Maria escrita por Maria Lopes


Capítulo 13
Capítulo 12




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O mês de maio tá acabando, juntamente com as provas. Acabo de sair de uma prova e vou para o refeitório, sento na mesma mesa de sempre e fico a espera do Biel e da Bia. A Bia é a primeira a aparecer.

— Jesus, me leva! - Bia exclama sentando do meu lado no refeitório - Não aguento mais essas provas.

— Já tá acabando - digo

— Mas antes vai acabar com a minha vida. Fora que ainda tem o simuladão, que não é desse mundo.

— Mas você já tá estudando para as provas, o assunto é o mesmo.

— Para Maria, não aguento você nem sua inteligência - diz fazendo drama e me fazendo rir.

— Não quero nenhum comentário sobre essa prova. Ou sobre qualquer coisa relacionado a provas. - Biel diz, ao se sentar ao nosso lado.

— Concordo - Bia diz. Reviro os olhos para eles. - Vamos pensar que esse mês tá acabando, e que junho tá chegando, e já já férias - diz sorrindo.

— Mas antes tem a festa junina, que a comissão dos formandos organiza, para arrecadar dinheiro. - diz o Biel, sorrindo também.

— E não vamos esquecer o aniversário da Briguenta mais nerd que conhecemos - Bia diz. Reviro os olhos

— Quem? - Biel pergunta.

— Maria, né anta.

— Oxe, anta porque? Eu ia adivinhar o dia que ela completa ano, se ela nunca me contou.

— Era.

— A bruxinha aqui é você. - ela revira os olhos e eu só sorrio da discussão besta dos dois. - E aí, vamos fazer o quê para comemorar seu niver, Mary?

— Nada.

— Como assim, nada? Nem pensar. - Bia diz

— Eu não gosto de festa.

— Mas eu gosto.

— Então fazemos festa no seu aniversário, né Pimentinha. Deixa a Maria.

— Não se mete, Gabriel. - ela faz careta para ele e depois se volta para mim. - Vou falar com mãe, ela sabe como resolver isso, não é sempre que completamos 16 anos.

— Nunca ouvi falar que alguém complete a mesma idade mais que uma vez.

— Porque você nunca ouviu dona Babi falando, desde que ela chegou aos trinta nunca mais saiu. - dou uma risada da forma como ela fala.

— Fora que eu não vou completar dezesseis. Vou completar quinze.

— Sério? - os dois dizem ao mesmo tempo.

— Sim.

— Você não é humana. Não tem condições. - Bia exclama - Pronto, mais um motivo para fazer uma vai festa, quinze anos é especial.

— Eu vou continuar não querendo festa. - o sinal toca sem dá tempo para Bia revidar.

— Senhor. Livrai-nos desse mal. - Bia lamenta.

— Amém - Biel responde.

Seguimos para a próxima prova. E dessa forma a semana segue. E todo dia Bia vem com a mesma ladainha. Morro de rir com as coisas dela. É por falar em rir, essa semana eu mal tenho falado com o Pedro, uma vez ou outra a gente se fala, falar com ele alivia o cansaço do meu dia.

No sábado é o simuladão. Eu não vou para o trabalho na sexta, fico só revisando o assunto para o simuladão. No dia, a Bia toma um baita café e tá levando quase uma feira de "baganas" para fazer a prova, tá se sentindo em um ENEM. Ao chegar no colégio, o Pedro tá me esperando na entrada. Me abraça e me beija, depois deseja boa sorte. Eu o desejo o mesmo. Porém fiquei sem jeito pela atitude dele, que vem sendo cada vez mais ousada e inesperada. Demoro um pouco para sair da prova, chegando lá fora, avisto Bia de cabeça baixa.

— O que foi? - pergunto preocupada.

— Eu já vi anjo, já vi demônios mas nunca tinha visto o inferno em forma de papel, igual hoje. - Bia recita me fazendo rir. - Não rir, Maria. Tou entrando em depressão aqui.

— Vai da certo, Bia. Calma.

— Só o que vai me deixar mais calma é uma festa de aniversário.

— Boa tentativa. Mas não.

— Cara é incrível como você não ajuda meu psicológico.

— Você é doida - digo indo em direção ao refeitório.

— Puxei a mãe. - diz na maior naturalidade me fazendo rir.

— Tão sabendo? - Biel chega dizendo.

— O quê? - Bia pergunta.

— A festa da escola vai ser dia 10.

— Próxima sexta? - Bia perdunta espantada.

— Sim.

— Porquê?

— Não sei, mas tem algo haver com santo Antônio.

— No dia do aniversário de Maria.

— Pena, né - digo rindo.

— A gente comemora na festa.

— Eu não gosto de festa.

— Mas vai, nem que eu tenha que te arrastar pelos cabelos. - Reviro os olhos, meu celular vibra, dou um sorriso ao vê quem é. - iiiiiixi, só pode ser o Pedro, pra esse sorriso surgir assim.

Pedro Veiga

O sol ilumina a lua, assim como seus olhos ilumina meu coração.
Bom dia, minha marrentinha.

—Meu Deus, ela não consegue parar de rir - eu Reviro os olhos

 

Bom dia.


Vamos sair hoje? Quero te mostrar um canto especial.

 

Que horas?


Nem tou acreditando que você aceitou.

 

Eu ainda não aceitei, só perguntei que horas seria.


As sete tá bom?

 

Sim


Meu coração quase que parou, receber um emoticon diferente desse , a emoção foi demais para ele.

Sorrio mais.

 

Palhaço.


Então até mais

 

Até.

 

 

Pense em mim

 

 

— Aposto minha vida, que era o Pedro. - Bia diz

 

 

— Ele me chamou para sair.

 

 

— E aí?

 

 

— Vou né. Só não sei o que vou usar.

 

 

— Eu te ajudo com tudo.

 

 

— Papo de menina, isso força a amizade - Biel diz, já se afastando.

 

 

É a gente fica conversando até da a hora de ir embora. Chegando em casa eu vou dormir pois passei a noite virada, estudando. Acordo com Bia quase me rebolando da cama.

 

 

— O que foi, doida? - pergunto meio sonolenta.

 

 

— Seu encontro!

 

 

— O que tem ele?

 

 

— Você tem que se arrumar, se não vai chegar atrasada.

 

 

— Que horas são? - me sento assustada.

 

 

— Cinco - Reviro os olhos para ela.

 

 

— Eu não levo duas horas para me arrumar.

 

 

— Mas hoje é especial.

 

 

— Porque? - pergunto desconfiada.

 

 

— Você vai sair com o Pedro.

 

 

— A gente já saiu outras vezes.

 

 

— Tá bom, mulher. Deixe de discutir por besteira e vá se arrumar. - Reviro os olhos e volto a me deitar.

 

 

— Só saio dessa cama de seis horas. - só que a Bia fica me "caningando" muito - tá bom, já levantei.

 

 

Sigo para o banheiro e tomo aquele banho demorado, para vê se desperto. Quando saiu a Bia tá com uma roupa separasa, as coisas dela de maquiagem.

 

 

— Pra quê isso tudo?

 

 

— Vou ajudar você a se arrumar? - eu sorrio da animação dela.

 

 

— Bia, a gente não vai noiva e casar não. Não precisa disso tudo - digo começando a desembaraçar meu cabelo.

 

 

— Claro que precisa, não se meta.

 

 

— Oxe. - rio dela. Mas no fim deixo ela me ajudar. Ela faz uma maquiagem bem leve, som com delineador e rímel. - Não vou de vestido.

 

 

— E vai como, então?

 

 

— Short e regata.

 

 

— E se ele quiser te levar em um lugar que não possa entrar com essa roupa.

 

 

— Aí a gente vai para outro canto. Não insista, Bia.

 

 

— Tá bom. Você fica linda de qualquer jeito.

 

 

E eu fico pronta de seis horas, e fico na cama só esperando o tempo passar. Até que uma buzina alarda lá fora.

 

 

— É ele, é ele, é ela - Bia diz de forma agitada, me fazendo rir.

 

 

— Tá bom, vou descer.


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Notas finais do capítulo

E ae genteeee! Tudo de boas?
Se gostou do capítulo, lembre de dá aquela curtida marota
Bjs Amo vcs



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