50 Tons Depois do Felizes Para Sempre escrita por Carolina Muniz


Capítulo 5
3.


Notas iniciais do capítulo

Oiii, orbigada pelos comentário ;)



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• Capítulo 3 •

Ana não dirigiu a palavra a Christian nem mesmo quando ele chegou do trabalho, enquanto ela estava no tapete da sala com Teddy e o marido brincou com o menino que fez festa. A morena tirou a roupa que usou no trabalho, tomou um banho relaxante e voltou a sala, onde Christian ainda estava com Teddy no tapete, levantando-se provavelmente para levá-lo para o quarto, pois o menino estava sonolento.

Ana não sabia pelo o que havia sido levada naquela manhã, fosse pela sede de fazer entender que ela não estava brincando com tudo o que disse na noite passada, ou fosse para garantir que nunca mais iria deixar algo do tipo acontecer novamente: ela havia ligado para Jason - seu advogado - pedido uma prévia e intimato do divórcio.

A garota desviou o caminho e seguiu até Gail na cozinha.

— O que está fazendo hoje? - Ana questionou à mulher enquanto se apoiava no balcão de mármore.

— Hoje estou preparando frango xadrez, do jeito que a senhora disse que gostava - respondeu a governanta com alegria.

Ana perdeu o sorriso.

Por que até frango a fazia lembrar de Christian?

A empregada percebeu a patroa ficar perdida, olhando para o nada de repente, a expressão até mesmo triste.

A governanta não dizia nada, mas era claro para ela que os patrões estavam numa fase difícil e por estar estar durando mais do que algumas horas, daquela vez a briga fora séria.

E ela soube que não estava errada, ainda mais quando Christian entrou na cozinha como um furacão.

— Anastacia, você acha que pode mesmo fazer isso!? - gritou o homem.

Ana se virou automaticamente. Christian parecia furioso, o rosto retorcido pela raiva, apenas com a camisa branca de linho - com os botões de cima abertos, o que desconcentrava um pouco - e a calça do terno.

— Você vai pedir o divórcio? - questionou ele uma oitava mais alta.

— Eu já pedi, Christian - respondeu Ana, a voz inacreditavelmente baixa em comparação ao tom de Christian.

Gail tratou de desligar o fogão e sair da cozinha, deixando os patrões a sós mesmo estando assustada com a natureza da briga. A governanta já soube de muitas brigas do casal, coisas realmente sérias até, mas em hipótese nenhum eles sequer falaram em divórcio, e mesmo não querendo escutar, bem, a empregada estava ali, não dava para não ter realmente escutado enquanto Ana respondia que havia o pedido.

— E você vai jogar nosso casamento fora? - Christian vociferou.

Ana tirou o cabelo dos olhos com um aceno de cabeça e cruzou os braços.

— Você fez isso, não eu - murmurou ela.

Christian bufou e se aproximou da menina.

— Droga, Ana, foi só uma vez, okay? Eu nunca mais vou fazer isso.

— Eu não acredito em você, Christian - explodiu a menina. - O que você acha? Que uma vez não é o bastante para que eu não pare de confiar em você? Eu acho que você realmente não entende o que fez. Christian, você me bateu!

Eles estavam realmente próximos ali, e apenas a diferença de altura de Christian que os separava.

— Eu não quero continuar com alguém que eu sinto medo estando perto - Ana declarou, afastando-se do marido.

Dois dias se passaram. Dois dias e Christian não lhe dirigira ao menos uma palavra sequer desde a discussão na cozinha. Ana não sabia se era por suas palavras - as quais proferiu dizendo que tinha medo dele - ou o pedido de divórcio - que não a deixava mais com tanta certeza assim.

Ela amava Christian incondicionalmente, e também havia Teddy, quem ela não parava de pensar um segundo sequer do dia. O pequeno não vivia sem o pai, imagina de repente não tê-lo todas as noites, não ser acordado por ele todos os dias ou não ser minado por ele toda madrugada em que acordava manhoso depois de um sonho ruim. Todas aquelas coisas a faziam se sentir uma pessoa horrível pela separação, e de repente ela sente como se não valesse a pena, nada valeria pois perderia todas aquelas coisas - ela e Teddy. O problema todo era quando ela se lembrava do motivo que levou realmente àquela situação - e ela se lembrava o tempo todo.

O corte no canto do lábio já havia quase desaparecido, apenas um pontinho tinha ali, como se quisesse a lembrar fisicamente também da mão pesada de Christian em seu rosto.

A morena tinha a cabeça recostada em sua cadeira no escritório da Grey Publishion, os olhos fechados e a cabeça a mil.

— Sra. Grey - chamou Hannah após abrir uma fresta de sua porta.

Ana abriu os olhos e se endireitou na cadeira.

— Sim, Hannah?

A secretária entrou na sala com seu habitual tablet em mãos e a expressão culpada.

— Eu me esqueci de lhe falar sobre o novo editor, ele pediu uma reunião informal essa tarde e eu não anotei. Ele ligou para confirmar o almoço - Hannah disse, a expressão claramente mortificada por ter esquecido de avisar sobre um compromisso da chefe.

Ana sorriu.

— Está tudo bem, Hannah. É o Heitor Parvanell, não é?

— Sim, esse mesmo. Realmente me desculpe, Sra. Grey, é que eu estava com tanta coisa na cabeça ontem que acabei de me esquecendo de anotar...

— Está tudo bem, sério - interrompeu a morena. - Não se preocupe. E pode confirmar o almoço. Pergunta se podemos nos encontrar no Bon Apetit. Ah, e nós vamos ter que conversar novamente sobre você me chamando de Sra. Grey?

A secretária riu discretamente forçada, confirmou com a cabeça sobre o restaurante e se retirou.

Ana franziu o cenho.

Havia alguma coisa errada com Hannah.

Porém, a garota deixou para lá por aquelas horas, precisava arrumar alguns pontos para a reunião que teria com o novo editor - sem contar que ela tinha seus muitos problemas também.

Ao contrário do que pensou, não foi um almoço maçante, Heitor sabia conversar e convencê-la a publicar seu livro, o homem era engraçado e livre de uma forma que Ana precisava para não explodir em uma reunião com todos as coisas que tinha em sua cabeça.

Mesmo com toda a briga com Christian, ela ainda tinha Sawyer e Prescott a seguindo para todos os lados, mesmo que tenha percebido que agora eles até davam uma volta por aí algumas horas, ou apenas um ficava no prédio.

Fosse por Christian ter relaxado naquilo e os feito não fazer sombra para o morena o tempo todo, ou fosse porque eles decidiram que ela não precisava mesmo de toda aquela proteção.

Ana apostava na primeira opção, claro.

A garota teve um bom dia, e ele se estendeu com uma mensagem de Kate lhe pedindo para encontrá-la para uma bebida - qual Ana teve de recusar pelo fato de que Teddy tinha o seu horário de chegada - e também uma ligação de Mia a lembrando do jantar com os pais da mesma na sexta.

Ana tentou ao máximo mostrar apenas que estava tudo bem e que estaria lá, não querendo se estender muito na ligação pois Mia sabia a fazer falar tudo caso percebesse algo de diferente na voz da garota quando a menina a lembrou do jantar. A morena não precisava que outras pessoas soubesse que sua relação com Christian estava um desastre naqueles dias.

Às 17h23min, a morena pegou desligou o computador de sua sala, pegou sua bolsa e seguiu para fora.

— Até amanhã, Hannah - disse para a secretária que também já arrumava suas coisas para ir embora. - Hey, está tudo bem? - questionou ao que percebeu que a garota passou as costas das mãos pelo rosto e desejou com a voz embargada um "boa noite, sra. Grey".

A secretária fungou discretamente enquanto fingia procurar algo na bolsa para não ter de levantar a cabeça.

— Sim - respondeu ela.

— Hannah, você está chorando? - Ana questionou, aproximando-se da cadeira da garota.

— Não, não, claro que não, senhora... Hã, Ana - a garota passou freneticamente as costas da mão pelo rosto.

Ana mordeu o lábio inferior e tirou o cabelo dos olhos.

— Tudo bem, você não quer falar sobre isso. Eu sei como é uma droga você está chorando e alguém querer conversar, só piora tudo, às vezes. Só quero que saiba que, quando quiser, pode falar comigo - disse a morena.

Hannah balançou a cabeça para cima e para baixo.

— Obrigada - sussurrou ela.

— Qualquer coisa me liga se precisar, você sabe, não vir amanhã ou algo assim - avisou.

— Claro. Obrigada de novo - a secretária levantou a cabeça finalmente, mostrando-lhe um sorriso mínimo em agradecimento.

Ana lhe devolveu o sorriso e caminhou através para a porta, com Sawyer logo aparecendo em seu encalço.

Ela queria saber o que Hannah tinha, queria saber se podia ajudá-la, mas não iria insistir, não podia fazer aquilo.

Ana entrou em casa, tirou os sapatos no hall, sorrindo em automático quando escutou a risada junto às palavras embaralhadas de Teddy vindas da sala de estar. A morena foi silenciosamente até às portas duplas e admirou a cena: Christian estava com Teddy no tapete, o menino que já andava, estava de pé se segurando noa ombros do pai enquanto o mesmo fazia cócegas em sua barriga.

— Pada', pada', papai - pedia o pequeno dando gargalhadas.

Christian ainda estava de terno, mesmo que os sapatos não estivessem mais em seus pés e o nó da gravata estivesse desatado. Ele havia acabado de chegar, claramente e como Ana não perdeu tempo em ir até Teddy.

— Mama - o grito de Teddy ecoou pela sala, o que fez Christian encará-la. - Chego' - comemorou o menino, levantando as mãozinhas e batendo palmas enquanto se recostava no peito do pai.

Ana desviou os olhos de Christian e olhou para o filho, e seguiu até ele, dando-lhe seu melhor sorriso ao que se ajoelhava em frente a ele.

O pequeno esticou as mãozinhas para ela, indo até seu pescoço, já morrendo de rir.

— Coscas', coscas' - disse ele enquanto se divertia fazendo cócegas na mãe.

Ana pegou sua pequena mão e a beijou com carinho, logo apertando o menino em um abraço que sentiu falta o dia inteiro.

Ela logo deixou que Teddy saísse de seus braços pois o menino queria lhe mostrar algum brinquedo que estava do outro lado do tapete. A garota olhou para Christian que permanecia sentado a sua frente, agora mirando Teddy. Ela mordeu o lábio, sentindo-se com tudo aquilo e tirou o cabelo do ombro, tendo a atenção de Christian sobre si em seguida.

Os dois se encararam mais uma vez, as expressões de ambos não dizendo nada.

— Oi - disse Ana, quase morrendo por uma reação do outro.

E daí que ela pediu o divórcio? Ela precisava que ele demonstrasse que ainda sentia algo toda vez que a via.

— Oi - respondeu ele igualmente seco.

A garota quase revirou os olhos, estava se preparando para aquilo após um bufo mental, mas Teddy voltou até ela. Era um desenho em folha de ofício, e seja lá o que fosse aquelas muitos rabiscos de giz de cera, Ana amou e foi a coisa mais linda que qualquer ser humano já desenhou.

— Que lindo - elogiou ela tirando o sorriso enorme do filho. - Você é tão talentoso - suspirou ela.

— Ati' oto' - mostrou ele mais um desenho.

Ana engoliu a saliva em sua boca, sentindo seu estômago embrulhando enquanto olhava para baixo, vendo outro desenho que Teddy lhe mostrava.

Aconteceu de repente, ela estava olhando para o contorno de um círculo torto - mas perfeito - no desenho de Teddy quando sentiu a bile subindo por sua garganta.

A garota se levantou rapidamente, correndo até o banheiro mais próximo - mal ouvindo o grito de Teddy pelo susto que levou com a mãe levantando tão de repente - e vomitou na pia, não conseguindo chegar até o sanitário.

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Notas finais do capítulo

Oooooi, turu bom?



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