Un regalo escrita por Brru


Capítulo 2
Café




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Um pouco de café sempre é uma ótima opção em certas ocasiões. E "ele" sempre estava entre as conversas de Julieta e Aurélio, principalmente depois do jantar.

Mercedes adentrou o escritório de Julieta, e os serviu. A senhora olhou para ambos senhores que estavam em sua frente, e sorriu. Julieta perguntou-se porque a empregada havia de esta tão sorridente, então percebeu que a presença de Aurélio a intimidava.

— Pode ir, Mercedes. - Julieta disse depois bebericar seu café.

— Sim, senhora.. - por um momento Mercedes quase deixou-se esbarrar em uma pequena cômoda, mas desviou seu corpo a tempo do ocorrido. Aurélio esperou que a mulher fechasse a porta, para finalmente voltar toda sua atenção para Julieta. Ela estava em sua frente, encostada na mesa, e o olhando com os olhos semicerrados.

— Algum problema? - ele perguntou, também experimentando seu café. Forte, amargo; delicioso.

— Não, nada. - colocou sua xícara em cima da mesa, e respirou fundo. Aurélio no exato momento soube que, sim, existia algo. Levantou-se, e também acomodou sua xícara na mesa.

— Não a espanta o fato de que eu a conheça tão bem? - disse a centímetros do seu rosto.

— Não sei do que está falando. - ela tentou se afastar recuando seu corpo para o lado, porém, ele fora mais rápido, e impediu sua passagem com seu braço.

— Estamos sozinhos. - lembrou-a. Mas Julieta tinha perfeita consciência disso, e esse provavelmente era seu incômodo. - Diga-me o que há de errado.

— Gostaria de descrever em palavras, mas não posso.

— Por que? - ela suspirou.

— Você, o problema é você, Aurélio.

— Hmm.. - ele desviou seu olhar por um instante. - O que fiz?

— O que causa nas mulheres. E não me digas que não a percebido. - ele franziu o cenho tentando lembrar-se de alguma situação que o ocorrera.

— Me desculpe, mas eu não lembro de nada.. Aconteceu algo? - a olhou com mais cuidado. - Eu estou ficando um pouco preocupado. Agora que estamos mais próximos, não quero que nada fique pendente entre nós. Diga-me, por favor.

— Eu não sei como dizê-lo.. - Julieta mordeu levemente os lábios os umidecendo. - Você. Eu o observei toda a noite, mas não só eu. Lady Margareth também o fez, e Mercedes quase não a respirado enquanto estava na sua presença.

— Entendi.. - deixou um riso escapar. - Pensas que posso ter interesse em outras mulheres?

— Penso que você pode as interessar mais que qualquer outra coisa.

— O que seria uma pena para elas..

— Não é verdade.. - ela disse uma forma tão tristonha que Aurélio quase a abraçou.

— Julieta, eu não estou sozinho. Tenho você, e como você já disse, estamos em uma relação. - ele a tocou no rosto. - Ou não?

Estamos? As vezes penso que nunca vou poder ser recíproca a tento sentimentos que me das.

— Sim, estamos.

— Me sinto mais aliviado. - sorriu. - Não quero mais nenhuma mão na minha, que não seja a sua. - tocou seu nariz ao dela e continuou. - Nenhuma essência, e nenhuma boca que não seja essa.- terminou por murmurar entre seus lábios

— Eu também não.. - era segunda vez que havia deixado algo sentimental relacionado a ele, escapar. Talvez fora sua aproximação que a havia a dado forças, no entanto, Julieta tinha certeza que nenhuma boca ou essência a ganharia como a dele havia feito.

Aurélio encostou suas testas, e fechou os olhos. Suspirou. Pela primeira se atreveu a tocá-la nos quadris, e em seguida a envolveu em seus abraços, seus peitos se chocaram, e Julieta assustou-se..

Apertei seus ombros na esperança que aquela energia que eu estava sentindo passasse, porém, fora impossível cessar a mesma. Ele novamente olhou em meus olhos, senti sua respiração acelerar, seu peito descia e subia, e no seu compasso seguia meu corpo. Suas pupilas de repente dilataram-se, e minha única reação fora engolir em seco. Deus, superei. Então, sua boca cobriu a minha.

Seu abraço ficara mais apertado, e suas mãos mais ligeiras. Meu corpo parecia está ligado ao seu, pois, minhas mãos também percorriam seu corpo. Quando sua língua tocou a minha, senti suas costas se contrairem, no exato momento em que meu corpo fora encostado a mesa logo atrás de mim.

Eu precisava respirar. Me recompor.

Porém. Quando seus lábios por alguns segundos se afastaram dos meus, fora minha vez de puxá-lo para mim. E ele vira de forma tão abrupta que a mesa saira de seu lugar. Eu estava enlouquecendo, em nenhum momento lembrei de meu passado, de Osório, dor.. Aurélio fora um antídoto que me curara por alguns minutos. Quando suas mãos invadiram meu cabelo, grunhi entre seus lábios, e ele recuou.

Apoiei minhas mãos em seu peito, e o olhei. Seu rosto estava avermelhado, sua respiração falha, seus olhos tão penetrados em mim, que arrepiei-me.

Aurélio soubera que teria que cessar no momento em que Julieta gemeu entre seus lábios. Não estavam em um lugar apropriado para algo além de beijos, e ele havia a dado tempo, o tempo que a mesma necessitava para se sentir livre de seu passado. No entanto, ele estava satisfeito com seus beijos, sua companhia, e por mais que parecesse impossível, com a timidez de Julieta. Juntos estavam moldando seu amor, e logo fluiria.

Ele olhou para chão, e sorriu quando viu alguns papéis no mesmo.


— Acho que você fez uma leve bagunça. - disse acusando Julieta, e quebrando o silêncio.

— Sim, eu.. - ela sorriu irônica, e com suas bochechas coradas. Ele correspondeu seu sorriso e recolheu os papéis do chão, os ajeitando em cima da mesa.


Em seguida segurou na mão de Julieta a conduzindo em direção a porta. Ela ficou em sua frente, e antes que Julieta pudesse virar a maçaneta, Aurélio colocou sua mão em cima da sua. Aproximou-se o máximo possível dela, até a mesma o sentir em suas costas. Ela o ouviu respirar fundo em seu pescoço, e logo..

— Boa noite. - ele beijou rapidamente seu ombro, e a deixou finalmente abrir a porta. Julieta permitiu que ele passasse em sua frente, e assim que ele estava em uma distância segura, ela se permitiu fraquejar.. Suspirou por vezes, até que seu corpo conseguisse voltar ao normal.. Sem desejos, calor, suor.. Contudo, ela soubera perfeitamente que a lembrança de seu corpo atrás do seu, a atormentaria por toda a noite.


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