30 Day OTP Challenge escrita por Sue2011


Capítulo 25
Capítulo 25 - Il mio amore è tuo


Notas iniciais do capítulo

Dia 25 - Gazing into eachothers’ eyes
Gênero: Romance, Drama e Lime leve
Breve Descrição: Aquele em que Emmett se ocupa em organizar a festa de inauguração da linha Volterra ao mesmo tempo em que tenta resistir as investidas de Rosalie, porém quanto mais ele tenta se afastar mais acaba envolvido nos braços da mulher que despedaçou seu coração.

P.s: Esse capítulo é a parte final do capítulo 19
P.p.s: Não está betado, perdoem os erros



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— Deixa eu ver se eu entendi bem. Você passou meses me infernizando por uma oportunidade melhor, trabalhando que nem um condenado para entregar milhares de projetos no prazo certo com a maior qualidade possível, aguentando silenciosamente as críticas de Heidi Volturi, e mais um monte de coisas para que eu pudesse te dar a liderança com esse projeto da Volterra e agora você tem o desplante de vir até aqui e me pedir para colocar outra pessoa em seu lugar?

Foi uma surpresa para Emmett ver uma veia saltando na testa de seu sempre calmo e pacífico chefe, Jasper Withlock.  Engoliu em seco e desviou a atenção do rosto vermelho do homem à sua frente concentrando-se em afrouxar a própria gravata. Sabia que estava sendo covarde e provavelmente antiprofissional também, não era à toa que Jasper estava tão irritado por ele ter dito que não desejava mais trabalhar no projeto e ter sugerido que Ben Cheney ficasse em seu lugar, era um rapaz competente e esforçado embora um pouco tímido.

Mas Emmett sentia que não podia mais lidar com aquilo, desde que reencontrara Rosalie exatamente uma semana atrás ela não lhe dava descanso. “ Isso não vai se repetir”, ele tinha dito após fazerem sexo (sim porque ele se recusava a chamar de fazer amor, não queria que seu coração estúpido sequer pensasse naquela palavra) no banheiro do pub, mas desde então já tinham repetido a experiência mais duas vezes ambas sendo igualmente prazerosas a primeira.  Da primeira voz Rosalie o encurralou dentro do seu carro depois de uma reunião em que eles tinham decidido onde seria realizada a festa e definido como seria a abordagem para o lançamento dos produtos. Fora um erro ele se convenceu, não deixaria que acontecesse outra vez.

Da segunda vez aconteceu no elevador de serviço do prédio, que graças ao bom Deus não tinha câmeras. Emmett disse para si mesmo que aquela seria a última e que só estava fazendo aquilo para provar que não sentia mais nada por ela, entretanto quanto mais perto ficava de Rosalie mais admirava sua competência, mais via a mulher incrível que ela tinha se tornado e mais sentia que os sentimentos adormecidos em seu peito rugiam de volta à vida. Estava perdido.

Rosalie sabia conduzi-lo, sabia o momento exato de pressionar e o momento de deixa-lo livre, a vontade, a maldita o conhecia como mulher nenhuma o tinha conhecido. Então ele resolveu que pelo bem da sua paz de espírito e do seu coração a melhor coisa que tinha a fazer era desistir do projeto e naquele dia se encheu de coragem para falar com seu chefe, mas as coisas não estavam caminhando bem do jeito que ele tinha imaginado.

Emmett voltou a encarar Jasper e soltou um suspiro profundo.

— Jasper....

— Não! Não, não diga nada. Eu já sei o que nós vamos fazer. Vai ser o seguinte, você vai levantar a sua bunda dessa cadeira, vai dar meia volta, ir para sua própria sala e voltar a trabalhar no relatório parcial de andamento do projeto que você está me devendo e nós vamos fingir que essa conversa nunca aconteceu. Estamos entendidos?

— Jasper eu sinto muito, eu realmente estava empolgado com este trabalho e sei que você lutou muito para convencer o senhor Volturi a me deixar trabalhar nele, mas eu não posso fazer isso. Eu não quero causar problemas.

— Causar problemas? – Jasper riu amargamente. – Volturi vai me trucidar se eu tiver o desplante de sequer sugerir algo parecido o que não vai acontecer porque você não vai desistir dessa porra.

Emmett se encolheu arrependido de tocar no assunto, a última coisa que queria fazer era prejudicar Jasper. O chefe andava de um lado para o outro então voltou a encará-lo.

— Emmett, você é o melhor do nosso departamento, tem muita competência e esse projeto vai alavancar sua carreira imensamente. Sempre foi muito profissional e nunca me deixou na mão antes, o que é que está acontecendo? Por que está dando para trás?

Ele não soube o que dizer, não podia contar a Jasper que o motivo de desistir era por causa da sua ex namorada do tempo de colegial que de repente tinha voltado e estava infernizando sua vida e o tirando completamente do prumo. Emmett respirou fundo. Jasper estava certo, tinha lutado muito por aquilo e não podia desistir ainda por cima sem uma razão. Sorriu sem humor voltando a ajeitar a gravata embora ela estivesse impecável.

— Eu acho que só fiquei nervoso, falta uma semana agora e...e...é muita pressão e tem a senhorita Hale e....

— Ah! – Jasper suspirou aliviado. – Nossa, você me assustou um bocado. Emmett é natural se sentir pressionado quanto estamos trabalhando em algo grande e sei que a senhorita Hale também não é uma pessoa fácil e é bastante exigente.

— Você nem faz ideia. – Emmett murmurou e Jasper continuou pois não o tinha ouvido.

— Mas você consegue dar conta Emmett, é muito competente. Escute, você é um bom empregado e um bom amigo, e eu confio em você, você vai conseguir fazer um ótimo trabalho, vai ganhar uma promoção e eu não vou perder meu emprego, está bem? Agora vamos esquecer esse disparate todo, okay? – Jasper disse servindo um copo de Whisky para si e bebericando enquanto sentava confortavelmente na sua poltrona.

— Certo, claro.... Eu.... Desculpe por isso. – Emmett disse sem jeito se levantando com a intenção de retornar a sua própria sala, deu as costas ao chefe.

— Tudo bem. Além do mais, não teria a menor chance de você desistir desse projeto. - Jasper rir muito mais aliviado. – A senhorita Hale foi bem clara que teria que ser você a executar o planejamento ou nada feito.

Emmett fechou a cara, maldita manipuladora, mas ela iria se ver com ele.

X

Nos dois dias que se seguiram Emmett tentou a todo custo falar com a Hale para tirar aquela história a limpo, tinha ficado bastante incomodado com a perspectiva de só ter recebido a oportunidade por causa da vontade de Rosalie, ela já tinha deixado claro no último encontro deles que orquestrara todo aquele reencontro, queria realizar sua conquista por mérito próprio, não por causa do capricho da ex namorada. A despeito de sua vontade Rosalie parecia ter decidido que não gostaria de falar com ele, assim suas ligações sempre acabavam sendo interceptadas pela secretária dela, ela ignorou seus e-mails e não atendia suas ligações tampouco retornava as mensagens de texto.

Emmett dirigia de volta para casa após um dia cansativo no trabalho, tinha entregue o relatório a Jasper que dera seu parecer e o de Aro dizendo estar muito satisfeito com o avanço deles, já tinham decidido o local, contrataram os chefs que utilizariam os produtos Volterra, os garçons e o Dj e entraram em contato com a imprensa garantindo cobertura total do evento, tinham feito a arte dos convites para magnatas importantes, donos de restaurantes e quaisquer pessoas que pudessem ser potenciais investidores, a maioria das coisas estava bem encaminhada.

Seu celular tocou e ele conectou com o rádio do carro sem nem ao menos ver quem era, provavelmente Edward querendo que ele comprasse alguma coisa para levar para casa.

— Diz o que você quer, que eu levo. – Ele atendeu bem-humorado e quase perdeu a direção do carro quando a voz sexy de Rosalie o respondeu.

—Hum.... Isso é bastante sugestivo não? Mas já que você ofereceu, acho que vou querer Emmett McCarty em casa. - Ela riu e seu corpo reagiu involuntariamente aquele som.

— Não tem graça, Rosalie. Eu achei que era outra pessoa. - Ela ainda continuava a sorrir. – O que é que você quer afinal? Passei esses dois dias tentando falar com você e você me ignorou completamente.

— Emmett a saudade é fundamental para manter os sentimentos vivos dentro de um relacionamento.

— Não temos um relacionamento. – Emmett foi taxativo.

— Questão de tempo. – Ela fez pouco caso do seu comentário.

— Você vai me dizer porque ligou ou eu vou ter que adivinhar? – Ele perguntou mudando de assunto.

— Ah, é, isso. Bem, eu gostaria que você viesse ao meu apartamento esta noite.

— Há, há, muito engraçado. Você vai falar sério ou eu vou ter que desligar? Eu estou no trânsito.

Rosalie revirou os olhos se acomodando melhor no sofá do seu apartamento enquanto sentia o cheiro delicioso de comida italiana vir da cozinha.

— Estou falando sério, preciso de você aqui para decidir o cardápio do jantar que serviremos na festa.

Emmett sentiu a cabeça latejar, estava cansado de negar, cansado de resistir, cansado de tentar se afastar.

— Certo, me diz o endereço, vou só passar em casa para tomar um banho.

— Estarei esperando, ansiosamente. – Ela finalizou a chamada. Emmett não sabia o que esperar daquela noite, mas tinha a impressão de que nada mais seria igual.

X

Emmett tocou a campainha do apartamento 1401 sentindo um frio gelar sua barriga, repetia que era apenas um encontro profissional fora de hora, afinal já eram quase 21 horas, era capaz de lidar com a situação, se conseguisse manter tudo em um nível profissional não haveriam maiores problemas, e se assuntos mais pessoais surgissem daria um basta naquela situação, diria a Rosalie que já não sentia mais nada por ela e que estava cansado daquele jogo de gato e rato, depois da festa da empresa eles não se veriam mais e era bom que ela aceitasse aquilo.

A porta foi aberta e Emmett precisou ativar todo seu auto-controle para não sucumbir a visão de Rosalie naquele noite, ela usava um vestido preto  de alças que chegava até a metade de suas coxas, era uma roupa simples que em qualquer outra pessoa talvez não chamasse a atenção, porém nela apenas ressaltava sua beleza e a fazia parecer mais jovem e inocente, não a pragmática mulher de negócios, mas sim o lembrava a Rosalie de sua adolescência, a menina inocente com quem ele tinha dado o seu primeiro beijo atrás do salgueiro da escola, a primeira menina que ele levou ao baile e a primeira que o fez desejar ser bom em poesia apenas para lhe escrever um poema.

Pigarreou encabulado, era passado.

— Boa noite. – Ele disse e sem saber mais o que dizer levantou a garrafa que tinha em mãos. – Eu trouxe vinho tinto, ouvir dizer que combinava com comida italiana.

— Perfeito. – Respondeu simplesmente dando espaço para que ele entrasse. Rosalie não pode deixar de admirar o porte dele numa camisa polo preta e calça jeans que destacavam a forma bem-feita do seu traseiro, preferia muito mais essa versão despojada do que a do homem de negócios embora desejasse ambas.

O apartamento era espaçoso, amplo e arejado, a decoração toda em tons de areia com móveis em tons mais escuros de marrom, ele entrou sentindo-se como um coelho que tinha acabado de entrar no covil do lobo.

Rosalie pegou o vinho de suas mãos.

— Vem, a cozinha é por aqui. - Ela indicou o caminho e ele apenas a seguiu em silêncio.  Quando chegou no cômodo qual não foi sua surpresa ao se deparar com uma mesa posta para dois, a meia luz fornecida por várias velas e havia um jazz suave tocando em algum lugar por ali.

— Pode sentar, eu vou servir as entradas. – Ele aquiesceu e sentou vendo Rosalie servir duas travessas com pratos italianos dos quais ele não tinha conhecimento, nunca tinha sido muito fã de comida italiana, exceto pizza e lasanha.

— Eu pensei inicialmente em dois tipos de cardápio utilizando as massas que serão lançadas pela Volterra, a ideia é ter uma linha de alimentos que seja versátil e possa ser utilizada tanto por restaurantes, bistrôs e outros empreendimentos do ramo culinário quanto por donas de casa no jantar de domingo. – Ela riu e ele a acompanhou relaxando visivelmente ao ver que o assunto era de fato profissional.

— Prossiga, estou curioso, eu não entendo muito de comida italiana, então acho que é uma boa coisa ter você tomando conta dessa parte. – Rosalie assentiu ficando muito satisfeita pelo elogio, via que aos poucos Emmett relaxava e ela conseguia avançar quebrando cada uma de suas barreiras, aquela noite seria o cheque mate.

— Bem, aqui nós temos alcachofra a moda romana com torradas que é cozida lentamente com azeite e salsa e é uma ótima opção de entrada para o público vegetariano além de ser uma entrada leve e de fácil preparo e a segunda opção é uma cappaccio que é basicamente um prato feito de carne ou peixe cru cortado em fatias bem finas, neste caso eu pensei em fazer mais tradicional optando pela carne mesmo e complementar como um molho de mostarda. – Emmett olhou para tudo aquilo impressionado e se serviu começando a comer.

O sabor explodiu em sua boca e ele gemeu audivelmente com prazer. Elogiou a comida e ela agradeceu com alegria passando então aos pratos seguintes.  Como prato principal Rosalie tinha optado por dois tipos de massa distintos o tortellini que era um tipo de massa servida ao dente em um caldo de carne coberta com queijo parmesão e como segunda opção um delicioso nhoque de frango.

— Isso aqui tá muito bom. - Ele disse depois de provar os dois pratos encarando a loira que degustava uma taça de vinho. Ela devolveu o olhar e eles ficaram presos naquele contato, sua boca ficou seca de repente e ele percebeu que queria muito beijá-la naquele momento. – Eu nem consigo escolher um só. Não sabia que você sabia preparar comida italiana tão bem. – Ele disse desviando a vista de volta para o prato para evitar fazer uma besteira.

— Eu viajei para a Itália ao final do ensino médio. – Ela disse com naturalidade como se falasse da previsão do tempo e não da viagem que tinha posto fim de fato ao relacionamento deles dois. Emmett sentiu a informação cair em seu colo como uma bomba.

A amargura fez a comida perder totalmente o sabor em sua boca.

— Que bom para você.

— Eu não achei que você viria essa noite, sabia? – Rosalie disse e ele não conseguiu acompanhar a mudança brusca no assunto. – Por que você veio, Emmett? – Ela questionou ficando de pé e se aproximando dele.

— Você pode achar que não Rosalie, mas eu sou um homem responsável e levo muito a sério o meu trabalho, isso aqui é um encontro de negócios e foi por isso que eu vim. Eu mais do que ninguém quero que essa festa dê certo porque ela representa a promoção que eu tanto almejo, significa muito pra mim saber que eu sai de lugar nenhum e cheguei até aqui por mérito meu. - Ele se pôs de pé também. – O que me lembra de uma coisa que eu gostaria de discutir com você e a razão pela qual que liguei tantas vezes nos últimos dois dias.  Jasper me contou que você exigiu que fosse eu a ficar responsável por essa conta e lembro muito bem de você me dizer que tinha orquestrado tudo isso. Pois bem, quero que pare de interferir, eu não preciso da sua piedade, você pode deixar sua culpa de lado e seguir em frente na sua vida, você não me deve nada e se acha que uma promoção vai recompensar tudo o que aconteceu...

Ela riu pegando-o completamente desprevenido e o deixando confuso.

— Você acha que eu exigi a sua presença neste negócio por culpa? Remorso? Você não sabe de nada, Emmett. Sim eu admito em primeiro lugar eu o escolhi a dedo porque queria você perto, porque decidi tentar de novo, porque eu queria você e estava cansada de não tê-lo.  Há três anos contratei detetives para descobrir seu paradeiro sem sucesso, você foi embora de Forks sem olhar para trás. Então imagine a minha surpresa quando soube que a Volterra iria fechar um negócio com Volturi e que você era candidato a liderar o projeto. Fiz questão de ser a representante da Volterra e me assegurei de que você estaria nisso comigo, mas não apenas porque eu queria a oportunidade de ter você de novo. Eu não seria tão antiprofissional. – Ele fez uma careta, considerando tudo o que ela já tinha feito até ali, aquilo era fichinha. – Eu vi seus trabalhos, vi o quanto você era bom e isso só me fez ter mais certeza de que fiz a coisa certa ao te deixar, mas agora nada mais nos impede de ficar juntos.

Emmett se ergueu da mesa exasperado, frustrado por não entender nada do que ela dizia.

— Fez a coisa certa ao me deixar? Você me destruiu Rosalie, você pegou todo o amor que eu te dei e jogou no lixo em troca você me deixou uma carta idiota que não explicava nada e um enorme vazio no meu coração. Quer saber? Eu já estou farto, já estou cansado dos seus jogos, das suas brincadeiras, de você achar que pode me usar, eu vou embora agora porque pra mim não importa mais, eu não ligo pra nada disso. Saia do meu caminho. – Ele disse quando ela bloqueou a saída da cozinha.

— Não! Eu não vou sair, também já estou cansada da sua teimosia, de você fugindo quando está claro o que você quer e o que eu quero.

— O que você quer? Eu sei muito bem o que você quer, você quer me fazer de idiota mais uma vez, quer brincar com meu coração de novo, mas eu não vou permitir, está ouvindo? Não vou.

— Eu amo você. – Ela disse impedindo que ele saísse e Emmett arquejou dando um passo para trás ao ouvir a sinceridade na voz dela. – E ouso dizer que nunca deixei de amar, Emmett. Mas não quero nem vou fazer nada contra sua vontade, então vai ser assim. Se você olhar no fundo dos meus olhos agora e me disser que não me ama, que não sente nada por mim e que não pensou em mim nenhuma vez em todos esses anos eu sumo da sua vida, desapareço completamente e você nunca mais vai ouvir falar de mim. – Ela se aproximou encurralando-o contra a parede.

Sabia que estava apostando todas as sus fichas pois era uma mulher de palavra, se Emmett dissesse que não a queria ela teria que deixa-lo ir, porém precisava arriscar. Tinha lido em algum lugar que “ Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.” E nesse caso significava perder Emmett também.

— Mas se você não conseguir, você vai me ouvir e vamos falar do passado, abrir a porta e deixar que os velhos fantasmas entrem para que possamos exorcizá-los juntos e ter uma chance de ser feliz. E então, como é que vai ser?

Emmett respirou fundo, o peito subindo e descendo apressadamente, o coração batendo acelerado e fazendo o sangue correr rápido em suas veias e então ele a encarou. Olhos nos olhos. Azul contra o Verde. Uma explosão de sentimentos pairando entre os dois e então quando Emmett abriu a boca a única coisa que saiu foi:

— Eu amo você e você sabe disso. Nunca esqueci de você, nem mesmo por um minuto. – E ela o abraçou agradecendo aos céus por não ter perdido sua chance. Apertou seu corpo ao dele e sussurrou em sua orelha.

— Il mio amore è tuo. – As palavras ditas em tom arrastado e sexy fizeram o corpo dos dois vibrar e eles gemeram juntos.

—Eu não sei italiano. - Emmett sussurrou com voz rouca.

— Meu amor é teu. – Rosalie disse chupado o lóbulo da orelha dele e já sem controle Emmett a ergueu, ela enlaçou sua cintura com as pernas e eles beijaram-se apaixonadamente selando o momento.

Na pressa para consumar a paixão eles nem mesmo conseguiram chegar até o quarto usando o tapete da sala como cama e o silêncio da noite como testemunhas do seu amor.

X

Depois de fazerem amor Emmett e Rosalie estavam deitados no tapete de frente a lareira da sala desfrutando da sobremesa que Rosalie tinha preparado para eles gellato e tiramisú enquanto a loira contava como havia sido horrível quando seus pais lhe deram um ultimato dizendo que ou ela acabava o namoro com Emmett ou eles se assegurariam que ele jamais fizesse a faculdade que tanto almejava e realizasse seus sonhos. Rosalie era inocente e manipulável eles diziam e jamais permitiriam que ela fosse arruinada e arruinasse o nome da família se envolvendo com um caça-dotes qualquer, um joão ninguém sem eira nem beira.  Emmett se compadeceu ao imaginar o desespero de Rosalie que de fato em sua adolescência era uma jovem sonhadora e inocente que jamais cogitaria prejudica-lo mesmo que tivesse que sofrer por isso.

— Eu nem pude acreditar, eles eram meus pais, deveriam me proteger, não chantagear o homem que eu amava. Mas eu sabia do que eles eram capazes e não queria que nada daquilo afetasse você. Ao mesmo tempo sabia que jamais conseguiria te deixar ir se o visse, por isso apenas escrevi a carta e parti, eu não era forte o bastante, se apenas olhasse em seus olhos teria ficado para sempre independente do que meus pais pudessem fazer. Fui tão estúpida.- Ela finalizou sentindo  o aperto de Emmett em sua cintura e ele a puxar para mais perto pressionando seus seios desnudos contra o peitoral forte.

Mas foi com gentileza que ele beijou sua testa afastando um cacho dourado que insistia em cair sobre o local.

— Eu gostaria que você tivesse me contado. – Sussurrou por fim. – Eu não a teria deixado ir, nunca. Porém eu entendo você e até mesmo acredito que se fosse o contrário eu teria feito a mesma coisa. Éramos jovens e imaturos, não estávamos prontos ainda, mas isso está no passado e eu não quero mais pensar atrás. O que passou, passou. Tudo o que importa é que você com sua teimosia e contra todas as probabilidades voltou para mim e eu não poderia me sentir mais grato por isso.  Eu proponho um brinde. – Ele disse de repente.

— Um brinde ?- Ela perguntou feliz se enroscando mais nele.

— Ao futuro, a nós dois, a Itália que através da Volterra nos uniu.

Ele ergueu sua taça de gellato e ela o acompanhou batendo o vidro de leve e então Emmett provou o delicioso sorvete de morango beijando Rosalie logo em seguida misturando o sabor dela ao do doce, e Rosalie se arrepiou com a sensação deliciosamente gelada em contraste com o seu corpo tão quente.

— Eu amo você. – Ela disse quando se separaram.

— Il mio amore è tuo – Emmett repetiu o que ela tinha dito antes e Rosalie não ligou para o fato da pronuncia estar errada, tocada demais pelo significado das palavras que era o que realmente importava.

O passado ficou para trás, escreveriam uma nova história dali para frente.


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Notas finais do capítulo

Em primeiro lugar a frase que está em itálico é de Soren Kierkegaard. Só pra eu não esquecer suhahshas
Mais um prompt concluido e um universo fechado galerinha, ta acabando e essa foi a última duo, daqui para a frente só ones se tudo seguir meu planejamento asuhahshaus
Espero que tenham gostado
Beijinhos e a gente se vê amanhã
#Faltam5



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