Ironias do Amor escrita por Lyse Darcy


Capítulo 4
CAP 04 – Um Domingo Ironicamente Agradável




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Ao sentir a claridade adentrar pelo seu quarto Rey deu um pulo da cama. Totalmente desperta e vindo mil pensamentos a sua cabeça. “Onde vai me levar? Que roupa devo usar? Será que fiz bem em aceitar o convite? E amanhã como vai ser no trabalho? ”

Uma onda de ansiedade atingiu em cheio o seu coração. E, se sentiu indecisa e tentada a desmarcar o compromisso, inventar uma desculpa qualquer. E por fim a essa loucura, antes que as coisas fossem longe demais. E, antes de chamar Rose para ajudá-la em despistar o homem que viria logo mais lhe buscar. A amiga entra no recinto com uma careta interrogativa e pergunta:

— Ué?! Deu formiga na cama, em pleno domingo já acordada? Você sempre diz que os fins de semana são para colocar o sono em dia? – A amiga foi logo juntando e arrumando o local onde a garota dormia como num ritual semanal.

A outra estava tão absorta em seus pensamentos que nem se deu conta que a compulsiva por arrumação estava falando, de modo que, a garota que estava com roupas na mão torna a falar:

— Hei! Você me ouviu? Eu acho que esse problema tem a ver com um ‘certo bonitão, a lá vampiro’, que vimos na festa e, que por coincidência o vimos ontem também. – Riu não escondendo o seu divertimento e sua ironia. A jovem sentada na cama saiu de seu devaneio e respondeu:

—Ah! Rose você precisa me ajudar a sair de uma enrascada! – Olhava-a com um olhar ‘pidão’ e tornou a falar. – Você precisa mesmo me ajudar! –Falava com as mãos em forma de prece como pedindo clemencia e continuou.

— Eu aceitei o convite de Ben, digo, Sr. Solo para sair, mas isso foi muito precipitado e implica várias coisas. E o mais gritante deles é: ele ser um dos sócios no escritório que iniciei meu estágio, não quero estragar tudo, quero ser efetivada. Preciso ter foco em minha carreira e não me distrair dos meus objetivos.

A ouvinte avaliava tudo silenciosamente e atenta a todos os pormenores das questões envolvidas. Não queria a amiga voltando num retrocesso, já que, esse homem fez tanto bem a ela, e há muito tempo a amiga não se abria para vida. Ponderou e falou de modo tranquilo e calmo.

— Você não vai desmarcar nada. Até porque vocês não vão fazer nada demais. E desde quando colegas de trabalho não podem interagir socialmente fora do ambiente de trabalho? – Sabia que era muito mais que isso, porém queria ver a amiga feliz. E quem sabe não seria esse o sujeito sortudo a ter o amor da garota mais generosa e bondosa que já conhecera. E concluiu.

— Você irá bem bonita vou arrumar seus cabelos com um coque oriental de palitos. Vai ficar lindo! E vai colocar aquele vestido que você comprou e nunca usa. –Houve um sorriso tímido da parte da garota de cabelos desgrenhados e um aceno afirmativo.

(...)

O carro parecia um confinamento opressivo para a garota com um vestido primaveril lindo e segurava um chapéu com flores nas abas, de uma maneira bastante nervosa, levava o acessório consigo por insistência da japonesinha, mas achava um tanto exagerado. Mas não quis fazer a desfeita então o trouxe.

O motorista também aparentava estar um pouco tenso, tamborilando os dedos no volante, de modo compassado para esconder sua agitação. O silêncio foi quebrado quando ambos falaram ao mesmo tempo.

— Quer ouvir música? – Falou o homem

— Para onde vamos? – A garota falou curiosa. Então Ben ajeitou seus óculos de sol na ponte do nariz e diz.

— Primeiro as damas! – E deu um sorrisinho travesso para ela. Com isso ela tornou a repetir.

— Para onde vamos? –Devolvendo o sorriso. E o rapaz tira por alguns segundos a vista do caminho responde.

— Isso é uma surpresa senhorita Jakkes. Tenho certeza que você irá gostar. – E completou. –Agora é a minha vez. Você quer ouvir um pouco de música? – Baixando um pouco os óculos para lhe dar uma piscadela divertida.

— Hum .... Eu gosto muito de música. Aliás, sou muito eclética. Ouço uma grande variedade de gêneros musicais. –Olhou para ele com um certo divertimento nos lábios. De maneira que, ele devolve um sorriso no mesmo tom.

— Senhorita Jakkes ... Digo, Rey! Sempre surpreendendo! –Alcançou o écran do aparelho de som e se iniciou algo muito familiar aos ouvidos da jovem, que percebeu que foi a música que ela ouvia no Niima’s, quando eles se encontraram.

Ele, por sua vez, não deixava nada escapar. Como um bom observador, e isso o fazia ser um dos melhores advogados do país. Aliás, toda a sua família tinha tradição na área do direito, desde seus avós. Notou no dia da lanchonete que os olhos da garota brilharam, e os movimentos do corpo e das mãos faziam quando ouviu a canção, não há dúvidas que esta era uma música cara aos seus ouvidos.

Colocou-a com a finalidade de evocar esses sentimentos positivos na passageira que vinha ao seu lado um tanto quanto tímida. E de fato, alcançou seus objetivos aquele som mexia de modo positivo com Rey, pois ao começar a ouvir a melodia, seus olhos brilharam de um esverdeado lindo, que deixaram o homem ainda mais fascinado por aquela beleza ingênua.

A garota de modo involuntário começou a menear a cabeça ao ritmo da música e cantar junto com o cantor. Ao notar que um olhar de admiração e um sorriso nos lábios a encarava. Se estremeceu e cortou os movimentos com que com um choque. O que seu observador contesta.

— Não devia parar por minha causa. Sua espontaneidade é muito bem-vinda. Estou cercado de pessoas tensas e comedidas ... – Nesse momento ele morde suas bochechas internas. Cortando os pensamentos para não pressionar a garota que estava começando a se soltar. A fim de, não perder o progresso de interação com a jovem encantadora que estava no banco do carona. Tornando a falar. -Já chegamos!

A moça mal pode conter o entusiasmo era a amostra de poemas raros das Irmãs Brontë. Com seus manuscritos originais, peças, ensaios e romances. Ela queria muito ver essa amostra, até estava fazendo planos para ver com a amiga. Mas, como isso era possível esse evento só seria aberto ao público semana que vem. De modo que, olha o seu parceiro de viagem com alegria e uma certa curiosidade.

—Mas Ben ... Digo Sr. Solo. Como isso é possível? A amostra só será aberta ao público semana que vem? –Inqueriu com uma voz animada e eufórica.

— Primeiro pode me chamar de Ben. Se não se importa! –Falou sorrindo e, continuou. – Eu tenho uns conhecidos que estão na organização e divulgação desse evento. Então eu pedi para vir antes. A princípio viria sozinho. Porque gosto de apreciar a arte em todas as suas facetas sozinho. –Olhava a garota com intensidade que a deixou arrepiada e uma sensação gostosa no baixo ventre. E prosseguiu.

— Mas a nossa conversa de ontem pude perceber que você iria gostar de vir aqui também. –Não deixando de olha-la em nenhum segundo. A fim de absorver toda a intensidade daquela beldade. Rey totalmente hipnotizada com aquele olhar fala pausadamente como que em um encantamento.

— Sim! Eu gosto muito de poesias, crônicas e romances. Planejava vir aqui quando abrisse ao público. – Baixou a vista corada e novamente ergueu os olhos. E deu um sorriso radiante para o homem sentado em frente ao volante.

— Que bom que você me convidou! – Ela falou encantada.  Ambos saíram do carro e adentraram no local. A amostra foi algo muito interessante para ambas as partes.

Uma empolgação radiante envolvia aquela dupla que mais pareciam um casal, mas longe de admitirem em voz alta tal coisa. Quando de fato era o desejo secreto vindo de ambas as partes. A moça acompanhava cada detalhe da exposição com um olhar curioso e atento. E pontuava cada detalhe com uma euforia juvenil o que via nos compilados. Cada poema, crônica, romance, nada ficava despercebido aos seus olhos. O seu acompanhante a observava atentamente e ouvia cada palavra vinda da jovem entusiasta. Admirava e reverenciava cada som vindo de sua interlocutora.

— Eu confesso que a amostra é muito rica e profícua, mas você deu um tom mais vivaz a essa amostra. –Falou o homem, cuja a alegria não era despercebida, nem no seu tom de voz e, nem em suas expressões. Logo ele que sempre se mostrou tão frio e objetivo. Notou que aquela jovem de sardinhas no rosto, de um modo tão repentino e ao mesmo tempo tão sútil estava fazendo alguma coisa mudar dentro do seu ser.

O abrindo a sentimentos que antes, sequer havia experimentado, não que não tivesse outros relacionamentos antes, mas esse era diferente em todos os sentidos. “E se alguém falasse a ele que teria um sentimento assim, riria e diria que isso é conversa fiada”, mas agora esse sentimento o acertava em cheio com uma avalanche de sensações que o deixava longe do seu lugar comum, mais ao mesmo tempo feliz. Rey o olha de modo alegre e responde.

— Ah! Você que foi uma companhia gentil e atenta. Que ficou me ouvindo o tempo todo. –Falou de modo charmoso e cativante. Ambos se olharam de modo cumplice e afetuoso e nesse momento perceberam que aquele sentimento era mutuo e não era banal, havia algo real e que não terminaria tão cedo.

Então homem charmoso pegou na mão quente e delicada da garota e a levou até seus lábios carnudos e macios, de modo terno selou os num beijo carinhoso e cheio de promessa. A olhando com os olhos nublados de desejo coloca suas mãos em torno da cintura dela e a trás para mais próximo de si. E em seguida lhe dá um beijo em sua bochecha fazendo um caminho pela ponta do seu nariz. O que tira um sorriso gostoso da garota. E torna a beijar a outra face, por fim se encaixa gentilmente num beijo envolvente que começou lento e terno e foi se intensificando numa explosão de emoções e vontades adormecidas.

Os dois estavam envolvidos num abraço intenso seus corpos em uma fusão gostosa e aconchegante. Como se aquilo sempre tivesse existido nessa vida, na outra e enquanto tempo tivessem. O homem a beijava com seus lábios exigentes buscavam os dela e suas línguas inquietas e cheias de vontade se buscavam num frenesi carregado de volúpia. As mãos dele acariciavam toda a extensão das costas da garota. E as mãos da garota espalmada no tórax musculoso sentia toda a extensão de seu vigor. A medida que ficavam cada vez mais próximos, ela sentia a virilidade do homem contra a sua pela, e isso era uma sensação deliciosa. Sentia suas partes baixas se umedeceram com a intensidade do contato.

Quando cessaram os beijos e as carícias. Continuando nos braços um do outro num carinho pleno. Eles se olharam. E Bem disse de modo suave.

— Quero continuar vendo você, não quero deixar de estar na sua companhia. –Sorriu de modo terno e sincero.

A garota devolveu o sorriso e assentiu com a cabeça de modo leve e positivo aquela proposta maluca e tentadora. Nesse momento o homem encosta sua testa a dela. E ela pensa consigo “Pro inferno todas as convenções e protocolos”. Ela também queria continuar tendo a presença sólida desse homem tão profundo e cativante. E tinha certeza que juntos encontrariam uma forma disso dar certo. Juntos encontrariam uma maneira.  


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