Maria escrita por Maria Lopes


Capítulo 11
Capítulo 10




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Acordo com meu celular vibrando, já imagino até quem seja.

Pedro Veiga

Você não é o sol, mas ilumina minha vida logo cedo

Eu sorriu sem conseguir evitar.

Bom dia, minha marrentinha.

 

Bom dia


Me levanto naquele pique, faço minha higiene pessoal, depois desço pra tomar café. No caminho a Bia não para de falar no Pedro.

— Quando é seu aniversário? - Bia me pergunta, assim do nada.

— Junho

— Dia?

— 10.

— Hum.

— Que foi?

— Vou descobrir o dia do aniversário dele.

— Pra quê? - questiono, estranhando.

— Pra saber se vocês combinam.

— Como assim? - questiono, achando-a maluca.

— Signos. O seu é de gêmeos. Signo difícil. Se eu soubesse seu signo antes de sermos amigas, eu não seria sua amiga.

— A da doida - digo, descrente do que acabei de ouvir

— É sério. - Reviro os olhos. E depois começo.

Chegamos no colégio, e eu vou direto para o meu armário e a Bia não para de falar.

— Alguém me empresta um óculos escuro - Olho na direção da voz, é o Pedro em frente ao meu armário nos sorrindo - tou encadeado por tanta beleza.

Sorrio, me aproximando. Paro de frente para ele esperando ele sair da frente do meu armário, mas antes de sair ele me dá um selinho, me pegando de surpresa.

— Agora sim, meu dia começou bem. - diz fazendo a Bia gargalhada e eu ficar sem jeito. Me escondo no meu armário.

— Pedro, qual o dia do seu aniversário?

— Lá vem! - reclamo baixinho.

— Dia 22 de agosto - Pedro diz.

— Tá explicado. - Bia exclama

— O quê? - ele pergunta sem entender.

— Nada não.  - O sinal toca e seguimos para a aula.

E o dia passa rapidamente, na hora do almoço sentamos todos na mesma mesa de sempre, mas dessa vez o Pedro senta conosco. A Patotinha dos atletas ficam só olhando, principalmente a Maize e o H, este olha com uma cara muito amarrada. Mas quer saber? Tou nem aí.

E é dessa forma que as coisas vão acontecendo. O tempo vai passando e o Pedro e eu começamos a ficar sério, a Bia também tá ficando só que com o Rafael.

O trabalho em dona Marisol está numa boa. Só não tá mais legal devido a todos os dias que trabalho lá o H aparece, as vezes acompanhado, as vezes não. Não fala muito, pede sua comida e fica lá até a hora que eu saio. Estranho.

Outra coisa estranha é que os caramelo continuam sendo deixados na porta do meu armário. Certo dia perguntei ao Pedro se era ele quem deixava, ele disse que não, mas ficou estranho depois disso.

Passam as primeiras provas e eu me sai bem, já a Bia e o Biel nem tanto, mas prometido ajudá-los. O Pedro também me pediu ajuda em umas matérias.

Os ensaios para a paixão de Cristo começa, o professor separou por ato e grupo, todo dia depois das aula, ele ensaia um grupo por mais ou menos uma hora e meia. É finalmente o dia da apresentação chega.

Bia e eu estamos nos trocando na sala destinada a isso.

— Maria, você tá ansiosa? - Bia me pergunta.

— Não.

— Não pode. Como você não tá nervosa?

— Bia, eu sou figurantes. Só tenho que ficar lá parada, olhando pra o tempo.

— Eu devia ter sido figurante também, maldita hora que eu quis ser Madalena. - rio dela.

O Pedro e o H entram para se vestir.

— Oi meninas - Pedro no cumprimenta da um beijo no rosto da Bia e me abraça, olho para ele e levanto a sobrancelha.

— Oi - Bia responde animada - Oi, H.

Ele olha para ela e depois me encara.

— Oi - responde baixo a Bia mesmo me encarando, depois pergunta. - vocês estão juntos?

Pedro e eu respondemos ao mesmo tempo

— Não - eu digo

— Sim - o Pedro diz, então olho pra ele com o rosto franzido - quase? - levanto a sobrancelha e por fim ele diz - eu tou tentando.

Ele dá de ombros e vai se vestir, ele vai interpretar o papel do diabo e o Pedro de Jesus. Maize vai interpretar o papel de Maria, Virgínia de boa samaritana, Biel de Pilatos, Rafael o soldado que matou Jesus, e por aí vai... São quase 50 pessoas trabalhando nessa peça.

As apresentações ocorrem durante toda a semana. E sempre depois nos reunimos para comer em algum canto, jogamos conversa fora, rimos. O que não acontece é de sentarmos juntos com a galera do esporte. Sentamos em outra mesma, mas o Pedro senta conosco, o que faz com que a Maize e o H nos olhem de cara feia. Sempre a mesma coisa.

E finalmente o último dia de apresentação chega. Saio um pouco antes lá de dona Marisol pra vim para a presentação, e a mesma me promete vim assistir. Chegando no colégio, antes de ir pra sala me vestir vou ao banheiro. Escuto alguém entrar, e quando estou lavandos as mãos, sou puxada e pressionada contra a parede. Só uma pessoa faz isso.

— Cara, você tem que parar de fazer isso - digo olhando feio para ele.

— Você tem que me escutar e parar de sair com o Pedro. - diz olhando nos meus olhos bem de perto que dá pra sentir sua respiração

— E você deve saber que não manda em mim. - sustento seu olhar.

— Arrr! Como você é teimosa. Dá vontade de te bater.

— Então bata! - o enfrento - eu digo que você não tem coragem.

— É muita audácia.

— Bata.

— Cala a boca garota.

— Venha calar. - eu só me toco do que disse quando ele dá um riso de lado.

— Já que me pediu - e me beija. Me pegando totalmente de surpresa, mas o beijo dele é como um furacão, trás a tona várias sensações, sensações que eu só tinha tido até agora com o Pedro. E ao lembrar do Pedro eu o empurro.

— Eu já disse pra nunca fazer isso.

— Mas o Pedro pode?

— Sim. - ele fecha a cara e se aproxima

— Você gosta dele? - questiona chegando cada vez mais próximo

— Não é da sua conta.

— Se afaste dele, ele não serve pra você.

— Você não manda em mim.

— Você tá avisada - por um instante penso que ele vai me beija novamente, mas aí ele se vira e sai

Só percebo que minhas pernas estão fracas quando tento andar e quase caio.

— Cara, o que foi isso?

Me senti um pouco no chão, até que a Bia aparece.

— Eu tava te procurando por todos os cantos, aconteceu algo?

— Não, só cansaço, mesmo. - digo me levantando.

— Então vamos, vai começar e você precisa se trocar.

Corremos para a sala, e tava o Pedro conversando com o H, o último me olha de uma forma que faz um negócio na minha barriga. Bia e eu nos vestimos e seguimos para o espaço da apresentação.

Depois do último espetáculo, o professor de literatura fez uma pequena confraternização com o elenco, foi bom. Passa um pedaço, digo a Bia que quero ir, ela se despede do Rafael e quando vamos saindo o Pedro aparece.

— Vão a onde?

— Embora.

— Eu levo vocês.

— Não precisa. Fique com seus amigos

— Mas eu quero. - fala com carinha de cachorro pidão - Não vamos discutir Maria, tou muito cansado.

Me calo enquanto ele fala com os amigos. Depois seguimos para o estacionamento é ele nos leva para casa. Vou o caminho toda em silêncio, e quando chegamos em casa eu tento sair mas ele me impede.

— Eu fiz algo?

— Hã? Não, porque?

— Você está estranha a noite toda.

— Cansaço - ele parece não acreditar muito.

— Tá bom, então - diz se aproximando e me beijando, o beijo terno de boa noite, mas não me impede de comparar ao do H - boa noite.

— Boa noite.

 

Saio do carro e vou direto para meu quarto, tomo banho me troco e tento dormir, mas só tento.


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Notas finais do capítulo

E ae galerinha, tudo de boas?
Tão gostando? Eu realmente preciso saber o que tão achando da história,, caso não estejam gostando eu paro. Então, diz aí que tão achando e dê aquela velha estrelinha nossa de cada capítulo.
Bjs Amo vcs!



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