Ei! - A chamei. - Sam ergueu os olhos azuis-esverdeados para mim. - Sorria para a câmera. - Bati umas cinco fotos dela.

Na primeira foto, a loira saiu fazendo careta.

Eu estava feliz porque ela tinha voltado a falar comigo.

[...]

P.O.V Do Beck

— Tô me sentindo um Bobo da Corte. Olhem para mim! - Freddie deu uma voltinha.

Calças largas. Camisa azul horrorosa. Terno quadriculado com estampa de bananas. E a gravata-borboleta vermelha.

André e eu caímos na gargalhada.

— Ai, caralho! Você está feio pra porra! - Fui 100% sincero.

— O noivo mais feio do mundo - Ressaltou o Harris.

Meu amigo fez careta e voltou a se olhar no espelho.

— É, você está engraçadinho, cara! - Robbie sorriu.

— Não parece que você vai casar, parece que você tá fantasiado para animar festas de crianças. - Pow, o Sinjin sacaneou legal.

— Como um palhaço? - O Benson se virou incrédulo.

Sinjin se encolheu com medo de apanhar. André não parava de rir. Robbie começou a rir também.

— Olha pelo lado bom, mano. - Falei.

— Que lado bom? - Franziu o cenho.

— Hoje tu vai poder pegar a sua loirinha de jeito na noite de núpcias. - Tentei animá-lo.

— O que é noite de núpcias? - Robbie perguntou.

— Pelo amor de Deus, né? - Harris bateu na testa.

— Eu também não sei o que é. - Sinjin disse envergonhado.

— Aposto que também nunca "bateram uma" olhando revistas da Playboy. - Debochei.

— Já sim! - O Shapiro respondeu orgulhoso. - O Sinjin tem um monte de revista com fotos do rosto da Jade coladas... Quer dizer, brincadeirinha. - Sorriu amarelo.

— Quê? Você se masturba olhando para fotos da Jade coladas nas revistas de mulheres peladas? - Freddie perguntou descrente.

Olhei para o Sinjin. Ele estava com os olhos esbugalhados.

— Desculpe, escapou... - Robbie cochichou.

O Van Cleef me olhava apavorado. Me levantei. Ele começou a choramingar.

— E-ela ainda n-nem era a s-sua n-namorada. - Seus olhos se encheram de lágrimas.

— Eu vou...

Fui interrompido pelos primos da Sam. Jeremy e Roy invadiram o quarto trazendo os sapatos e um chapéu de palha.

— Aqui está o chapéu que o nosso tataravô usou no casamento junto com os trajes de casório. - Jeremy entregou o chapéu de palha. - É uma relíquia, rapaz! - Bateu nas costas do meu amigo.

Roy segurava os sapatos marrons de couro. Estavam surrados e desbotados. Prendi o riso.

— Obrigado. - Benson tentou sorrir, mas saiu uma careta bem engraçada.

Ele já tinha conversado comigo à sós. E tínhamos um plano para ele e a Sam escaparem daquela situação indesejada...

Nenhum dos dois queriam casar. Se bem que aquilo tudo estava bem engraçado.

Meu amigo usando aqueles trajes de noivo caipira parecia um palhaço antiquado. Bati algumas fotos dele sem ele perceber.

[...]

P.O.V Da Jade

— Aposto que sua amiga ficou linda no vestido de noiva. - Beck falou sorridente.

— Tão linda quanto a noiva cadáver. - Ironizei.

— Nossa! - Ele riu.

Tirei o celular do sutiã, desbloqueei a tela, abri o arquivo onde estavam as fotos da Sam e mostrei pra ele.

— Puta merda! - Exclamou. - O Freddie vai ficar... Gamadão! - Zombou.

— Ôh, sei vai... - Sorri debochada. - Já repassei o plano para as meninas. Fez a sua parte? - Perguntei.

— Claro! - Assentiu rapidamente. - Quêm vai ser o mestre de cerimônia? - Indagou.

— Vovô Puckett! - Respondi. - Serei a madrinha da Sam. - Fiz careta.

— Vai usar algum vestido caipira também? - Prendeu o riso.

— Espere para ver. - Falei. - Não te chamei aqui para ficarmos batendo papo. - O lembrei.

— É, você me mandou uma mensagem dizendo que queria muito cavalgar. - Sorriu. - Desde quando você monta? Já escolheu o cavalo? - Tive vontade de dar na cara dele.

Como podia ser tão lerdo e tapado?

Fui até a porta do celeiro e passei o trinco. Me virei para ele sorrindo maliciosa.

— Sabe, Oliver, você não entendeu... - Desabotoei a blusa xadrez cinza que a Sam tinha me emprestado.

Tirei aquela peça sem pressa alguma.

— Te convidei para fazermos uma festinha particular no celeiro. - Retirei as botas, as meias e o short bem devagar. - Vou montar em você e cavalgar bastante, meu garanhão! - Avisei.

O safado abriu um enorme sorriso. Passou a língua no lábio inferior.

— Garanhão, é? Gostei! - Parecia bem empolgadinho.

Tirei o sutiã e arremessei nele.

— Sim, Oliver. Agora vem aqui! - O chamei movendo o dedo.

Em menos de um minuto, suas roupas já estavam no chão junto com as minhas. Ele rasgou minha calcinha e se sentou num caixote comigo sentada no colo dele.

— Oooh, Oliver... - Gemi quando ele apertou meus seios. - Quero você agora. - Ergui meu corpo e sentei novamente sobre sua ereção.

— Isso dói? - Beliscou meus mamilos.

— Ai, porra! - Sobressaltei. - Sim, mas é bom... É o tipo de dor boa. - Me segurei nele, apertando seus ombros.

Suas mãos escorregaram, indo parar entre minhas pernas. Afastei as coxas, permitindo seus toques.

— Toda molhadinha. Hummm. Preciso estar dentro de você agora. - Ele me fez erguer os quadris.

Com sua ajuda, guiei seu membro completamente ereto e inchado para dentro de mim. Eu já estava pulsando. Gememos juntos sentindo nossos corpos se unindo. Encaixados. Conectados como um só.

— Minha! - Apertou minha cintura.

— Sou sua. - Rebolei sentindo-o ainda mais fundo.

Beck agarrou meus cabelos me fazendo arfar. Sua boca foi de encontro a minha. Sem delicadeza alguma. Ele me beijava como se estivesse tentando sugar a minha alma.

O ar ficou escasso e tivemos que separar nossos lábios. Ainda ofegante, comecei a me movimentar, rebolando sobre ele, lhe arrancando alguns gemidos roucos...

Suas mãos foram para as minhas nádegas. Seus quadris começaram a subir. Beck se afundou em mim ainda mais.

— Que delícia... Ahhh. Mais! - Cravei as unhas em seus ombros.

— Você disse que iria cavalgar, mas só está aí rebolando... - Me apertou indo mais fundo.

— Eu vou... Vou cavalgar bem gostoso, garanhão. - Tomei um impulso.

Nossos gemidos se misturavam enquanto eu subia e descia sobre ele. Cavalgando. Me deliciando com sua ereção dentro de mim.

Naquela tarde, nos divertimos bastante no celeiro.

[...]

Horas depois...

P.O.V Da Sam

Eu estava me sentindo pateticamente ridícula. Nem sei porque deixei a Cat fazer minha maquiagem. Me olhei no espelho pela quinta vez. Senti vontade de chorar de raiva... O plano tinha que dar certo.

— Puta que pariu! Agora você está parecendo a Tiffanny, a noiva do Chucky! - A Jade não tinha dó de mim?

A ruiva tinha passado bastante sombra roxa e batom vermelho. Caprichou no blush cor de rosa me deixando ainda mais horrorosa. Me controlei para não socar o espelho.

Eu estava uma balofa naquele vestido de noiva. Era feio pra porra. Tão velho e esquisito... Que droga.

Meu cabelo estava volumoso demais. Cheio de broches com flores. Minha avó tinha colocado uma tiara de couro com borboletas azuis.

Nada de sapatos. Eu estava usando botas por baixo do maldito vestido bufante... Menos mal.

As Vega se acabavam de rir com as minhas primas. Pareciam verdadeiras hienas tendo uma crise de risos.

"Morram, suas infelizes!"

Até a minha melhor amiga estava rindo.

"Vadia!"

— A gente já estava esquecendo do véu, minha filha. - Vovó entrou no quarto com as minhas tias.

"Ah, não..."

Aquele véu era tão fino e estranho. Elas colocaram em mim.

Jade se engasgou. Lágrimas começaram a escorrer por suas bochechas pálidas. Ela estava chorando de tanto rir.

— Agora sim. - Minha avó sorriu. - Tão linda. Parece uma princesa! - Enxugou uma lágrima.

— É, ela está parecendo a princesa Fionna. - Trina debochou.

Quando eu pegasse aquela vagabunda... Ela ia ver só.

— Gostou do vestido, Jade? - A espiei por baixo do véu.

Ela estava usando um vestido amarelo todo florido com um cardigã rosa por cima. Minhas primas tinham emprestado os vestidos para as meninas.

A morena sorriu sarcástica. Os olhos azuis-cristalinos me fuzilando. Eles mudavam de tom assim como os meus.

Até a galinha da Cat estava com uma laço na cabeça.

Eu sequer tinha visto o Benson. A gente não podia se ver. Fomos proibidos. Os noivos só podiam se ver na cerimônia. Era mais uma tradição na família...

[...]

Já estava na hora. Eu estava um pouco nervosa. Sentia um friozinho na barriga... Que situação eu mesma tinha me metido?

Meu avô apareceu para me levar até o altar. Apertei o buquê de margaridas.

A casa cheirava à bolo e comida. Pelo que fiquei sabendo, ia ter frango assado e churrasco até o sol raiar. Eu estava com fome.

Crianças corriam pela casa. Quase me derrubaram quando cheguei na sala.

— ASSOMBRAÇÃO! - Apontaram para mim e se espalharam.

Sairam correndo, gritando e chorando.

— São apenas crianças, minha neta, nem dê atenção. - Vovô me conduziu para fora.

Já estava anoitecendo.

Me assustei com a quantidade de convidados. De onde tinha saído aquele povo todo?

Senti o cheiro de carne assando na brasa ao ar livre. Minha barriga roncou.

Colocaram 4 mesas longas lá fora. Havia cadeiras e banquinhos espalhados. Flores do campo e fitas amarelas faziam parte da decoração bem campestre.

Tudo no capricho.

— Quêm são eles, vovô? - Perguntei.

— Todos são nossos parentes. - Respondeu animado.

Era cerca de 150 convidados e eu não conhecia nem um terço deles.

— Seus tios da fazenda vizinha trouxeram um leitão recheado. - Contou.

Avistei o enorme e suculento leitão assado em cima de uma das mesas. Parecia delicioso com aquela maçã na boca.

— Todos trouxeram presentes. - Apontou para uma mesa redonda.

Estava lotada de presentes. Caixas e caixas empilhadas.

— Agora vou pôr a venda em, ocê. Na nossa tradição, os noivos ficam sentados e vendados lado à lado, só podem retirar as vendas na hora dos votos! - Explicou.

— Está bem, vovô. - Forcei um sorriso.

Meus amigos sabiam do plano. Segundo a Jade, tudo estava no esquema do jeito que combinamos.

E o Freddie tinha que fazer a parte principal, ou seja, ele não poderia cometer nenhuma burrada.

 

 


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Notas finais do capítulo

O que acharam dos trajes dos noivos??? Deu pra imaginar, né???

Jade e Beck são os melhores amigos... Me identifico kkkkkkkk

Gostaram do momento Bade no celeiro???

Tudo está pronto para o casamento kkkkkkkkkkkk

A família da Sam é a melhor hehe

Qual será o plano de fuga, hein???

Será que vai dar certo???

Até o próximo. Bjs



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