Follow Your Soul escrita por Nez


Capítulo 5
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo.
Este esta grandinhoo



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3º Capitulo

 

Acabei de almoçar, e estava a preparar-me mentalmente para o que me esperava: uma tarde livre desperdiçada com o parvo do Sérgio e ainda por cima a fazer um trabalho. Fui lavar os dentes, arranjar-me e peguei na minha mala pronta para ir até á biblioteca ter com o Sérgio e com a Ana. Ao menos a Ana estava no meu grupo, e estaria comigo esta tarde para me apoiar. Não queria mesmo nada ter que aturar o Sérgio fora do horário escolar – maldita ideia da professora Luísa. Combinei com a Ana que iria ter a casa dela, já que ficava a caminho, assim íamos juntas!

Chegámos á biblioteca e como previsto o Sérgio estava atrasado - devia estar a arranjar aquele cabelo! Começámos por sugerir muitos temas: Deficiência física e/ou mental, Violência domestica, Doenças , etc… Não queríamos escolher sem o Sérgio, afinal ele também fazia parte do grupo. Decidimos esperar. Passado uma hora ele finalmente apareceu.

-“ Desculpem o atraso! Houve um imprevisto…”- desculpava-se ele. -“ Podias ao menos ter avisado. Estamos á tua espera á uma hora.” – disse eu toda irritada. -“Eu não tenho o teu número para te avisar, tu não mo das”. “De qualquer maneira fiquei sem bateria”- disse Sérgio. -“ Que conveniente” – disse eu a Ana. -“ Ahhh ok. Vou fingir que não ouvi, embora esteja mesmo ao vosso lado” – disse ele meio a rir. Então e já pensaram em algum tema para o trabalho?- perguntou ele como se estivesse interessado. A Ana informou-o sobre os temas que nós as DUAS - sim nós as duas porque ele não estava cá para ajudar – pensámos. Ele pareceu achar todos os temas bastante interessantes e sugeriu fazermos um trabalho sobre as doenças que mais mortes provocam no mundo. Eu olhei para a Ana e ela para mim , dissemos em uníssono – “Boa ideia!” – e sorrimos os três. -“Então ‘bora começar?” – sugeriu ele, desta vez estava mesmo empolgado por começar a trabalhar. -“Sim, vamos lá começar!” – disse eu -“Eu vou para o pc procurar informação sobre algumas doenças.”- disse a Ana. -“ Eu e a Inês vamos ver aqui algumas informações nos livros. Pode ser Inês?”- perguntou-me o Sérgio, sorrindo de trejeito. -suspirei e só depois lhe respondi –“ Acho que a Ana precisa de ajuda para seleccionar informação e assim. Eu fico com ela no pc. Tu podes ir procurar aí em alguns livros de saúde ‘tá Sérgio?

Assim continuou a nossa tarde de trabalho. A Ana e eu num computador e o Sérgio nos livros sozinho. Ocasionalmente juntávamo-nos para partilhar informação. Até correu bem, tirando algumas investidas da parte do Sérgio. É mesmo irritante.

*

Já eram 19h30m quando olhámos pelo relógio e concordámos que por hoje já chegava. Nem tínhamos dado pelo tempo passar e já estava escuro lá fora.

-“ Meninas fico mais descansado se vos deixar pessoalmente em casa. Posso acompanhar-vos? – perguntou ele mostrando-se mesmo preocupado connosco. -“ Não é preciso Sérgio. Assim vais chegar muito mais tarde a casa. Ainda fica um pouco longe.” – disse Ana . -“ Por isso mesmo! Ainda é um pouco longe para irem duas raparigas sozinhas no meio da noite. A sério eu acompanho-vos. Não me custa nada!” – ele continuava a insistir. -“ Ok. Já que insistes, podes vir connosco. Não queremos matar-te de preocupação, certo?.”- disse eu a rir. -“Certo!” – concordou ele a sorrir.

 

Saímos os três da biblioteca rumo a casa. O Sérgio acompanhou-nos, sempre falando e rindo, assim o caminho não parecia tão longo. Mal dei por mim já estava sozinha com ele, tínhamos acabado de deixar Ana na casa dela. -“ Só faltas tu princesa.” – disse ele para mim sorrindo com cara de parvo. De facto parecia impossível que ele se soubesse comportar como alguém normal durante muito tempo. -“Epá Sérgio não comeces, senão vou sozinha para casa a partir daqui.” – ameacei eu. -“Ok desculpa” – disse-me ele resignado – “Só não quero que andes sozinha, pode ser perigoso. Nunca se sabe o que pode acontecer á noite”. -“Sérgio é quase 20horas não propriamente 3h da madrugada. Não exageres sff.” – disse eu meia azeda para com ele. -“Fogo és muito simpática tu! Que jóia de pessoa. XIXA!”- refilou ele. Sem saber o que dizer, limitei-me a deitar-lhe a língua de fora. Que acto infantil da minha parte – é o que dá passar uma tarde com este rapaz. Continuámos o resto do caminho até casa em silêncio. Acho que o magoei. Enfim. Já avistava o prédio da minha tia. -“Obrigada Sérgio. Não precisas de me acompanhar mais. É já ali, vês?” – informei-o um pouco animada, tentando animá-lo também. -“Custa-te assim tanto estar na minha presença? Eu afecto-te?” – Ok. Voltou ao seu estado normal de estupidez. E eu que estava a ficar com pena dele. -“ Não Sérgio nem um pouco. És me completamente indiferente. Xau! Até amanhã.”- disse-lhe acenando. -“Nem me dás um beijinho de despedida?” – como sempre atrevido. -“És mesmo persistente não és?” – dirigi-me a ele e dei-lhe um beijinho na bochecha - “Até amanha Sérgio, obrigada por nos acompanhares até casa”.- agradeci-lhe sorrindo. -“Até amanha InÊs!” – despediu-se ele dando um sorriso. Mas este era diferente.

Subi as escadas e abri a porta do prédio. Virei-me e lá estava ele a certificar-se que eu entrava em segurança. Acenei-lhe mais um vez e entrei. Abri a porta de casa da minha tia. -“Inês …és tu querida?” – perguntou a tia Dalila -“Sim tia.”- dirigi-me á cozinha ,onde ela se encontrava - “desculpa ter chegado tão tarde, distraímo-nos lá na biblioteca a fazer o trabalho.” -“Não faz mal querida…” – dizia tia quando foi interrompida pela Mariana -“Deve ter sido um lindo trabalho. Muito produtivo e cansativo O Sérgio até te acompanhou a casa” – disse a Mariana. -Ela andava estranha comigo, sem eu saber a razão. -“Oh não sejas parva. Ele acompanhou-me a mim e á Ana porque já estava de noite” – disse-lhe rindo-me. Ela foi a refilar algo que não percebi, até ao quarto. Virei-me para a minha tia, esquecendo a minha prima, e perguntei-lhe o que era o Jantar. Este tempo todo na biblioteca deu-me cá uma fome.

 

 

Versão do Sérgio

 

 Já era tarde e por isso insisti em levá-las a casa. Foi complicado mas lá as convenci. De facto já estava um pouco escuro e não queria ser responsável se algo de mal lhes acontecesse. Por fim saímos da biblioteca. Elas as duas lá iam a cochichar. Abri caminho entre as duas e meti os braços no ombro de cada uma tentando assim poder ouvir e participar na conversa. Tinha que intervir! Escusado será dizer que a Inês sacudiu logo o ombro e deixei, assim, cair o meu braço. Mas ao menos continuamos a falar, íamos falando do trabalho e do clube de futebol lá da escola – do qual eu fazia parte como capitão. Continuámos assim os três a caminhar até casa. A Ana era a primeira a chegar – o que eu sabia, assim era uma oportunidade para estar com a Inês . -“ Até amanha Ana. Boa noite”- despediu-se a Inês -“ Até amanha Inês. Beijinhos”- respondeu a Ana -“Vemo-nos amanhã na escola” – disse-lhe eu. Ela entrou para o seu prédio e assim eu e a Inês continuamos o nosso caminho. Finalmente sozinhos -pensei  animado. Virei-me para ela em tom de brincadeira e disse-lhe: -“ Só faltas tu princesa.” – Acho que a Inês não achou muita piada pois respondeu-me logo toda irritada: -“Epá Sérgio não comeces, senão vou sozinha para casa a partir daqui.”. -“Ok desculpa. Só não quero que andes sozinha, pode ser perigoso. Nunca se sabe o que pode acontecer á noite”. – disse-lhe eu desculpando-me. Que miúda difícil. -“Sérgio é quase 20horas não propriamente 3h da madrugada. Não exageres sff.” – disse-me ela de uma maneira fria e amarga. Não sei porquê mas não gostei muito. Mas também não me fiquei.: -“Fogo és muito simpática tu! Que jóia de pessoa. XIXA!”- ataquei-a eu. E ela como resposta mostrou-me a língua. Que criancinha. Até é gira a fazer caretas.  Continuámos o resto do caminho até casa em silêncio. Não sabia o que lhe dizer sem que ela me atacasse. Parece que tudo o que dizia a irritava. Enfim. Já avistava o prédio da tia dela. Suspirei. Chegámos tão rápido. -“Obrigada Sérgio. Não precisas de me acompanhar mais. É já ali, vês?” – disse-me ela toda alegre. Devia estar contente por me ver pelas costas. -“Custa-te assim tanto estar na minha presença? Eu afecto-te?” – Perguntei-lhe -“ Não Sérgio nem um pouco. És me completamente indiferente. Xau! Até amanhã.”- respondeu-me ela com um aceno. -“Nem me dás um beijinho de despedida?” – ao menos isso. Acompanhei-te até casa fogo. Eu mereço - pensei -“És mesmo persistente não és?” – Perguntou ela á medida que se dirigia a mim. Beijou-me a face. - “Até amanha Sérgio, obrigada por nos acompanhares até casa”.- agradeceu ela com um grande sorriso. -“Até amanha Inês!” – despedi-me dela. “Boa noite” – sussurrei. Acho que ela não ouviu. Não importava. Esperei até que ela entrasse no prédio. Não queria virar as costas e algum gajo lhe fazer mal. Acenou-me pela última vez e entrou. Ainda fiquei ali um tempo especado a olhar para a porta. Mas o telemóvel despertou-me . era a minha mãe. -“ Estou?” – atendi -“Sérgio onde estás filho? Ainda demoras muito? Estamos á tua espera para jantar!” – disse a minha mãe meio preocupada. -“Tenha calma Dª. Maria, só as vim deixar a casa e vou já para casa ‘tá?” – respondi-lhe brincando. -“Está bem filho. Não demores muito que já está escuro. Até já!” -“Até já mãe.”

Não demorei muito a chegar a casa. Uns vinte minutos a pé. -“Mãe cheguei!” – gritei eu mal entrei em casa. -“ Anda filho. Já estamos na sala. O comer já esta na mesa.” – disse ela também aos gritos. -“Hmm... lasanha caseira. Ai mãe esmeraste-te!”- elogiei eu. Aquele cheirinho era de fazer crescer água na boca.

 

Depois de jantar fui para o meu quarto. Atirei-me para cima da cama e fiquei ali deitado a pensar no dia de hoje. A pensar nesta tarde, no trabalho, nas pesquisas, na Inês ,no sorriso dela, nos olhos dela castanho chocolate. São tão profundos que eu era capaz de me perder neles. Dei por mim com um sorriso tolo na cara. Levantei-me logo. “’tás parvo Sérgio? Ela nem te liga nenhuma pá” – falei comigo mesmo. Levantei-me e fui lavar os dentes para depois me deitar. Amanha ainda tinha aulas e , mais importante, jogo ! “Esquece!”- disse eu bem alto.


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Notas finais do capítulo

Espero q gostem.
Beijinhooo



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