Amor Entre Epístolas escrita por Maria Gabriella


Capítulo 4
Rei da Macedônia e Pai do Manuel


Notas iniciais do capítulo

Cheguei! Esse capítulo era para ter sido postado ontem, mas aí fiquei triste com a derrota e já viu haha
Enfim, o tema da vez é Personagem Histórico e consistia em fazer uma comparação entre Alexandre, o Grande, (ou o Rei Sol ou Martinho Lutero) com um fato ou personagem narrado. Boa leitura!



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Os dias que se sucederam não foram nem um pouco calmos. Afonso, que ressurgira na vida de Catarina tão de repente, estava disposto a conquistar todos os setores dela, como Alexandre, o Grande, dominando a Ásia e se expandindo lenta e agressivamente. O homem aparecera na creche de Manuel sem dar aviso prévio, deixando algumas dúvidas sobre como descobrira o local e ocasionando um desagradável primeiro encontro entre pai e filho.

 E não adiantava o quanto Catarina insistisse para que ele se afastasse e lhe questionasse a respeito de suas reais intenções, Afonso respondia sempre que queria aproximar-se de seu garoto e que tinha o direito de pai. Mas a mulher não entendia como ele se autoproclamava se, durante três anos, nunca havia visto o rosto da criança. Nunca trocara uma fralda, levara ao hospital de madrugada ou passara a noite levantando para checar se o bebê estava respirando, apenas por medo e preocupação besta de um pai ou mãe de primeira viagem.

 Não entendia como ele poderia dizer-se pai de Manuel se não havia nunca dito “não”, vencendo a manha da criança com o coração apertado, nem segurado a mãozinha pequena para distrair-lhe da dor de uma injeção. Nunca jogara bola, tomara sorvete ou passara pelas dificuldades de vencer uma cama compartilhada tendo que reeducar o menino para que ele dormisse sozinho.

 Afonso não era pai, era progenitor. Mas Alexandre Magno também não era faraó, era rei, e isso não lhe impediu de conquistar o Egito. A bibliotecária entendia que se o homem estivesse disposto a ver o filho, nada poderia fazer. No entanto tinha medo do desvio de caráter que isso pudesse ocasionar. Qual tipo de criação uma pessoa como Afonso poderia oferecer a um menino? E também não acreditava que as intenções daquele homem pudessem ser puras. Ficaria satisfeita de continuar vivendo como mãe solteira, após todas as dificuldades que já havia vencido. Contudo, não podia privar o filho de uma figura paterna; o problema era que não passava por sua cabeça Afonso exercendo essa função.

 Enquanto encarava esse dilema, iniciava o tratamento de sua mãe. Seu plano de saúde cobria alguns exames, porém nem de longe lhe daria todo suporte necessário. Isso era uma realidade que lhe escurecia a mente e preocupava. Precisaria de uma outra fonte de renda se quisesse bancar com todos os gastos. Pensara em fazer algum empréstimo, mas isso não era uma ideia muito agradável considerando a situação econômica do país. Se ficasse desempregada e tivesse dívidas...

 Havia, no meio disso, uma coisa boa. A volta de Juliano na vida de Catarina acontecia mais devagar do que ela gostaria, mas ao menos acontecia. Cat descobrira que o homem tinha uma irmã menor, nascida depois que ela se mudara do Rio de Janeiro, mas que ambos não se viam há quase cinco anos. A moça, Julieta, rompera com a família por causa de um namorado. Descobrira também que Juli se formara em Direito e atuava como advogada na vara da infância. Ela relacionou isso aos problemas que estava enfrentando com o progenitor de Manuel e considerou pedir conselhos ao velho amigo, todavia não queria parecer interesseira e voltou à estaca zero.


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Notas finais do capítulo

Eu particularmente amo estudar sobre Alexandre Magno e tenho até um projeto de história dele, então foi tão legal escrever isso ♥
Até mais!



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