Back to Love escrita por Raykel


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas
Eu fiquei muito feliz com quem comentou. E então assisti um episodio bem aleatorio da segunda temporada de Chicago Med, depois disso veio a inspiração.
Ta aqui mais um capítulo pra vocês, espero que gostem.
Boa Leitura



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Caitlin Snow Merlyn

Já faz cinco anos desde que ele sumiu. Tommy apareceu na minha vida de repente. Eu estava feliz pela Felicity porque finalmente ela encontrou o cara certo, e então, eles me vem com esse encontro às escuras, era o tipo de situação que com certeza daria errado. Mas eu mudei de ideia assim que o vi.

Thommas Merlyn foi a única pessoa pela qual me apaixonei daquela maneira. Um amor tão forte que mesmo depois de cinco anos sem ter nenhuma ideia do que pode ter acontecido com ele, eu ainda o sinto. As pessoas ao me redor disseram que eu devia esquece-lo, minha mãe disse que ele foi embora porque não aguentou a pressão do casamento, um colega no trabalho disse que ele provavelmente tinha outra família, uma vizinha disse que ele morreu. Mas eu não acredito em nenhum deles. Oliver e Felicity foram os que mais me apoiaram, eles até concordam com a minha teoria de que ele está vivo, e existe uma explicação para ele ter sumido.

Desperto de meus pensamentos com a campainha tocando.

— Eu atendo – Peter passa correndo por mim e desce as escadas pulando os degraus.

— Olha pela janela quem é antes de abrir a porta, querido – Grito, pois ele já está lá em baixo.

Me incomoda o fato dessa casa ser tão grande, mas não consigo me mudar. Tommy comprou ela quando me pediu em casamento, ele dizia que queria ter no mínimo quatro filhos, eu concordei, gostava da ideia de ter vários mini merlyns correndo pela casa. Mas agora que somos só eu e Peter, ela se tornou enorme. É como se a qualquer momento ele fosse voltar, e nós precisamos estar aqui para encontra-lo.

— Você está muito grande, para de comer fermento – Ouço a voz da Sara

— Para de me apertar, tia – Meu pequeno reclama enquanto sorri.

— Oi Sara – Digo abraçando e minha amiga e dando espaço para que entre – O que faz por aqui?

— Eu peguei duas semanas de folga – Ela diz, mas eu não acredito. Cruzo os braços e a encaro esperando que ela diga a verdade – Tudo bem – Ela suspira – Eu estou suspensa por duas semanas porque briguei com o capitão.

— Você fez o que? – Grito, indignada.

— Ele não quis deixar o caso do assalto à casa do Ray Palmer comigo, disse que é porque estamos namorando, mas isso é ridículo. Ai a gente discutiu, e ele disse que foi desacato a autoridade, mas eu também sou autoridade.

— Você é detetive, Sara, ele é seu capitão, neste caso, ele é sim autoridade – Sento no sofá e ela me acompanha. Vejo Peter se jogar no tapete e começar a alinhar seus carrinhos, totalmente alheio ao assunto.

— Eu sei – Ela diz parecendo cansada – Na verdade, eu acho eu estava mesmo precisando de um tempo de folga.

— Sim, com certeza estava – digo me levando para pegar o celular – Você soube da Molly?

— Não, aconteceu alguma coisa? – Ela me encara preocupada – Foi um acidente na estrada? Felicity, Oliver e Mike estão bem? – Ela fala rápido começando a ficar desesperada.

— Calma – Digo a tranquilizando – Eles chegaram lá bem. Mas ontem à noite o apêndice da Molly estourou, ela precisou fazer uma cirurgia de emergência. Conversei com a Felicity ontem à noite depois que ela acordou, ela disse que Molly já está bem – Vejo Sara soltar o ar se acalmando.

— Que bom. Espero que mais nada de surpreendente aconteça com eles. Aquela família precisa aproveitar essa viagem.

— É, eu também.

Felicity Smoak Queen

Eu me preparei muito bem, psicologicamente para essa viagem. Esperava que muita coisa pudesse acontecer. Mas não me preparei para estar aqui agora olhando para o meu amigo, que a polícia declarou como morto depois de cinco anos desaparecido.

— Oliver? Felicity? – Tommy diz parecendo surpreso em nos ver – O que estão fazendo aqui?

— Como assim o que estamos fazendo aqui? Ela é nossa filha – Oliver diz enquanto aponta para Molly deitada na cama.

— Ele que é o médico que tirou a bolinha malvada, mamãe – Molly fala não entendendo a situação.

— Bom dia, pequena, esse deve ser o seu irmão certo? – Tommy desvia o olhar de nós para Molly, que assente sorridente.

— Sou eu sim – Mike diz também sorrindo, e encarando Tommy – Obrigado por salvar a minha irmã.

— De nada, garoto – Tommy responde se voltando para a enfermeira ao seu lado, que tem uma expressão confusa no rosto – April, peça um exame completo da Molly, quero ter certeza de que não há infecção.

— Sim, Dr. – Ela responde caminha até Molly, provavelmente para tirar uma amostra de sangue.

— Será que podemos conversar em particular? – Tommy nos encara com um olhar triste.

— Eu ia pedir isso mesmo – Digo seria, antes de olhar para meus filhos – Mike, fica aqui com a sua irmã até eu e seu pai voltarmos – Ele assente e segura a mão de Molly enquanto a enfermeira aplica uma agulha no outro braço.

Tommy sai do quatro pedindo que o sigamos. Ele entra numa sala que parece um deposito de suprimentos médicos, encosta a porta quando Oliver entra atrás de mim. De repente fico nervosa, quero uma explicação do que está acontecendo, e quero agora.

— Vai falando Tommy – Digo cruzando os braços – E espero que tenha um bom motivo para você ter largado sua esposa e seus amigos, pra vir morar em Chicago e ainda se tornar cirurgião.

Ele suspira pesado e esfrega as mãos no rosto, como se buscasse forças para começar a falar.

— Eu entendo que estão nervosos e confusos – Oliver dá um tapa na cabeça dele o interrompendo.

— Acha que eu estou nervoso? – Oliver finalmente diz se exaltando – Você vai ver eu ficar nervoso se me der uma explicação furada.

— Olha, eu sei que pedir desculpas não vai adiantar – Ele tenta falar, mas dessa vez eu o interrompo.

— Não vai mesmo, porque primeiro de tudo você deve desculpas a sua esposa, que você deixou pra trás – Prefiro omitir a parte de que ele a deixou gravida, acho que ainda não é a hora dele saber.

— Eu sei, eu sei – Tommy diz, agora parecendo frustrado consigo mesmo – Eu sei que o que eu fiz foi errado e todos vocês merecem uma explicação. Mas não agora, e muito menos aqui – Ele começa a falar mais baixo e sussurrar perto de nós – Apenas saibam que eu fiz isso para mantê-los seguros, principalmente a Caitlin – Ele se entristece quando diz a última parte, como se pensasse nela e se culpasse por algo – Eu prometo que vou contar tudo a vocês, mas apenas peço, que por enquanto, me chamem de Connor Rhodes – Ele diz apontando para o nome em seu jaleco branco – Confiem em mim, pela nossa amizade – Ele diz, agora focando em Oliver. Apelando para o fato de que os dois são melhores amigos, desde sempre.

— Tudo bem – Oliver responde, e eu o encaro indignada por ele ter aceitado isso tão fácil.

— Felicity, por favor – Tommy me olha triste, posso sentir arrependimento nesse olhar. Oliver segura minha mão em apoio.

— Tá legal – Respondo – Dr. Rhodes – Digo sem vontade, e percebo que o nome até que combina com ele – Mas saiba que vamos ficar na cidade por um tempo, e lembre-se que sou muito boa em achar pessoas, então não ouse sumir de novo antes de nos explicar tudo.

— Eu prometo que vou explicar – Ele diz mais tranquilo ao ver que nós não estamos mais nervosos – Agora, porque não voltamos para ver como aquela princesinha está? Se bem me lembro eu ia ser o padrinho deles – Diz com um ar de divertimento enquanto abre a porta.

Observo Tommy andando a nossa frente e indo em direção ao quarto de Molly. Me lembro do dia que descobri que estava gravida. Faltava três dias para o casamento de Tommy e Caitlin, e fazia exatamente um mês que eu e o Oliver nos casamos. Eu estava sentindo enjoos, muita sede, e comendo coisas estranhas descontroladamente. Decidi passar no hospital antes de ir para casa, Oliver ia preparar um jantar especial para comemorar nosso primeiro mês de oficialmente casados. Quando cheguei no hospital Tommy estava atendendo na emergência, ele tinha acabado de se formar na residência, e se tornado um médico de verdade.

Expliquei que era só uma suspeita de gravidez e eu queria ter certeza antes de contar ao Oliver e nossos amigos, contei antes dele ligar para o Oliver e dar uma bronca por eu estar entrando na emergência do hospital sozinha. Tommy me fez prometer que se desse positivo, ele seria o padrinho, só assim ele manteria segredo. Pedi que a médica não desse nenhum detalhe sobre o bebê, apenas dissesse sim ou não sobre o resultado, eu queria descobrir tudo com o Oliver do meu lado. Quando a médica confirmou, Tommy começou a chorar dizendo que seria padrinho de um bebê, eu comecei a rir de sua reação e a chorar de felicidade ao mesmo tempo.

Acordo de meus pensamentos ouvindo a gargalhada do Mike. Ele estava sentado na cama com as pernas cruzada de frente para Molly, que também ria.

— O que está acontecendo aqui? – Tommy pergunta sorrindo quando entra no quarto.

— Desculpa Dr. – Mike responde respirando fundo para parar de rir – Eu tentei contar uma piada para alegrar minha irmã, mas ela começou a rir enquanto fazia uma careta engraçada por causa da agulha – Ele explica mais controlado – Eu sei que tem que fazer silencio no hospital.

— Tá brincando? – Tommy diz se aproximando da cama – A ala pediátrica é a mais barulhenta do hospital, sabem porquê? – Os gêmeos negam com a cabeça curiosos – Por que quanto mais risadas passarem pelos corredores desse andar, mais rápido os pequenos pacientes se curam, e podem ir para casa exigir muito sorvete da mamãe e do papai.

Eu e Oliver observamos a cena com carinho, dá para ver que ele já ama nossos pequenos, e acabou de conhece-los.

— Muito obrigado pela ajuda, Dr. Rhodes – Oliver diz estendendo a mão para Tommy.

— De nada, eu só estou fazendo o meu trabalho – Ele responde apertando a mão de Oliver – Eu volto em duas horas com todos os resultados dos exames, quero ter certeza de que ela está bem antes de receber alta. Nesse tempo vocês deviam descansar e comer alguma coisa, principalmente você, pequena – Ele aponta para Molly, que sorri com carinho.

— Tudo bem, Dr. Rhodes, muito obrigada – Digo o encarando, e ele sorri, aquele sorriso que ele sempre me dava, o sorriso que senti saudade de ver no rosto do meu amigo.

Oliver Queen

— Não Thea, ela já está bem – Digo para minha irmã que suspira do outro lado da linha – A cirurgia correu bem, logo ela será liberada.

Vejo Tommy, o Dr. Rhodes, entrar no quarto com alguns papeis nas mãos, presumo que sejam os resultados do exame da Molly.

Eu posso ir aí, e ajudar a fazer companhia.

— Não! – Percebo que falei muito alto quando Felicity me encara assustada. Não quero que a Thea veja o Thommy agora, preciso saber o que aconteceu antes dos irmãos se reencontrarem – Não precisa vir, Thea – Digo o nome dela para que Tommy entenda – O médico acabou de chegar com os resultados do exame, creio que ela será liberada.

Tommy sorri levantando os polegares para cima, Molly ergue os braços em comemoração, o que só o faz sorrir mais ainda.

Tem certeza? – Thea diz preocupada – Vocês acabaram de chegar.

— Molly vai receber alta – Digo para tranquiliza-la – Nós já vamos voltar, e continuar a curtir a cidade.

— Tudo bem – Ela responde convencida – Cuidado, eu e Roy vamos preparar um almoço bem bacana.

— Faça isso, Thea – Digo me despedindo e desligando o celular.

— Antes dessa princesa ir para casa e tomar sorvete, eu gostaria de fazer algumas perguntas – Tommy diz olhando parar todos nós.

— Claro, Dr. Rhodes – Felicity diz seria, mas sei que ela está estranhando esse novo nome do Tommy.

— Todos os exames da Molly estão normais, mas eu me preocupo pelo fato do apêndice ter estourado tão de repente – Ele volta a falar, agora sério – Geralmente existem sintomas como náusea, vomito, perda de apetite e febre, a Molly teve algum desses sintomas?

— Não. Nós viajamos de carro de Starling City até aqui para visitar minha irmã, ela comeu bem e não reclamou de dores – Respondo o que ele perguntou e até o que não perguntou, mas sei que ele queria saber porque estamos em Chicago.

— Tudo bem – Ele responde ainda sério – Só peço que fiquem de olho no Mike, por serem gêmeos, doenças infantis desse tipo acontecem com um curto período de tempo um no outro – Ele diz, e eu e Felicity concordamos com a cabeça – Podem vir aqui fora, por favor, para assinarmos a alta dela?

— Claro – Felicity responde.

— Fiquem aqui – Digo para meus filhos antes de sair também.

— Não posso sair agora, estou de plantão – Ele diz quando chegamos numa mesa da recepção do andar pediátrico – Aqui – Ele aponta para o lugar na folha onde eu e Felicity precisamos assinar – Onde podemos nos encontrar depois das 18hs?

— Estamos na casa da Thea e do marido dela – Respondo ainda assinando – Ela também precisa saber de você, então poderia explicar para todos nós de uma vez.

— Boa ideia – Ele responde parecendo animado – Também acho melhor assim. Vocês têm o endereço?

Felicity pega um post-it e uma caneta do outro lado da mesa, ela olha o endereço marcado no celular e anota no pequeno papel, o entregando na mão de Tommy, esse que segura o pequeno post-it e o guarda no bolso, com um sorriso aparecendo no rosto.

— Obrigado, gente – Ele diz, agora sem esconder a alegria – Pelo voto de confiança.

— Sempre – Respondo também sorrindo – Mas eu te mato se pisar na bola.

Rimos os três juntos, como nos velhos tempos, antes de voltar para o quarto e encontrar uma Molly pronta para sair do hospital. Nos despedimos de Tommy e observo os gêmeos abraçarem ele com carinho.

— Eu gostei dele – Molly responde quando todos entramos no carro, e eu a olho confuso – O médico.

— Eu também – Mike concorda.

Will Halstead

— Finalmente o dia terminou – Digo entrando na sala dos médicos, já retirando meu jaleco – Você não está cansado, Connor? Você acabou de fazer um plantão de três turnos.

— Eu estou ótimo – Ele responde sorrindo. Connor Rhodes sorrindo, isso é estranho, pois é raro de se ver.

— Você tá bem, cara? – Pergunto preocupado com o que pode ter acontecido. Em anos trabalhando com ele, acho que posso contar nos dedos as vezes em que o vi sorrindo.

— Está tudo bem – Ele responde me encarando – Por que?

— Você está sorrindo – Respondo enquanto ele ainda me olha, e sorrindo – Eu estou acostumado com aquele médico mal-humorado, que só vive pelo trabalho.

Ele solta uma gargalhada, enquanto volta a guardar seus pertences no armário. Estou realmente achando estranho ver ele desse jeito, mas admito que é bom perceber que ele não é um cara chato.

— Já que você está tão feliz – Volto a dizer enquanto abro meu armário, que fica três armários depois do de Connor – Topa sair para tomar um drinque?

— Essa noite não, Will – Ele responde fechando o armário – Eu já tenho compromisso.

— Espera aí – Digo chamando sua atenção, ele para antes de chegar na porta e me encara – Connor Rhodes tem um compromisso que não é dentro desse hospital? Talvez seja melhor eu te acompanhar até a ala da psiquiatria, Dr. Charles pode te ajudar com esse surto psicótico, que eu desconfio que está sofrendo.

Ele volta a gargalhar e me encara antes de responder:

— Eu só acho que essa noite, minha vida vai voltar a melhorar, ela pode voltar a ser o que era a cinco anos atrás.

— Está dizendo que sua vida não é boa por ter me conhecido, dentro desses cinco anos? – Digo fingindo que me ofendi.

— Você é um bom amigo, Will – Ele diz antes de sair da sala – Lembre-se disso, você é um bom amigo.

Continuo a guardar minhas coisas no armário antes de trocar de roupa, e penso no que ele disse, sobre sua vida voltar a ser boa como era a cinco anos atrás. Eu não sei muito sobre a vida dele antes de Chicago, acho que ninguém aqui no hospital sabe. Ele chegou aqui de repente pedindo um emprego, é claro que foi recusado, não é assim que funciona, mas quando Connor salvou a vida de um garoto na calçada do hospital, fazendo uma traqueostomia de emergência, de forma perfeitamente cirúrgica, Sharon e o conselho o aceitaram na equipe.

Connor sempre foi muito fechado, e carrancudo, nunca se relacionou com os colegas de trabalho de forma sociável. Mas eu sabia que era um cara legal, então sempre me aproximava e o convidava para sair ou para beber, se divertir, ser um amigo, afinal, eu percebi que ele era sozinho, e tinha uma marca de aliança de casamento, da qual não usava quando chegou.

Uma noite, quando ele aceitou sair para beber, e acabou exagerando um pouco, ele se abriu, disse coisas que nunca havia dito, e nunca voltou a falar. Connor mencionou que morava em Starling City, era casado e tinha muitos amigos. Me lembro que ele mencionou que uma amiga, Felícia, Felícine, ou algo assim, estava gravida e ele seria o padrinho. Ele também disse que só foi embora porque era o certo a se fazer, que só assim ele a estaria protegida, e quando chegasse a hora certa ele voltaria para essa mulher que tanto ama.

Isso me intrigou, na época, e ainda me intriga. Connor é um cara misterioso, mas que para mim, ele só precisa que alguém o ouça e o ajude, então eu espero, pelo momento em que ele irá perceber que pode contar comigo.

Saio do hospital e vou em direção ao estacionamento de funcionários. Ouço uma freada brusca, e imaginei que algum idiota estava atravessando a rua sem olhar. Quando abro a porta do meu carro e jogo minha bolsa no banco do carona, antes de entrar vejo Connor correr em minha direção, quando se aproxima vejo que ele machucou o pulso e o rosto, provavelmente caiu.

— Hey cara, quer ajudar? – Pergunto oferecendo minha mão, ele coloca a mão no bolso e me entrega um pequeno pedaço de papel.

— De jeito nenhum, chame a polícia – Ele diz um tanto ofegante – Apenas encontre a Caitlin – Antes que eu possa responder ele sai correndo em direção a um beco nos fundos do hospital. Pensei em ir em sua direção, mas um carro preto para na sua frente, dois homens descem correndo e o arrastam para dentro do carro, e em segundos eles desaparecem da minha visão.

Entro no meu carro e encaro o papel em minhas mãos.

— Caitlin – Digo em voz alta para não esquecer esse nome. Noto que no pequeno papel há um endereço, conheço aquela região, fica a uns dez minutos do hospital – Caitlin – Digo novamente enquanto dou a partida.

Thea Queen Harper

Eu ouvi com atenção tudo que Oliver e Felicity me contaram quando chegaram do hospital. Eu me lembro quando a polícia desistiu de continuar as investigações a procura de Tommy, eu fui uma das pessoas que também desistiu dele. Mas quando eu vi o quando a Caitlin lutava para acreditar que ele estava vivo, percebi que eu também deveria lutar pelo meu irmão.

Estávamos todos na cozinha esperando Tommy chegar. Eu estava ansiosa, sinto tanta falta dele. Meu irmão nem chegou a conhecer o Roy, fico imaginando a reação dele quando eu contar que nos conhecemos quando ele roubou a minha bolsa, e mesmo assim eu me casei com ele.

Pulo da cadeira quando ouço a campainha tocar.

— Calma, maninha – Oliver diz, rindo do meu desespero.

Abro a porta preparada para pular em seu pescoço e com um sorriso enorme no rosto, mas que desaparece quando percebo que não é o Tommy.

— Olá – O homem bonito a minha frente diz, parecendo nervoso – Desculpa incomodar, mas eu estou procurando a Caitlin.

— Aqui não mora nenhuma Caitlin – Digo e ele parece confuso – Sinto muito.

— Tem certeza? – Ele me mostra um pequeno papel com um endereço anotado – Esse aqui não é seu endereço?

Pego o papel e na hora reconheço aquela letra.

— Felicity! – Grito em direção a cozinha – Vem aqui na frente.

— O que foi? – Ela chega, e então percebe o homem na porta, e sorri para ele – Olá – O mesmo dá um aceno com a cabeça.

— Esse cara disse que está procurando pela Caitlin – Lhe entrego o papel – Você escreveu isso?

— Sim – Ela responde pegando o papel – Mas escrevi isso para o Tommy.

— Tommy? – O homem parece ficar cada vez mais confuso – Quem é Tommy? Foi o Connor que me deu isso.

— Por que ele te entregou isso? – Felicity pergunta, e agora eu me sinto alheia à o que está acontecendo.

— Eu não sei o que está acontecendo, nem o conheço muito bem, embora trabalhamos juntos a anos – O  homem começa a se explicar – Mas eu acho que ele foi sequestrado – Eu e Felicity nos espantamos, e uma onda de preocupação ronda minha mente – Ele só teve tempo de me entregar esse papel, implorar que eu não chame a polícia, e encontrar uma tal de Caitlin, ele disse que precisa dela.

— Entra – Felicity disse puxando o homem para dentro, e indo pegar seu celular.

— Mas o que está acontecendo? – Perguntei esperando que qualquer um me respondesse. O homem deu de ombros e Felicity me ignorou enquanto discava um número – Felicity? Para quem você está ligando?

— Oi, Caitlin – Ela diz no telefone, o que já responde minha pergunta – Você precisa vir para Chicago agora, é sobre o Tommy.


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Notas finais do capítulo

Galerinha que esta lendo, não se esqueçam de marcar que estão acompanhando, comentem, favoritem e recomendem.
Não vou prometer nada sobre quando postarei o próximo capitulo, só peço que fiquem de olho, se marcarem que estão acompanhando vão ser notificados de atualizações hihihi
Confiem em mim que eu confio em vocês.
Bjs e ate o próximo capitulo.



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