Back to Love escrita por Raykel


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pra vocês.
Já vou avisando que mais um personagem irá se unir a esse grupo incrível.
Espero que vocês curtam mais esse pedacinho da história.
Nos vemos nas notas finais.
Boa Leitura...



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Will Halstead

Saímos os quatro da casa. Já estou discando o número de meu irmão, enquanto vou em direção ao meu carro, que estacionei em frente à casa, Roy indo até seu carro parado na frente da garagem.

— Pra quem exatamente você vai pedir ajuda? – Sara pergunta, me seguindo.

— Meu irmão, Jay – Respondo sem olhar para ela – Ele é policial.

— Eu não acho uma boa ideia – Felicity diz, caminhando ao meu lado – Se bem me lembro, Tommy pediu que de jeito nenhum você chamasse a polícia.

— Tem certeza? – Pergunto quando desligo o celular, antes que meu irmão atenda – Ter reforço policial numa situação assim pode ser muito útil.

— Sara já é o reforço policial que precisamos, no momento – Ela diz indo até Roy. Os dois conversam algo, antes de Felicity voltar correndo – Eu vou com Roy, pra mostrar o caminho. Sara, vai com ele – Ela aponta pra mim – Ajude-o a manter uma distância segura, melhor não levantar suspeita – Ela respira fundo antes de continuar – Vamos observar de longe a gravidade da situação. Se for muito sério, você chama seu irmão.

Depois de entrar no carro, e manter a distância segura da qual felicity pediu, noto que Sara parece desconfortável ao meu lado, pela forma como ela se mexe tanto no assento, e segura no cinto como se sua vida dependesse disso.

— Você tá legal? – Pergunto sem olha-la, tentando não perder o carro de Roy de vista.

— Você tem namorada, Will? – Ela pergunta, ignorando minha fala anterior.

— Não, Sara, não tenho namorada...

— Me sinto desconfortável por estar aqui – Ela me interrompe.

— Na verdade, eu tenho uma noiva – Decido completar minha frase – Por que está desconfortável?

— Meu namorado – Ela suspira, surgindo um sorriso bobo em seus lábios – Ele é muito ciumento, surtaria em me ver entrar sozinha no carro de um solteirão bonitão.

— Obrigado, eu acho – Digo um pouco envergonhado por seu comentário.

— Então, sua noiva – Ela diz, parecendo mais relaxada – Vá mais devagar, não pode parecer que estamos seguindo Roy – Ela coloca a mão esquerda para o alto, chamando minha atenção, e eu desacelero um pouco – Sua noiva, também é medica?

— É sim, ela é pediatra e trabalha comigo na emergência – Digo com um sorriso orgulhoso.

— Que fofo – Ela ri, provavelmente da minha cara de bobo, faço isso quando penso na Natalie.

Vejo o carro de Roy ligar a seta para a direita, e logo em seguida desligar. Percebo que ele está desacelerando e vai estacionar depois de uma esquina. Viro à direita naquela esquina e estaciono meu carro ali perto.

Ouço um celular tocar, mas não é o meu, ele está em cima do painel, e não está tocando. Depois de alguns segundos, Sara se assusta ao perceber que é o seu, e procura por ele em seus bolsos, desesperada.

— Alô?... Espera um pouco, vou colocar no viva voz... Pode falar.

— Tecnicamente – Ouço a voz de felicity do outro lado da linha – Nós passamos um pouquinho do local, mas foi proposital. Vocês dois, venham pra cá, um de cada vez, e entrem no banco de trás.

Ela desliga o celular, e eu sinalizo para que Sara vá primeiro. Ela sai do carro, e a observo atravessar a rua, agindo de forma tão natural, provavelmente ela já trabalhou disfarçada em sua carreira de policial. Depois que vejo ela dobrar a esquina espero quase um minuto antes de sair do carro.

Aciono o alarme antes de atravessar a rua e fazer o mesmo trajeto que Sara fez, mas eu fico olhando para os lados como se alguém estivesse me seguindo. Eu não sirvo pra isso.

— Olhem pra trás – Felicity diz assim que entro no carro – Provavelmente Peter saiu por aquela janela, naquilo que parece ser a casa mais assustadora de todos os tempos.

O vidro traseiro do carro é escuro, de forma que nós podemos ver muito bem, mas quem estiver do lado de fora verá apenas manchas aqui dentro.

Vejo a casa da qual Felicity está falando. Tem uma porta na lateral que está de frente para o que parece a entrada de carros. As paredes estão descascadas, não ao ponto de chamar muita atenção, mas parece bem abandonado. A única coisa que tem na frente é uma pequena janela bem perto do teto, ao lado da janela tem uma escada de ferro soldada na parede. Um gramado bem cortado passa na frente e nas laterais no local. Parece mais os fundos de uma farmácia clandestina, do que uma casa.

— Acha que os “casas maus” que Peter mencionou, estão aí? – Roy pergunta, para que qualquer um responda.

— Não sei, difícil saber se tem movimento lá dentro – Sara responde.

— Podemos ir lá e bater na porta – Felicity diz, e nós a olhamos confusos – Sei lá, gente, somos os novos vizinhos e não temos açúcar.

— Esse é um péssimo plano, Fel – Sara diz, voltando a olhar para a casa – Pense em outra coisa.

— Gente – Digo chamando a atenção de todos, enquanto encaro a casa – O que é aquilo na janela?

Só então os outros prestam mais atenção, e conseguem ver o mesmo que me deixou intrigado.

— Não sei, alguém precisa ir mais perto – Felicity diz, se esforçando para tentar descobrir o que é.

— Eu vou – Sara diz já colocando a mão na porta.

— Espera, Sara – Roy a impede de sair – Eu posso ir.

— Tranquilo, Roy, eu sou o reforço policial, lembra? – Ela abre a porta e sai do carro assim que termina de falar.

Ficamos os três, observando atentamente seus movimentos. Como antes, ela anda pela rua de forma natural, como se fosse uma moradora do bairro. Sara caminha um pouco mais devagar quando se aproxima da casa. Ela pisa no gramado e parece hesitar um pouco.

— O que ela pensa que está fazendo? – Felicity exclama quando vê em que direção a amiga vai.

Sara começa a subir na escada de ferro, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Ela coloca a cabeça dentro da janela, pega o objeto misterioso que estava apoiado na janela. Então começa a descer e voltar em direção ao carro, andando normalmente.

— Ficou maluca? – Felicity diz assim que Sara entra no carro – E se tivesse um cara armado lá dentro?

— Não, e não – Sara diz tranquila – Não ouvi nada vindo lá de dentro, então me aproximei – Ela estende a mão, revelando a nós três um pedaço rasgado de um pano preto – Isso estava preso na janela, e lá dentro estava vazio, apenas com embalagens de biscoitos e garrafas de água no chão.

— Oliver – Felicity diz pegando o pedaço de pano da mão de Sara – É parte do pulso da camisa do Oliver.

 

Oliver Queen

Vejo Peter desaparecer por completo do meu campo de visão, e apenas desejo que ele fique bem.

— Espero que ele encontre a Caitlin – Tommy da voz aos meus pensamentos – Espero que nada de ruim aconteça com ele.

— Desculpa, Tommy – Digo o encarando – Pode ter sido um plano idiota, posso ter colocado a vida do seu filho em risco, antes mesmo de você conhece-lo de verdade.

— Relaxa, Oliver – Ele toca em meu ombro, transmitindo conforto – Eu também estou preocupado, mas se ele puxou a inteligência da mãe, ele vai ficar bem.

— Você tem razão – Digo mais tranquilo, mas ainda extremamente preocupado com Peter, posso ver no rosto de Tommy que ele também está – E quando ele conseguir avisar que estamos aqui, provavelmente virão atrás de nós.

— Concordo – Ele diz olhando ao redor – Mas aqueles caras vão voltar logo, e quando notarem que Peter não está aqui, eles também vão pensar que alguém virá atrás de nós.

— Vão nos tirar daqui – Digo completando seu raciocínio – Ou nos matar, o que eles preferirem.

— Não vão nos matar, não se preocupa – Ele parece tranquilo quanto a isso – Precisamos de algo para deixar aqui, como uma mensagem.

Começo a desdobrar a manga de minha camisa que estava dobrada até acima do cotovelo. Com a ajuda dos dentes, rasgo parte do pulso da camisa. Depois volto a dobrar a manga, de forma que fique como estava antes.

— Felicity vai saber que é meu – Digo mostrando a Tommy.

Antes que Tommy diga algo ouvimos a porta ser aberta. Rapidamente guardo o tecido no bolso da minha calça jeans. O mesmo homem que trouxe os biscoitos e a água aparece na porta.

— O chefe... – Ele começa a dizer, mas se interrompe quando observa a sala e parece confuso – Cadê o pirralho?

— Pirralho? – Tommy diz como se não soubesse do que ele está falando, mas sinto um toque de indignação em sua pergunta, não gostou do nome dado ao filho.

O homem dá um olhar de fúria para Tommy, que parece não se incomodar com a intimidação, e sai da sala voltando a fechar a porta.

— Eu lido com o Greg a muito tempo – Ele diz apontando para a porta, se referindo ao homem que acabou de sair – Coloca na janela, pra que vejam de fora.

Eu tiro o pano do bolso e o entrego a Tommy. Uno as mãos de forma a improvisar um degrau, e me posiciono abaixo da janela. Dou impulso a Tommy para que ele consiga alcançar a janela e prender o pano na mesma.

Quando ele desce, a porta se abre novamente. Dou uma olhada para a pequena câmera no teto, para ter certeza de que ainda estamos sem energia, e vejo que a luz ainda está apagada.

— Vamos – O tal Greg diz entrando na sala, atrás dele vem dois homens armados, os reconheço do beco. Eles praticamente arrastam eu e Tommy para fora do local, nos levam até o que parece ser uma cozinha, mas ninguém a usa a muito tempo. Colocam um saco preto na cabeça de Tommy e depois na minha. Sem conseguir ver nada, apenas percebo que abrem uma porta, e nos colocam dentro de um carro.

No começo me concentro em decorar o caminho que estamos fazendo, mas depois de o que pareceu mais de 30 minutos no carro, não consegui mais lembrar da primeira curva que fizemos.

Ouço o som de dois toques em algo.

— Olie, é você cara? – Tommy pergunta, sua voz vem da minha esquerda.

— Não – Uma voz grave, responde, e ouço o que parece ser um rosnado vindo do mesmo.

— Foi mal aí – Ouço Tommy dizer.

Alguém bate duas vezes na minha canela esquerda, agora sei de onde veio o som dos dois toques.

— Olie? – Tommy pergunta.

— Agora sim – Digo, ainda com a canela doendo, entendo a irritação do homem.

— Nós chegamos – Ouço o que parece ser a voz de Greg, depois que alguém abre a porta ao meu lado. E eu sinto um cheiro peculiar.

Alguém me puxa para fora do carro. Retirando o capuz logo em seguida. Não consigo ver nada ao redor, apenas vários galpões enormes por todos os lados. Um carro para na nossa frente.

Sebastian desce do carro e me encara com aquele sorriso sínico de antes. Um homem, também de terno, vem atrás dele, e me encara de forma estranha.

— Como pode ver, senhor – Sebastian diz para o homem, agora ao seu lado – O plano funcionou.

— Você disse que tinha uma criança – O homem pergunta, agora encarando Tommy, que está ao meu lado.

— Tinha – Sebastian agora parece irritado – Mas esses idiotas deixaram o garoto fugir.

— Com a criança poderia ser mais fácil – O homem misterioso diz, nos encara por um segundo e volta para dentro do carro.

Olho para Tommy confuso, ele parece irritado. Não entendo qual a ligação de Sebastian com Tommy, e nem porque esse homem misterioso precisaria de Peter, mas ainda bem que conseguimos tirar ele de lá.

— Levem eles para dentro, e fiquem de olho – Sebastian diz enquanto começa a andar em direção ao carro de onde saiu, os dois homens armados nos guiam para dentro de um dos galpões, mas consigo ouvir Sebastian dizer algo – Eu vou trazer o garoto de volta.

Penso por um momento se ouvi bem o que ele disse. Decido depositar minha esperança na ideia de que Peter conseguiu chegar na casa de Thea, e que esses malucos não vão encontra-los.

Quando estamos nos aproximando da entrada do galpão, sinto aquele cheiro peculiar ficar mais forte. Sal. Sinto cheiro de sal. Uma brisa leve nos atinge, e em um segundo de silencio, ouço o som de ondas. Estamos perto do mar.

 

Thea Queen Harper

Eu estou aflita. Desde que Roy e os outros voltaram, e nos contaram o que viram onde Tommy e Oliver estavam, eu não consigo pensar com clareza. A preocupação com meus irmãos aumentando cada vez mais.

Já vai anoitecer, e eu tenho muito medo do que pode acontecer enquanto dormimos. Então já deixei bem claro, em minha mente, que ficarei acordada, é bem provável que não vou conseguir dormir mesmo.

— Não é expulsando ninguém nem nada – Digo tranquilamente, escondendo minha aflição com a situação – Mas vocês três trabalham num hospital, não tem gente precisando de médicos lá?

— Quando eu tentei dar a chefe uma desculpa, ela disse que eu parecia muito nervoso, e era melhor esfriar a cabeça antes de voltar ao hospital. Ela me deu até o meio dia de amanhã para me acalmar. Mas isso tudo é muito intenso – Will se explica.

— Eu estou de férias. Ia viajar com minha família, mas não deu certo, então decidi manter as férias do hospital. Mas gastar meu tempo aqui, lidando com essa história insana, é mais produtivo do que ficar em casa vendo filmes – Noah quem diz, ele parece envergonhado quando abaixa a cabeça e continua a falar – Eu ainda me sinto culpado pelo que fiz com o Connor. Sinto que preciso ajudar.

— Eu trabalho da psiquiatria do hospital. Meu chefe é legal, o Dr. Charles me deixou pegar uns dias de folga – Reese está tranquila, mas talvez seja só a aparência de psiquiatra que ela transmite.

Alguém toca a campainha, e todos nós, que estamos na cozinha, nos olhamos assustados. Roy vai até a sala, e abre uma pequena fresta na cortina que estava fechada, para dar uma olhada em quem pode estar em nossa varanda.

— Levem as crianças pra cima – Ele fala baixo, quando volta a cozinha.

— Eu fico de olho neles – Sara diz guiando meus três sobrinhos até as escadas – Vamos crianças.

Todos vamos para a sala e sentamos, nos sofás e poltronas. Roy vai abrir a porta, e um homem alto, forte, careca, um terno cinza chumbo, e uma cara de poucos amigos, parece enorme ao lado de meu marido.

— Em que posso ajudar? – Roy pergunta de forma casual.

— Eu me mudei para a casa aqui da frente, preciso de açúcar, por favor – O homem diz com uma voz grave, assustadora.

— Sério? – Roy coloca uma mão no bolso da calça e a outra apoia na lateral da porta – Não sabia que os Peterson’s tinham se mudado.

— Ao lado deles, senhor – O homem não parece muito certo do que diz.

— Ah claro – Roy tira a mão do bolso, e aponta em direção a casa ao lado dos Peterson’s – Você deve ser o neto da Senhora Madson.

— É... Isso – O homem claramente está mentindo, mas Roy parece ter o controle da situação.

— Amor – Ele me olha – Pode pegar um pouco de açúcar para o neto da Senhora Madson?

Eu levanto e vou até a cozinha, Felicity vem atrás de mim.

— Esse cara é estranho – Ela cochicha ao meu lado quando chegamos a cozinha.

— Ele está mentindo – Digo no mesmo tom que ela.

— Como sabe?

— Não existe nenhuma Senhora Madson na nossa rua.

— O desgraçado está usando a desculpa que eu inventei – Ela parece falar consigo mesma – Sara tinha razão, era uma péssima ideia – Decido não perguntar do que ela está falando.

Eu volto para a entrada e fico ao lado de Roy, deixando uma Felicity confusa na cozinha.

— Sinto muito – Digo tranquilamente – Mas também estamos sem açúcar. Eu sugiro você falar com os Jones aqui ao lado – Aponto para a casa a nossa esquerda – Eles são muito legais.

— Claro – O homem diz, virando as costas sem nem se despedir.

Eu e Roy ainda o observamos sair da varanda e pegar o celular, ligando para alguém. Fechamos a porta e decidimos continuar a observar pela janela, de forma mais discreta. O homem entra em um carro que estava estacionado do outro lado da rua, um pouco distante.

— Ele estava mentindo – Roy diz pensativo – Tem alguma coisa errada.

Felicity e Caitlin trocam olhares, e correm escada acima, eu as sigo. Quando chegamos perto dos quartos, encontramos as crianças debaixo de uma das camas, no quarto dos gêmeos, Sara está com a arma apontada para a janela.

— O que aconteceu? – Eu pergunto enquanto Felicity e Caitlin chamam as crianças para saírem debaixo da cama, os mesmos correm para os braços de suas respectivas mães.

— Alguém ia tentar invadir o quarto pela janela – Sara diz abaixando a arma, e verificando o lado de fora da janela – Mas o celular dele tocou, e ele desistiu.

Eu, Caitlin e Felicity nos olhamos. Não precisamos dizer nada, cada uma ligou os pontos na mente.

Descemos para contar o ocorrido aos outros. Preferimos deixar que as crianças fiquem na sala. Mike e Peter se encarregarem de trazer a grande sacola com os blocos de montar para o tapete. Molly pegou uma almofada, para apoiar os cotovelos, quando se debruçou no chão, aguardando ansiosamente os blocos que os meninos traziam.

— Acho que agora estamos em uma situação realmente muito séria – Felicity diz, observando os filhos brincarem, alheios a nós. Ela olha para Will – Talvez agora, seja melhor você ligar pro seu irmão.

— Seu irmão? – Pergunto, encarando Will, que não presta atenção, pois já disca um número no telefone.

— Jay... Eu preciso de ajuda... Não, não... Sim, calma, eu e Nat estamos bem... Também não é o Owen... Jay, presta atenção, eu vou te mandar um endereço, venha e traga um reforço, meu amigo precisa de ajuda o mais rápido possível... É sério, Jay, a situação é mais perigosa do que eu pensava... Tudo bem... Te vejo daqui a pouco.

Todos observávamos atentamente a conversa de Will no telefone. Ele parece nervoso, e noto agora, que por mais que ele contou que não era muito próximo de Tommy, sempre o considerou muito, ou não estaria nos ajudando tanto.

— Ele está vindo – Will diz depois que desliga o telefone – Eu sei que o Connor pediu que eu não chamasse a polícia, mas isso tudo é muito perigoso para lidarmos sozinhos.

— Eu concordo – Caitlin diz com a voz baixa, ela está muito abalada com tudo que está acontecendo, mas sei que está permanecendo forte pelo marido, e principalmente pelo filho – Mas tem eles – ela aponta com a cabeça para as crianças – Precisam ficar num lugar seguro até isso terminar.

— Podem levar eles para o meu apartamento – Reese diz, ela estava calada esse tempo todo, e eu sinto que ela está sempre nos analisando – Creio que esses malucos não me conhecem, vocês podem levar eles para o meu apartamento, até que aqui seja seguro.

— Eu acho uma ótima ideia – Noah diz ao lado da namorada – E se não se importam, eu gostaria de ir para o seu apartamento seguro também.

— Ótimo – Felicity diz olhando para Caitlin – Eu não vou sair do lado dos meus filhos nem por um segundo. Então eu, Caitlin e as crianças vamos para a casa da Reese.

— Esse é o endereço – Reese diz anotando num papel que entreguei a ela – Eu e Noah vamos indo, vocês podem ir quando quiserem.

Concordamos com a ideia que ela deu. Noah e Reese saem depois de se despedirem, e desejarem boa sorte em encontrar meus irmãos.

Não demora muito, e alguém bate na porta dos fundos que fica na cozinha. Ela sempre fica trancada, já que dá acesso ao jardim atrás da casa. Eu e Roy vamos até a cozinha e ele abre a porta com cuidado.

Vejo do outro lado da porta um homem alto, bonito, barba bem feita, e traços parecidos com Will. Admito que a genética dessa família é muito boa.

— Desculpa chegar por aqui, mas tinha um carro suspeito do outro lado da rua – Ele aponta para a lateral, um pequeno muro que liga o nosso jardim ao da casa dos Jones – Achei melhor vir por aqui, seja lá o que aconteceu, meu irmão parecia nervoso no telefone.

— Claro, pode entrar – Roy dá espaço para que ele entre – Você deve ser o Jay, irmão do Will – Jay assente com a cabeça cumprimentando Roy – Roy Harper

— Muito prazer – Jay diz e se volta para mim.

— Essa é Thea, minha esposa – Roy aponta pra mim, enquanto Jay me cumprimenta.

Guiamos Jay até a sala, o apresentando a todos, até para as crianças, que não ligaram muito, já que estavam empenhados em construir o que parecia uma cidade com tantos blocos.

— Então qual o problema? – Jay pergunta colocando as mãos nos bolsos de sua calça jeans – Porque a julgar pelas caras de vocês, precisamos resolve-lo o mais rápido possível.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que esse capítulo ficou bem calminho, mas como diz o ditado, "Depois da calmaria vem a tempestade", ou seria ao contrario??? De qualquer jeito, ainda tem muito por vir.
Aguardo vocês nos comentários, adoro ouvir o que estão pensando de tudo isso.
Bjs e até o próximo capítulo.



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