Estava a pensar como alguém pode entrar em nossas vidas, e de repente revirar tudo o que você levou anos para manter em ordem.

Ele chegou de uma forma inesperada. Eu o feri, ele me beijou. Eu gritei, ele se calou. Eu neguei, ele me amou. Destruiu todas minhas barreiras, tirou o gosto amargo de minha boca, me fez sorrir novamente.

Eu nunca pensei que a desordem tivesse seu lado bom, para mim, tudo tinha que ser nos conformes. Mas ele, me mostrou que o mundo de cabeça para baixo tem seu sabor. Que o mundo roto, e desgovernado, traz prazer.

O físico vibra, a pele queima, os gemidos se intensificam. E quem pode os parar? Quem pode parar a conexão de dois corpos envoltos ao amor?

Quando o feri, doeu-me. Correspondi a sua audácia, desfrutei do seu beijo, e anseei por mais. Condenei-me por isso, e após a semana, já estava entregue novamente a doçura daquele homem. Queria mais, no entanto, continuava negando o que sentia.

Mas não demorou. Entreguei-me, e infernos! O que é isso que sinto quando suas mãos tocam as minhas? Seu calor queima minha pele, seus olhos me comem e me admiram sem nenhuma explicação e pudor. Nunca ninguém a me olhado assim, nem ao menos me cuidado tanto. Admito, que apenas seu olhar faz-me ter a cada dia mais vontade de viver, e mudar, mesmo que meus demônios do passo ainda estejam comigo.

Seu abraço é tão confortante, eu morreria nos mesmos sem nenhum medo, talvez morro cada vez que ele diz meu nome em um sussurro. Sua voz é grave, mas leve quando o assunto sou eu...

Ele, iluminou cada escuridão dentro de mim. O sinto em mim, mesmo quando estamos longe, seu "boa noite" e a última coisa que desejo ouvir antes dormir. Um dia, certo dia.. Direi as quatro ventos que Aurélio Cavalcante é o homem perfeito, e o homem perfeito que se apaixonou por uma mulher ferida, e que a cada dia a cura de uma forma diferente. Aurélio Cavalcante, o amo.