Maria escrita por Maria Lopes


Capítulo 5
CAPÍTulo 4




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— Maria, tu tem que entrar - Bia diz pela milésima vez. Depois da aula de educação física, a Bia e o Biel não largam do meu pé para eu tentar entrar no time de vôlei.

— Não Bia, encerra o assunto.

— Mas tu é muito boa, cara - Biel exclama.

— Aquilo era apenas uma brincadeira, não tem como vocês terem certeza de que jogo bem, por aquilo.

— Mas temos - Bia diz - vai Maria, por favor.

— Deixa eu pensa.

— Eba. - ela pula feliz

— Ja pensei, e a resposta continua não. - ela para de pular e me olha com uma cara feia, o que me faz rir.

— Cara, você é muito chata.

— Obrigada.

Vamos para a sala, onde me sento no Fundão, e o Pedro senta ao meu lado, a aula começa numa boa. Até que o Pedro decide encher o saco.

— psiu - ignoro - psiiiiiiiiiiu.

Ele joga um aviãozinho em mim. Eu pego e amasso, jogando-o no chão.

Ele faz outro e joga em mim, novamente. Eu o amasso, novamente. Na terceira tentativa dele, o professor vê e pega o aviãozinho.

— Vejamos o que temos aqui - abrindo o avião - senhorita Lopes - me afundo na cadeira - o senhor Veiga está mais interessado em saber seu número em que assistir minha aula. Senhor Veiga, recado dado, espero que o senhor não continue com gracinhas em minha aula. - Reviro os olhos e foco na aula. Ao terminar, saio o mais rápido possível.
E sigo para a próxima aula. Ele entra e para a minha frente.

— Lopes, Lopes, Lopes. Não adianta tentar resistir. - olho pra ele com cara de paisagem - Você tá caidinha por mim.

As garotas ao redor começa com os risinho.

— Você se acha muito irresistível.

— Não, eu não acho. - faz aquela pausa pra dramatizar - as garotas é que me dão a certeza. - e dá um sorriso de lado.

— Eu não sou uma dessas garotas.

— Tou percebendo, isso é o que mais me interessa em você. - diz sério.

— Parte para outra, cara. Pois comigo não vai rolar.

— Eu adoro desafio. E você é um bem gostosinho. - e sai se sentando do outro lado da sala.

Que imbecil.

A aula acaba e seguimos ao refeitório como de praxe, o pessoal do jornal tá fazendo uma enquete sobre a merenda da cantina, pego a folha e preencho com meus dados. Não tenho do que reclamar. Falo que a comida é boa e variada, e blá blá blá.

— Obrigada Maria - Ana, escritora do jornal me agradece, sorrindo. Ana é uma garota bem estilosa, embora sejamos obrigados a usar o uniforme, ela consegue se sair, com lenços, brincos e por aí vai. Ela é alta, gordinha, olhos cor de âmbar e cabelos castanhos com mechas rosas e encaracolado. Mas o que mais chama atenção é sua alegria.

— De nada. - digo dando de ombros.

— Ei, vamos marcar de ir ao cinema esse final de semana?

— Vamos - Bia responde animada.

— Não vai rolar para mim - digo

— Porque?

— Tenho outras coisas.

— Que coisas?

— Minhas coisas, Bia. Para de ser pentelha.

— Tá bom, não tá mais aqui quem perguntou. - diz toda cabisbaixa.

— Mas, e aí vamos nós dois Bia.

— É pode ser. - me olha de esgueira.

O sinal toca, e seguimos para a aula. E o resto do dia Bia fica estranha comigo, mas infelizmente eu não posso contar para ela. Tenho receio que Babi descubra e me proíba.

Chego em casa, super cansada. Tomo banho, e vou para a sala de jantar.

— Boa noite, meninas. Como foi o dia de vocês?

— Normal - Bia fala sem muita delongas. O que faz com que Babi estranhe, pois Bia sempre é muito animada.

— O que houve? Vocês brigaram? - dou de ombros e Bia responde.

— Não.

— Não é o que tá parecendo.

— Mãe, a escola é cansativa e a senhora vem com interrogatório na hora do jantar, e quer que estejamos animadas? - diz Bia, impaciente.

— Babi, posso me levantar? Terminei e eu tenho algumas atividade para fazer.

— Tem sobremesa.

— Tou sem vontade.

— Mas é bolo de chocolate com morango - ela diz como se fosse inaceitável recusar, o que me faz sorrir.

— É muito dever, quando eu terminar, eu desço e como um pedaço. Até porque, tou cheia do jantar.

— Tá bom. - diz decepcionada.

— Boa noite.

— Boa noite - a Babi e o Marcos respondem.

Subo, troco de roupa, ponho roupa de dormir, ligo o notebook e começo a estudar. Quando tou terminando o terceiro capítulo do livro de matemática, meu celular toca, olho recebo mensagem de um desconhecido.

Desconhecido.

Olá, não tenho assunto, mas tenho interesse.

 

Hã?!

 

 

Acho que você errou de número.


Não, não.

Maria Lopes

A beldade misteriosa do Dom Valentim.

A morena do sorriso, mais lindo, embora não seja de sorrir muito, mas devia.

 

Cara, se identifique ou vou te bloquear.


Se eu me identificar, é uma certeza me bloquear.

 

Você vai ser bloqueado de qualquer forma, então.


Calma.

É o Pedro.

 

Tinha que ser.

 

 

Como você conseguiu meu número?


Tenho meus contatos...

 

O que você quer?


Te deseja uma boa noite.

 

A novela, viu.


O quê?

 

Nada! Me deixe estuda, por favor.


Viuji, como ela é estudiosa, uma hora dessas estudando.

 

Nem todo mundo tem um paizinho nem uma mãezinha para te dar de tudo. Alguns tem que estudar.


Eita, desculpa ae marrentinha.
Boa noite, dorme bem. E sonhe comigo.

 

Xau.


Não vai me deseja boa noite? Que grosseria.

 

Boa noite, Pedro.


E o resto?

 

Que resto?


Boa noite, gato. Durma bem e sonhe comigo.

 

Nem fod*ndo que eu digo isso, se contente com o boa noite.


Tão meiga. KKKK
Boa noite, MINHA marrentinha

Depois dessas mensagens eu não consegui mais estudar. Então resolvi descer e comer uma fatia de bolo, depois subi e fui dormir.


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Notas finais do capítulo

Eaê galera, tudo bem com vocês?!
Gostaria que vocês dissessem o que tão achando, e curtisse. Pois dessa forma me motiva a escrever com mais frequência.
Bjs Amo vocês.



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