Synthetic escrita por Any


Capítulo 1
A sintética que podia sentir


Notas iniciais do capítulo

Essa fanfic foi inspirada na série Humans



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As mãos do homem mexiam de forma cuidadosamente firme os fios entrelaçados em um emaranhado de metais, sua respiração presa em seus próprios pulmões numa tentativa cuidadosa de perfeição.

Seus olhos, arroxeados graças as olheiras por noites mal dormidas estavam exprimidos atrás dos óculos, a luminária logo ao seu lado fazia sua retina queimar e a temperatura do ambiente aumentar, fazendo com que pingos de suor escapassem de sua testa.

— Leroy, querido, você está aqui faz seis horas, não quer comer alguma coisa? – Mãos cuidadosas foram postas em seu ombro, junto com a voz branda e masculina em seus ouvidos.

— Eu preciso somente acabar essas últimas modificações, já estou finalizando. – A sua voz soara tensa e despreocupada, não parecendo realmente prestar a atenção na conversa sendo que essa resposta fora a mesma que dera ao marido três horas antes.

— Eu entendo sua preocupação com a evolução dos sintéticos, mas você poderia se estabelecer no nosso escritório junto com James, aqui está um calor exorbitante e tenho certeza que você está desidratado.  –

Com um suspiro cansado e levemente irritadiço, Leroy fixou seus olhos cansados em Hiram, para logo depois se sentir acolhido pela face preocupada e amorosa do marido.

— Eu só.... Veja bem. – Leroy colocou suas mãos nos ombros de Hiram, obrigando-o a se sentar em sua frente, em um banquinho enferrujado, que rangeu quando o peso foi colocado sobre ele. – Estou preocupado com nossa estrelinha. –

Hiram assentiu, pedindo para que ele continuasse de forma silenciosa.

— Eu sei o quanto nós somos famosos pelas constantes melhorias dos sintéticos e esse tipo de coisa complica nossa vida social, mas sabemos lidar com isso apesar de tudo. – Leroy encolheu os ombros e olhou para o lado, para a cabeça de ferro na qual mexia, o emaranhado de fios parecendo ligeiramente com um cérebro cinza, azul e preto. – Mas Rachel.... Rachel é alvo de constantes julgamentos, você bem sabe disso....

— Eu não estou entendendo. – Hiram pendeu a cabeça para o lado, os lábios franzidos.

— Fui a escola dela a alguns meses atrás, Figgins disse que tem suspeitas que Rachel esteja sofrendo algum tipo de Bullying. –

Os olhos de Hiram cresceram.

— E não é mesmo estranho? Ela está sempre sozinha, nenhum amigo vem visita-la, nenhum namorado ou paquera, ou até algo parecido, nós não a vemos falar de forma carinhosa de ninguém, somente de suas músicas e performances. –

— Mas esse é o sonho dela, talvez...

— Ela não tem amigos Hiram, não tem redes sociais e a imprensa está constantemente esperando que ela seja algum tipo de gênio, sendo que sabemos bem que ela quer a Broadway, não os sintéticos e.... E eu não vejo problema nenhum nisso! – Leroy enfatizou. – Eu adoro vê-la cantar e é realmente gratificante ver a felicidade da minha menina, mas.... – Franziu o cenho, incomodado. – Eu quero que ela tenha experiências, quero que ela socialize e não viva em função do próprio sonho.

Hiram acariciou o braço direito de Leroy, o escutando de forma silenciosa, notando o quanto o marido parecia chateado pela falta de convivência de Rachel com outras pessoas.

— Só quero que ela seja uma adolescente normal, por isso.... Por isso fiquei horas aqui dentro, construindo o que eu nomeei de Quinn. –

Hiram levantou uma sobrancelha.

— Você construiu um sintético?

— Não apenas um sintético. – Leroy parecia orgulhoso. – Mas eu consegui pegar as informações hormonais, fiz com que fossem produzidos da mesma forma que um adolescente, criei uma memória afetiva artificial e com memórias ligadas ao sistema de armazenamento.

— Ela.... Ela tem sentimentos? – Hiram estava maravilhado, sua expressão contorcida em surpresa e orgulho. – E pode aprender as coisas?

— Inicialmente, ela pode sentir coisas pequenas, como raiva, alegria e desânimo, ainda estou me aprofundando nessa parte, quero que ela sinta coisas mais profundas, como felicidade, amor....

— Ódio? –

Os dois se encararam.

Leroy sorriu.

— Claro. – Assentiu, dando de ombros. – Eu sei quanto esse projeto é perigoso....

— Você pode mudar o mundo com isso. – Um sorriso abriu-se de orelha a orelha. – Pode.... Revolucionar tudo.... –

— Quinn é um protótipo no qual estou trabalhando faz seis anos e nunca entendi de que tipo de melhoraria precisaríamos, digo, já temos tudo que precisamos em um sintético, mas.... Se a dermos uma consciência? Uma personalidade? A capacidade de dizer não e aprender com isso? Amadurecer com suas escolhas? – Leroy suspirou, parecendo maravilhado com as próprias palavras proferidas. – E ainda mais melhorarmos as condições de nossa filha ao mesmo tempo? –

— Querido, você está se empolgando demais, e as consequências que isso trará? Você quer vender cópias desse protótipo? –

— Isso é só um experimento, veremos como as coisas serão para ela e se der tudo certo.... Mudaremos o mundo para sempre. –

***

Rachel sentiu seus olhos úmidos, as lágrimas lutando com as suas pálpebras para saírem.

Já tinha acabado, ela estava em casa novamente, esqueça as palavras anteriores, só sorria, seus pais eram ocupados e gênios, importantes demais para lidarem com problemas tolos de adolescente, eles não deveriam se importar.

Ela tinha que resolver os próprios problemas, tinha que lidar com isso, tinha que ser forte.

“Pare de ser tão dramática, você está exagerando”

“Você é tão irritante, já experimentou calar a boca? ”

A judia abriu as portas brancas e entalhadas da mansão na qual morava, os empregados enfileirados, a espera de sua volta.

— Boa aula, senhorita Berry? – James sorriu, os músculos mecânicos se contorcendo em direção a ela, simpático e carinhoso.

Ele sempre estava vestido com o mesmo terno impecável, tinha o mesmo corte de cabelo desde que ela tinha seis anos e seus olhos eram transparentes, o que era incomum para um sintético, uma expressão envelhecida artificialmente e movimentos levemente dificultosos.

Os outros empregados, da mesma natureza que James, sorriram em direção e a ela e deram a volta na intenção de continuarem seus deveres.

— Olá James, sim, meu dia escolar foi perfeitamente maravilhoso. – A mentira lhe custou um pigarrear e desviar de olhos. – Onde está pai e papai? – Começou sua caminhada, com James em seu encalço, enquanto eles cruzavam a sala de estar grande demais e iam em direção a cozinha de estilo americano.

— Hiram foi para a empresa a vinte minutos atrás e Leroy está em seu escritório. – Não tirou o sorriso enquanto falava. – Na verdade, seu pai estava ansiosíssimo para sua chegada, ele parece estar querendo lhe dizer alguma coisa. –

Rachel franziu o cenho enquanto abria a geladeira, pegava uma jarra de água e despejava o líquido em um copo de cristal.

— Você sabe, exatamente, do que se trata? –

— Infelizmente não. – Como se lamentasse a própria ignorância, o robô balançou a cabeça e contorceu o rosto em uma tristeza exagerada.

Rachel sorriu.

— Está tudo bem James. – Deu de ombros. – Agora venha, vamos falar com papai. – Pegou as mãos macias do mordomo, o puxando para eles irem em direção ao escritório do pai da judia, que ficava aos fundos da mansão.

Rachel tinha mais intimidade com máquinas do que com pessoas, talvez uma consequência de ter pais tão ligados a esse tipo de realidade, eles criaram os humanos sintéticos afinal.

Eles passaram por inúmeros quartos e banheiros em um corredor branco, desviaram-se de alguns corredores, como um verdadeiro labirinto, para logo depois encontrarem uma enorme porta marrom com alguns detalhes em dourado, trancada, como de costume.

Rachel bateu três vezes.

— Papai? Sou eu, Rach....

Rachel mal terminou de dizer seu nome e a porta foi aberta bruscamente por um homem ansioso, os olhos levemente arregalados em uma excitação aparente.

— Estrelinha! Você chegou! – Abraçou a pequena adolescente, esmagando a filha contra os seus braços, demonstrando o amor de pai que transbordava dentro dele mesmo.

— Sim.... – Rachel riu quando sentiu seus pés deixarem o chão. – James disse que você gostaria de falar comigo. –

— Falar com você.... Sim, sim! – Se afastou, limpando as mãos suadas nas calças sociais. Sorriu em direção ao sintético, que sorriu de volta. – Obrigado James, pode voltar ao seu trabalho. –

— Fico feliz por ter sido útil. – Virou-se, dando as costas aos dois.

— Então...? – Rachel entrelaçou suas mãos em frente ao corpo.

Leroy saiu da frente da garota judia, fazendo com que ela pudesse ver um sintético.

Mas, aquele não era normal.

Ela estava sentada logo ao lado da escrivaninha de seu pai, em uma cadeira de madeira com um estofado vermelho em frente a uma janela, as luzes do sol fazendo com que seu cabelo loiro que caía por seu ombro cintilasse.

— Ela se chama Quinn, e é o protótipo 952. – Leroy colocou a mão direita no ombro delicado do robô. – E ela é diferente de qualquer outra coisa que eu tenha criado.

Rachel tinha seus olhos fixos na máquina sentada em sua frente.

Ela era linda, sobrenaturalmente linda.

Os sintéticos, normalmente, eram desprovidos de defeitos visuais como cicatrizes, feridas ou deformações, mas Quinn...

A judia poderia ficar o dia inteiro a encarando.

— Eu criei um sistema hormonal e de memória de aprendizagem dentro de seu cérebro. –

Rachel pendeu a cabeça para o lado.

— Somente isso? – Parecia curiosa, então, se aproximou alguns passos.

— Bom.... Não tecnicamente, existe uma complexidade de seis anos de trabalho, tirei qualquer sistema dependente de escolhas ligadas a ordem, modelei seu modo comportamental em códigos parecidos com um ser humano e....

— Papai, eu a achei brilhante. – Rachel interrompeu a fala do mais velho. – Mas eu tenho certeza que não entenderei nada que o senhor seja capaz de me explicar. – Franziu o cenho.

Leroy riu.

— É claro, me desculpe estrelinha. –

— Está tudo bem, parece importante para você. – Rachel assentiu, continuando a encarar a sintética.

— Ela tem sentimentos querida, se eu estiver certo, ela é capaz de sentir e se importar. –

Rachel ficou silenciosa e logo depois engoliu em seco.

— Podemos.... Podemos liga-la? – Olhou de forma hesitante para o pai.

— Estava esperando você para isso. – Indicou Quinn com a cabeça, como se incentivasse Rachel.

Assentindo, Rachel apertou no peito de Quinn, a leve pressão sendo o suficiente para que algo acontecesse.

Um leve tremor de baixo das pálpebras, dedos das mãos dando leves espasmos, uma respiração superficial.

A sintética abriu os olhos e encarou as duas pessoas no recinto.

— Olá. – Um sorriso abriu em seu rosto.

Rachel piscou, suas bochechas avermelhando-se.

Não era todo dia que uma pessoa tão bonita lhe sorria daquela forma.

— Hm.... Olá, Quinn. – Pendeu a cabeça para o lado, observando a sintética se levantar e estender sua mão.

— É um prazer conhece-la, qual o seu nome? –

Rachel encarou a mão estendida em sua direção e contorceu as suas próprias, sua respiração presa.

Quinn franziu o cenho e olhou para a sua própria mão e depois para Rachel.

Algo brilhou em seus olhos, como um brilho lateral, para logo depois, sua expressão mudar para gentil.

— Você está tímida. – Assentiu, como se entendesse a reação da morena. – Peço desculpas por minha apresentação exagerada.

— Oh, não, não é sua culpa, eu somente...

Somente estou encantada.

— .... Fiquei surpresa, você é.... É.... –

Quinn piscou, curiosa para saber a última palavra na qual Rachel a descreveria.

— Diferente. – Rachel terminou.

A loira franziu o cenho.

Leroy riu sobre a interação das duas, colocando-se ao lado de Quinn.

— Olá Quinn, meu nome é Leroy Berry e essa é a minha filha, Rachel Berry, e espero que tenhamos uma boa convivência daqui em diante. –

Quinn sorriu, assentindo.

— Estou me sentindo suficientemente acolhida, obrigada. –

— Estou me sentindo.... – Leroy sussurrou. – Rachel, ela pode sentir. – Leroy parecia animado demais, o que era justificável por sua descoberta.

Os movimentos da sintética eram mais naturais que a de uma máquina comum e a sua fala parecia menos automática e mais desenvolvida.

— Você está ansioso e animado, devo lidar essa reação como um elogio? – Quinn sorriu, os olhos ainda brilhando, como se ela estivesse escaneando o rosto de Leroy, como tinha feito anteriormente com Rachel.

— Sim! Com certeza Quinn, você é muito especial. – Assentiu, para logo depois encarar Rachel. – Querida, não quer mostrar o recinto para a nossa nova integrante da família? –

Rachel encarou Quinn, que a encarou de volta, os cabelos loiros se ondulando com o movimento da cabeça.

—Sem problemas, venha Quinn. – A judia indicou a porta com a cabeça, esperando que a loira a seguisse.

Uma mão se entrelaçou com a sua.

A morena olhou de forma surpresa a sintética ao seu lado, que sorriu, os olhos robóticos mais gentis do que qualquer outro olho humano.

— O calor humano parece reconfortante. – Se justificou, olhando para as mãos morenas. – E aproximação corporal é uma boa forma de desenvolver uma relação íntima e sentimental, você se incomoda? –

Rachel engoliu em seco.

— Não.... Eu não, não me incomodo. – Rachel gaguejou, começando a andar.

— Você parece incomodada. – Quinn insistiu.

— É que eu não sou acostumada com.... isso. – A morena virou o rosto para atrás e lhe deu um sorriso tranquilizador. – Mas está tudo bem Quinn, você pode se aproximar. –

— Guardarei essa informação para mais tarde. – A loira se prontificou e Rachel riu.

— Você é engraçada. –

Quinn piscou.

— Mas eu não contei nenhuma piada. –

— Você não precisa contar uma piada para ser engraçada. – Elas finalmente chegaram a cozinha. – Agora que passamos pelo corredor dos quartos de hospedes, esta é a cozinha. –

Quinn olhou ao redor, atenciosa.

— Você gostou? –

A loira baixou a cabeça para observar o rosto ansioso e inseguro de Rachel, os olhos castanhos brilhando em sua direção, as bochechas acentuadas em um sorriso, o rosto aparentemente macio e os lábios carnudos.

— Sim, você é bonita. –

Rachel arregalou os olhos e pigarreou.

— Eu.... Eu não estava falando de mim. – Suas bochechas se avermelharam. – Estava me referindo a cozinha. –

Os olhos robóticos brilharam novamente e Quinn sorriu.

— Sim, desculpe-me, meu sistema se corrompeu por alguns instantes. – Olhou ao redor novamente. – É lindo. – Assentiu.

Seus dedos deslizaram suavemente pelo balcão branco, sobre a observação de Rachel.

— A cor branca.... Eu gosto da cor branca. – Seu corpo se moveu, ansiosa para explorar mais o recinto que lhe chamou a atenção. – É espaçoso e acolhedor. – Quinn encarou o rosto de Rachel. – E por sua expressão facial, você passa bastante tempo aqui. –

— Oh.... Bem, você está certa. – Rachel deu de ombros e sorriu sem graça. – Gosto de cozinhar. –

— Apesar de não possuir papilas gustativas e sistema digestivo, tenho plena certeza que você faz isso com destreza. - Quinn pontuou, dando um sorriso gentil enquanto entrelaçava suas mãos em frente ao corpo.

— Acho que papai exagerou no sistema de elogios. – Rachel zombou, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

— Esse tipo de sistema não existe. – Os olhos de Quinn brilharam. – Mas se está se referindo a mim e a você, Leroy disse-me que você é especial e que devo protege-la. –

— E por que você faria isso? Papai disse que você não é um sintético normal e que não acata ordens. –

Quinn sorriu novamente.

— Somos uma família, logo, devemos nos proteger, não é mesmo? – Quinn assentiu. – E todas as vezes que meu sistema de memória trás os dados de sua expressão triste, o hormônio serotonina tem uma decadência grande demais e não me sinto bem. –

— Então, você não está sendo obrigada a gostar de mim? –

A loira franziu o cenho, os olhos brilhando.

— Quinn, você não precisa procurar dados, só diga o que está sentindo agora. –

— Você me deixa confortável e feliz, gosto de você. –

Pela falta de hesitação da fala da sintética, Rachel pareceu levemente satisfeita.

Alguém estava gostando de sua presença, afinal.

Mas o quanto aquilo era miserável? Ela precisava de uma máquina, de um sintético para gostar dela e ter amigos, ela precisava de seu pai para criar alguém que não existia para gostar de sua presença.

As mãos de Rachel se contorceram sobre o balcão.

Deus.... O que ela estava pensando? Quinn era só mais um sintético.

A loira, a alguns passos da judia, escaneou o rosto em sua frente, um leve incômodo fisgando seu peito enquanto detectava tristeza e incômodo.

Se ela não tivesse plena ciência de todo o seu sistema corporal, ela teria certeza que estava com algum tipo de defeito.

— Você está triste. – Quinn se aproximou em um impulso.

— Fique parada. – Rachel colocou sua mão na frente do corpo.

A loira parou de andar na mesma hora, parecendo curiosa.

— Eu disse alguma coisa? –

A judia levantou seu rosto em direção aos olhos verdes, para logo depois suspirar e sorrir, balançando a cabeça.

— Esqueça isso, venha Quinn, ainda preciso mostra-la o resto da casa. –

— Oh, ela é realmente grande. – A loira parecia surpresa.

Rachel riu e puxou a sintética consigo.

— Meus pais são levemente exagerados. – Brincou Rachel, um sorriso deslizando pelos lábios.

— Escuto eufemismo em sua voz. – Quinn franziu o cenho, não conseguindo entender a palavra “levemente” no sentido da frase.

— Exatamente. – Rachel riu.

A sintética sentiu-se mais solta com a judia, a tensão de ter acabado de nascer e de não conhecer nada do mundo parecia menos assustador com as risadas de Rachel.

Seu sistema de memórias se divergia com seu sistema pesquisador de dados, logo, suas preferências oscilavam entre o que tinha acabado de vivenciar e o que tinha encontrado dentro de suas pesquisas.

Sua personalidade ia se construindo e construindo o que ela queria ou não queria, o que ela gostava ou não.

Seus olhos robóticos se fixaram na adolescente em sua frente.

Era normal que, de todas as coisas, era ela quem continha aquilo que a sintética mais preferia e gostava?

A melodia de sua risada.

A imagem de seu sorriso.

A sua forma leve de se comportar.

Quinn não sabia se aquilo era algum tipo de defeito.

Mas como um defeito poderia fazê-la se sentir tão bem?


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me qualquer erro de ortografia.
Obrigada por ler ^^



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