50 Tons Depois do Felizes Para Sempre escrita por Carolina Muniz


Capítulo 14
12.


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii, cap pequeno mas vamo q vamo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/764005/chapter/14

•  Capítulo 12 •

Quase cinco horas.

Já haviam se passado quase cinco horas de existência. Quatro horas trinta e oito minutos e dois segundos... Três... Quatro... Cinco...

Ana encarou o médico totalmente impassível, seus pensamentos sobre ele sendo os piores possíveis. 

Sua filha não iria para o berço ao lado de sua cama.

Fazia quatro horas trinta e nove minutos e doze segundos que sua filha havia nascido. Treze segundos... Catorze... Quinze.

Mas ela não tinha um nome. Sabe, ela estava no mundo, e Ana não tinha um nome para ela, não conseguia sequer pensar em nada daquilo. Mas sua filha tinha algumas coisas.

É claro que tinha.

Ela tinha vinte e oito centímetros e 520g de peso, dedinhos menores que qualquer coisa pequena que Ana pudesse listar, pulmões ainda em desenvolvimento e uma vontade de viver tremenda.

Ana nunca a sentiu chutar em sua barriga, não teve muitas oportunidade de vê-la através do monitor, não pôde sair para comprar suas roupinhas... Ela ao menos tinha um quarto ainda. Ela só descobriu que era uma menina quando a pequena já estava fora de si. Mas ela estava no mundo.

Sua filha estava ali.

Apenas vinte e três semanas de gestação e sua filha estava ali.

O doutor lhe disse que tivera sorte por a pequena já ter o pâncreas ativado e produzir insulina.

Sorte.

Ele realmente disse sorte.

Como ela teve sorte com sua filha nascendo após apenas vinte e três semanas de gestação?

Sorte?

Ana preferia apenas ficar pensando naquilo, na reação do médico ao falar de sua filha. Era melhor do que imaginar sua pequena em uma bateria de exames do outro lado do hospital.

Ela era tão pequenina, mas tão pequenina que não era possível ao menos pegá-la em seus braços pois apenas sua mão a tamparia. 

Ana não pôde pegá-la, e só a viu num berço da sala de cirurgia onde as enfermeiras a faziam respirar.

E ela não respirou.

Ana sabia que ela não havia respirado até um minuto e treze segundos. Ela contou. E eles a entubaram. Ela era pequena demais para ter algo dentro de sua boca, mas eles o fizeram e logo a levaram da sala.

Mais tarde, o doutor lhe falou algumas coisas e ela se lembra de Christian perguntando outras. Ele estava nervoso e muito preocupado. Christian nunca deixava transparecer sua preocupação, não quando Ana não pode ter emoções fortes. Mas ele não parecia ligar para aquilo naquele momento. Era sua filha também numa incubadora.

O médico saiu do quarto, e Ana apenas continuou deitada, olhando para o nada, logo a enfermeira que entrou colocou outro soro para rodar e saiu também. Apenas ela e Christian agora, mais nenhum médico, enfermeiro ou técnico. Eles com certeza não voltariam mais ali naquela noite, pois o doutor a disse apenas para descansar.

Para descansar.

Entende isso?

Ele disse que ela teve sorte, que ela precisava descansar agora que o pior já passou, logo depois de dizer que sua filha estava numa incubadora e que seria vigiada durante toda a noite com o monitor cardíaco e uma enfermeira, e ela também ainda estava entubada.

E ela tinha que descansar.

Ana fechou os olhos com força e os abriu novamente, ela nunca conseguiria dormir numa situação daquelas.

Quatro horas cinquenta e oito minutos e quarenta e sete segundos... Quarenta e oito... Quarenta e nove...

|||


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não to bem depois desse cap



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "50 Tons Depois do Felizes Para Sempre" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.