Você acredita que seres humanos poderiam nascer com habilidades únicas sobre humanas?

Bom, o mundo mudou após isso, inúmeras pessoas ao redor do mundo nasceram com capacidades únicas, além da compreensão humana.

Super força, super velocidade, voar, o ser humano foi capaz de feitos incríveis com suas novas habilidades.

Logo, a maioria da população acabou desenvolvendo suas habilidades, deixando uma porcentagem mínima de pessoas que nasceram sem nenhuma.

Porém, o poder que gera milagres, também é aquele que gera desordem, com esses novos poderes, pessoas passaram a usufruir deles para gerar o caos, o mundo não parecia mais um lugar seguro quando isso se tornou explícito.

Então, com uma grande ameaça a se enfrentar, surge algo novo, aqueles que por livre e espontânea vontade colocaram sua vida em risco para o bem dos outros, estes agora são conhecidos como “Super-Heróis”.

Depois disso, o mundo se tornou um lugar novo, pacífico novamente, a cada ano mais e mais heróis passaram a surgir, instituições começaram a ser criadas para treiná-los...Mas aparentemente, este direito não pertencia a todos…

— Voltamos para uma notícia urgente, o casal de vilões conhecidos como “Ghouls” acabaram de ser presos em flagrante, o herói em questão que os capturou foi Eraser Head, que agiu rápido, impedindo que os vilões fizessem novas vítimas… - “Ghouls”, um casal de vilões que suas vítimas sempre apareciam com marcas de mordidas no corpo e alguns de seus membros arrancados, eles comiam a carne de suas vítimas como verdadeiros Ghouls fariam, era como se fosse a única forma deles se alimentarem… - Foi descoberto que os vilões possuem um casal de filhos gêmeos, estes serão levados em custódia e direcionados a alguma instituição psiquiátrica para ser analisado seus Estados mentais e logo levados a um orfanato… - nossa casa ficará em Hosu, em um prédio Velho e praticamente abandonado, momentos depois do pronunciamento, a Polícia surge em nosso apartamento, com eles, aquele herói, Eraser Head…

— ...Sasaki Hayato e Sasaki Hinami eu suponho… - Aquele homem de certa forma possuía uma feição um tanto aterrorizante, mas tudo que ele passava para mim era calma… - Vocês parecem tão jovens, quantos anos vocês dois tem? - Hinami parecia aflita com aquilo, então não esperava que ela respondesse…

— ...10, senhor… - Mesmo com aquele homem tentando nos acalmar, a situação era mais tensa do que ele podia controlar…

— Entendo, bom, nós sabemos que a situação não é nada agradável, mas vocês terão que vir conosco, nada acontecerá com vocês, nós garantimos - As palavras dele me pareceram convincentes, mas Hinami parecia assustada, não conseguia me soltar de forma alguma…

— Está tudo bem Hinami, eu não deixarei nada acontecerá com você. - Mesmo que por um breve momento, Hinami parecia mais calma, ela solta os braços em volta de mim lentamente e segura minha mão, mesmo que fôssemos gêmeos, eu sentia que devia protegê-la…

Depois disso nos levaram dali e fizeram inúmeros testes psicológicos em nós, queriam ter certeza que não nos tornássemos como nossos pais.

— Bom Hayato, eu tenho apenas mais uma pergunta para você, o que você pensa sobre seus pais? - O que eu pensava…

— Eu...tenho nojo de ter o sangue deles em mim…

— ...Muito bem… - Aquele havia sido nosso último teste, depois disso nos levaram para um orfanato, onde tentaram das a nós uma vida normal… mas isso estava longe de acontecer, lá dentro nos viam como aberrações, estavam sempre sozinhos, sequer as funcionárias de lá nos queriam ali, não sabíamos o que era, mas nós não precisávamos disso, Hinami e eu tínhamos um ao outro, não havia com o que se preocupar ali...até que aquele suposto sentimentos que tinham por nós se tornar ódio…

— O que diabos vocês ainda fazem aqui? Ninguém aqui gosta de vocês, vocês deviam ir embora! - 3 garotos, com suas individualidades já afloradas partiram para cima de mim, enquanto eu estava no Jardim nos fundos do orfanato.

— Se tivéssemos algum lugar para ir nós teríamos sumido daqui! - Um dos garotos naquele momento me empurrou, eu caí no chão e acabei cortando a mão.

— Nós não nos importamos com isso, apenas sumam! - Eu não sabia o porque daquilo tudo estar acontecendo, nós não fizemos nada para merecer aquilo, naquele momento um sentimento de ódio gigantesco surgiu de dentro de mim, ser odiado apenas por ter nascido, ser ridicularizado e humilhado apenas por existir; aquilo tudo era tão ridículo, eu não poderia deixar aquilo simplesmente acontecer, eu prometi que iria proteger a Hinami a todo custo, eu não podia ficar mais no chão eu tinha que me levantar…

— Eu não vou deixar...que Vocês façam o que bem entendem...comigo e com a minha irmã! - Um sentimento de fúria toma meu corpo e eu parto para cima de uma dos garotos, porém antes que eu acertasse aquele soco, o sangue do meu ferimento começou a revestir minha mão e logo ele endureceu parecendo uma luva de aço, com isso, meu soco lançou o garoto para trás e o desacordou, os outros dois saíram correndo, eu não iria deixar eles saírem impunes, com o meu sangue eu crio então um grande espinho feito com ele, quando eu estou prestes a lançar, eu noto a sua ponta extremamente pontiaguda, eu não queria feri-los de verdade, então eu modifiquei sua ponta para algo mais arredondado e lancei contra os dois garotos, que caíram o chão, também desmaiados, depois daquilo eu sinto um arrepio na coluna e corro de volta para o meu quarto, onde vejo Hinami chorando…

— Hayato! - Ela estava chorando, ela se levantou e me abraçou forte quando entrei…

— Hinami, está tudo bem? Aconteceu alguma coisa com você?

— Eu estou bem, o importante é você, eu vi daqui o que estava acontecendo com você, eles te machucaram… - Hinami então pega minha mão e olha o corte que eu havia feito quando cai… - Eu sinto muito Hayato, eu não pude fazer nada, eu nunca posso fazer nada por você… - Hinami chorava com um sentimento forte de frustração, eu a abracei forte e tentei reconforta-la.

— Não se preocupe Hinami, agora o mais importante, você disse que viu o que aconteceu daqui? Mas nosso quarto não dá visão para o Jardim…

— Eu sei que não, foi estranho, por um momento eu consegui enxergar vocês através das paredes, era como se por um momento minha visão fosse térmica e eu enxergasse o que estivesse acontecendo… - A visão da Hinami, o meu sangue, isso só podia significar uma coisa…

— Hinami, essa não seria sua individualidade?

— Minha individualidade… - Eu ergui minha mão e manipulei o sangue se ainda saía da minha ferida…

— Olhe, eu também desenvolvi a minha… - Hinami parecia impressionada, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, uma funcionária do orfanato apareceu.

— Sasaki, a diretora quer vê-lo… - Hinami segurou forte meu braço não querendo que eu vá…

— Não se preocupe, eu logo estarei de volta - Eu abracei tentando acalmá-la, ela permaneceu bastante nervosa, mas mesmo assim soltou meu braço.

Dentro daquele orfanato também havia uma grande escola para as crianças dali, a diretora era aquela que mandava em tudo ali.

— Muito bem Sasaki, então você está me dizendo que apenas acertou aqueles garotos por que eles te acertaram primeiro? Sinto muito mas é um tanto difícil de acreditar… - Não importa o que eu dissesse, eu sempre estaria errado naquele lugar, definitivamente ninguém nos quer aqui - Olha, nós entendemos o passado de vocês, principalmente agora que despertou a individualidade de seu pai, mas você não tem que ser igual eles entende? - Ouvir aquilo fazia meu sangue ferver, todos aqui nos odeiam por isso e nós não podemos fazer nada? Toda essa hipocrisia me dava nojo, mas infelizmente naquele lugar nós não tínhamos direitos… - Como foi a primeira vez que você causou confusão eu vou deixar passar, mas eu espero que não aconteça de novo, agora volte para seu quarto. - Não tinha nada que eu pudesse fazer, tudo que me restava, era proteger a Hinami a todo custo…

— Ei você ouviu? - No caminho de volta para o meu quarto eu escuto duas funcionárias conversando - Parece que os Sasaki desenvolveram suas individualidades.

— Sério? Porque nós ainda os deixamos aqui, quando crescerem se tornaram assassinos igual ao seus pais…

— Agora eu estou com medo de um da eles acordarem e decidirem matar todo mundo aqui… - Tudo isso, apenas por existir...Esse mundo é tão nojento!

Quando eu chego no meu quarto, meus punhos estavam cerrados e minha cara era de pura raiva, era tudo tão ridículo, nós não fizemos nada para merecer isso então porque…

— Hayato… - Quando acordo do meu estado de raiva vejo Hinami segurando minha mão, ela olhava para mim preocupada e com um pouco de medo… - Está tudo bem? - Eu a abracei forte naquele momento, era a única coisa que eu podia fazer naquela situação…

— Não se preocupe Hinami, eu não vou deixar nada acontecer com a gente… - Mesmo eu dizendo aquilo, Hinami não era burra, ela sabia exatamente o que estava acontecendo…

— Hayato...Eu tenho certeza, que um dia, acharemos um lugar onde seremos bem tratados...então, vamos nos esforçar só mais um pouco está bem? - Naquele momento eu lembrei...que Não estava sozinhos, enquanto eu tivesse Hinami, tudo era suportável…

Os dias dentro daquele lugar estavam indo de mal a pior, depois de termos desenvolvido nossas individualidades, o ódio foi substituído por medo, crianças, adultos, todos a nossa volta fugiam, tínhamos apenas um ao outro, por um momento, perdemos a esperança de uma vida feliz, achávamos que durante nossa vida inteira, nunca seríamos algo além de “Os filhos dos Ghouls”, porém alguém mostrou um novo ponto de vista dessa situação.

— Está tudo bem crianças, por quê?

— Porquê eu estou aqui! - A euforia tomou as crianças com a visita do grande símbolo da paz, sua presença era tão contagiante e brilhante, mas ao mesmo tempo, nos sentíamos indignos em sua presença.

Durante toda sua visita, Hinami e eu ficávamos aos cantos observando sua presença, sempre motivando a nós sermos heróis e lutarmos contra o mal, dentro de mim, era como se eu fosse o mal.

No momento em que ele estava prestes a ir, ele brevemente nota nossa presença, ele aparentemente nos reconheceu de todo o caso.

— Porquê ficaram tão afastados crianças? - Ele se aproximou instigado com a nossa situação, sua presença era inexplicavelmente ameaçadora, quase como se fôssemos vilões em sua frente, nos sequer tivemos coragem de abrir a boca.

— Vocês...tem algo que eu posso fazer por vocês? - Naquele momento, sentimos pela primeira vez a preocupação de alguém por nós, era como se ele realmente se importasse…

— All Might...nós, podemos nos tornar heróis? Mesmo sendo...filhos de vilões? - Hinami perguntou parecendo angustiada de ter que falar isso, era como se ela tivesse nojo dessa pergunta…

— ...Minha jovem, não importa as suas origens ou seus laços sanguíneos, se vocês tem o desejo de ajudar as pessoas, vocês se tornariam excelentes heróis… - Sua face determinada pareceu mudar para algo triste, porém motivado, era como se ele ficasse revoltado por ouvir alguém fazendo essa pergunta… - Eu espero que no futuro, eu os veja sendo ótimos heróis, lutando para salvar aqueles em perigo… - Aquilo reacendeu ao em mim, naquele momento eu percebi que eu poderia provar meu valor, que eu era mais do que diziam que era, eu poderia ir além, independente do meu sangue ou do meu passado, eu teria o controle do meu futuro.

— Hayato… - Depois de All Might ir Hinami me chama com um lindo e radiante sorriso… - Vamos nos ótimos heróis, assim como o All Might, certo? - Ver Hinami daquele jeito…

— Com certeza Hinami, eu te garanto isso! - Só servia como mais motivação...agora, Hinami e eu voltamos a ter esperança. - Seremos Heróis incríveis!