The Beginning of 100 Years escrita por Yume


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oie!!!
Eu realmente quero saber como Gruvia vai ficar com essa missão de 100 anos, então escrevi só uma das muitas ideias que tive com isso!
Espero que gostem!



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A tão esperada missão de cem anos havia começado, os protagonistas dessa aventura, eram ninguém menos que o “time mais forte da Fairy Tail”. E eles realmente estavam empolgados com isso, era algo que todos queriam a muito tempo e agora, estavam entre amigos, prontos para bater de frente com seja lá qual for o desafio que enfrentariam.

Gray observava de longe a interação entre Natsu e Lucy. Sabia que o rosado era um idiota, mas tinha que admitir que o cuidado que o mesmo tinha com a loira, era algo admirável. Mesmo não parecendo, ele estava atento a todos os movimentos que Lucy fazia, ficava preocupado quando ela tropeçava em algo e chegou até a carrega-la quando passaram por um pântano.

O mago de gelo suspirou, sentia falta de Juvia.

Mais cedo Erza havia perguntado porque a garota não estava vindo com eles, mesmo não fazendo parte, oficialmente, do time. Gray apenas disse que ela estava ocupada com outros assuntos. E realmente era verdade.

Juvia tinha algumas pendências para resolver, algo sobre um familiar que havia aparecido. Gray queria ter ficado com ela, mas a mesma insistira que ele deveria ir, pois sabia o quanto aquela missão significava.

— Perdido em pensamentos, Gray? – Erza lhe tocou o ombro e sorriu.

— Talvez.

— Vamos chegar amanhã na próxima cidade, então queria ver onde seria o melhor lugar para acamparmos – Gray encarou o céu, estava com um belo tom laranja, próximo do final do dia.

— Pelo ar, acho que deve ter uma clareira ao norte – Wendy falou baixinho olhando para o lado.

— Aye! Eu e Charle acabamos de achar um lago – Happy sobrevoou entre eles.

— Ah! Finalmente água limpa! Estou louca para tomar um banho – Lucy suspirou e sentou-se em uma pedra.

— Mas você tomou banho ontem, por que tomar outro hoje? – Natsu perguntou inocente e recebeu um peteleco da loira.

— Você também vai tomar um banho, caso contrário não quero saber de ter um porquinho andando o tempo todo do meu lado – Lucy virou o rosto. Natsu resmungou alguma coisa e logo pediu que Happy mostrasse onde ficava o lago.

Gray POV

Seguimos todos até o lugar do acampamento e tratamos de desmanchar as malas, montar barracas e fazer uma fogueira. Lucy, Erza e Wendy foram até o lago para tomarem banho, eu e Natsu ficamos encarregados da fogueira e de achar algo para assar. Acabamos caçando um servo que passava por ali, Happy pescou alguns peixes.

Para a infelicidade de todos, Erza estava cuidando da cozinha e ela não sabia cozinhar, o que significava comermos comida queimada, salgada ou com algum molho estranho que ela inventava. Como ninguém tinha coragem para retruca-la e sempre estávamos famintos, comíamos mesmo assim.

Mais tarde cada um foi para sua barraca, eu preferi ficar perto da fogueira até mais tarde. Peguei a lácrima de comunicação e resolvi ligar para Juvia.

Ela demorou a atender, eu estava quase desistindo quando ouvi a voz sonolenta me chamar.

Gray-sama?

— Hey Juvia – Passei a mão na nuca. Estava nervoso.

Está tudo bem?

— Sim, eu só... – Mas que droga! Eu nem mesmo sabia porque estava ligando.

Juvia também está com saudades— Ela falou baixinho, mas eu praticamente podia ver seu sorriso.

Suspirei – Me desculpe.

Por quê?

— Gostaria de falar de maneira mais clara.

Pude escutar sua risada e acabei sorrindo também – Gray-sama não precisa de desculpar, Juvia sabe como se sente.

— Eu sei, obrigado – Fiquei em silêncio por alguns segundos – Como estão as coisas?

Tudo bem, resolvi tudo mais rápido do que esperava— Escutei ela bocejar – As coisas na guilda estão a todo vapor, o mestre está em pé de guerra com Laxus para que ele assuma como nono mestre.

— E Laxus não quer?

Aparentemente não. Ontem vi ele conversando com a Mira-san e ele parecia nervoso.

— Laxus é um cabeça dura mesmo – Mais uma vez escutei sua risada doce, fechei os olhos – Queria que estivesse aqui – Falei baixo, achei que ela não tivesse escutado.

Talvez Juvia estará— Abri os olhos novamente e me levantei, um desconhecido sentimento de euforia tomou conta de mim.

— Como assim?

Juvia tem que acordar cedo amanhã— Ela bocejou novamente – Boa noite Gray-sama.

— Boa noite Ju... – Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ela desligou.

Fiquei encarando a lácrima em minha mão. Que conversa estranha. Meneie a cabeça, estava um pouco mais tranquilo de ter falado com ela. Joguei um pouco de água na fogueira, apagando as últimas fagulhas e fui me deitar em um saco de dormir.

{...}

No início da tarde do outro dia chegamos na cidade, um pequeno vilarejo no meio da floresta, iríamos pegar algumas informações sobre a missão e dali adentaríamos a mata mais uma vez para só então chegarmos em um porto e pegarmos um barco até o outro continente.

Lucy e Wendy estavam empolgadas com algumas lojas que vendiam quinquilharias tais como lembrancinhas e outras besteiras que não me importei de olhar. Segui com Erza até um comerciante que sabia o que queríamos.

Tivemos uma conversa relativamente tranquila até que comparsas do vigarista resolveram criar problemas. Estávamos em menor número e eles tinham alguns monstros.

Erza trocou sua armadura e eu deixei que a marca negra tomasse conta da metade do meu corpo. Logo Natsu, Lucy e Wendy chegaram e juntos derrubamos a maioria deles, mas apareciam cada vez mais.

A floresta era rodeada por montanhas e pelo mar, logo estávamos na beira de uma praia, conseguimos encurralar os bandidos que sobraram em um cais, porém, um deles conseguiu saltar e atingiu Natsu e Erza com alguma magia do sono, os dois caíram imediatamente.

Lucy estava ficando cansada e Loke estava ao seu lado – Lucy, acho melhor não chegar perto desse cara, não precisamos de mais um de nós nocauteado! – Gritei para Lucy que acenou, Charle e Happy conseguiram pegar Natsu e Erza, os afastando e tentando acordá-los.

O cara do sonífero riu alto, tentei atingi-lo, mas os outros dois me empurraram em um momento de descuido meu.

— Vocês estão se metendo onde não devem crianças – O mais velho deles falou e riu – Aceitaram um trabalho que está além da sua capacidade.

— Não subestime a Fairy Tail – Wendy falou, ela também estava cansada, a luta já se estendia por um tempo e o número de bandidos estava nos deixando exaustos e aqueles três não facilitavam. Vi mais uns dez homens surgirem dentre as árvores.

— Já subestimei! – Quase revirei os olhos ao escutar a clássica risada má.

No momento que o cara falou uma forte chuva começou a cair, água caía torrencialmente dos céus, sem raios, sem vento, apenas chuva, muita chuva. Sorri. Não podia ser.

Os vilões ficaram tão surpresos quanto nós pela virada repentina do tempo. Encarei o mar que começava a ficar cada vez mais revoltado, não tive tempo de ver com clareza, mas em questão de segundos, enormes ondas surgiram e lavaram toda a costa, exceto onde estávamos. Ouvi gritos e clamores por ajuda.

Ao meu lado uma silhueta conhecida se formou.

Juvia estava munida de seu clássico guarda-chuva e sorria com o canto da boca. Com um mover de mãos os bandidos estavam todos desacordados dentro de uma enorme esfera d’água. Logo a chuva acalmou-se e o mar voltou ao normal.

Eu estava embasbacado enquanto a olhava, notei ainda meio aéreo Lucy a cumprimentando, junto com Wendy, a enchendo de agradecimentos e perguntando como ela havia chegado ali. Juvia estava sem graça e respondia tudo com calma. Eu fiquei em silêncio, apenas a observando.

Logo Natsu e Erza acordaram, Natsu estava furioso e praticamente espancou o cara que o havia adormecido, mesmo que ele ainda estivesse inconsciente. Já Erza foi contente falar com Juvia e a puxou para conversar, empolgada com os últimos acontecimentos, perguntando sobre a guilda e outras coisas. No fim não tive a chance de falar com ela.

Fui com Lucy e Wendy de volta para cidade, levamos os bandidos e os entregamos as autoridades locais. Os moradores insistiram que ficássemos na cidade aquela noite, mas havíamos decidido que para essa missão iríamos chamar o menos possível de atenção, então, a maioria das noites seriam em acampamentos e andaríamos a máximo possível para chegar onde queríamos.

Voltamos para floresta para um lugar onde Erza havia falado que dormiríamos por hoje. Ao chegar lá Erza batia em Natsu que ainda insistia em ter uma luta justa com o cara de mais cedo. Juvia apenas sorria os observando.

— Muito bem, o que vamos fazer agora? – Lucy perguntou assim que chegou e pegou Natsu pela orelha o tirando de perto de Erza.

Juvia abriu um enorme sorriso assim que me viu, sorri sem graça e sentei ao seu lado. Escutei vagamente Erza falar sobre os planos para o dia seguinte, apenas me concentrei em Juvia.

— Desde quando planeja vir aqui? – Ela sorriu e suspirou.

— Juvia queria ter vindo desde o início, mas como Gray-sama sabe, tive que resolver algumas coisas – Concordei com a cabeça – Ontem de manhã peguei um trem para essa cidadezinha, demorou mais do que o esperado e tive que ficar em um vilarejo antes disso, quando ligou, Juvia estava em uma pousada, cheguei no fim da tarde aqui e logo fiquei sabendo da luta que estavam, vim o mais rápido possível e aqui estou – Ela sorriu simples.

Passei a mão no cabelo e desviei o olhar – Estou feliz que tenha vindo.

Ela agarrou meu braço e descansou a cabeça me meu ombro – Juvia estava com saudades – Sorri e aspirei o cheiro doce de seus cabelos.

— Quanta melação! – Escutei Natsu gritar e logo cair na gargalhada com Happy, só então notei que todos estavam olhando para nós. Juvia me soltou meio sem graça.

— Seu idiota! – Fui para cima dele, mas parei com a espada que foi imediatamente apontada em minha direção, tremi antes mesmo de encarar os olhos faiscantes de Erza.

— Não temos tempo para isso – A voz cortante calou a todos. Erza suspirou e guardou a espada – Está escurecendo, temos que armar acampamento e arranjar algo para comer – Ela sorriu e logo seus olhos brilharam – Eu estava pensando em fazer um ensopado de peixes e... – Nenhum de nós conseguiu evitar o suspiro, Erza novamente tomou a pose enfurecida – O que é isso?

— Na-nada Erza! – Lucy aproximou-se e tentou acalma-la – Só pensamos que de repente você pode estar cansada e que dessa vez a gente pode cozinhar.

— Não estou cansada – Ela foi categórica, dei mais um suspiro nervoso. Juvia tocou meu braço e sorriu.

— Juvia poderia fazer o jantar hoje, afinal de contas, Juvia chegou agora e gostaria de ajudar.

— Você já ajudou bastante hoje cedo – Erza falou com um sorriso – Também deve descansar.

— Mas Juvia não está a dias viajando a pé e dormindo em barracas – Juvia sorriu doce e foi o suficiente para Erza ceder.

— Está certo, podemos mesmo revezar – Todos sorrimos aliviados – Mas Natsu e Gray, peguem lenha e Happy, vá pescar, eu e Lucy iremos montar as barracas, Wendy e Charle, vão com Juvia pegar o que mais for necessário para que ela cozinhe – Nenhum de nós ousou questionar as ordens de Erza, fizemos exatamente como ordenado.

Em pouco tempo estávamos de volta ao acampamento, fizemos a fogueira e Juvia foi cozinhar, realmente tivemos ensopado de peixe, porém não havia o risco de morrermos envenenados.

Wendy encontrou algumas frutas em árvores próximas e conseguiu fazer suco para acompanhar a refeição. Tudo estava muito bom, Juvia realmente sabia cozinhar. Durante os seis meses que moramos juntos ela aperfeiçoou o que já sabia e aprendeu coisas novas.

Natsu comeu até dizer chega o que gerou certa desconfiança em Erza que perguntou porque ele não comia tanto quando ela cozinhava, isso gerou certa comoção e logo Natsu estava correndo e pedindo desculpas.

Eu fiquei toda a noite observando Juvia, eu realmente estava com saudades. Aprendi a estar perto dela enquanto vivíamos juntos e durante esse um ano depois da derrota de Alvarez, apesar do tempo gasto com a guilda, missões e outras coisas, sempre arranjávamos um tempo para ficarmos juntos. Mesmo mantendo isso em segredo, vez ou outra nos encontrávamos em encontros “íntimos”, mantínhamos um relacionamento amoroso, meio conturbado e cheio de idas e vindas, mas de certa forma era algo apaixonado.

Eu estava com saudade de beijá-la, de sentir o cheiro do cabelo macio, o corpo suado colado ao meu e dos gemidos que ela timidamente soltava quando fazíamos amor. Eu queria isso, eu precisava disso.

— Já que todos terminaram de comer Juvia vai aproveitar para pegar mais algumas folhas e gravetos para a fogueira, está ficando frio – Ela levantou e eu a acompanhei com os olhos.

— Espere – Me levantei – Vou com você, não é seguro andar sozinha pela floresta.

Natsu soltou uma gargalhada – Cara, do jeito que ela bateu naqueles caras mais cedo, é mais fácil que ela te defenda do que o contrário – Lucy o cutucou e ralhou, segurei meu desejo de arrastá-lo até o penhasco mais próximo e jogá-lo dali. Meneie a cabeça e segui Juvia.

Andamos em silêncio, vez ou outra pegando alguns gravetos pelo chão. Eu estava ficando impaciente e vê-la tão próxima estava me deixando louco. Não aguentei muito e a puxei pelo braço a encostando em uma grande árvore, joguei os galhos que tinha na mão e fiz ela fazer o mesmo. Coloquei seus braços sobre meus ombros e segurei sua cintura, apoiei a cabeça em seu pescoço, apenas aspirando o cheiro doce da pele macia.

— Eu realmente estava sentindo sua falta – Falei em seu ouvido e depositei um beijo molhado no lóbulo, senti ela suspirar e apertar os braços em meu pescoço.

— Não tem ideia de como Juvia queria estar ao lado de Gray-sama – Ela beijou meu queixo e começou a fazer um suave carinho com as unhas em minha nuca.

Não falei mais nada, apenas tomei meu tempo beijando seu pescoço, escutando suspiros e gemidos contidos. Eu não queria escutá-la se conter. Resolvi provocar um pouco mais, desci os beijos até o colo, desabotoando a frente do vestindo, revelando o sutiã azul marinho rendado. Lambi o caminho no vale dos seios e dei um chupão próximo a auréola do peito direito, ela soltou um gemido um pouco mais alto e cravou as unhas em meu cabelo. Sorri, mas ainda não era o que eu queria.

Fiz com que ela enlaçasse as pernas em meu quadril e a apertei mais contra a árvore, fiz questão que ela sentisse minha crescente ereção o que provocou mais um longo suspiro. Voltei a beijá-la, com certa violência, mas fui correspondido com a mesma intensidade, apertei as mãos nas nádegas firmes e fiz movimentos de vai e vem com o quadril, como se realmente estivéssemos fazendo sexo, isso gerou uma onda de gemidos sôfregos e altos. Notei que ela estava mordendo o lábio para evitar gemer mais alto, parei o que estava fazendo e pousei a mão sobre sua boca, puxando o lábio para baixo, Juvia abriu os olhos e me encarou confusa.

— Não quero que se contenha, quero ouvir você gritar – Falei encarando seus olhos, vi ficarem ainda mais negros de desejo.

— Estamos perto do acampamento, ainda dá para ouvir eles conversando, ia ser estranho Juvia gritar – Ela falou envergonhada e escondeu o rosto e meu pescoço, deu leves beijinhos ali e arranhou minhas costas por baixo da camisa – Juvia promete que vamos ter um tempo sozinhos mais tarde – Dessa vez ela arranhou com força meu ombro e depositou um chupão caprichado na curva do meu pescoço, voltou a me encarar com uma expressão carregada de desejo e um sorriso zombeteiro – Gray-sama vai precisar se acalmar antes de voltarmos – De forma atrevida ela desceu a mão e enfiou dentro da minha calça, pegou meu membro e o acariciou devagar, não desviou os olhos em nenhum momento. Ela também sabia me provocar.

Dessa vez quem gemeu baixo foi eu, ela riu e tirou a mão dali, soltei um suspiro frustrado, enfiei a cabeça em seus cabelos e beijei sua orelha – Vou cobrar sua promessa – Voltei a encará-la e lhe dei um selinho. A coloquei no chão e me afastei. Olhei ela ajeitar o sutiã e fechar o vestido, passou a mão pelos cabelos desgrenhados e pegou os gravetos que estavam no chão.

— Temos que voltar – Sorriu de maneira inocente, como se nada tivesse acontecido a poucos minutos.

Olhei para baixo e notei o volume em minha calça, seria difícil esconder minha visível “empolgação” – Não posso aparecer lá assim – Apontei para minha calça e ela direcionou o olhar para lá, novamente o olhar tomou uma tonalidade mais escura e ela se aproximou.

— Sabe Gray-sama – Juvia sussurrou em minha orelha – Não pode pensar em começar algo que não vai terminar – Voltou a se afastar e novamente o rosto estava tão inocente como o de uma criança.

— Tsc – Cocei a nuca e passei a mão sobre o ombro, onde o arranhão ardia – Você não tem jeito – Peguei o outro monte de galhos e voltamos a andar – Mas é sério, não posso chegar lá assim – Admito que estava até mesmo um pouco complicado para andar, eu realmente estava excitado e Juvia estava me provocando – Natsu vai notar e vai morrer me enchendo.

— Faça como sempre, quando Gray-sama precisava ficar calmo – Ela me encarou – Use a Arma Y.

Estremeci e ela riu. A Arma Y era como aprendemos a chamar o meu fator “brochante”. Não era a primeira vez que ficávamos animados demais em um lugar impróprio, então eu precisava de algo para me acalmar.

Um dia estávamos perto da Blue Pegasus, comprando alguns materiais que o mestre havia mandado para a guilda e acabamos indo em um beco, não lembro o que nos levou a uma insana sequência de beijos e a quase sexo no meio do dia, naquele beco.

Quando escutamos um barulho, paramos de nos beijar e Juvia se recompôs, já eu, estava excitado e isso era claro pelo volume em minha calça. Saímos de fininho e logo de cara encontramos com IchYa em uma loja ao lado do beco, saindo de um provador, usando apenas uma calcinha fio dental vermelha, assim que nos viu ficou empolgado e começou a fazer poses e perguntar como ele estava com aquele modelo.

Não preciso dizer que “murchei” na hora e desde então, sempre que lembro da cena eu consigo “acalmar” meu amiguinho. Aprendemos a chamar isso de Arma Y. A lembrança surtiu o efeito desejado e logo eu estava aterrorizado com a imagem em minha cabeça.

Escutei a risada de Juvia – Juvia nunca vai ficar cansada de ver isso – Fechei a cara e soltei um resmungo.

Voltamos para o acampamento e Erza reclamou da demora, perguntou se havia acontecido alguma coisa e Juvia rapidamente negou. Foi colocar os galhos próximo a fogueira, notei que Erza a observava e logo um sorrisinho sacana estava em seu rosto.

— Um mosquito picou seu pescoço Juvia? – Juvia congelou ao escutar a pergunta e instantaneamente colocou a mão no pescoço, onde um dos chupões que eu havia dado estava bem visível pelo caimento do cabelo. Soltei um pigarreio.

— Perto da água sempre tem mosquitos Erza – Falei e ergui a gola da camisa, lembrando que eu também deveria ter uma bela marca roxa na curva do pescoço.

— Engraçado eles picarem vocês só no pescoço – Erza encarou onde eu havia coberto e ergueu uma sobrancelha – Vai ver foi por isso que escutamos alguns gemidos enquanto vocês estavam lá, afinal de contas, picadas de mosquitos doem, não é mesmo? – Ela passou os olhos por mim e por Juvia, que estava mais vermelha que os próprios cabelos de Erza.

— Exatamente, mosquitos – Falei com a maior confiança que consegui reunir. Erza riu e meneou a cabeça, começou um assunto aleatório, tirando a atenção de todos que nos encaravam.

Ignorei tudo e voltei a me sentar perto do fogo, estava com calor e queria tirar a camisa, mas sabia que se fizesse isso o arranhão que Juvia deixou e o chupão, ficariam bem amostra. Bufei frustrado, nada do que queria fazer eu podia.

Logo todos foram deitar e mais uma vez eu fiquei por último, eu não tinha barraca, apenas meu saco de dormir. Não olhei onde Juvia foi deitar, mas eu sabia que hoje não seria possível dormir com ela, teria que esperar por outra oportunidade. Bufei inconformado. Vi Erza sair da barraca e vir em minha direção, sentou ao me lado e cutucou as brasas com um pedaço de madeira.

— Saiba que eu dei minha barraca para Juvia essa noite e estou indo dormir na de Lucy – Ela me encarou e sorriu – Só, por favor, não façam muito barulho, não traumatizem a Wendy mais do que já traumatizaram – Sorri sem graça e Erza me encarou séria – Não estou brincando, se eu ouvir qualquer barulho suspeito, entro naquela barraca e arranco seu amiguinho com um machado – Engoli em seco e acenei. Erza voltou a sorrir.

— Escutaram mesmo gemidos mais cedo?

— Sim, vocês estavam demorando, então levantamos e ficamos em silêncio para ver se ouvíamos alguma coisa – Ela riu um pouco mais alto – Realmente ouvimos, Juvia tem uma voz um tanto aguda e o vento estava para esse lado – Senti meu rosto esquentar – Wendy queria um buraco para se esconder e Natsu perguntou o que era aquilo.

— Aquele idiota – Encarei a barraca onde era possível escutar um ronco alto – Lucy deveria ensinar algumas coisinhas para ele.

— Não discordo – Erza sorriu e levantou – Vou me deitar – Virou-se para a barraca de Lucy, mas me encarou uma última vez – Sem barulhos, ouviu? – Acenei e esperei que ela entrasse.

Não fiquei mais dois segundos ali e fui até a tenda que era de Erza, sorri ao ver que ela havia a montado um pouco mais afastada das outras, principalmente da de Wendy.

Quando entrei vi que Juvia ressonava sobre o colchão, vestia apenas a lingerie azul marinho. Tirei minhas roupas, ficando apenas com a cueca, me aproximei e deitei ao seu lado, não tive coragem de acordá-la, apenas a observei por um bom tempo. Toquei seu rosto afastando uma mecha de cabelo que caia sobre ele, passei minhas mãos pela curvatura de seu corpo e a senti arrepiar, puxei um lençol e nos cobri.

— Gray-sama – Ela falou sonolenta e aconchegou-se em meu peito, entrelaçou as pernas com as minhas e voltou a dormir.

Beijei sua cabeça e a abracei, dormi embalado por sua respiração e pelo som de seu coração que batia compassado com o meu. Não seria hoje que a teria como eu queria, mas afinal de contas, estamos em uma missão de cem anos, tempo não vai faltar.

FIM


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