Academia U.A, a maior e mais prestigiada escola de heróis que existe, com uma grande Gama de heróis profissionais formados e professores qualificados, aquela escola era o desejo de qualquer um que desejasse se tornar um herói, depois daquele dia à 5 anos atrás, Hinami e eu trabalhamos duro para nós tornarmos grandes heróis, naquele ano, fariamos o teste para finalmente entrarmos na U.A e nos tornarmos grandes heróis, ao menos era o que acreditávamos.

Faltando poucos dias para o grande teste, nós recebemos uma visita inesperada em nosso orfanato…

— All Might!? - Ele estava em frente a porta de nosso quarto, sua feição normalmente máscula e imponente agora parecia de angústia.

— Como vai Jovens, vocês cresceram muito desde nosso último encontro… - Nós pedimos para que ele entrasse e ficasse a vontade naquele pequeno quarto de orfanato.

— Então, o que faz aqui? O que precisa falar conosco? - Ele parecia incomodado, ansioso para falar aquilo.

— ...Eu...sinto muito crianças, o pedido de vocês...foi recusado pela U.A…

— Recusado…? - Hinami estava em choque com aquilo, era como se toda a esperança dela tivesse se esvaído…

— Eu sinto muito, eu tentei de inúmeras formas mudar essa decisão, mas foi algo além do meu controle, eu ofereço minhas sinceras desculpas por isso.

— Nós...ao menos podemos saber o porquê disso?

— ...Nós somos os filhos de um casal de vilões canibais que matavam a sangue frio, qual seria a imagem de uma escola que tem como alunos filhos de verdadeiros assassinos...nós nunca tivemos controle disso… - Hinami sabia como era nossa realidade, nascemos destinados a isso, Ela depois disso se levanta e prestes a sair do quarto, eu me pronuncio…

— Isso não é justo...Eu não vou permitir que isso aconteça, a U.A não nos quer, então iremos atrás de alguém que queria, iremos com certeza nos tornar heróis e provar pro mundo nosso valor, custe o que custar! - Eu estava determinado a realizar nosso sonho, não importa o quão complicado fosse…

—  ...Jovem Hayato, eu sinto muito por isso, caso precise de alguma coisa de mim, ligue nesse número, Boa sorte Hayato, você também Hinami… - All Might se levanta, frustrado com aquilo, e vai embora, Hinami parecia triste com tudo aquilo.

— Não se preocupe Hinami...Eu irei dar um jeito! - Ao ouvir aquilo Hinami da um meio sorriso, era quase triste sua expressão, eu só sentia que devia fazer algo, não importasse o que, nossos sonhos iriam se realizar.

Então, durante 2 meses, Hinami e eu procuramos incansavelmente algum lugar em que fôssemos aceitos, falamos com inúmeros heróis, fomos a inúmeras escolas, todos davam a mesma resposta, cada um com a sua desculpa particular, mas todas querendo dizer apenas uma coisa, não éramos nós que eles não aceitavam, nossa sangue não era aceito, era como se nós já tivéssemos nascido assassinos, julgavam estar em nossos genes, era quase como nosso instinto...aquilo era ridículo, nos julgando por algo que sequer temos controle, era tudo tão nojento...então depois desses dois meses finalmente notamos, que não tínhamos lugar neste mundo…

— O que você está fazendo aqui fora? - Ao longe, no Jardim, ouço a voz de um dos garotos do orfanato, fui até a origem daquela voz e vejo um grupo de 5, talvez 6 garotos, eles estavam falando com Hinami, que estava lendo nas sombras da árvore Central.

— Eu...Eu estou lendo… - Hinami parecia estar com medo, sua voz estava fraca e suas mãos trêmulas, claramente temendo o que eles podiam fazer.

— Vai ler no seu quarto! A gente não te quer aqui fora! - Hinami depois de um tempo foi se tornando uma garota muito fechada e tímida, sempre tinha medo de ser confrontada, mas naquele momento de tensão ela ressurgiu em uma nova forma.

— Vocês não são os únicos que moram aqui, eu não me importo com o que vocês querem, eu vou… - Hinami se reuniu toda sua coragem para se opor a eles, mas antes que pudesse fazer algo, eles a empurram contra a árvore.

— Quem te deu permissão de se levantar!? - ela mal teve tempo de reagir, eles pegaram seu livro que estava caído no chão, aquele livro era o bem mais precioso dela, foi o primeiro presente que eu dei a ela, naquele tempo eu conseguia apenas alguns trocados de diversas formas, e depois de muito tempo finalmente consegui comprar para ela, depois disso passou a ser a coisa mais preciosa dela…

— Porque você está lendo? Assassinos não deviam ler - Hinami olhava desesperada para o livro temendo o que aconteceria…

Me devolva! Agora! - Hinami estava angustiada com aquela situação, temendo pelo que podia reuniu suas últimas forças e tentou de alguma forma pegar o livro, infelizmente seus esforços eram em vão contra 3 dos garotos que a seguravam.

— Sua...Eu vou te mostrar o que acontece por aumentar a voz pra gente - o garoto que estava com o livro em mãos, com sua individualidade, incendiou o livro, o transformando o que antes era algo precioso, em cinzas, Hinami caiu ajoelhada no chão, sua lágrimas caiam, enquanto um seco grito de desespero ecoava pelo ar… - Ah vamos, era apenas um livro, não precisava de todo esse drama… - Eu olhava aquela cena, eu sentia meu sangue ferver e meus punhos cerrados de ódio, ela não havia feito nada para merecer aquilo, Hinami sempre foi uma boa garota, sempre tentando ver uma Luz em meio a floresta escura, mas quanto mais o tempo passava, mais essa luz se apagava, agora, seu último resquício de esperança havia sido tomado dela...e isso era algo que eu, em hipótese alguma, poderia perdoar…

— Seus...ela não fez nada para merecer isso, ela nunca fez mal a ninguém, então porque fizeram isso com ela...porque fazem isso com a gente...não somos nós os vilões, são pessoas como vocês que são os verdadeiros malfeitores...e eu não irei perdoá-los pelo que fizeram...

— Olha só, o irmão psicopata apareceu também...se estão tão insatisfeitos porque simplesmente não somem? - Aquelas foram as últimas palavras para que eu tivesse certeza do que faria, eu mordi a pele de meu pulso com toda a minha força, fazendo com que ela sangrasse, e com o sangue que escorria daquele ferimento, eu revesti todo meu braço direito com ele, formando uma rígida e resistente luva de sangue firme como aço em meu braço, naquele momento, com a minha individualidade, eu provaria meu valor de qualquer jeito…

— Eu vou fazer vocês se arrependerem de ter feito ela chorar! - Eu parto para cima dos 5 garotos com tudo que tenho, aquele que tinha poderes de fogo lançou uma rajada poderosa contra mim, mas antes que chegasse a me queimar, o sangue em meu braço se remodelou formando um grande escudo que me protegeu do fogo, continuei me aproximando rapidamente e quando chego próximo o suficiente, acerto o garoto o lançando para longe, os outros quatro atrás de mim partiram pra cima com tudo, então o sangue eu meu braço se remodelou novamente, dessa vez formando algo semelhante a um garante tentáculos, que ao me virar, acerta o 4 os lançando para longe…

— Seu desgraçado! - Quando me viro vejo que aquele garoto havia se levantado novamente e estava prestes a lançar outra rajada de chamas para cima de mim, mas antes que o fizesse, eu lanço meu tentáculo feito de sangue e o aprisiono com meu próprio sangue…

— ...Cala a merda da boca! - Quando me viro, os 4 haviam se levantado de novo, mas quando olharam pra mim, ficaram apavorados e logo fugiram, agora, só tinha uma pessoa que eu teria que lidar… - Eu tenho apenas um pedido, caso o conceda, eu irei te soltar e fingir que nada aconteceu...peça desculpas…

— O que?

— Peça perdão pelo que fez e eu irei te soltar… - Eu o apertei mais, fazendo ele lançar um forte grito de dor…

— Eu...não tempo porque...pedir perdão para lixos como vocês… - O garoto lançou aquelas palavras horríveis entre seus dolorosos gritos…

— ...Entendo...bom, acho que não importa o que eu faça, nada irá mudar… - Eu afrouxei o sangue por um breve momento, logo depois o atirei contra a parede do orfanato, seu braço estava quebrado e havia sangue por todo seu corpo… - Hinami...você está bem…?

— ...Estou… - A voz seca de Hinami me fez perceber que tudo mudou, a nossas vidas, a partir deste ponto, mudariam completamente…

Pouco tempo se passou até ouvirmos os barulhos de sirenes se aproximando, nós sabíamos para quem elas eram, dois policiais se aproximaram de nós que ainda estávamos naquela mesma árvore, apenas esperando.

— Suponho que sejam Hayato e Hinami certo? - Eu não abri a boca, apenas levantei os braços, oferecendo meus pulsos… - Entendo, então ja sabem porque estamos aqui… - Os policiais colocaram as algemas em nossos pulsos e nos levaram até a delegacia, colocaram eu e Hinami em salas diferentes e nos deixaram esperando, alguns momentos se passaram e um policial entrou…

— Muito bem, acredito que você saiba que não é o primeiro caso de agressão seu, e que devido a situação, provavelmente não sairá impune dessa vez… - Eu apenas olhava fixamente nos olhos do policial, sem deferir uma única palavras… - ...Vejo que não tem nada para falar, muito bem, você tem direito a uma última ligação, se for dizer algo para alguém, diga que ficará longe por pelo menos 2 anos…

— Eu não preciso disso...já pode me levar… - O policial apenas olhou para mim e colocou as algemas de novo, quando saio da sala, Hinami sai também logo ao lado, e dali fomos encaminhados a alguma prisão por 2 anos…

…

Hinami… - Nos ceifaram 2 anos de nossas vidas apenas por nos defender…

— Eu escuto gritos, 3 ruas a frente… - Mesmo com tudo isso, eu e Hinami ainda não queríamos seguir o caminho de nossos pais… - São 3, 2 reféns, estão armados… - Então resolvemos criar nosso próprio caminho, independente da influência desse mundo ridículo…

— Muito bem… - Chega de depender dos outros… - Vamos Hinami… - Hora de trilhar meu próprio caminho…

...Eu me cansei de sonhar!