Celle, o retorno escrita por Nany Nogueira


Capítulo 1
De volta à Seattle


Notas iniciais do capítulo

Estou fazendo um teste. Se eu tiver um bom retorno dos leitores, por meio de comentários, vou contar a história de Isabelle, Cris e Rick. Caso contrário, meu lampejo de criatividade não deve seguir adiante, diante da falta de interesse.



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Isabelle observava os álbuns expostos pela cerimonialista, com arranjos de flores, belas decorações, Buffet, bandas... Era tanta coisa como ela jamais imaginou, chegando à conclusão de que se casar dava muito trabalho.

Formada há um ano e recém-contratada como engenheira da computação trainee numa grande empresa em Nova York, estava de volta à Seattle, no auge dos seus 24 anos, para firmar um grande compromisso diante de seus familiares e amigos.

Sabia que na sua idade, Sam já estava casada e era mãe de 3 filhos, mas, ela estava insegura ainda diante de tão grande passo. Se o seu noivo não tivesse insistido tanto e não estivessem morando juntos num pequeno apartamento em Nova York, tendo uma boa experiência de convivência, não teria dado tal passo.

Olhou para o relógio do pêra phone, ansiosa. Seu noivo estava muito atrasado. Fazia questão de escolher tudo com ele, embora Sam e Carly tivessem insistido muito para ajudar. Mas, ambas acabaram dispensadas pela noiva, que queria fazer desse momento exclusivo dela e do noivo, a fim de que tudo tivesse a cara dos dois.

Percebendo a agitação da noiva, a cerimonialista indagou:

— Prefere que aguardemos seu noivo antes de fazer as escolhas pelos álbuns?

— Prefiro sim. Aliás, ele tá muito atrasado. Acho melhor ligar para ele, já que nem responde às minhas mensagens.

Isabelle abriu a bolsa para pegar o celular, mas logo o guardou, vendo que o noivo entrava apressado no recinto.

— Posso saber onde se meteu para justificar tanto atraso, Richard West Oliver?

— Pode acreditar que foi por uma boa causa, meu amor. Tenho uma surpresa pra você mais tarde – piscando para ela e dando um beijo estalado em seus lábios. Cumprimentando a cerimonialista e sentando-se ao lado da noiva para ver os álbuns em seguida.

Enquanto isso, no Bushwell, Cristopher brincava com Ellie, de 3 anos, imitando cavalinho, enquanto descia e subia as pernas, fazendo a menina se chacoalhar e sorrir no seu colo.

 A pequena sorriu e disse, quando o rapaz parou:

— Mais, papá.

Cristopher deu um beijo estalado no rosto da menina loira e prosseguia, cantando:

— Upa, upa, cavalinho, corre, corre, ligeirinho... e não derruba o meu anjinho – fazendo menção de derrubar a pequena no chão, mas a segurando a tempo.

Mabel rompeu na sala, com um prato de mingau:

— Tá na hora da princesinha da mamãe comer toda a sua comidinha.

A pequena reclamou:

— Não, mamã, quéio bincá com o papá.

— Já brincou bastante com o papai, meu amorzinho. Agora tem que comer – disse Mabel, pegando a filha do colo de Cris.

Cris falou:

— Vou aproveitar e tomar um banho.

Mabel se aproximou e deu um beijo nos lábios de Cris, dizendo:

— Vai lá, amor. Mais tarde temos o nosso jantar a sós. Sua mãe vai ficar com a Ellie?

— Sim. Ela chega daqui a pouco do gabinete da Prefeitura. É atarefada a vida de uma prefeita, mas ela sempre tem tempo para a neta.

Mais tarde, Mabel, produzida para um jantar chique, desceu as escadas e chegou à sala, onde Carly, Gibby e Sophie, de 14 anos, brincavam com Ellie. Cris mexia no celular enquanto esperava a esposa.

Os dois saíram para o Pini’s, que continuava requintado e renomado em Seattle.

Enquanto isso, no apartamento do décimo terceiro andar, Richard acompanhava Isabelle até o quarto da moça.

Freddie, sentado no sofá, na cia de Sam, não deixou de dar um olhar atravessado ao ver o genro passar, mas nada falou. Sam percebeu e comentou:

— Amor, não adianta ficar contrariado, eles só foram ver a surpresa que o Rick tem para a Belinha, não estão indo fazer sexo.

— Sam! Esse comentário é totalmente desnecessário.

— Além do mais, os dois já até moram juntos e é certo que fazem sexo.

— Você gosta mesmo de me provocar! Já disse que não gosto de fazer comentários ou ouvir comentários sobre a vida íntima da minha filha.

Sam apenas riu. Freddie prosseguiu:

— Não é o sonho de um pai, que criou a filha com tanto carinho, vê-la morando com um sujeito sem se casar.

— Eles vão se casar, em breve. Então, você não terá mais fundamentos retóricos para tanta implicância, Freddonho!

Eddie e Nick haviam ido para a faculdade, Bolinha já havia morrido, e só restava o casal, com as velhas provocações e os momentos de companheirismo e ternura, também.

Sam e Freddie, aos 40 anos, quando se viram com o ninho vazio, no período em que todos os filhos estavam na faculdade, resolveram fazer uma longa viagem à Europa, a sós. Passaram por praticamente todos os países do velho Continente, em meses sabáticos. Voltaram renovados, sentindo menos a melancolia de não ter os filhos por perto para cuidar, entendendo que sempre teriam um ao outro, com um tempo que nunca tiveram antes e assim, reencontraram a alegria.

No quarto de Isabelle, sobre a cama, havia um belo vestido azul de cetim, longuete. Rick explicou:

— É a nossa primeira noite em Seattle e quero te levar para um jantar especial, depois podemos namorar um pouco – aproximando-se dela e dando-lhe um beijo demorado nos lábios.

Isabelle admirou o vestido e colocou na frente do corpo diante do espelho:

— É lindo, Rick! Bem do meu gosto. Você realmente me conhece muito mesmo.

— Eu presto atenção em cada detalhe, meu amor. Veste para eu ver.

— Se meu pai me pega tirando a roupa na sua frente, tem um enfarto. Vá para a sala e me espere. Ficarei pronta em breve e, então, vamos ao jantar. Quanto a namorar a sós, não vai rolar enquanto estivermos na casa dos meus pais – rindo.

— Eu posso esperar. Assim, a noite de núpcias do nosso casamento será ainda mais especial. Como se nunca tivéssemos nos amado antes.

Os dois se beijaram e em seguida Isabelle colocou Richard para fora do quarto, a fim de se arrumar.

Algum tempo depois, Isabelle e Richard chegavam ao Pini’s. Pediram uma mesa para dois. O maitre encaminhou o casal a uma mesa no fundo do restaurante. Para espanto de todos, na mesa ao lado, estavam justamente Mabel e Cris.

O quarteto trocou um olhar nervoso. Muitas emoções vieram à tona e muitas lembranças também.

Isabelle voltou 4 anos no tempo, quando, no seu alojamento na Universidade, recebeu a mensagem mais dolorosa e inesperada de Cris, até então, seu namorado.


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Notas finais do capítulo

Devo continuar?



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